História Friends - Grávida?

No último capítulo:

  Quando não tínhamos mais forças para continuar, senti que estava caindo num abismo sem fim. A vertigem ainda fazia cócegas em minha barriga. Gememos longamente e por fim suspiramos felizes.
Estávamos ofegantes, com os lábios inchados e a pele com marcas de arranhão beijos e coisas do gênero; mas o mais importante de todos, estávamos satisfeitos. Rimos um para o outro e nos abraçamos.  

Pov. Ginny:

Já se tinha passado um mês desde que meu irmão voltara e descobrira que eu e o Harry estávamos namorando, e meu irmão desde então vinha me chantageando por isso, até que na semana passada o Harry veio aqui em casa falar com meus pais sobre isso.

Acordo com o som de Panda, e pego meu celular, para ver quem estava me ligando às 7 horas da manhã de um sábado, uma imagem minha e do Harry saindo do cinema sorridentes, ainda frustrada por ele ter interrompido meu sono atendo o celular.

—Oi Gi. -Fala animado e escuto vozes masculinas no fundo.-Você tem de que horas são, Potter?-Pergunta ácida, sem me importar em ser simpática.

—Sim, são sete e meia da manhã. -Ele fala com tom de voz alegre, sem se deixar abalar pela minha resposta anterior.

—É praticamente de madrugada, por que diabos você me acordou a essa hora?-Pergunto irritada e o escuto bufar do outro lado e mais vozes masculinas, mas dessa vez alteradas.

—Fiquem quietos eu estou falando no telefone!-Escuto ele gritar com quem quer que seja que está em seu quarto. -Enfim ruiva, minha mãe tá te chamando para vir em um piquenique com a gente hoje, eu ia te avisar ontem, mas quando ela me falou isso já eram duas da manhã, então você topa?—Pergunta animado e eu juro que eu ouvi o sorriso em sua voz, escuto vozes femininas e uma mistura de vozes masculinas do outro lado enquanto o Harry falava.

—Se a minha mãe deixar eu vou, quem mais vai?-Pergunto curiosa e escuto sua risada e som de risos no fundo.

—Eu, meus pais, a Mione, a Adh, a Cath, o Matt e você. —Responde ele com a voz mais alta que o normal para se sobrepor o barulho.

—Entendi, vou ver com a minha mãe, espera só um minuto, okay?-Pergunto saindo das minhas confortáveis cobertas e indo lavar meu rosto enquanto o retardo do meu melhor amigo tagarelava sobre um skate novo que ele tinha visto.

—Já falou com ela ruiva?—Pergunta impaciente pela 3° vez, e aquilo já estava me deixando irritada.

—Já disse que não Harry! Eu nem sai do quarto ainda, espera um pouco. -Reclamo já saindo do quarto e batendo a porta atrás de mim, escuto ele bufar e alguns sons de risos femininos de fundo.

—Então, como você dormiu ruiva?-Pergunta ele com a voz normal, mas eu pude notar um pouco de preocupação em sua voz, isso só por que eu disse que estava me sentindo tonta ontem.

—Eu dormi bem e você?-Respondo mais calma, descendo as escadas pulando os degraus, ele ri e dessa vez sem vozes de fundo apenas baques surdos.

—Eu quase não consegui dormir. -Fala rindo e o acompanho nas risadas, eu conhecia muito bem Harry e sabia que a partir dessa frase não vinha nada de inocente.

—E eu posso saber o que você estava fazendo para quase não dormir, hein Potter?-Pergunto com a voz meio raivosa e meio divertida, escuto sua risada novamente, acompanhada de um sonoro Ouch.

—Tudo isso é ciúmes Gin?—Pergunta debochado e eu reviro os olhos o ignorando. -Eu fui em uma festa ontem, mas pode ficar tranquila eu não pulei a cerca, nem fiquei bêbado.-Ele responde com uma risada e eu escuto ao fundo o Matt falar rindo " É mentira dele ruiva, ele encheu a cara e saiu sendo arrastado por mim e pela Adhara.".

—Vocês dois não prestam!-Exclamo rindo e quase tropeçando no último degrau da escada, solto um palavrão baixinho e escuto as risadas deles e dos outros.

—Que feio pimentinha xingando, uma menina não deve usar esse linguajar. -Brinca o Harry fingindo uma voz reprovadora e eu escuto a voz do Matt exclamar rindo "Ele tem desejo de morte, só pode!"

—Vai se foder Potter. -Resmungo em voz baixa enquanto ia até a cozinha, onde eu já sabia que eu encontraria minha mãe.

—Bom dia mamãe, bom dia papai. -Cumprimento alegremente e escuto meu namorado bufar do outro lado da linha, os olhares chocados de meus irmãos caem sobre mim, já que eu sempre era a última a acordar e quando acordava cedo ficava extremamente estressada.

—Bom dia princesa. -Cumprimenta meu pai amorosamente com um sorriso paternal e me dá um abraço.

—Bom dia querida. -Cumprimenta minha mãe com um sorriso depois de sair de seu estupor.

—Caiu da cama Gininha?-Pergunta George irônico.

—Quase isso. -Falo bufando e escuto a risada do Harry do outro lado da linha.-Cale a sua boca Potter ou eu nem me dou o trabalho de falar com a minha mãe.-Falo raivosa no telefone e vejo minha família trocar um olhar de compreensão e eu estreito os olhos em direção a eles.

—Eu não disse nada amor, mas então você já perguntou para a sua mãe?— Pergunta ele se fazendo de inocente, enfatizando a palavra amor enquanto falava.

—Não se faça de sonso, e que merda eu já disse que não!-Falo já irritada e vejo minha mãe me olhar repressora, ela detestava que nós mexêssemos no celular enquanto comíamos.-E por favor me deixa tomar meu café da manhã em paz, já que você já fez o favor de me acordar as sete e meia da manhã!

—Eu não sou sonso Ginny!-Exclama com certa irritação na voz e eu escuto as risadas do Matt. -E eu não tenho culpo se você dorme muito...Coloca no viva voz, quero dar bom dia para a tia Molly e pedir logo já que você tem que tomar café da manhã.

