História Friday - Capítulo Seis

PARTE III

Sexta-feira 13 – O Massacre

— Gente cadê a Bárbara? — Perguntou Bruna.

— Eu acho que a noite foi boa e eles ainda não voltaram! – Dizia Duda sarcástica abrindo um pacote de biscoito recheado.

 Todos já haviam acordado. Alguns estavam arrumando as mochilas, apagando a fogueira e outros estavam comendo o que tinham levado para o passeio, biscoito, barra de cereal, barra de chocolate, que estavam guardadas nas mochilas. Com um pouco de água que tinham levado, eles matam a cede e improvisam para escovar os dentes.

 A turma estava se preparando para arrumarem um jeito de irem embora ou arrumar ajuda, mas percebem que Bárbara e Bruno não voltaram.

— Talvez eles estejam perdidos. – Dizia Maiara se aproximando de Thiago. – Amor, vem aqui. – Ela o puxa um pouco distante do pessoal. – Eu estou com medo, estou preocupada com a Bárbara. 

— Calma amor, você conhece a sua amiga, você sabe que ela deve estar dormindo em algum lugar por aí.

— Não sei amor... – Sussurrando, a japonesa olha em seus olhos com um pouco de aflição. – Ontem à noite, quando estávamos dormindo, eu ouvi um grito, era de mulher, e eu tinha quase certeza que fosse a Barbara.

— Será que não foi um sonho amor?

— Não Thiago! – Afirma um pouco irritada. – Eu levantei para ver, mas fiquei com medo e voltei a dormir.

— Podia ter me acordado. – Dizia puxando-a e a abraçando. – Ela está bem amor, nós vamos procurar por ela, ok?

— Tá bom.

 O anjinho e a japonesa se beijam e ficam abraçados por alguns segundos, até que voltam onde todos estão arrumando seus pertences.

— Tomara que tenha se perdido mesmo e nunca mais voltem! – Megan sussurrava rindo no ouvido de Izadora.

— Cruzes Meg. – Dizia a ruiva rindo. – Você é ridícula cara. – Finalizando com um sorriso.

— O que nós vamos fazer Jake? – Thiago diz se aproximando de seu amigo.

— Eu não sei cara. Acho melhor comermos um pouco das coisas que ainda temos, mas não tudo, porque não sabemos quando vamos encontrar alguma ajuda... E esperar um pouco, para ver se a Bárbara volta.

— É verdade. Nossa única opção, mas não podemos demorar muito, não quero passar mais uma noite aqui. Depois eu vou procura-la, eu e Maiara. Ela está preocupada.

— Tá maluco! – Balança a cabeça discordando. – Temos que ficar juntos, vamos todos procurar por ela.

 Jake então se abaixa e senta ao lado de Iza.

— Está tudo bem? – A ruiva pergunta oferecendo biscoito salgado para seu melhor amigo.

— Uhum. – Balançando a cabeça concordando e pegando um biscoito no pacote. – Acho que sim.

(...)

— Por tudo que aconteceu, queria te pedir desculpas por não ter falado com você direito até agora. – Rafael diz sentando ao lado de Juliana.

— Ah, relaxa cara. Está tudo bem, aconteceu muito coisa ontem. – Diz a menina.

— É verdade.

— Eu nunca tinha visto ninguém morrer, foi assustador, ainda estou com isso na cabeça.

— Para todos nós, eu aposto. – Ele diz pegando em sua mão. – Calma, nós vamos esquecer isso, de algum jeito nós vamos. Eu estou aqui para te ajudar.

— Eu sei, você sabe que eu gosto muito de você. – Dizia puxando-o e o abraçando.

— Olha lá amiga, até o Rafael já chegou na Juju e o Vinicius nada. – Finaliza com um sorriso.

— Calma amiga, você sabe que ele é lerdo. – Megan dizia rindo.

 Depois dessas conversas e risadas, as horas iam passando. Jake olha em seu relógio de pulso e vê que já são quatro horas da tarde, percebeu que deveria tomar a iniciativa para que eles fizessem algo.

— Galera, o que nós vamos fazer? Nós temos que procurá-los. – Diz o moreno.

— Mas nós também temos que ir embora daqui. – Diz Duda.

— É verdade Jake, não podemos ficar aqui pra sempre esperando o casalzinho. – Diz Bruna. Ela também não gosta muito de Bárbara.

