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História Freeze You Out - Eu não vou te congelar


Escrita por: jikookminluv

Notas do Autor


Amores ❤ desculpem por ter demorado mais que o habitual. Por favor, leiam as notas finais XD boa leitura!

Capítulo 3 - Eu não vou te congelar


Fanfic / Fanfiction Freeze You Out - Eu não vou te congelar

  Havia passado uma semana desde que Yuri começara a ter sonhos com aquele príncipe e sua alma gêmea. Não sabia se realmente havia um significado ou se era apenas um devaneio de sua mente, mas eram os sonhos mais reais que já teve.

  Estava indo para o trabalho mais tarde nesse dia - e foi assim a semana toda. Odiava admitir para si mesmo que estava praticamente evitando Victor. Depois daquele sonho em que ele queria beijá-lo as coisas ficaram meio estranhas. Ele não queria que Victor descobrisse esse sentimento que ele mesmo acabara de descobrir.

  E para piorar a bagunça de seus pensamentos, recebeu uma mensagem de Phichit lembrando que Yuri estava convidado para o seu baile de formatura, e que deveria levar uma acompanhante. Yuri normalmente levava sua prima Yuko em ocasiões assim, mas ela estava viajando e só voltaria depois de 3 semanas.

  Avistou ao longe a floricultura. Aquele lugar era um tesouro para Victor; sua vó fora a dona enquanto viva, e amava aquele lugar. Victor podia até deixar sua casa uma desordem, mas aquele lugar sempre estava impecável.

  Assim que entrou, Yuri se assustou; estava diferente do habitual. Vasos quebrados, flores e terra por toda parte e Victor estava sentado em um canto no chão, muito assustado. Yuri largou a mochila no chão e correu até ele.

  - Vic! O que aconteceu? - perguntou preocupado, passando a mão no rosto e nos braços do outro, como se verificasse se estava inteiro.

  - Yuri... - Victor o abraçou e as lágrimas molharam a blusa de Yuri - ele me achou!

  - Quem te achou? - Yuri tinha medo da resposta, pois no fundo, já sabia quem era.

  - Georgi... - disse Victor ainda agarrado forte a Yuri, que o abraçava de volta.

  Georgi era um homem pouco mais velho que Yuri e Victor. Victor o conheceu quando foi se matricular na faculdade e Georgi se apaixonou por ele à primeira vista. Demonstrava ser uma pessoa amigável, até descobrir que não poderia ter Victor; que seu coração já pertencia a outro. Então o Georgi amistoso deixou de existir, substituído por alguém obsessivo, que seguia Victor por todas as partes e o amedrontava com ameaças. Consequentemente, tomado pelo medo, Victor saiu da faculdade.

  Yuri se sentia culpado por não tê-lo protegido, mas pelo menos ele estava seguro. O que não contava era que essa pessoa voltaria a assombrá-lo.

  - Vem, vamos para casa... Amanhã eu venho limpar essa bagunça... O que ele te fez? - Yuri supostamente deveria estar tomado pelo ódio, mas sua única preocupação no momento era Victor.

  - Ele não me machucou, mas... Ele disse coisas horríveis... Sobre você... - Victor lançou um olhar extremamente triste e desgostoso para Yuri. Yuri queria perguntar o que ele havia dito, mas conhecendo Victor, ele não falaria e não queria chateá-lo mais ainda com perguntas.

  Apenas o levou para casa e pegou algumas cervejas para ambos. Yuri particularmente não apreciava o sabor, mas gostava de acompanhar Victor, que sempre acabava bebendo a dele e a de Yuri.

  Como de costume, depois de alguns goles Victor já mal se lembrava que Georgi existia.

  - Yuuuuri... Eu quero tomar um banho... Haha... - disse levantando para tirar o casaco, cambaleando e quase caindo na tentativa. Yuri o segurou.

  - Claro, vamos dar um banho em você, seu bêbado! - ambos riram, mas Yuri ainda não conseguia parar de se preocupar. Estava a todo momento olhando para as janelas, sentindo que estavam sendo vigiados.

  Yuri deu banho em Victor e o mesmo pareceu ficar mais são.

  - Você é realmente fraco para bebibas... - disse Yuri rindo enquanto secava seus longos cabelos. Victor estava diferente, cabisbaixo, parecia que o efeito da bebida estava realmente passando e o que Georgi disse voltara a atormentá-lo. Depois de secar seus cabelos e o ajudar a se vestir, Yuri fez chá para Victor e o colocou na cama.

  - Yuri, não vai embora hoje... - disse Victor, segurando sua mão. Yuri sentiu uma pontada de culpa. Sabia que para Victor estar pedindo abertamente para que ele ficasse deveria estar se sentindo muito sozinho.

  - Não vou - sorriu docemente para Victor, sentando-se na cama. Pegou um livro muito velho na cômoda ao lado; sempre lia histórias para Victor quando eram mais novos; isso sempre o relaxava. O livro antigo de capa dura marrom tinha letras douradas, cravadas na capa, que diziam "almas gêmeas: as lendas vivas".