—Tudo bem, tudo bem, e você é sonso sim Harry!-Cedo colocando no viva voz e espero sua resposta, mas tudo que eu escuto são barulhos distantes e risadas femininas, vejo minha família me encarar interrogativos e eu dou de ombros.-Harry pediu para falar com vocês pelo viva voz.-Explico com um sorriso e franzo o cenho pelo fato de ele ainda não ter falado nada.

—Me devolve o celular Matthew!—Escrito os gritos do Harry e a risada do filho mais velho dos Black's. - Tia Lily o Harry não me deixa mexer no video game dele. -Grita o Matt rindo e eu escuto as risadas da Adhara e da Cath, escutamos passos vindos da escada

—Pelo amor de Deus fiquem quietos! E Harry saia de cima do Matthew, você tem namorado meu filho e Matthew pare de morder o Harry por que você não é um cachorro e devolva o celular para ele. — Fala o tio James em uma voz mais alta que o normal, tudo fica em silêncio e eu sentia os olhares de meus pais em mim

—Hey ainda está vivo Harry?-Pergunto divertida e em resposta recebo sua risada que parecia meio rouca.

—Oh yeah, bom dia tia Molly, tio Arthur, bom dia Fred e George. —Fala ele com a voz simpática e eu reviro os olhos, deixo o celular em cima da mesa e começo a passar geléia em uma torrada e colocar um pouco de bacon e ovos em um prato e em seguida encher um copo de suco de morango. 

—Bom dia Harry querido, a Ginny disse que você queria falar comigo. -Fala minha mãe com um quê de curiosidade na voz.

—Ah sim, bem meus pais e eu queríamos saber se a senhora deixa a Ginny vir com a gente para um piquenique hoje.—Ele fala com a voz tranquila e feliz, minha sorriu e eu alheia a esse sorriso continuei a comer, meus irmãos e meu pai trocaram olhares cúmplices e eu alheia a este fato continuei a prestar atenção na conversa.

—Claro que ela pode querido, que horas vai ser?-Pergunta ela com um sorriso maternal, ela amava o Harry como um filho.

—Entre nove e meia e dez, alguma coisa assim, é um lugar meio longe, então eu acho que é melhor a Ginny não se atrasar, e não precisa fazer nada tia Molly, minha fez o suficiente para um batalhão. —Ele responde com animação, era evidente que ele amava esse tipo de coisa, principalmente quando era com sua família, peço o celular para minha mãe que me devolve com um sorriso e vejo meus irmãos sorrirem maliciosos, reviro os olhos e retiro do modo viva voz.

—Eu não acredito que você me acordou às sete e meia da manhã sendo que iria sair só entre nove e dez horas da manhã! Você é ridículo Harry!-Brigo com ele já ficando irritada e ele ri abertamente.

—Do jeito que você demora a se arrumar, nós só íamos sair daqui às duas da tarde. -Ele fala ainda rindo e eu reviro os olhos pela sua criancice, afinal eu não demorava tanto assim.

—Eu não demoro a me arrumar! E para de rir!-Falo irradiando irritação e ele ri ainda mais, aquele garoto tá pedindo para morrer só pode-Cala boca retardado, eu vou desligar agora, e vou ir me arrumar, eu quero você aqui as nove em ponto entendeu Potter?-Pergunta ácida e ele resmunga algo incompreensível do outro lado da linha.

—Tudo bem senhorita mandona, mas esteja pronta okay?—Fala sarcástico e eu bufo impaciente e escuto meus irmãos prenderem o riso e olho raivosa para eles.

—Eu não sou mandona e eu vou estar pronta!-Reclamo com a voz meio manhosa e meio irritada.

—Tudo bem amor, se você não tiver, eu espero. —Ele responde amoroso, eu realmente poderia me acostumar com ele como meu namorado se ele não gostasse de outra e fosse meu melhor amigo.-Tchau Gi, eu tenho que me arrumar ainda, passo aí as nove.

—Tchau Harry, até mais tarde. -Finalizo desligando o celular, quando olho para cima vejo minha família me encarando e sinto meu rosto corar, com a cabeça baixa volto a comer, mas escuto os risinhos de Fred e George, e isso estava me irritando muito.

—O que foi hein?-Pergunto impaciente, cortando o bacon com mais força que o necessário.

—Nada, não Gininha... -Começa George com o sorriso malicioso.

—Só estávamos reparando... -Fala Fred com o mesmo sorriso, continuando frase de George, aquilo me irritava profundamente, eles quase sempre completavam as frases um do outro ou falavam juntos.

—Em como você manda no relacionamento e como você é amorosa com o Harryzinho. -Terminam juntos sorrindo abertamente e eu rosno.

—Isso não é dá conta de vocês dois!-Esbravejo com o rosto vermelho e me levanto bruscamente da mesa, subo as escadas com raiva, mas ainda consigo ouvir minha mãe ralhando os gêmeos, subo correndo para o terceiro andar, onde ficava meu quarto, e sem querer esbarro no Ron, que me olha com uma carranca, ele parecia mal, tinha bolsas pretas embaixo de seu olho, sinal de que ele não estava dormindo bem e ele estava mais pálido que o normal.

—Bom dia Rony. -Falo um pouco fria e ele me olha com uma careta.

—Só se for para você, agora sai da frente pirralha. -Fala ele mal humorado e passa me empurrando fazendo com que eu batesse de costas com a parede, saio meio cambaleando dali e xingando ele de nomes inapropriado para meu quarto, assim que eu chego solto um sonoro suspiro e vou até o banheiro, tomo um banho demorado e lavo os meus cabelos demoradamente e após me dar por satisfeita, saio do banho me sentindo mais leve, olho no relógio do quarto e me assusto a ver que já são 8:30, Harry estaria aqui em meia hora e eu não tinha idéia do que vestir.

Depois de passar quinze preciosos minutos ali, por fim eu escolho uma saia preta e uma blusa branca com a palavra "MEOW" e a carinha de um gato, uma jaqueta jeans, uma ankle bootie marron, coloco brincos pequenos em formato de coelhinhos, uma bolsa preta pequena em formato de gato, uma pulseira com pingentes diferentes e me sento na penteadeira para começar a secar o meu cabelo que estava extremamente cheio e tentar dar um jeito no meu rosto, faço uma escova em meu cabelo para tirar um pouco do volume e faço um gatinho simples, passo um batom rosa clarinho e desço com minhas botas na mão.