— E também o colégio ou nossos pais não irão sentir nossa falta, porque estamos no passeio, é o final de semana fora, lembra? – Diz Caio.

— Caio está certo, hoje ainda é sexta. – Diz Megan

— E sexta-feira 13, começamos mal. – Caio finaliza com uma risada.

— Mas também não podemos deixá-los galera. – Diz Thiago.

— Deixa Jake. Thiago me disse que vai procurar por eles, eu vou com ele, não precisa ir todos. – Rodrigo dizia se oferecendo para ir com seu amigo.

— Mas eu acho que se nos separarmos, vai piorar tudo. Vocês não veem filme de terror? – Diz Jake.

— É a nossa única opção mano. – Finaliza Thiago.

— Jake, enquanto eles o procuram, nós íamos atrás de ajuda, íamos até o ônibus para ver se apareceu alguém por lá. – Dizia Megan. 

— E outro grupo ficaria aqui esperando, vamos marcar uma hora para todos voltarmos pra cá. – Diz Iza.

— Obrigado por ninguém me dar atenção, mas tudo bem né, pode ser, já são quatro e dez, até umas seis horas todos voltaremos. – Dizia Jake.

 Com isso, todos decidiram se dividir em grupos. Uns iam procurar Bárbara e Bruno, alguns iam procurar ajuda e outros iam esperar no local que estavam. 

Grupos:

Procurar por ajuda     l        Vão esperar              l    Procurar pelo casal

Luiza; Caio; Eduarda  / Letícia; Vinicius; Patricia / Maiara; Thiago; Rodrigo

Jake; Izadora; Megan / Felipe; Rafael; John       / Juliana; Manuela; Bruna

— Eu vou ter que ir mesmo procurar por ela? – A baixinha insatisfeita sussurra com cara de nojo no ouvido de sua amiga. 

— Para também de reclamar Bruna. A Manu quer procurar por ela. Você sabe que elas são vizinhas, vamos de companhia. – Diz Juju. 

— Antes de escurecer todos estejam aqui. – Diz o moreno para seus amigos.

 Assim que se dividiram, um dos meninos, de cada grupo separa uma mochila para levar, com um lençol, uma garrafa d’agua, biscoitos e barras de cerais caso sintam fome e enfim eles entram na mata.

**********

 De tanto que já caminhavam, o grupo que foi procurar por Bárbara chega em um local super estranho, cheio de carros, vários transportes todos destruídos e objetos também, parecia ser um ferro velho. 

— Gente, nossa salvação. Deve ter algum carro funcionando, não é possível. – Diz Manu aliviada. 

— Cara aqui está cheio de coisas usadas. – Diz a japonesa. 

— Aqui deve ser tipo uma lixeira ou um ferro velho, sei lá. – Dizia Thiago entrando no primeiro carro que parecia funcionar.

 Muitos transportes lá estão destruídos, sem porta, vidros, apenas alguns estão inteiros. 

— Que estranho. – Dizia Rodrigo entrando em outro carro.

 Thiago e Rodrigo se dividiram. Cada um testando carros diferentes, enquanto as meninas olham o local. 

— Cara tem até coisa de criança aqui dentro desses carros. – Mais alto dizia tentando ligar o carro, em seguida olha o banco traseiro e vê um bebe conforto com um brinquedo em cima.

 Os seis estão alguns minutos andando nesse ferro velho, vendo muitas coisas estranhas, testando todos os carros pra ver se estão funcionando, mas nenhum deles está. Dentro dos veículos havia pertences de pessoas, até de crianças, até que Bruna acha um ursinho dentro de um carro. 

— Adorei, vou pegar pra mim! – Ela afirma rindo. – Perai... - Até que a baixinha sente algo estranho em sua mão. – Isso é sangue? - Dizia mexendo seus dedos vendo um liquido vermelho, rapidamente assustada, limpa em sua calça, em seguida coloca o urso em cima de um carro.

— Vamos sair daqui galera. – Diz o anjinho, um pouco assustado com aquele local.

— Calma Thiago. Aquele não é o ônibus em que viemos? – Pergunta Juliana.

 Antes de entrarem na mata para seguir o caminho de volta, o grupo fica espantado ao ver o ônibus. Está todo destruído por causa da explosão. Não entendiam o porquê ou como ele aparecera lá, entretanto, os curiosos iam a sua direção.