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História Freiheit - Vinte e Um


Escrita por: LaraBarbosa

Notas do Autor


Oii Cupcakes <3!!

Eu sei. Não cumpri com a minha promessa de postar todos os dias e nem ter respondido todos os comentários, mas eu tenho um motivo muito importante para isso. Explicarei melhor nas notas finais para não ter um texto gigante logo no início. Mas, saibam que foi muito grave e eu realmente não pude postar antes.

Agredeço demais aos comentários anteriores. Os capítulos não estão tão bons quanto eu gostaria, mas eu fico muito feliz de ver que vocês estão gostando. Obrigada ~Jtlouco, ~Miawzi, ~Kisuky, ~Lay-Lightwood, ~Laah_Jungkook, ~LadyNick, ~Wedarksouls, ~alimac213, ~Chikook, ~gabstevanato e ~Abelynhazuzu pela inspiração e forças que me deram para atualizar hoje. Esse capítulo tem algo de não tão surpreendente, entretanto, é extremamente importante. Espero que gostem! Boa Leitura...

Capítulo 22 - Vinte e Um


Capítulo XXI – Jeon JungKook

 

O som poderoso de um trovão ecoa pelos corredores vazios da escola, o ambiente estava sombrio, misterioso. Apesar de saber que esse cenário era habitual de um dos prédios mais antigos da cidade logo após o intervalo dos agitados alunos, aquela calmaria me incomodava. Com cautela, andava pelo lugar, atento a qualquer movimento suspeito. Minha mão repousava em minha cintura que escondia uma adaga discreta.

Desde a chegada do príncipe a Seul e o ataque sofrido na escola algum tempo atrás, andar portando algum tipo de arma havia se tornado uma rotina. Eu sabia por experiência própria a habilidade dos espiões inimigos de Krysttal de se tornarem invisíveis em frente aos nossos olhos.

Mais uma vez, o ribombo acompanhado de uma descarga elétrica se faz presente. As luzes piscam algumas vezes antes de voltarem ao normal. A tempestade dava sinais de que não passaria tão cedo. Meu calçado chocava-se suavemente no piso, conforme me aproximava do banheiro. Jimin deveria estar me esperando a algum tempo, mas eu não poderia me arriscar a ser pego por um professor ou qualquer outro funcionário da escola.

Assim que alcanço a porta, abro-a com cuidado e ouço a voz de Jimin soar nervosa, beirando ao desespero. A estreita parede de mármore impedia que eu tivesse a visão completa do banheiro, mas pelas sombras no chão, eu sabia que ele não estava sozinho. Com cuidado, puxo minha adaga e lentamente me aproximo do fim da parede em posição de ataque.

Um homem alto com as roupas de soldado de guarda da realeza cercava o corpo de Jimin, que estava com os olhos arregalados e pálido. Em uma rápida troca de olhares com meu namorado, noto seu desespero e confusão. Sem pensar muito, avanço com minha adaga contra o homem.

Em um movimento ágil e perfeito, meu ataque é interceptado pela espada do guerreiro. Não ficamos muito tempo na mesma posição. Afasto-me somente o suficiente para atacá-lo mais uma vez. Sem dificuldade alguma, o homem defendia-se e contra-atacava. Ele parecia estar se divertindo com nosso combate, o que me instigava ainda mais a machucá-lo.

Nossos corpos se chocavam contra a pia, as paredes e as portas dos sanitários, atrapalhando nossa luta. Jimin parecia querer interferir, mas desarmado, ele acabaria machucado se tentasse se aproximar. E novamente, as luzes da escola piscam para em seguida, a escuridão se fazer presente.

Aproveito a breve distração do soldado e chuto sua perna. Vacilando o seu andar, bato meu cotovelo em seu rosto. O corpo robusto se choca contra a parede de mármore em um impacto doloroso, no entanto, ele se recupera rapidamente e, após desviar de mais um chute, ele soca meu abdome intensamente com seu punho esquerdo.

Arfo sentindo o ar faltar em meus pulmões. O homem afasta-se da parede e balança a cabeça, recuperando-se do impacto anterior.  Ele encara Jimin mais uma vez e, quando ameaça aproximar-se dele, ataco-o mais uma vez. Minha adaga acerta de raspão seu peitoral, no entanto, também recebo um chute seu.