Quando chego à sala encontro o Harry conversando animadamente com meus irmãos - menos o Ron- e meus pais, cumprimento a todos e dou um tapa na cabeça do Harry como saudação. (Hoje Gui, Fleur, Victorie,Dominique, Louis, Carlinhos e Percy, estavam aqui.)

—Ow Ginny, eu mal cheguei e já tá me tratando com essa violência toda, é?-Pergunta ele com diversão brilhando em seus olhos, esfregando distraidamente o local onde eu bati.

—Aah eu machuquei você, é? Quer beijinho, é neném?-Pergunto com a voz infantil e ele me olha interrogativo, e meio hesitante ele confirma, sorrindo maléfica, passo por ele e coloco a bolsa com tudo em seu colo. -Então pede para aquela sua amiguinha xing ling!-Falo irritada me referindo aos encontros na biblioteca dos dois e do fato dele falar com ela, mesmo sabendo que eu odeio ela, ele bufa e mexe nos cabelos em sinal mais que claro de irritação.-Ou você pode também ir atrás daquela vadia da Vane.-Falo com raiva, afinal mesmo que não estivéssemos namorando de verdade, eu nunca gostei delas, e elas mesmo sabendo que estamos - falsamente- juntos, elas se jogam em cima dele.

—C'mom Ginny, não é minha culpa, já te falei, eu só estava ajudando ela, para de birra!-Ele fala impaciente me olhando repressor, por estar falando perto de minha familia, ignorando seus olhares dele eu continuou a colocar o sapato e olho para ele.

—Eu não estou fazendo birra! Você me acorda às sete e meia da manhã de um sábado, sabendo que eu fui dormir tarde por sua culpa, fica dando confiança para aquelas oferecidas e eu vi muito bem você todo felizinho com aquela loira aguada. -Falo irritada me abaixando para colocar a bota e quando vou levantar a cabeça, bato a mesma na mesa.

—Para com isso Gi, eu não fiz por mal você sabe né? E elas não são nada comparadas a você, e não chame a Mel de loira aguada, ela é só uma amiga minha mais nada. -Ele fala com calma se abaixando para ficar da minha altura.-Você se machucou?-Pergunta com carinho passando a mão em minha cabeça.

—Eu estou bem. -Falo com um a voz mais calma, era estranho como ele conseguia me acalmar e me fazer sorrir sem quase nenhum esforço.-Onde você estava ontem para voltar só as duas da manhã para casa?-Pergunto quando ele se levanta, levanto minha cabeça e vejo que todos nos observavam atentamente, eu sinto meu rosto considerar e vejo que o Harry estava vermelho, muito provavelmente pela pergunta.

—Nossa Gin, você está muito linda!-Ele exclama de repente, e me dá um beijo na bochecha. -Agora que você está pronta e tudo mais, eu acho melhor nos irmos, sabe? Acho que estamos atrasados e tudo. -Ele fala tudo rapidamente, e com um sorriso tão verdadeiro quanto uma nota de um real, coloco as minhas duas mão na cintura e estreito meus olhos em sua direção.

—HARRY POTTER! SEU CRETINO! VOCÊ ESTÁ MENTINDO PARA MIM, É ISSO MESMO?-Grito elevando minha voz ao máximo e vejo ele recuar um passo, minha familia agora nos olhava assustados e o Potter estava branco com papel.-Aposto que estava naquelas boates que você vai, e dando em cima de todas aquelas putas, por que você é assim, né? Eu mal viro as costas e você está comendo outra, tudo isso por que você não consegue ficar com uma menina só!-Falo venosamente com um sorriso sarcástico, vejo ele fechar os olhos e suspirar com o cenho franzindo vou até ele, ele nunca abaixava a cabeça, ele sempre revidava, quando ele abre os olhos, vejo que ele estava se controlando para não gritar e que ele se fosse fazer, não ia fazer em frente meus pais.

—Não é hora nem lugar para falar sobre isso Ginny. -Ele fala com a voz desprovida de emoção, assim como seu rosto que estava impassível.-Nós realmente temos que ir, mas se você não quiser, bem pode ficar em casa, afinal eu não quero estragar o seu final de semana perfeito!-Ele fala com a voz ácida e fria como gelo, ele me olhava decepcionado, e ali eu soube eu tinha ido longe de mais. -Tchau tia Molly, tio Arthur, Victorie, Fleur, Fred, George, Gui, Carlinhos, crianças.-Ele fala calorosamente e eu sinto meu peito se apertar, o olho com os olhos lacrimejando, mas não falo nada.

—Eu vou, tchau pessoal. -Falo com a voz baixa e sigo ele para a porta em um silêncio cortante, entramos no carro ainda em silêncio, o que era muito incomum, nós sempre estávamos conversando ou rindo, mas não hoje.

O silêncio me incomodava profundamente e eu já estava cansada de fingir que nada tinha acontecido, eu estava me sentindo um pouco enjoada também, pela primeira vez desde discussão, eu o olho e reparo que ele estava sério e atento a estrada, passamos por um quebra molas que fez o carro sacolejar particularmente forte e eu sinto o meu estômago embrulhar, ignorando o fato de que estávamos brigados eu coloco a mão em cima da dele.

—Harry, para o carro, por favor, eu não tô me sentindo bem?-Falo com a voz baixa, e vejo ele me olhar de esguelha. -Por favor Harry.-Peço com a voz baixa e vejo que ela soou chorosa, ele percebendo que eu não estava mentindo, faz o retorno e encosta o carro perto de um matinho, sem dar explicação ou olhar para ele, saio correndo do carro, escuto a porta bater, mas não presto atenção, me abaixo para evitar me sujar muito, e vejo meu café da manhã sendo jogado ali, sinto duas mãos segurarem meu cabelo o impedindo de sujar de vomito, alguns minutos depois sinto que não tinha mais nada para fazer ali me levanto e dou de cara com Harry me olhando atento, ele me entrega um lencinho e me ajuda a ficar de pé.

