"Eu não conseguia..."
Era como se todas as minhas esperanças tivessem sumido como mágica ao meu ver.
"Era impossível parar de chorar..."
Aquilo que eu cometi,
"Todos os bons momentos passavam em minha mente como um filme, repetidas vezes..."
Aquilo que ela cometeu,
"Era impossível parar com meus atos..."
Aquilo que todas nós cometemos.
"As páginas foram escritas a tinta..."
Eu achava que minhas ações estavam certas,
"E agora já não era possível reescreve-las..."
Mas na verdade elas estavam apenas destruindo cada uma delas, por dentro, pouco a pouco...
xXx
15/08/2016 16:38
O meu celular tocava.
Era um número desconhecido. Na verdade, praticamente todo e qualquer número seria desconhecido.
Eu havia apagado a maioria dos contatos, deixando apenas o de Kim e de minha mãe.
"E por que o número de Kim continuava ali? " Eu me perguntava.
Eu não consigo acreditar que Kim faleceu e eu nunca acreditarei. Eu ainda tenho esperanças de que seja apenas uma brincadeira de muito mal gosto de alguma das meninas ou de alguma pessoa insignificante pelo mundo.
No fundo eu sabia que não era verdade, mas negava a todo custo acreditar.
Quando a minha paciência já estava esgotada de tantas ligações telefônicas eu resolvi atender.
"Alô? " – Digo com a voz fraca, depois de umas duas horas chorando num canto qualquer do meu apartamento.
"Alô, Kate!? Graças a Deus você está bem! Eu já bati na porta da sua casa, mas pelo jeito você não estava. Onde está agora? " – A voz de Clarice ecoava pelo apartamento de tão alto que a mesma gritava.
"..." – Fiquei em silêncio. Não queria ninguém ao meu lado, exceto Kim. O que era claramente impossível.
"Kate? Você está bem? " – Ela perguntou preocupada.
Desliguei o telefone e coloquei no mudo. Me encolhi no canto em que estava e chorei mais.
Não sei por quanto tempo eu fiquei lá, chorando, mas sei que dormi logo depois.
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