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História Freedom - Do amor ao ódio


Escrita por: mizumizuchan

Notas do Autor


Bem.. boa leitura :)

Capítulo 9 - Do amor ao ódio


Fanfic / Fanfiction Freedom - Do amor ao ódio

Minha mãe desligou o telefone e ouvi passos pesados descendo as escadas, ela veio ao meu quarto e me viu em pé  

  - Young, você não devia estar em pé - minha mãe fala me levando para a cama 

  - Mas já estou melhor, e ficar aqui deitado o tempo todo já estava me dando câimbras - eu a respondo parando no meio do caminho  

  - Posso descer ? - pergunto a ela  

  - tem certeza que esta melhor? - ela pergunta e eu assenti com a cabeça em sinal de sim – Tudo bem então- ela me leva em direção a porta e me ajuda a descer as escadas  

Me sentei no sofá, minha mãe me deu o controle da televisão e foi para a cozinha. Liguei a televisão e não estava passando nada de interessante pois era sábado, o dia estava lindo, o céu limpo e o sol radiante enquanto eu não podia sair. Dei um suspiro e me deitei no sofá até que a campainha toca. 

  - Quem é? - Pergunto, mas a pessoa não responde só continua a tocar a campainha 

  - Ta bom já vai calma – abro a porta e vejo uma mulher alta com cabelo curto ruivo liso, olhos cor de mel, com sardas, usando um vestido na altura dos joelhos listrado e um homem ao seu lado com cabelos pretos e enrolados na altura da orelha, olhos negros, usando uma camisa polo cinza e calça jeans. 

  - Young, querido – a mulher me abraça com um sorriso como se me conhecesse  

  - Quem é Young? - minha mãe pergunta vindo da cozinha e eu ainda sem reação  

  - Nora - Minha mãe abraçava a mulher que estava na minha frente e eu não entendia nada, enquanto o homem só olhava  

  - Mãe ? - eu estava confuso  

  - A sim você não deve se lembrar dela – minha mãe disse – essa é a sua tia Nora vocês não se veem a muito tempo – minha mãe diz feliz  

  - Sim eu te vi quando era um bebê - Nora ... minha tia ... não sei como a chamar, apontou o dedo tocando rápido e de leve no meu nariz  

  - Esse é Patch meu marido, Patch essa é minha irmã Hanna e meu sobrinho young – ela nos apresentou  

  - Prazer em conhece-los – Patch estava serio, nós retribuímos e os chamamos para entrar 

  - Onde esta Hoshik? - Estávamos todos na sala quando minha tia perguntou 

  - Esta lá em cima, ele quer um tempo para poder descer, vou avisar que vocês chegaram já volto – minha mãe sai da sala e sobe as escadas  

  Nós três ficamos um bom tempo em silencio,  nesse tempo Nora estava olhando os quadros da estante, Patch observava parte da casa como se estivesse a ver algo, enquanto eu estava ainda um pouco confuso. 

  - O que foi isso em seu braço e sua perna? -  ele pergunta apontando para mim 

  - Ah foi um acidente, eu cai  - eu respondi a primeira coisa da minha mente, por sorte minha mãe desceu com meu pai que não estava com uma cara muito boa  

  -   oh, Hoshik – minha tia estava sorrindo indo ao seu encontro já meu pai, nem tanto  

  - Até que você sabe se vestir como gente normal – meu pai disse em um tom arrogante  

   - Aquilo foi passado, como dizem fase da idade – ela falou rindo  

Ficamos na sala conversando e minha mãe me explicou que Nora não era minha tia de verdade, era adotada e por causa de trabalhos não ficava muito em um lugar então pouco dava para nos visitar. Depois do almoço fomos para o jardim, eu fiquei na rede que tinha ao lado da porta de vidro que dava para a sala e meus pais ficaram em uma mesa perto do meio do jardim, no entanto eu sempre via Patch observando as coisas. Quando eu estava prestes a dormir ouvi algo. 

  - Nora, por favor me ajude, só você pode nos ajudar, você ainda consegue ver espíritos ne?- era a voz da minha mãe ... ver espíritos?  

  - Sim, porém não consigo mais ver a real situação, mas Patch pode ajudar ele também é um médium- minha tia respondeu em um tom totalmente diferente  

Então ouvi passos e fingi estar dormindo, eles subiram a escada e não escutei mais nada depois de um tempo eles desceram. 