—Você está melhor Gin?-Ele pergunta com a voz preocupada e eu aceno, mas paro rapidamente, acenar me dava enjôo e tontura, ele me olha mais atentamente. -Obviamente você não está, vem vamos para o carro, eu vou te levar para a minha casa e se você não melhorar, nós vamos te levar ao hospital, está bem?-Ele fala em tom de assunto encerrando e eu confirmo com a cabeça lentamente, o sigo para o carro e ele me manda deitar no banco de trás, ele liga o rádio com o intuito de me distrair e eu agradecia a Deus por ele ser assim, mesmo estando brigado comigo ele se preocupava.

—Harry. -Falo baixinho e ele me olha rapidamente, mas indicou que eu podia falar e que estava prestando atenção. -Me desculpa? Eu não sei o que está acontecendo comigo ultimamente, venho tendo essas tonturas e esses enjôos, meu humor não para de mudar e ando tão estressada com o próximo jogo e eu acho que acabei descontando em você. Me desculpa, eu não queria falar aquilo, eu só estou muito estressada, você perdoa?-Peço já quase soluçando e ele me olha de novo quando o sinal fecha, mas diferente do outro ele me olhava com compreensão, carinho e outros sentimentos que eu não conseguia ver.

—Eu te desculpo Ginny, mas tente não fazer isso, eu odeio quando você fala assim comigo, eu sei que eu era daquele jeito, mas eu tô tentando mudar. -Ele fala com sinceridade e eu dou um sorriso amarelo confirmando que tentaria me controlar mais.-E eu acho que você tem que me recompensar depois tudo que você fez comigo, né ruiva?-Pergunta maroto e eu lhe dou o dedo do meio e ele gargalha gostosamente.

—É tudo por causa dessa menina, Harry?-Pergunto curiosa e vejo ele ficar vermelho e assentir meio hesitante.-Que lindo Harry! Você tá tentando mudar por ela, você deve realmente gostar dela, mas como ela é eu conheço, ela estuda em Hogwarts High?-Tagarelo e vejo o moreno sorrir abertamente.

—Ela é especial Gi, quando for à hora você vai saber quem é. -Ele fala com um sorriso misterioso e para o carro e começa apertar a buzina, olho para janela e vejo que estávamos em frente a casa da Hermione, a morena sai de casa correndo, ela estava radiante, usava uma blusa verde água com as costas trançadas, um short de jeans claro, jaqueta jeans, uma pulseira dourada com vários pingentes ( um coração, a torre Eiffel, uma chave, um cadeado e etc.),uma bolsa bege pequena e uma sapatilha de panda, seus cabelos estavam presos em rabo de cavalo alto com seu cacho bem definidos.

—Bom dia Harry. -Cumprimenta ela se sentando no banco da frente e dá dois beijos, um em cada lado do rosto do moreno que sorrir para ela.

Bom dia Mione. -Ele fala com um sorriso fraternal. -Com você está?-Pergunta com um sorriso enquanto saia da rua dela.

—Eu estou bem Harry e você?-Pergunta ela o olhando atentamente e ele apenas sorri e bagunça o próprio cabelo, percebendo que essa era a única resposta que teria do moreno, ela balança a cabeça e sorri novamente. -Harry cadê a Ginny?-Pergunta curiosa e ele ri uma risada gostosa, sensual e verdadeira.

—Eu não acredito que você ainda não a viu Mione, ela está no banco de trás. -Ele responde rindo e aponta para o banco de trás onde eu me encontrava jogada, jogando um joguinho qualquer, Mione sorri envergonhada para mim.

—Oi ruiva, não vi você aí. -Fala ela sorrindo para mim, dou um sorriso para ela e o Harry olha para mim com um sorriso sacana.

—Eu disse que você tá muito magra Ginny, a Hermione quase não te viu, aí!-Ele brinca enquanto trocava de marcha e eu dou o dedo do meio para ele, que ri.

—Oi Mione, tudo bem?-Pergunto ignorando o Harry que cantarolava alguma besteira qualquer, ele tinha uma voz bonita, mas odiava cantar para as pessoas, eu descobri isso quando uma vez quando éramos mais novos eu fui para casa dele e a tia Lily disse que ele estava na 3° sala do 4° andar.

Flashback on:

Eu estava com muita raiva de meus irmãos, eles não paravam de implicar comigo, só porque eram mais velhos e eu era menina não me deixavam jogar Futebol, entro em casa com raiva e vou procurar minha mãe que estava de folga e por isso estava na cozinha.

—Mãe, posso ir à casa do Harry?-Peço entrando na cozinha e minha mãe me olha avaliadora, antes de sorrir.

—Vá ligar para Lily e ver se você pode ir, se ela puder eu deixo. -Ela diz com um sorriso e eu vou correndo para a sala para ligar para a Tia Lily, disco os números com pressa espero não tão pacientemente ela atender.

—Alô. -Fala voz da tia Lily e eu me animo.

—Oi tia Lily, é a Ginny. -Falo com a voz animada.

—Oi querida, tudo bem?-Pergunta ela com a voz maternal.

—Tudo sim tia, e você?-Falo feliz, quase pulando no sofá.

—Eu estou bem querida. -Fala ela rindo e eu sinto minhas bochechas queimarem.

—Tia, eu posso ir aí hoje?-Peço mordendo os lábios e escuto a risada melodiosa de Lily Potter chegar a meus ouvidos.

—Claro querida, por que não vêm dormir aqui também? O Harry está reclamando a dias de ficar sozinho. -Ela fala com a voz bem humorada e eu concordo rapidamente.

—Eba! Obrigada tia Lily. -Falo feliz e pulo no mesmo lugar.

—De nada querida, você quer que eu mande o motorista te pegar?-Ela pergunta com delicadeza, afinal ela sabia que eu não poderia ir sozinha e que era provável que minha mãe não pudesse me levar.

—Não sei tia, vou perguntar minha mãe. -Respondo e daquele mesmo lugar grito minha mãe que aparece no vão da cozinha rapidamente.

—O que foi querida?-Pergunta ela preocupada, sorrindo encabulada entrego o telefone a ela, que fala rapidamente com a mãe do Harry.