- Pare com isso, garoto. Confrontos com adagas são a minha especialidade. – Alega o moreno, interceptando minha adaga no momento em que ela atingiria seu ombro.

- Para a sua infelicidade, adagas também são a minha especialidade, principalmente, se eu estou inspirado a matar, como agora. – Respondo, aumentando a velocidade de meus ataques.

Um sorriso animado se forma no rosto do soldado, que passa a aumentar seus golpes também. Apesar de conseguir lutar com o mesmo nível que ele, era perceptível a sua habilidade. E ainda que seu corpo robusto desse a impressão de ser lento e pesado, ele conseguia se mover com leveza e agilidade, como se seguisse a direção do vento.

Sua lâmina afiada e de caraterísticas únicas de um único local que conheço que as forjavam, ocasionava em um assovio agudo quando cortava o ar. O fato de reconhecer sua adaga me deixou em ainda mais alerta. As lâmpadas do banheiro voltam a se acender e uma gélida brisa adentra o ambiente.

Mais uma vez, ele desvia de meu ataque e tenta contra-atacar minhas costas, mas sou rápido e consigo interceptar sua arma. Nossa luta não terminaria tão cedo e ele pareceu perceber. Olhando brevemente para a única janela do banheiro, ele volta a encarar Jimin com determinação. Nossas adagas estavam em equilíbrio e nenhum de nós dois queríamos ceder. Por fim, ambos nos afastamos e continuamos o combate.

- Jimin, por favor, nós precisamos conversa. – Pede o homem, enquanto tentava se defender de minhas investidas.

- O que você quer com ele? – Pergunto, procurando afastá-lo de Jimin.

- Eu não sou um inimigo, garoto. – Responde o soldado, chutando minha mão e, consequentemente, fazendo minha adaga cair a um metro de distância de mim. Mordo meu lábio inferior e aperto meu pulso, sentindo-o latejar.

- JungKook! – Exclama Jimin, correndo em minha direção com preocupação. Assim que chega, puxa meu pulso para si, observando com atenção o local atingido. – Você está bem?

- Fique longe dele. – Peço, usando meu corpo para bloquear Jimin do homem desconhecido. – Se você não é um inimigo, então quem é você? Por que está atrás de Jimin?

- Eu sou o irmão da mãe de Jimin. – Fala o homem, após um demorado suspiro. Desvio meu olhar para meu namorado e o encaro, confuso. Jimin parecia tão perdido quanto eu, afinal, sua mãe é filha única.

- Isso é mentira! – Garante Jimin, colocando-se ao meu lado. – Minha mãe não possui irmãos.

- Não a sua mãe adotiva. Eu sou irmão de sua mãe biológica, Jimin. E eu juro que eu não estaria aqui se você não estivesse correndo risco de vida. – Revela o soldado com seriedade.

- O que? Você por acaso tem alguma noção do que está falando? Quer mesmo que eu acredite em você? – Pergunta Jimin, sorrindo e balançando a cabeça com incredulidade. – Você acabou de atacar meu namorado.

- Não. Eu acabei de me defender de seu namorado. – Corrige o suposto tio de Jimin, sem parecer surpreso com a revelação do Park. – Ele me atacou primeiro, sem nem mesmo esperar que eu me explicasse.

- Isso, porque você parecia muito suspeito. Você está usando o uniforme de um soldado da realeza e estava perto demais do meu namorado para o meu gosto. Que tipo de tio fica cochichando no ouvido do sobrinho que nem sabia da sua existência? Jimin parecia apavorado. – Defendo-me, colocando-me na frente de Jimin. – E eu não confio em ninguém que carregue uma adaga forjada na antiga Serafine.

- Como você conhece uma adaga de Serafine? – Questiona o soldado, surpreso. – Elas estão extintas desde o fim do império, quando Max assumiu o controle do país e o transformou em Rhosália.

