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História Fria Transcursão - Clareza


Escrita por: domenyquemendes

Notas do Autor


Oi, gente, espero que gostem do capítulo. É da Iris, como já disse antes. Há duas revelações, uma é simples, a outra; importante.
A sequência dos próximos capítulos será: Iris, Wally e Caitlin. Eu sei que prometi a narrativa da Caitlin para ser desse, mas eu tive mais ideias, sinto muito pelo transtorno. Tentarei compensar o máximo na escrita e espero que vocês gostem dos novos pontos de vista. SZ E terá da Jesse também! Ela virá depois do da Caitlin, com certeza. Talvez não consecutivamente, porém não se preocupem com uma narrativa dela antes da da Cait. Não vai ocorrer.
É que está tudo acontecendo quase que simultaneamente e o capítulo da Caitlin só faz sentido para ser o vigésimo quarto. Emfim, espero que gostem desse daqui! Bjs

Capítulo 21 - Clareza


Iris

Scott e eu trocamos sorrisos por alguns segundos até a campainha tocar.

— Um segundo — peço.

Caminho até a porta e dou de cara com Barry ao abri-la. Cedo espaço para que ele adentre a sala.

— Ah, eu não sabia que você estava ocupada.

— Não, só estava lanchando com o Scott. Ele veio me dar uma força com as crianças — explico.

— Uau, bem generoso da parte dele.

Balanço a cabeça.

— Enfim, Barry, esse Scott é Evans. Scott, Barry...

— Allen, eu sei — Scott responde entusiasmado e estende a mão.

Barry me encara com um olhar confuso. Dou de ombros. Ele aceita o aperto.

— Grande fã.

Grande fã? Agora sou eu quem não está entendendo a situação.

— Quê? — Barry pergunta.

— Seus relatórios forenses. Eu já li todos. São ótimos, tão ricos em detalhes, me fazem sentir como uma testemunha de verdade.

— Ah, obrigado. Não pensei que alguém que não trabalhasse na mesma área fosse gostar deles.

— Bom, eu não os conhecia, mas meu namorado era um CSI e me apresentou a eles, daí eu comecei a acompanhar os seus textos. Você é incrível!

Barry e eu ficamos fazendo perguntas silenciosas um ao outro enquanto Scott tagarela fascinadamente sobre o seu trabalho.

— Bom, eu tenho que ir. Foi um prazer conhecê-lo, e Iris, obrigado pelo sanduíche.

Scott fala enquanto continua apertando a mão de Barry e depois se dirige a mim. Gesticulo com a cabeça para ele e caminho até a porta para me despedir.

Agradeço a Scott pela ajuda e combino de encontrá-lo novamente no trabalho. Ao fechar a porta, deparo-me com Barry, sua expressão ainda é desorientada.

— Ok, o que foi isso? Ele estava... Dando em cima de mim?

— Bem, eu não sei, mas posso colocá-lo na sua fita se quiser — ironizo.

— Não, obrigado.. Você sabia que ele era gay?

— Não. Não acho que seja muito educado sair perguntando a orientação sexual das pessoas por aí — respondo simplesmente.

— Você está bem? — Barry pergunta olhando nos meus olhos.

— Sim, — afirmo e faço uma pausa ao reparar o seu olhar insistente — por que você está fazendo esse questionário todo? — Indago.

— Nada... É que você fala tão bem do Scott que achei que talvez gostasse dele.

— Barry, gostar do meu chefe seria completamente inapropriado. Somos amigos. Isso é possível tanto para pessoas de sexos diferentes quanto para chefes e funcionários.

Barry continua me encarando como se quisesse analisar a veracidade de minhas palavras. Após alguns instantes, ele dá de ombros.

— Então, tudo bem com vocês aqui?

— Sim.

Barry balança a cabeça e me lança um olhar mais sério. Ele estufa o peito, receoso.