—Tchau Lily, obrigada pelo motorista, vou avisar ela sim. -Fala minha mãe com um sorriso e desliga o telefone.-A Lily disse que você pode dormir lá se você quiser, e que o motorista chega daqui a 30 minutos, então vá arrumar suas coisas e se arrumar, não demore.-Ela fala sorrindo e eu já corria escada acima, entro no meu quarto e começo a colocar algumas roupas na minha mochila de ursinhos e depois de ter tudo que eu achava necessário ( roupas, um ursinho de pelúcia, minha escova de dente lilás de gatinhos e meu creme dental de tuti-frutti), tiro meus shorts sujos de terra e minha blusa suja de tinta, jogo tudo na cesta de roupas sujas e entro no banho, e saio de lá com os cabelos molhado e com um macaquinho florido, sento na minha penteadeira e começo a pentear meus cabelos.

—Ginny querida, você já está pronta?-Pergunta minha mãe entrando no meu quarto com um sorriso no rosto.

—Ainda não mamãe. -Respondo tentando fazer maria Chiquinha, mas é em vão, olho para a minha mãe que segurava o riso e faço um bico.-Mamãe faz Maria Chiquinha em mim?

—Claro querida. -Responde entrando completamente em meu quarto e sentando se em minha cama, sento em sua frente e ela começa a pentear meu cabelo com calma e leveza, alguns minutos depois as minha preciosas madeixas estavam presas em uma Maria Chiquinha perfeita.

—Obrigada mamãe. -Agradeço a abraçando e beijando seu rosto, logo ouvimos o som da buzina, desço correndo as escadas com minha mochila na mão e derrapo no tapete do primeiro andar.

—Cuidado Ginny!-Minha mãe fala com seriedade.

—Desculpa mamãe. -Falo me desculpando olhando para o chão envergonhada, minha mãe vem até mim e me dá um beijo na bochecha.

—Tudo bem querida, agora vá que o motorista está esperando, e comporte-se viu mocinha?-Ela fala sorrindo e eu beijo sua bochecha alegremente, antes de correr em direção ao portão da frente, chego lá onde o carro preto estava parado e sorrio involuntariamente.

—Boa tarde Hagrid!-Falo sorrindo para o motorista alto e amigável dos Potter's.

—Bom dia menina. -Ele fala com um sorriso grande.-Seu irmão não vai hoje?-Pergunta abrindo a porta para mim e eu sorrio em agradecimento.

—Não, ele nem sabe que eu tô indo na verdade, mas eu quero falar com o Harry sem ele me perturbando. -Falo tudo rapidamente e ele rir.

—O Harry vai adorar te ver, ele anda muito sozinho, agora que o Matt e os outros viajaram, o James e a Lily estão trabalhando muito esse verão e o menino fica muito sozinho, ou tem que ir para a escola de música que só vai entrar de férias semana que vem. -Ele comenta meio chateado pelo Harry.

—Ah ele deveria ir lá pra casa então! Mamãe não iria se importar. -Falo sorrindo não entendendo o por que de tudo aquilo, Hagrid sorri pela minha inocência e continua a dirigir sem mais conversar sobre isso, me perguntando sobre a escola e os meus novos amigos.

Falamos todo o caminho de volta, conversando animadamente, que eu nem percebi que estávamos perto somente notei quando paramos na garagem, Hagrid sai primeiro e depois abre a porta para eu sair, pego minha mochila e desço do carro com um sorriso enorme no rosto.

—Obrigada Hagrid!-Agradeço saltitando até a saída da enorme garagem dos Potter's. Saio para o jardim e fico o olhando atentamente, para mim a melhor parte da casa era ali, era tudo tão colorido, tão cheio de aromas, flores, árvores, era tão especial, claro eu falo só do jardim da frente. A casa tinha quatro andares, um sótão e um porão, era uma mansão no estilo Victoriano, com uma varanda bonita na entrada, sacadas em todos os quartos, o jardim da frente tinha um caminho de pedras do portão de ferro até a garagem e outro até a porta da frente, era um jardim grande com muitas arvores e canteiros das mais diversas flores, tinha uma fonte perto do coreto e um laguinho, na parte de trás tinha mais arvores, balanços e escorregas e outros brinquedos e uma piscina enorme. Vou correndo em direção da casa e entro com um sorriso no rosto e encontro a tia Lily saindo da cozinha conversando com as empregadas sobre alguma coisa que eu não podia compreender.

—Oi Madrinha!-Falo sorridente indo até ela que olha para minha direção e sorrir maternalmente e abre os braços, indicando que eu poderia me jogar ali, pulo em seu colo e ela me levanta.

—Oi meu amor, como você está?-Ela fala com um sorriso me colocando no chão novamente.

—Eu estou bem madrinha, e você?-Pergunto a seguindo ela para a cozinha, com um sorriso no rosto.

—Eu estou bem querida, acho que você está procurando o Harry, certo?-Pergunta se virando para mim e eu concordo olhando para ela com curiosidade, enquanto a mesma colocava biscoitos e chá em uma bandeja. -Ele está na sala de música, leve esse lanche para você comerem, tá bom?-Pergunta ela se virando para a geladeira, e eu concordo saindo da cozinha e indo para o andar de cima, quando chego lá escuto a melodia suave do piano e uma voz mais suave ainda vindo do quarto que a minha madrinha disse que o Harry estava. Entro e vejo algo que nunca pensei ver, ele estava ali tocando o piano perfeitamente, sua voz acompanhando a melodia suave produzida pelo piano.

—Somewhere over the rainbow, blue birds fly...-Ele canta suavemente sem nunca desafinar, coloco a bandeja apoiada em uma mesa e me sento ali.-Birds fly over the rainbow. -Why, then, oh why can't I? If happy little blue birds fly...-Ele canta ainda alheio a minha presença ali, sorrido ainda apreciando a voz aveludada de meu melhor amigo o observo tocar as notas mais finas do piano para finalizar a canção.-Beyond the rainbow...Why oh why, can't I?-Ele termina eu começo a aplaudi-lo com um sorriso no rosto, ele se vira para mim surpreso e corro até ele e lhe dou um abraço apertado.

