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História Freak Show - Capítulo 3


Escrita por: yoloramona1

Capítulo 3 - Capítulo 3


Fui diretamente pra cozinha, ofegante, em busca de um café. Coloquei o refil na máquina e esperei ficar pronto, fitando nervosamente os meus pés. A minha tentativa de passar uma imagem segura e profissional falhou totalmente. Porque eu ainda era, por dentro, daquelas meninas que chora quando vê o cantor favorito atravessando a rua. Talvez as pessoas dos Estados Unidos fossem acostumadas a ver seus ídolos, principalmente as de cidades grandes, mas na Alemanha não tinha muito disso, até porque eu sempre fui mais ligada na cultura americana quando diz respeito à cinema e música. 

Peguei minha xícara de café e fui para minha sala. Finalmente parei para prestar atenção aos instrumentos que estavam disponíveis para meu uso: imensidão de lápis grafite, lápis de cor, canetinhas, canetas, tintas, papéis. Sem contar que mais à frente havia a parte de produção, com tecidos inimagináveis. 
Peguei um lápis e um papel a4 comum, e me sentei na mesa. Comecei fazendo alguns rabiscos, que acabaram se tornando um vestido. Levantei para pegar alguns lápis de cor quando James me chamou pelo walkie-talkie. 
-Anne? 
Corri para pegar.
-Oi.
-Está muito ocupada? -perguntou. 
Eu ouvia vozes no fundo.
-Não... precisa de algo?
-Quero que me faça um favor. Tem algumas peças de roupas que estão para ser pegas na cidade. Tem como você ir?
-Claro. 
-Te mando o endereço por mensagem, está no nome de James Bradden, é só falar quando chegar. 
-Certo. 
-Ah, mais uma coisa. Evan perguntou se você poderia pegar um terno pra ele em uma loja, é perto. 
-Claro. 
Meu Deus, pegando roupas pro Evan Peters!
-Então tá, eu tô indo. Liga se precisar.

Peguei a minha bolsa e sai andando. Entrei no carro e fui com o GPS ligado, claro. 
Não demorou muito pra chegar, por sorte. Primeiro eu fui pegar as roupas que James pediu, era num estúdio de costura.
Entrei no lugar e quase fiquei cega de tão branco. Parei sobre o balcão e esperei alguém me atender.
-Olá. -disse uma senhora. - Posso ajudar?
-Sim. A encomenda de James Bradden por favor. 
-Só um minuto...- ela disse e se afastou.
Peguei o celular pra checar as redes sociais e havia uma mensagem da minha mãe:

Karen Schwammbach:
-Estou muito orgulhosa de você! Espero que esteja tudo indo bem! <3
-Obrigado, mamãe. Está tudo indo bem. Te ligo depois. <3

Guardei o celular quando vi a mulher trazendo as roupas, cinco peças em cabides. Ainda bem que eu estava de carro. Levei tudo pra dentro e deitei em cima do banco, e logo ao lado era a loja que estava as roupas de Peter.
Suspirei e entrei. Era um ateliê, provavelmente fazia sob medida, era muito chique o lugar.
Fui até a recepção onde uma ruivinha de óculos olhava pro computador.
-Com licença... -disse para chamar sua atenção. -Vim buscar a encomenda do Peter Evans.
Ela me encarou por um segundo.
-Você é...? 
-Trabalho pra ele, pode ligar se quiser... 
-Tudo bem. Já volto.
Ela saiu apressada. 
Fiquei só observando os quadros até ela voltar. 
-Aqui. -ela me entregou.
-Obrigada... tudo certo?
-Fica mais mil e trezentos reais...
-Oi? -fiquei incrédula. -Ele não pagou?
-Pagou sim, mas foi feito alguns ajustes. 
-Nossa, que ajustes em...
Peguei minha bolsa e comecei a procurar o cartão. Mil e trezentos reais é tudo que eu tenho pra sobreviver no mês. Apartamento, contas, comida... Enfim, ele me pagaria depois, e ficaria tudo bem.
Com dor no coração, entreguei o cartão para a moça.
-Toma. -falei.
Ela fez o processo e me devolveu o cartão. Agradeci com um sorriso e sai.
Havia uma cafeteria logo em frente, então pedi um milkshake e um cookie pra viagem e voltei pro set, enquanto bebia e comia. 
Assim que cheguei no set, em duas viagens levei tudo para minha sala e chamei James no walkie-talkie.
-James? -chamei.
Alguns minutos depois ele me retornou.
-Anne, chegou? Tudo certo? 
-Sim, mas... -fui interrompida.
-Leve o terno para o Peter. Por favor.
-Certo...
Coloquei o walkie-talkie na mesa e respirei fundo.
"Não pira! Você trabalha com ele e o verá todos os dias. Aja naturalmente. Ele é um qualquer. Seja simpática como seria à qualquer um."
Peguei seu terno e sai pelos corredores. Estavam vazios. Eu ouvia os barulhos lá fora. Já estavam gravando algo. Provavelmente Peter estaria lá, o que era ótimo porque não iria trombar com ele no camarim.

A porta estava fechada. Bati nela por educação, apesar de achar que não havia ninguém lá.
Ouvi passos, e a maçaneta se mexeu. A porta se abriu. Era ele. 
Me olhou intrigado. Deveria estar pensando quem eu era, de novo.
-Oi... É.... -eu olhava pros seus pés. -Vim entregar o seu terno.
-Ah! -Ele disse se virando para colocar a caneca que segurava em cima da mesa.  -Finalmente! -ele pegou da minha mão.
-Bom, é... Ficou mil e trezentos reais... 
-Nossa! Elas deixaram você pegar? Não é comum...
-Não. Eu paguei.
Ele olhou surpreso.
-James te deu o dinheiro?
-Não. Paguei com o meu.
-Nossa! Que vergonha, sério...Nem me lembrei disso. Se não, teria lhe dado, ou ido eu mesmo. -Ele procurava algo em cima da mesa, e o achou. Era sua carteira, ele abriu e olhou por uns segundos.
-Olha, eu não tenho toda a grana aqui agora, só ando com cartão, então...Posso te entregar amanhã? -ele parecia desajeitado com a situação.
-Claro. -sorri.- Sem problemas.
Me virei e sai do seu camarim.



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