— Você acha que eu posso trocar uma palavra com a Frankie? — Ele pergunta.

Franzo o cenho.

— Por quê?

— Para ver se ela pode me dar alguma pista sobre a morte do Fitzgerald... Ou algo que me leve até a Cait.

Mordo o lábio e respiro fundo.

— Eu vou ver se ela concorda, ok?

Barry sorri de leve.

— Obrigado, Iris.

Assento e me dirijo até o meu quarto. Bato na porta.

— Oi, Frankie. Será que você vir comigo rapidinho?

A menina balança a cabeça e fecha a porta. Caminhamos até o sofá e vejo Frankie vacilar por um momento ao ver Barry. Ela logo se recupera, sem perceber que eu notei.

Sento do lado de Barry e gesticulo para que ela faça o mesmo. A garota morde o lábio e senta do outro lado dele.

— Oi, eu sou Barry.

Frankie me lança um olhar desorientado.

— Só escute o que ele tem para dizer, Frankie.

— Bem, eu trabalho para a polícia e estou investigando o caso do seu padrasto. — Barry explica e vejo Frankie inflar o peito. — A morte dele ainda está incerta para gente e eu estava pensando se poderia te fazer algumas perguntas.

A menina arregala os olhos.

— Eu já contei tudo o que eu sabia a polícia — ela responde nervosa.

Franzo o cenho diante da mudança de postura da garota.

— Eu sei, mas talvez você tenha esquecido de algo. Vocês ainda estavam em choque e eu sei que as salas da CCPD podem ser intimidadoras... Por favor, Frankie. Não vai demorar muito, prometo.

A menina suspira, porém permanece com um olhar preocupado.

— Tá bem.

— O que aconteceu naquele dia?

— Meu padrasto nos tratava mal. Ele batia em mim e me forçava a usar meus poderes para que ele assaltasse bancos. Eu posso me teletransportar e ele se aproveitava disso... — A garota começa. — Só assim que eu podia ir a rua. Ele nos mantinha numa cabana no meio de um bosque, porque eu só posso me teletransportar para lugares onde vejo.

Frankie enrosca os braços e olha para baixo.

— Eu nunca quis fazer isso, só que ele sempre ameaçava Sam para me forçar. Teve um dia que ele tirou uma arma do bolso e eu me desesperei. Peguei o Sam e tentei fugir, mas o lugar era cheio de árvores que bloqueavam a minha visão.

Frankie engole em seco.

— Mesmo assim, continuei em frente. E daí me encontrei com uma mulher. Ela falou para irmos embora e o matou.

— Você tem certeza disso?

— Sim.

Barry respira fundo.

— Frankie, não achamos as digitais de Caitlin no gatilho. Não foi ela quem matou Fitzgerald.

Frankie congela.

— Tem alguma possibilidade de que tenha sido outra pessoa? Você viu ou ouviu algo que fez parecer que mais alguém estivesse lá?

— Não — ela responde rapidamente. — Talvez meu padrasto tenha se matado por acidente.

— Pode ser, mas ele foi encontrado numa lixeira há quilômetros dali e sem roupa. A arma também estava em outro ponto distante da cidade. Frankie, você tem certeza que não se lembra de mais nada suspeito? — Barry insiste.

— Por que você está fazendo isso?

A garota eleva a voz e se levanta apressadamente.

— Eu já contei à polícia tudo o que eu sei, está bem?! Os últimos dias foram os piores da minha vida e mesmo assim eu passei horas na delegacia para tentar ajudar. Sam e eu estávamos aterrorizados, sujos, cansados e famintos e eu não me importei. Nós até tivemos cada pedaço dos nossos corpos examinados para cooperar com o caso. Você tem noção de como foi humilhante Sam e eu termos sido obrigados a nos expor daquele jeito?! — A menina dispara descontroladamente.

— Frankie...

Barry tenta acalmá-la, porém ela não lhe dá ouvidos.