  - Aqui não esta nada bem, vocês precisam sair daqui, não a nada que podemos fazer – diz patch, que pela primeira vez o tom de voz não parecia estar totalmente sério  

  - Sim me desculpem, vocês tem que sair daqui hoje, vão para a cidade de Miyagi e procurem o templo Shiroishi lá iram encontrar ajuda – minha tia disse, ao ouvir isso levantei a minha cabeça para dar uma olhada sobre o vidro  

  - Não, eu disse que não era uma boa ideia chamar ela aqui eu não vou fazer nada que pede, esqueceu da última vez que você veio aqui o que aconteceu? Não quero deixar a vida de Young correr perigo, nem a dele nem a de ninguém- Diz meu pai revoltado – A gente não vai a lugar nenhum  

  - Mas ... naquela época ela salvou Young, você que a não quis mais aqui, se não fosse por ela ele estaria morto hoje – meu pai parou ao ouvir o que minha mãe tinha dito e mesmo de costas disse – Eu não vou fazer isso -  

  - É a única saída, desta vez não posso sela-lo, não vem dele – Nora falou mas meu pai não quis ouvir simplesmente subiu as escadas 

  - Vá Hanna, pegue Young e vá lá hoje, vá sem o Hoshik ver, precisa ser hoje- minha tia estava um pouco assustada de certo modo, minha mãe assentiu e abriu a porta antes dela ir embora disse com a voz tremula – Cuide do Young - então escutei a porta se fechando  

Passos vinheram em direção ao jardim, me deitei novamente e fingi estar dormindo, era a minha mãe ela foi me deu um beijo na testa e saiu, fiquei daquele jeito por um tempo, mas acabei adormecendo. Quando acordei já estava pra anoitecer levantei da rede e mancando fui subindo a escada, a casa estava vazia e silenciosa quando olhei para a porta do quarto dos meus pais vi que a luz estava acesa e vinha barulhos de lá, cheguei na greta da porta para ver o que estava havendo e vi a minha mãe sendo agredida por meu pai que parecia estar bêbado. 

  - Hoshik por favor deixe eu levar pelo menos o Young- minha mãe implorava chorando  

  - Eu já disse que não vou fazer nada que aquela mulher diz, e você não vai levar ele para lugar nenhum – meu pai a jogou com força contra a parede fazendo assim ela bater a cabeça e um pouco de sangue escorrer pelo seu rosto   

  Eu não sabia o que fazer, uma raiva crescia  dentro de mim - Você não esta com raiva? Deixe-me te ajudar- escutei algo, não havia ninguém, eu estava no corredor sozinho olhando pela greta da porta temendo que meu pai se aproximasse, mas vendo o que ele estava fazendo com a minha mãe era imperdoável, ela tentou se levantar mais uma vez para poder pegar as malas. 

  - Eu vou levar o Young sim, porque eu quero o bem dele e você não irá me impedir – ela foi em direção a cama para pegar a mala, Foi ai que vi meu pai pega-la pelo braço e  dar vários socos em sua barriga  

  - Você não irá leva-lo a lugar nenhum – ele falava com as mãos em seu pescoço engarguelando-a, ela estava lutando para poder se soltar se debatendo contra ele, quando ela não tinha mais forças  ela olhou para a porta e ficou imóvel, neste momento uma lágrima desceu em seu rosto e ele a soltou fazendo-a cair no chão, porém já morta.   

  Eu estava chorando com ódio daquela pessoa que eu via, que um dia eu tinha orgulho de ser o meu pai, que eu vi matar a minha mãe, tudo que sentia transformou-se em ódio - Deixe-me te ajudar – novamente escuto isso, mas eu não estava ligando o ódio foi tão grande que nem percebi o que estava fazendo um vento passou sobre mim e quando vi já estava dentro do quarto  

  - O que esta fazendo aqui ? - perguntou o meu pai – Volte para o seu quarto agora – ele me ordenou gritando  

 Eu apenas sorri, e uma das madeiras do piso se soltou e voou direto em seu coração o perfurando, senti que não era eu fazendo aquilo, mas não conseguia diminuir meu ódio, fiquei ali parado vendo o meu pai morrer assim como ele fez com a minha mãe, eu não queria que ele morresse, eu estava chorando, mas nenhuma lágrima caia sobre meu rosto, cai de joelhos no chão vendo os corpos na minha frente, quando olhei para o lado rapidamente  uma manta negra passou na minha frente e de repente tudo escureceu. 



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