—Oi pimentinha. -Ele brinca bagunçando meu cabelo e eu bufo e mostro a língua para ele, que ri.

—Cala boca porco espinho. -Falo o abraçando de novo.-Por que não me contou que tocava e cantava?-Pergunto curiosa o olhando atentamente e o vejo corar profundamente.

—Ah eu não quero que as pessoas saibam Ginny. -Ele explica dando de ombros e olha para a bandeja gulosamente.-Vamos comer? Eu tô morrendo de fome!-Ele fala me puxando para a mesa eu rio.

Flashback off.

Nós éramos tão ingênuos, não víamos maldade em nada, nossa amizade continua assim, firme e forte como quando tínhamos 7 e 8, e achávamos que beijar era nojento e Papai Noel existia, quando ainda escutávamos historinhas para dormir e não sabíamos nadar e mesmo que agora as coisas estejam diferentes, eu não voltaria atrás a não ser por lembranças, por que nossa amizade ainda continuava a mesma e nunca ia mudar.

—Ginny já chegamos, você vem ou vai ficar no carro com cara de paisagem?-Pergunta o Harry com a delicadeza de um Ogro dançando ballet, bufo e me levanto da posição mais que confortável em que eu estava.

—Você não pode ser mais grosso, não?-Pergunto sarcástica olhando para ele e ele sorri ironicamente para mim e me empurra de lado, o empurro de volta e continuamos assim durante todo caminho até a casa, que continuava a mesma desde nossa terna infância.

—Vocês vão acabar se machucando!-Briga Hermione acho que pela 100° vez desde que começamos a fazer isso, nos viramos e damos língua para ela. -Vocês são tão imaturos, acho que um bebê é mais maduro que vocês dois!-Fala ela revirando os olhos e nos encarando, Harry sorri maliciosamente e chega perto de mim.

—É claro que eu sou mais maduro que um bebê Mione, um bebê não pode fazer isso. -Ele fala malicioso me puxando para ele e abraçando minha cintura.-Nem isso.-Diz me dando um selinho, mordendo meu lábio inferior e depois começando um beijo calmo, esqueço que Hermione estava ali e que estávamos na porta da casa dele, e me deixo me perder no beijo, levo uma de minhas mãos para seu cabelo o bagunçando e a outra em sua nuca, ele aprofunda o beijo e começamos aquela já conhecida dança sensual e prazerosa com nossas línguas, explorando o lugar já muito conhecido, começo arranhar sua nuca devagar e o ouço gemer rouco, nos separamos lentamente com ele mordendo meu lábios e os puxando, olhamos para Mione que nos encarava com raiva e ainda abraçada a Harry abro a porta, dando passagem para ela.

—Vocês dois são insuportáveis!-Ela fala entrando dentro da casa e nós a seguimos, eu com o rosto vermelho e ofegante e Harry vermelho com um sorriso malicioso no rosto.

—Finalmente vocês chegaram. -Exclama Matt com felicidade, ele estava jogado no sofá olhando entediado para a televisão em preto.-Por que diabos vocês demoraram tanto?-Ele pergunta nos olhando avaliador, primeiro ele repara na Hermione que ainda estava vermelha de raiva e depois em nós que estávamos com as roupas amassadas e rostos vermelhos.

Antes que ele pudesse ao menos falar, tia Lily, tio James, Cath e Adh, entram na sala e olham diretamente para nós dois.

—Olá Hermione querida. -Fala a ruiva mais velha indo abraçar a morena, que ainda nós olhava com raiva.

—Oi tia Lily!-Ela responde animadamente.

—Vocês dois não tomam jeito não é mesmo? Aposto que estavam se agarrando na frente da Hermione!-Briga minha madrinha olhando reprovadora para o Harry e depois abre um sorriso para mim.

—Oi meu amor, como você está?-Ela pergunta se aproximando de mim e me abraçando com força.

—Oi madrinha, eu tô melhor, e você?-Eu pergunto a olhando atentamente, ela estava diferente parecia brilhar, sorrindo para mim ela apenas acena afirmativamente com a cabeça, tio James e o Harry nos olhavam bobamente, então como se tocassem que o mundo não tinha parado, eles sorriem.

—Vamos? Daqui até o Parque é um pouco longe e se nós demorarmos muito não vamos chegar a tempo do almoço. -Meu pai fala se encaminhando para a porta e todos nós o seguimos em direção da garagem, Harry conversava animadamente com o Matt sobre alguma coisa que eles fizeram ontem, Cath e Mione estavam conversando sobre livros e a madrinha conversava com Adhara sobre algumas músicas que estavam em alta, eu olhava para todos com um sorriso e seguro a mão de Harry que se volta para mim e sorrir, me dando um beijo na bochecha e na ponta do nariz antes de voltar a conversar com o Matt, sem nunca soltar minha mão.

—Pai o Hagrid não vai levar a gente?-Pergunta Harry quando o tio James, se senta ao volante.

—Não, eu dei o dia de folga para ele hoje Harry, agora sentem se aí, por que ainda temos uma hora de estrada pela frente.-Ele fala como ordem e todos nós obedecemos, nós sentando organizadamente. Eu estava na janela com Harry ao meu lado, de seu lado estava Matt e Adh, nos banco de trás estavam Cath e Mione, e a tia Lily estava na frente com o tio James.

Fomos metade do caminho conversando e rindo das palhaçadas dos meninos, mas depois que a tia Lily pediu para descer por que não estava se sentindo bem, nós ficamos quietos e conversávamos baixinho, o Matt falava alguma coisa para a Adh que estava rindo baixinho e o Harry brincava com meus dedos com um sorriso bobo no rosto, aproximo minha boca de sua orelha e mordo ali, recebendo um gemido baixo em resposta, satisfeita com a resposta começo a distribuir beijos em seu pescoço.

—Aqui não ruiva, não comece algo que não vai poder continuar comigo, é sacanagem. -Ele pede com a voz rouca em meu ouvido e com um biquinho eu me viro para ele o encarando no fundo de seus olhos.

—Tudo bem, mas eu vou querer uma coisa em troca. -Concordo sorrindo marota, ele se inclina me dando um selinho e me encara com um sorriso.