  Abriu o livro e começou a ler o que estava escrito nas velhas páginas amareladas:

  "Reza a lenda, que quando uma alma é separada em duas partes e cada uma das partes encarna em corpos distintos, elas estão destinadas uma à outra.

  As almas jamais voltarão a ser uma; mas elas podem se conectar. Uma conexão de almas gêmeas é algo tão forte e poderoso que nem mesmo a morte poderá desfazer essa conexão.

  Até que se encontrem e se conectem, elas irão reencarnar. Podem reencarnar apenas uma vez, ou ficar em um loop infinito. Mas uma vez conectadas, finalmente poderão subir ao paraíso e se unirem pela eternidade.

  Caso não consigam se encontrar e se conectar e a encarnação for por algum motivo interrompida, ambas as partes se perderão para sempre no vácuo absoluto.

  Há também o tabu das almas gêmeas: os congelados. Congelados são pessoas que foram de alguma forma renegadas pela sua outra metade. Não há indícios de que isso poderá ser desfeito ou como e almas gêmeas que se congelaram raramente reencarnam; enquanto uma das almas ou ambas estiverem congeladas, elas não poderão estabelecer conexão." - Yuri interrompeu a leitura, essa parte em específico sempre o deixava desconfortável. Mas à essa altura, Victor já estava ressonando.

  Yuri fez um carinho no braço de Victor, passou os dedos por sua pele, por cima da sua marca de nascença: uma linha vermelha na vertical, perto do pulso; e segurou suas mãos por um instante.

  Em seguida colocou o livro de volta ao seu devido lugar, apagou a luz e foi se deitar no quarto de hóspedes - que já era praticamente seu. Mas não conseguia dormir sabendo que Victor estava sozinho, tão indefeso; pegou o colchão e colocou ao lado da cama de Victor, que ainda dormia profundamente.

  Agora estava mais relaxado e gradualmente adormeceu, ouvindo a respiração de Victor.

  Nessa noite, Yuri teve um sonho...

  Faziam alguns dias que o príncipe chegara ao reino trazendo aquela pessoa com ele. Depois de revelado que aquela era sua alma gêmea, foram despertos muitos boatos entre as pessoas em todo o reino, até mesmo membros da corte e guardas reais.

  O jovem passou os últimos dias aprendendo tudo sobre etiqueta e bons modos. Ele aprendia com facilidade, e tinha uma postura diferenciada, como se tivesse crescido no castelo.

  Certa tarde, o príncipe resolveu cancelar todos os seus compromissos para passar um tempo com o loiro. Eles sempre dormiam juntos, mas não era o bastante. Queria ficar mais tempo com ele.

  Eles caminhavam pelo jardim, o céu estava limpo e algumas pessoas passeavam por ali. O príncipe não se importava de chamar atenção, já estava habituado, mas sua alma gêmea estava desconfortável com todos aqueles olhares curiosos.

  - Eu ouvi dizer que haverá um baile aqui... - disse o loiro, olhando para o chão.

  - Oh, sim! Os bailes são maravilhosos, eu espero que você goste... Você vai, não é?

  - Hm... Você vai levar alguém para este baile?

  - Você quer dizer... Uma moça? - o príncipe sentia uma leve pontada de ciúme, e sabia que era do outro. - Não. Se eu pudesse, eu levaria você - o príncipe sorriu para ele, ficando corado.

  O loiro olhou surpreso para ele. Os dois sentiram a mesma coisa naquele momento. Em um instante, todo o resto sumiu, só restavam eles no meio daquele belo jardim. O loiro passou os braços em volta do pescoço do príncipe, que o puxou para um beijo. Por um momento, setiram os dois o mais gracioso sentimento. E poderiam ficar ali para sempre.

  Poderiam.

  Se o príncipe não voltasse para a cruel realidade, aonde as pessoas à sua volta comentavam espantadas aquele beijo proibido.

  Em um impulso, ansiando proteger sua própria imagem, o príncipe empurrou o loiro, que caiu no chão. Uma madeira entrou em seu braço, fazendo um corte vertical profundo, perto do pulso. O outro o olhava com espanto.

  Quando se deu conta do que tinha feito, queria se redimir. Queria voltar no tempo e não tê-lo feito; mas já estava feito. Uma das mechas do cabelo do que estava no chão ficou mais clara.

  Ficou cada vez mais clara, até que ficou branca. Apenas uma mecha, mas ele sabia e sentia a presença do outro menos forte dentro dele; ele o estava congelando. Talvez mais um erro fosse certeiro e o congelasse por inteiro.

  Seria esse o começo do fim da história de amor e tragédia do príncipe e sua alma gêmea?


Notas Finais


Desculpem, acho que não saiu muito como esperado ;-; mas espero que tenham gostado mesmo assim. Primeiramente, eu adoro o Georgi, eu não quero que achem que é pessoal colocar ele nesse papel, mas ele foi quem se encaixou melhor. Espero não ter ofendido ninguém ;-;
"Segundamente", eu vou tentar postar capítulo novo só de sábado, porque é difícil postar dia de semana.
E por último, gostaria de agradecer a todos que estão acompanhando e dando apoio. Sério gente, é muito importante pra mim, mesmo ❤ espero não ter decepcionado e até o próximo XD


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