- Eu lhe disse, desconhecido. Adagas são minhas especialidades. – Respondo, sorrindo com ironia. Abaixo-me e recolho minha adaga. Coloco-me em posição de ataque e o encaro com intensidade. – Agora, eu irei repetir mais uma vez e eu realmente sugiro que você responda de fato ou eu terei o prazer de perfurar a sua artéria aorta. Afinal, quem é você? Qual o seu nome?

Antes que o homem tivesse a chance de se apresentar, a porta do banheiro é aberta. Ambos nos colocamos em posição, prontos para atacar quem quer que fosse. Segundos depois, NamJoon aparece e nos encara com surpresa. Aliviado por ser alguém conhecido e não um novo inimigo, abaixo minha adaga. O soldado faz o mesmo, mas parecia preocupado.

- Tenente Soon Min-jun? O que você está fazendo aqui? – Pergunta NamJoon, ainda atordoado com a presença do homem próximo a nós. – O que aconteceu aqui?

- Você o conhece, hyung? – Indaga Jimin, desconfiado.

- Claro que sim. Ele e Wilson são as minhas babás. – Responde com um sorrisinho desafiante ao homem. – Ele é pior que a minha mãe. Vive me enchendo a paciência.

- Pelo visto perdeu o medo do perigo, garoto. – Fala Min-jun, olhando-o com malícia.

- Não vejo perigo nenhum aqui, tenente. Por qual motivo eu teria medo? – NamJoon ainda ostentava o sorriso travesso e parecia se divertir com as provocações.

- Tão engraçadinho. Quem o vê assim, nem imagina que já esfreguei esse seu rostinho bonito no chão tantas vezes.  

Desvio meu olhar para Jimin e ele parecia tão perdido quanto eu. De alguma forma, a maneira como conversavam pareciam ser amigos de longa data, no entanto, nós jamais havíamos visto ou ouvido falar desse homem antes. Pigarreio, cansado de me sentir disperso do assunto.

- Enfim, alguém pode me explicar o porquê do tenente Min-jun e JungKook estarem com adagas e machucados? – Pede o loiro, voltando a nos encarar com preocupação e curiosidade.

- O tenente Min-jun me assustou quando apareceu aqui de surpresa, com o uniforme de um guarda da realeza. JungKook achou que ele era um inimigo...

- Eu ainda acho. – Interrompo Jimin, encarando o tenente com seriedade.

- JungKook acha que ele é um inimigo e os dois acabaram lutando. – Continua Jimin, incomodado. – No fim, o tenente Min-jun disse que é meu tio e que eu sou adotado.

- Como assim? – Questiona NamJoon, estupefato com o relato de Jimin. Ele se vira para o tenente e o encara. – Isso é verdade?

- Sim. – Responde Soon Min-jun com convicção. – Mas, existem muitas coisas que eu não te contei, NamJoon. Não é somente o fato de Jimin ser meu sobrinho que me fez vir aqui.

- E o que o trouxe aqui, afinal de contas? – Pergunta o Kim, assumindo uma postura mais rígida.

- Seus pais não ficaram felizes quando descobrirem que eu revelei toda a verdade a vocês, mas não posso esconder mais de vocês os seus passados. – Afirma o soldado, suspirando em seguida. – No entanto, eu prefiro que seja na presença de todos os envolvidos.

- E quem seriam todos os envolvidos? – Indaga Jimin, tão interessado quanto eu e NamJoon.

- Os Guerreiros de Lis. – Responde o tenente para nossa surpresa.

- Como você sabe da existência dos Guerreiros de Lis? – Não consigo evitar a pergunta.

- Eu sei muito mais do que vocês imaginam, garoto. – Afirma o Soon, dando um meio sorriso. – Prometo revelar tudo assim que todos estiverem reunidos.

- Não mesmo. – Respondo, antes que meus hyungs tivessem a chance de dizer algo. – Eu não confio em você. E se for um inimigo planejando reunir a todos e nos matar?

- JungKook. – Chama Jimin, preocupado.

- Vocês terão que confiar em mim, porque, infelizmente, tudo que tenho de prova é a minha palavra. – A sinceridade presentes em suas palavras pareciam verdadeiras, mas eu não sabia se devíamos confiar ou não no homem a minha frente.