—Tudo o que você quiser ruivinha. -Ele responde me beijando lentamente e eu coloco minhas mãos em seus cabelos por impulso e sinto ele sorrir entre o beijo, me separo dele com um sorriso e seguro sua mão e a aperto, entrelaçando nossos dedos.

—Canta pra mim Harry? Só pra mim, por favor!-Peço fazendo um biquinho que eu sei que ele não resiste, ele suspira e se aproxima de meu ouvido.

—O que eu não faço por você, hein?-Ele fala com a voz baixa em meu ouvido enviando arrepios por toda minha espinha.

—Lucky I'm in love with my best friend.Lucky to have been where I have been.Lucky to be coming home again.Lucky we're in love in every way...-Ele canta e eu fecho meus olhos para aproveitar melhor este momento, ele percebendo meu ato sorri para mim e entrelaça suas mãos nas minhas.-Lucky to have stayed where we have stayed.Lucky to be coming home someday...(Sortudo, pois estou apaixonado pela minha melhor amiga
Sortudo por ter estado onde estive
Sortudo por estar voltando pra casa novamente
Sortudo que estamos apaixonados de todas as formas
Sortudo por termos ficado onde ficamos
Sortudo por estar voltando pra casa novamente)-Ele termina suave e baixo em meu ouvido e eu sinto um arrepio percorrer todo meu corpo.

—É uma música linda Harry, de quem é?-Pergunto curiosamente e ele sorri misterioso em minha direção e me dá um selinho estralado.

—Você não conhece, foi eu quem escrevi, mas só tem essa parte, não consegui terminar ainda.-Ele fala corando e eu lhe olho admirada, ele nunca me falou que escrevia músicas antes.

—Por que nunca me contou que você compõe músicas?-Eu pergunto o encarando diretamente naqueles olhos verdes esmeralda e me sinto como se afundasse em um capo verde na primavera, ele da de ombros como resposta e começa outro assunto comigo, vendo que não adiantaria insistir deixo para lá, e converso animadamente com ele.

Já estávamos no final do piquenique, eu estava deita no colo do Harry que fazia um carinho em meu cabelo, conversando baixinho comigo sobre a escola, do nosso lado o tio James estava com a tia Lily sentada entre as suas pernas, e espelhados ao nosso redor estavam Cath, Adh, Mione e o Matt.

—Ginny você sabe o que você tem?- Pergunta a Cath nos olhando curiosa, me viro em sua direção com a testa franzida.

—Na verdade não, acho que é só uma virose ou alguma coisa assim. -Respondo meio incerta e o Harry me olha reprovador.

—Eu não acredito que você ainda não foi no médico Ginny!-Ele briga e eu me sento para o encarar.

—Eu não preciso ir ao médico! É só enjôo, não é como se eu estivesse grávida ou alguma coisa assim!-Falo com raiva o olhando desafiadora e ele estreita os olhos.

—Pode não estar grávida, mas com toda certeza está doente, ter enjôos por duas semanas seguidas não é normal!-Ele fala com sua voz rouca em preocupação beirando a histeria.

—O que vocês querem dizer com "Não é como se tivesse grávida"?- Pergunta a Adhara curiosa e eu sinto todos os outros nos encarar com curiosidade. -Todo mundo transa e pode acontecer do preservativo estourar ou furar, vocês sabem né?-Ela fala com a sobrancelha arqueada e sinto meu rosto ficar em chamas em poucos segundos, olho para o Harry que no momento parecia achar o tênis muito mais interessante que nossos rostos.

—Hã, bem... er...quer dizer...é o que eu quero falar, é que veja só...-Falo me enrolando com as palavras, recuperando um pouco de minha voz e olhando para um ponto qualquer.-Acontece que eu e o Harry, agente nunca...-Começo corando a cada palavra e vejo compreensão passar em seus rostos, ganhando coragem olho para o Harry que estava com ad bochechas coradas e os olhos verdes demonstravam alívio e admiração, olho para ele com um sorriso feliz no rosto que ele devolve com um sorriso agradecido e um olhar maroto.

—Você quer dizer que vocês nunca transaram em um mês de namoro? E todas aquelas marcas nos pescoços de vocês que estão sempre lá depois de um final de semana?- Pergunta a Cath com um sorriso de canto.

—Bem é isso não é nada, apenas o idiota aqui que não sabe o que é "não deixar marca". - Falo reclamando e ele me encara sarcástico.

—E você não sabe o que significa "Não faça barulho" e nem "Não arranhe minhas costas forte de mais."- Ele fala me encarando e o encargo de volta com raiva.

—Calem a boca vocês dois!-Grita o Matt com raiva, nos sentamos afastados um do outro e ignorando os sorrisos irônicos deles, pego uma torta de chocolate.

—Não é a toa que passa mal, só come besteira.-Murmura o Harry com desgosto e eu o olho com raiva.

—Vai controlar o que eu como também? Já não bastam minhas roupas e com quem eu falo não?-Pergunto irônica e ele revira os olhos.

Ignorando seus resmungos sobre o que eu comia, como o pedaço da torta e começo a mexer no celular.

—Quer sanduíche de frango, Lily?-Pergunta o tio James esticando um sanduíche em direção da madrinha que recua rapidamente olhando para o sanduíche com nojo.

—Não James, eu não sei por que você pergunta eu odeio sanduíche de frango. -Tia Lily fala empurrando a sanduíche para longe dela e pegando um de atum.

—Não Lil's, você odeia atum, o de frango é o que você mais gosta. -Ele fala divertido e depois arregala os olhos.

—Lily! Eu. não..acredito!-Ele murmura feliz, ele se levanta do chão e a faz ficar em pé e começa a rodá-la, ela ria gostosamente e riu ainda mais quando ele a colocou no chão. -Você está bem? Precisa se sentar? Tá com fome? Quer beber alguma coisa?-Ele pergunta a colocando no chão e a forçando se sentar.

—Are you out of your mind, dad?¹-Pergunta Harry olhando atentamente para o pai e depois para sua mãe.

—Claro que não Harry, eu estou apenas, completamente, absolutamente, totalmente feliz!-Ele exclama abraçando a minha madrinha e o Harry os olha interrogativo.