— Só que os inquéritos já acabaram, ok?! Já fiz tudo o que pude para ajudar a descobrir o assassino, só que eu só vi os dois no bosque. 

A voz de Frankie continua aumentando e a sua respiração se torna mais rápida.

— Se não foi nenhum deles, então eu não sei. Só que não fui eu e não foi o meu irmão de dois anos. Nós fomos as verdadeiras vítimas da história, o nosso padrasto nos maltratou por meses e tentou nos matar! E eu só quero esquecer isso tudo!

Frankie diz ofegante e sua voz falha. Ela começa a soltar lágrimas pelo rosto desesperadamente. Contudo, ela as seca e tenta se recompor.

— Olha, eu agradeço por me ajudarem, mas não quero ser obrigada a falar do meu padrasto só porque consegui um teto, está bem? Apenas... me deixem em paz, por favor.

Frankie termina e caminha ligeiramente até o quatro, batendo a porta atrás de si.

Solto um suspiro frustrado e fito Barry.

— O que foi isso, Barry? — Pergunto.

— Eu estava tentando conseguir alguma pista — ele explica.

— É, mas esse não era o jeito! Scott e eu acabamos de conseguir fazer a Frankie conversar conosco e todo o esforço desceu por água abaixo agora.

— Desculpe.

Suavizo minha expressão.

— Eu não estou te condenando, ok? Só que Frankie está assustada e precisamos conquistar a confiança dela — esclareço.

— Eu sei, mas...

Barry suspira.

— Você não acha que ela está escondendo algo?

Estico as costas e respiro fundo, hesitante.

— Sim — confesso. — Só que ela não vai nos contar se não se sentir segura, Bar.

— Só que e se for tarde demais? Talvez a morte do Fitzgerald esteja ligada a Caitlin. Eu não sei, mas sinto como se tivesse uma bomba relógio e eu precisasse correr contra o tempo. E pode ser que o responsável pelo crime também seja uma ameaça aos dois.

Mordo o lábio, preocupado. As palavras de Barry só afloravam o meu mau pressentimento. Respiro fundo outra vez.

— Bom, só uma coisa que talvez responda nossas perguntas.

— Do que você está falando?

— Nós precisamos averiguar o caso nós mesmos.

Barry une as sobrancelhas.

— Como assim?

— Você pega as provas no departamento de polícia e nos leva até a cabana para vermos se encontramos alguma coisa.

Barry assente e nós caminhamos para fora da casa. Tranco a porta atrás de mim e rezo para que aquilo dê certo. Sabia que Frankie me odiaria por isso, mas era melhor do correr o risco de deixar Sam e ela ameaçados de alguma forma

 

+++

 

— Encontrou alguma coisa? — Pergunto olhando o vulto se mexendo rapidamente na minha frente.

Barry para e eu agradeço mentalmente por ele finalmente parar de usar a sua supervelocidade comigo.

— Talvez.

— O que é? — Pergunto.

Barry se aproxima me mostrando uma página de um caderno de Fitzgerald.

— Fui encurralado mais uma vez e tive que derrubar os caras. Sam ainda não tem controle de seus poderes e preciso dar um jeito nisso para que as limitações de Frankie parem de me prejudicar. — Barry lê em voz alta e me observa. — O que você acha que isso significa?

Fico olhando a página confusa e pensando nas duas crianças, tentando pensar em algo que repara neles e pudesse iluminar a minha cabeça. De repente, um pensamento me acerta em cheio e arregalo os olhos.

Barry faz o mesmo.

— O que foi Iris? — Ele pergunta.

— E se foi o Sam quem matou o Fitzgerald? — Questiono.

— Como assim? — Barry pergunta com a testa enrugada.