- Eu confio no tenente, JungKook. Talvez seja loucura, mas algo me diz que ele tem as respostas que eu tanto procuro desde que meus pais decidiram que Sun se casaria com Jin-hyung. – Afirma NamJoon, sorrindo ansioso para o tenente, que sorri agradecido em resposta.

- Eu também acho que devemos confiar nele, JungKook. – Concorda Jimin, pegando em meu ombro. – Vamos lhe dar uma chance para se explicar. E, eu também quero saber que história é essa de ser adotado. Ainda acho que é insanidade, mas estou curioso para saber esse passado que ele sabe sobre nós.

- Tudo bem. – Respondo, dando-me por vencido após um suspiro cansado. – Mas, não será fácil reunirmos a todos sem chamar atenção. E se Tiffany o ver trajando o uniforme de um guarda da realeza, seremos expostos e será ainda mais perigoso para nós. Temos sorte de até agora ela não ter desconfiado de nosso conhecimento sobre sua verdadeira identidade.

- JungKook tem razão. – Fala Jimin, pensativo. – Na escola, nós nos tornamos alvos fáceis, porque não sabemos quantas pessoas estão do lado de Tiffany. Ela possui espiões que podem, até mesmo, estar de olho em nós neste exato momento, afinal, o diretor com certeza é algum subordinado dela e possui o controle da escola inteira. Por outro lado, eu não confio o suficiente para levá-lo para o nosso lugar.

- Que tal o ginásio? – Sugere NamJoon. – Se analisarmos, o único que possui o controle daquele lugar é o treinador Bang, que está no nosso lado. Além disso, ele mesmo pode nos dizer se devemos acreditar no que o tenente tem a nos dizer ou não, pois possui conhecimento de toda a história que cerca Krysttal e os demais países.

- É uma boa ideia. – Concordo. Por ter treinado tanto tempo com o senhor Bang, eu sabia bem que ele saberia identificar uma mentira de longe e se tinha alguém que conhecia as histórias de Krysttal, esse alguém é ele. – Mas, ainda não resolvemos como fazer para todos saírem sem ninguém desconfiar. Não podemos negar que são muitas pessoas saindo ao mesmo tempo.

- Deixem essa parte comigo. – Garante o tenente, com um sorriso orgulhoso em seus lábios. – Apenas mandem mensagem aos seus amigos, informando que assim que o evento acontecer, eles devem seguir rapidamente ao ginásio da escola.

- Evento? Que evento? – Pergunta Jimin, preocupado. – O que você tem em mente, tenente Min-jun?

- A escola vai pegar fogo, Jimin. – Diz o homem, alargando ainda mais seu sorriso. – Literalmente.

- O que? O que quer dizer com isso, tenente? – Questiono, não gostando do sorriso do homem que nos era direcionado.

- Vocês verão. – Afirma o tenente, olhando para o teto do banheiro com atenção. – O que estão esperando? Mandem as mensagens para os amigos de vocês.

- Vocês ouviram o tenente. Vamos mandar mensagens para o pessoal e para o treinador Bang. – Fala NamJoon, pegando seu celular.

Sem alternativa, começamos a digitar as mensagens e enviamos para todos. Aproveitei também para informar ao agente Yoongi e ao príncipe SeokJin, ainda que não tivesse certeza se eles seriam capazes de visualizar. Assim que terminamos, vimos o tenente agacha-se no chão do banheiro. Ele começa a falar consigo mesmo em um tom de voz baixo demais para se entender.

- Onde fica o laboratório de ciências do colégio? – Pergunta o tenente, assim que se levanta.

- Fica nesse mesmo andar. Sala 125. Por quê? – Indaga NamJoon, confuso.

- Eu preciso de sódio puro. – Responde o tenente, ainda pensativo.

- O que você vai fazer com sódio puro? Ele é extremamente perigoso.... Ah, entendi. Você realmente vai colocar fogo na escola? – Pergunta NamJoon, sorrindo animado.

- Irei fazer uma pequena explosão. Não se anime tanto. – Soon Min-jun sorri ao ver o sorriso de NamJoon se tornar menor. – Apenas o suficiente para ativar os sensores de incêndio. Voltem para suas salas e esperem um pouco. Não podemos levantar suspeitas sobre vocês.