—Qual é a ótima notícia que te deixou assim?-Ele pergunta desconfiado se aproximando de seus pais, e se agachando ainda desconfiado em frente de sua mãe.

—Você vai ter um irmãozinho ou uma irmãzinha, não é brilhante querido?-Fala a tia Lily animada e eu vejo o Harry ficar branco, depois em vários tons de vermelho, todos percebem sua mudança e tia Lily se preocupa.-Você está bem meu amor?-Pergunta colocando a mão no seu braço e ele recua sem olhá-la.

—Não me toque. -Ele fala baixo e todos o olham para ele com preocupação, me aproximo dele e ele recua mais ainda, nos deixando confusos e assustados.

—Harry, o que você tem?-Pergunto e ele me olha como se estivesse saindo de um transe e olhando fixamente para a barriga de sua mãe ele balança a cabeça.

—Nada. -Ele fala com a voz amarga.-Eu só não quero ter um irmão.-Ele fala olhando raivoso para os pais que suspiram.

—Harry, não foi planejado, diria que nós não pensávamos em ter outro filho, mas já que vamos ter, não há nada que você possa fazer querendo ou não você vai ter um irmão ou irmã!-Fala a tia Lily se levantando e ele a encara com o rosto lívido.

—Por quê? Por que agora? Eu nunca quis ter um irmão para começo de conversa!-Ele grita atraindo atenção de outras famílias no parque e o tio James o encara com raiva.

—Eu não vou admitir que você fale com sua mãe assim, ela estando grávida ou não!-Ele fala com a voz alta, ele se aproxima de Harry com o rosto lívido de raiva e Harry que estava com a expressão fechada. -Eu não te criei assim Harry James Potter e essa atitude sua é muito mais do que imatura, você está sendo cruel, com você, com sua mãe, com esse bebê, comigo! Por Deus Harry, por que você não quer um irmão, huh? Você adora crianças, não tente negar, eu sei que você gosta você é um pouco mimado a gente sabe, mas isso não é motivo para tanta raiva e birra!

—Eu não estou fazendo birra!-Fala ele com um beicinho infantil, cruzando os braços, com a voz irritada, nós olhamos para ele em descrença e ele bufa a minha madrinha se levanta e vai até ele.

—Harry, não faça isso com a sua mãe, huh? Não me fale que você não está fazendo birra, porque você está. -Ela fala o olhando atentamente, verde com verde, então um minuto depois de encarar ele profundamente, ela sorri e suspira, colocando a mão em sua cintura e o abraçando, ele a abraça de volta com cuidado, apoiando o queixo em seu ombro.

—Me desculpa mamãe, eu sinto muito, eu só... -Ele fala com a voz chorosa baixinho, mas o parque estava incrivelmente silencioso, que todos nós ouvimos.

—Ssh, ssh, fique calmo my sweetie², eu não vou me esquecer de você, está bem? Não vai acontecer nada comigo, não se preocupe meu amor, eu estou bem, não vai acontecer nada, só se acalme, está bem? Quando chegarmos a casa, nós vamos conversar, e aí você fala o que está acontecendo nessa sua cabecinha confusa, certo?-Ela fala com a voz doce, passando a mão em seus cabelos, nós vemos ele assentir e se afastar do abraço de sua mãe, com o rosto envergonhado.-Peça desculpa para o seu pai Harry.

—Eu sinto muito pai. -Ele murmura com a voz calma.

—Fale de verdade menino, não murmure Harry James!-Briga a ruiva mais velha o olhando com repreensão.

—Eu sinto muito pai. -Ele fala olhando para o chão, coçando a parte de trás da nuca, em sinal de claro nervosismo e o tio James o olha como se não desse a mínima.

—Peça desculpas ao Harry, James. Agora!-Ela briga com ele colocando as duas mãos na cintura, e ele recua com as mãos para cima e ele encara o Harry, soltando um suspiro tanto quanto dramático.

—Desculpe por ser grosseiro com você filho. -Ele fala com os olhos focados no chão e coçando a nuca, assim como o filho fizera antes.

Após alguns minutos em silêncio, a ruiva mais velha nos olha e sorri ternamente para nós, e vai até as coisas começando a junta-las, vamos até ela e a ajudamos.

—Eu estou morrendo de sono, podemos ir agora James querido?-Pede ela com um sorriso cansado, olhando para nós com um olhar de desculpas, olho para o Harry que estava calado e entrelaço sua mão na minha e ele olha para cima sorrindo, me aproximo dele e roubo um selinho demorado, ele me segura pela cintura me fazendo parar naquele mesmo lugar, ele começa a mexer a boca de um jeito calmo e tortuoso, coloco meus braços em volta de seu pescoço, ele me puxa para mais perto, me apertando fortemente na cintura, eu peço passagem com a língua e ele morde meu lábio inferior antes de aprofundar, começamos uma batalha lenta e sensual com nossas línguas, sua mão parecia estar em todos os lugares do meu corpo, cintura, cabelo, rosto, perna, bunda, mas sem nunca deixar de ser carinhoso, minha mão se infiltra em sua blusa, e começo a arranhá-lo nas costas com cuidado, ele separa sua boca da minha e começa a distribuir beijos em meu pescoço, intercalando entre beijos, chupões e mordidas e eu tinha certeza que ali ficaria marcas, voltando sua atenção para minha boca, ele me beija com paixão e eu sinto minhas forças se esvaírem e eu retribuo, com tanta ou mais paixão esquecendo que tínhamos um público ali, ele me pega no colo e eu sinto um sorriso involuntário meu aparecer durante o beijo, ele se separa de mim com vários selinhos. Olhamos para direção dos outros que nos olhava com reprovação e malícia.

—Vocês têm é fôlego viu?-Comenta o moreno de cabelos longos, antes de entrarmos no carro, sentamos-nos mesmo lugares de antes e voltamos em silêncio, eu e Harry trocávamos caricias, durante todo o trajeto e o Matt ficava fazendo piadinhas. Sou a última a sair do carro, entre os adolescentes, dando tchau para os meus tios e dando um beijo de despedida em meu amigo, saio do carro, mas mesmo assim escuto as tão temidas palavras.

Continua...