— Telecinese, Barry. E se Sam consegue movimentar objetos com a mente? — Sugiro. — Sam ter poderes psicocinéticos explica tudo, Bar. Porque o padrasto conseguia usá-los em seus crimes, porque ele teve uma morte tão enigmática, porque a Frankie está agindo de maneira tão estranha e não me deixa ficar perto do irmão... Até explica a xícara de café caindo na minha blusa hoje de manhã! E se Sam é quem foi responsável por tudo isso?

Barry permanece estático e nós dois trocamos olhares, assustados com tamanha possibilidade.
 


Notas Finais


O que acharam?
E o que vocês acharam desse episódio S-E-N-S-A-C-I-O-N-A-L de The Flash dessa semana? Estou morrendo e ressuscitando direto enquanto continuo assistindo as cenas. O MELHOR episódio até agora. Eu achei a segunda temporada uma merda e achei os 3.02 e 3.05 "bons episódios", nada de extraordinário...
Só que Killer Frost, MEU DEUS DO CÉU. Tiro para todos os lados. Até compensou todo o lixo de antes. O problema é que me deixou querendo mais e o próximo episódio é o crossover, o que significa que Team Flash quase não irá aparecer. :( Espero que eles sigam essa linha de boa escrita e parem de ignorar a Caitlin agora.
Não é coincidência que os episódios dela e que focam no trio são os melhores. Eles são o coração da série e o que levou o público a se apaixonar por ela, na minha opinião. Enfim, o que vocês acharam do show que a Caitlin deu soltando a verdade nua e crua e enfrentando o Barry? E o Cisco? Partiu meu coração! E sobre Wally e Julian. Feliz pelo meu bebê, frustrada com o que fizeram com o Julian. Não estou impressionada. Ele merecia mais. Não gostei muito da ideia de outro macho nessa sausage fest que é The Flash, mas ele é um tesouro para o seriado que está sendo desperdiçado. Enfim, espero que consertem isso nos próximos episódios. Agora vou ficar de olho nos 3x12 e 3x13 que a Dani falou, ela está animada por eles, o que me leva a crer que o Golden Trio irá se unir e entrar em ação pela primeira vez :) *cruza os dedos*
Ah, alguém pode me indicar música? dos gêneros pop rock/alternativo/indie/folk, mas do tipo de trilha sonora, sabe, aquele instrumental intenso e emocional, não música quase parando. Também não extremamente barulhenta, algo que vá crescendo e criando um clímax que soe como trilha sonora de algum drama ou algo assim, tipo as músicas de One Tree Hill (como 23 e Hear You Me do Jimmy Eat World) ou Smallville (como What You Feel do Chris Levy).
Ah, alguém vota aqui, por favor? Esse foi o primeiro episódio que realmente focou na Caitlin sozinha e deu a valorização que ela merece, e precisamos mostrar isso aos criadores. Votem na cena dela (e do Barry) como a melhor da semana, por favor! Com todos os celulares que conseguirem, computadores, tablets etc. Se alguém conseguir enganar o endereço de IP também, faça isso hehe. Sério, ela merece mais e estou me organizando para criar um grupo para reivindicar melhor tratamento a ela e para os autores darem atenção é preciso se manifestar em números. Enfim, aqui o link e obrigada!
http://t.umblr.com/redirect?z=http%3A%2F%2Fwww.spoilertv.com%2F2016%2F11%2Fscene-of-week-november-27-2016-poll.html%3Futm_source%3Ddlvr.it%26utm_medium%3Dtwitter%26m%3D1&t=ZDE1ZGM1MDRmYTViYWI5NmVkYTlhNTZiNmVjMDI3ODI1NjExODcwMixaRnJwWjNvaw%3D%3D&b=t%3A1eX4v2mcsz9WwPtoDSRUag&m=1
E alguém aí tem algum pedido ou algo assim? Uma história, um personagem, um ship? Não esperem que eu pergunte, apenas deem as sugestões e eu farei de tudo para usá-los aqui! E se ocorrer algo como você pedir um ship e depois mudar de ideia, não se preocupe também.
Enfim, muito obrigada sz


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