- E você? Vai andar por aí com essa roupa? E se te pegarem? A escola está repleta de câmeras. – Avisa Jimin com preocupação. – Como eu disse, podem existir inúmeros espiões de Tiffany espalhados pela escola.

- Não se preocupe comigo. Eu tenho experiência em realizar missões de extremo sigilo. Darei um jeito de chegar ao laboratório sem ser visto e vou dar um fim as gravações. – Garante Min-jun, sorrindo gentil para o suposto sobrinho. – Agora, vão para suas salas.

Seguindo o pedido do tenente, NamJoon, Jimin e eu seguimos para nossa sala. O loiro foi na direção aposta a de meu namorado e eu, lançando um olhar significativo. Assentimos em resposta. Jimin e eu continuamos o nosso caminho e, antes de nos separarmos, observo meu namorado, apreensivo, afinal, o homem afirmara com confiança que a vida de Jimin é uma mentira. Adotado e sobrinho de um guarda da realeza, na qual nem mesmo sabemos a que reino ele pertence.

- Eu estou bem. Não se preocupe. – Fala Jimin, antes mesmo que eu o questionasse. – Não vou dizer que não estou preocupado, mas antes de tomar qualquer atitude ou ter algum sentimento negativo, prefiro ouvir tudo o que ele tem a dizer.

- Não acredite tão facilmente nas pessoas, Jimin-hyung. – Aconselho, acariciando seu cabelo. – Sabemos por experiência própria que nem todos são sinceros e querem o nosso bem.

- É melhor irmos para nossas salas. – Fala o mais velho, mudando de assunto. – Vejo você depois.

Jimin sorri rapidamente e segue para sua sala. Suspiro, sabendo que ele associou minha frase aos segredos que escondi dele por tanto tempo. A última vez que havíamos conversado sobre o assunto, não havia sido agradável e eu sabia que ele tinha motivos suficientes para ficar tão magoado comigo. E, mais uma vez, estou escondendo algo de Jimin e, provavelmente, ele já deve desconfiar disso.

De volta a minha sala de aula, sento-me em meu lugar, aguardo ansioso pelo momento em que o evento aconteceria. Meu celular vibra em meu bolso e noto ter recebido uma mensagem do agente Yoongi, no entanto, antes que eu pudesse ler, o alarme de incêndio é acionado, ocasionando em um escandaloso sinal.

- Todos mantenham a calma e saiam com tranquilidade pelas saídas de emergência como treinamos anteriormente! – Grita o professor, tentando chamar a atenção dos eufóricos e assustados alunos.

Como orientados, seguimos em direção aos pontos estratégicos de saídas pela escola. Não demoro a encontrar NamJoon, Hoseok, SunHee, JinYoung e, infelizmente, Tiffany juntos, já que estudam na mesma sala. Aproximo-me do grupo e os encaro com apreensão. Todos pareciam tão nervosos quanto eu.

- Vocês viram Jimin-hyung e V-hyung? – Pergunto, preocupado, procurando pelos rapazes em meio à multidão.

- Nenhum sinal deles e nem de Jackson, Mark, JB e YoungJae. – Responde JinYoung em tom de voz elevado. O barulho era enorme, pois, além do alarme de incêndio, era possível ouvir os gritos das garotas por serem obrigadas a molharem o cabelo.

- Provavelmente, eles foram por outro caminho. Nós só conseguiremos nos reunir lá fora. – Complementa SunHee, segurando-se no braço de JinYoung para não ser levada pela multidão.

- Que ódio! Minha escova está se desmanchando e esses lerdos não andam! – Reclama Tiffany, irritada. – O que estão esperando, bando de tartarugas? Nesse ritmo, nós iremos morrer aqui dentro!

- Tiffany, por favor! – Repreende NamJoon, revirando os olhos em seguida.

- O que? Eu estou dizendo alguma mentira? – Questiona Tiffany, fazendo-se de vítima. SunHee bufa e revira os olhos, parecendo não suportar a presença da garota. – Algum problema, SunHee?

- Vários. – Responde a Kim em mesmo tom.

- Não comecem! – Reclama NamJoon, começando a se estressar. – Já basta a discussão no refeitório.

- O que iremos fazer, se Tiffany continuar colada em nós? – Sussurra Hoseok, preocupado.

- Eu não faço ideia, hyung. – Admito, apreensivo. – Mas, precisamos nos livrar dela.

Hoseok assente e volta a prestar atenção em seu caminho. E quando finalmente deixamos a escola, somos pegos pela chuva torrencial que caia sobre a cidade. Bombeiros começam a chegar e a entrar na escola, procurando pelo lugar onde o provável incêndio havia se iniciado.

Ao longe, vejo Jimin e Taehyung ajudando os alunos a deixarem a escola e se acomodar no abrigo de lona improvisado para proteger a todos da chuva. Após uma breve troca de olhares com Hoseok, corremos em direção aos rapazes, que nos recebem com sorrisos aliviados e abraços apertados.

- Vocês estão bem? – Pergunta Taehyung, preocupado.

- Nós estamos. E vocês? – Questiona Hoseok, analisando os corpos dos mais novos brevemente. – Vocês se machucaram?

- Não. – Responde Jimin, sorrindo docemente. Ele então se vira para NamJoon e seu olhar se enche de preocupação. Tiffany estava de braços dados com o loiro e não parecia ter intenção alguma de soltá-lo. – O que iremos fazer agora?

- Como assim, o que iremos fazer? Temos que esperar até que eles apaguem o fogo para podermos pegar nossas coisas e irmos para casa. É óbvio! – Fala Tiffany, revirando os olhos. Apesar da resposta da garota, sabíamos que a pergunta havia sido em outro sentido. Suspiro frustrado e dou de ombros, demonstrando estar tão aflito quanto ele.

- Tiffany! – Grita o diretor, procurando pela “filha”. – Graças a Deus, eu te encontrei.

- Oi pai. – Cumprimenta a garota, sorrindo contida.

- Venha. Eu vou te levar para um lugar mais confortável. – Fala o homem, puxando a loira, levemente, pelo braço.

- Só se o Nam for comigo. – Responde, apertando ainda mais seu corpo contra o de NamJoon. O rapaz nos olha surpreso e parecia a ponto de matar Tiffany.

- Tiffany, é melhor você ir com seu pai. Eu não quero mais problemas. – Sugere NamJoon, tendo dificuldades para esconder o seu desespero. – Além disso, quero ficar com meus amigos e minha irmã.

- Mas, Nam, eu quero ficar com você. – Murmura a garota, fazendo uma voz fina, que deveria soar como fofa, mas parecia mais uma tentativa de nos matar de nojo. Todos fecham os olhos, controlando-se para não comentar sobre a voz irritante.

- Você o ouviu, Tiffany. É melhor vir comigo. – Alerta o diretor Hwang, com seriedade.

- Você é tão insuportável! – Grita Tiffany, irritada. Ela beija NamJoon, rapidamente, e sorri para o garoto. – Vejo você depois.

- Até logo. – Responde NamJoon, sem conseguir esconder seu nojo por completo. – Tchau, senhor Hwang.

  O homem encara NamJoon com antipatia e sai com Tiffany, cortando caminho por meio ao mar de estudantes que se acomodavam no pequeno espaço que havia. Sorrimos aliviados e suspiramos. Havia sido por pouco que conseguimos nos livrar da Imperatriz.

- Vamos! Jackson e os outros já estão no ginásio. – Avisa Jimin com ansiedade.

Após a confirmação de todos, começamos a correr na direção ao local. Por causa da grande confusão que havia se transformado o pátio da escola, nenhum professor ou funcionário da escola apareceu para nos parar. A caia fortemente e atingia, atrapalhando nossa visão e nosso deslocamento.

Quando, enfim, chegamos ao ginásio, abrimos as portas às pressas e as fechamos em seguida. Nós estávamos molhados, com frio e exaustos. Jackson, Mark, JB e YoungJae sorriem compreensivos e nos entregam toalhas para que nos secássemos. O treinador Bang encarava o tenente Soon Min-jun em um mix de surpresa e preocupação.  

- Finalmente vocês estão aqui. Já estava quase indo atrás de vocês. – Reclama Jackson com seriedade.

- Tiffany estava no nosso pé. – Responde SunHee, irritada. – Aquela garota está cada dia mais insuportável.

Dispersando-me da conversa por alguns instantes, pego meu celular e abro a mensagem do agente Yoongi.

 

 

“Jin e eu estamos a caminho. Vá ao encontro desse desconhecido, mas tomem cuidado. Não sabemos o que ele quer de vocês. Fiquem atentos a qualquer sinal do senhor Bang. Nós chegaremos em no máximo trinta minutos.

Suga”

 

 

 - Agora que todos estão aqui, acho que vocês merecem uma explicação sobre quem eu sou e o porquê de estar aqui. – Começa o tenente, pegando algo de seu bolso. Todos se colocam em posição de ataque, mas somos surpreendidos ao vê-lo segurando uma foto. – Não se preocupem. – O homem ri, levemente. – Eu só queria pegar essa foto.

Ele estende a foto a NamJoon, que a pega e a encara surpresa. SunHee, curiosa, aproxima-se de seu irmão e toma a foto para si, tentando entender o motivo da reação do rapaz, no entanto, ela acaba por abrir a boca e arregalar os olhos, alternando seu olhar entre a fotografia e o tenente.

- Esses são meus pais? – Pergunta a garota, surpresa. – Por que eles estão usando essas roupas? Quem é essa mulher do lado deles que se parece tanto com você? Quem são essas pessoas? – SunHee analisa mais a foto e se surpreende ainda mais. – Espera um pouco! Esse é o pai do Taehyung?

- O que? – Questiona Taehyung, aproximando-se às pressas de SunHee. – O que meu pai está fazendo nessa foto? Que lugar é esse?

- Essa foto foi tirada em Serafine. – Responde o tenente, sorrindo gentil. – O meu país natal. E esse casal que vocês estão vendo na foto são ninguém menos que Kim Jihae e Kim Jonghwan reis de Serafine e a quem vocês, SunHee e NamJoon, os chamam de mãe e pai.

- Como...como assim? O que? – Sussurra NamJoon, atordoado.

- O que estou querendo dizer é que é uma honra serví-los, Altezas. – Explica o tenente, ajoelhando-se na frente dos irmãos. – Eu sou Soon Min-jun, guardião dos futuros herdeiros de Serafine.


Notas Finais


E então? O que acharam? Dúvidas? Eu peço perdão pelos erros e caso acharem algum, por favor, não hesitem em me comunicar.

Eu estou bem curiosa para a reação de vocês. Lamento muito pela baixa qualidade, mas isso foi o que ue consegui escrever hoje, com muita dificuldade. O que aconteceu foi que minha mãe ficou muito doente, meus amores. Eu sou a filha mais velha e com isso, fiquei responsável por dormir no hospital, cuidar da casa e do salão no qual nós trabalhamos. Eu estou a dias sem dormir e somente hoje, quando fui para faculdade, é que consegui escrever o capítulo. Perdão, meus amores. Mas, a saúde da minha mãe vem em primeiro lugar. Eu não tinha tempo e nem estrutra mental e física para escrever e nem responder os comentários. Espero que possam ser compreensivos comigo. Prometo tentar responder todos até a próxima atualização.

Outra coisa que preciso falar é que agora que minhas aulas voltaram, eu não vou conseguir postar todos os dias, mas vou tentar postar três vezes na semana com o mesmo esquema de capítulos pequenos. O lado ruim é que eu só chego 23:30 da faculdade, então os capítulos serão postados de madrugada. Espero que não se importem. Enfim, se leu até aqui, muito obrigada por não me ignorar <3!! Vejo vocês nos comentários. Beijocas <3

PS: APAREÇAM, LEITORES FANTASMAS!! TITIA AMA VOCÊS TAMBÉM <3

A Ligação (Oneshot Jikook): https://spiritfanfics.com/fanfics/historia/fanfiction-bangtan-boys-bts-a-ligacao-6035888
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