Era véspera de Natal, os presentes já tinham sidos comprados, a casa estava fora totalmente decorada dois dias antes e agora nós quatro estávamos jogados no sofá cobertos por um cobertor quente com a lareira ligada vendo filmes sobre natal enquanto comíamos biscoitos de gengibre e tomando chocolate quente. Mamãe e Sophie usavam suéter azul com figuras natalinas e calça tecido, já eu e meu paí usávamos blusas de frio de lã verdes e calça de moletom.
Sophie parecia fascinada com o Natal na casa Potter e eu parecia uma criança novamente, vendo filmes de natal, brincando na neve e fazendo biscoitos em formato de árvore.
A campainha toca e eu saio correndo para abri-la, eu não esperava ninguém hoje, mas estava na melhor parte do filme e eu não queria perder muito.
— Harry! — Exclama Mel me abraçando, escuto uma risadinha feminina e percebo que Ginny estava ali.
— Hey meninas. — Falo as puxando para dentro de casa e parando apenas para abraçar Ginny.
— Oi Harry. — Cumprimenta Ginny com seu rosto rubro do vento frio, ela deixa um beijo no meu rosto e segue para sala me deixando sozinho com a Mel.
Sinto meu rosto se enrubrecer ao perceber que esta seria a primeira vez que ficaria perto dela, desde o incedente constrangedor no começo da semana passada.
— Então como você está? — Ela pergunta com um sorriso tímido, desvio meu olhar que insistia em permanecer em sua boca.
— Muito melhor do que antes e você? — Respondo tentando evitar seus olhos ou qualquer parte de seu corpo, me levando a olhar por cima de sua cabeça.
— Eu estou bem, eu e Ginny a gente veio trazer os seus presentes. — Ela fala parecendo ainda mais envergonhada.
— Vocês não precisavam fazer isso.— Digo me batendo mentalmente, escuto a risada da minha melhor amiga e estava a um passo da sala quando todos os olhos caem sobre nos.
— Huh, Harry você já olhou para a porta? — Pergunta minha mãe parecendo divertida, olho para ela e depois para Mel que estava parada logo atrás de mim, parecendo quase roxa. Olho para cima curioso e quase passo mal ao ver o que estava logo acima de mim e Mel. Era a porra de um visco.
— Você conhece a tradição Harry, beije a Mel, nós não vamos atrapalhar. — Graceja Ginny tapando seus olhos e meus pais fazem a mesma coisa.
Olho para Mel em sua calça jeans preta, seu suéter branco, o sobretudo rosa, a toca cinza protegendo seus fios castanhos claros, suas botas de cano curto e seus lábios rosados. Céus ela era linda, ainda mais envergonhada.
Abaixo minha cabeça e seguro seu rosto com delicadeza a fazendo olhar para mim, beijo seus lábios delicadamente, sem língua envolvida, bem pelo menos não até ela colocar o braço envolta de meu pescoço e me puxar para mais perto pela camisa.
Solto seu rosto e desço minhas mãos para sua cintura fina e a puxo contra mim, sentindo seu corpo delicado e feminino contra ao meu. Eu poderia entrar em combustão, sequer me lembrava que Ginny, Sophie e meus pais estavam ainda ali, bem não me lembrava até que eles começam a pigarrear, relutante me solto de Mel um tanto ofegante e ela permanece com os olhos fechados e o rosto vermelho.
— Sabe Lily querida, eu não acho uma boa ideia deixar Harry perto de um visco de novo. — Graceja meu pai cutucando minha mãe, porém ela apenas sorri e Ginny quem responde.
— Verdade tio James, pode ser que você acabe virando vovô se ele ver um visco perto da Mel de novo.— Implica ela com um sorriso malicioso deslizando em seus lábios.
— Pala com isso a Mel tá ficando vemelha. — Pede Sophie carinhosamente, vindo em direção da morena. — Oi Mel!
— Oi meu amor. — Cumprimenta ela pegando Sophie no colo e a abraçando com força. — Você está tão linda princesa.
— Você gostou? Tia Lily que complou pla mim, o Hawwy também tem um. — Conta Sophie apontando para seu suéter de renas.
— Eu achei muito lindo, mas acho que é por que uma princesa está usando.— Elogia Mel sussurrando como se fosse um grande segredo. Sophie sorri, mostrando seus dentes brilhantes e perfeitos, ela volta para o sofá, assim como Mel e eu.
— Onde está o paçoquinha Harry? — Pergunta Ginny olhando para os lados como se meu labrador fosse aparecer do nada.
— Está no veterinário. — Explico a ela lançando um olhar irritado a Sophie e meu pai, que sorriem "inocentes".
— Harry cismou que ele está no veterinário porque eu e Sophie colocamos bolo de chocolate no pote de ração dele. — Retruca meu pai divertido.
— Mas foram vocês! — Reclamo irritado, mas sinto minha fúria se esvair quando Mel coloca sua mão sobre isso.
— Não seja rancoroso Harry, isso não faz bem para seu espírito natalino. — Ela fala com uma vibe zen e sorri suavemente.
— Harry com certeza está em espírito natalino, não viu o que ele fez sobre o visco. — Graceja Ginny com um sorriso malicioso, mas o sorriso não chegava a seus olhos. Eu ignoro sua brincadeira sen graça e a abraço pelos ombros.
— Topa uma luta de bola de neve? — Pergunto já perdendo meu interesse no filme, assim como Sophie e meus pais.
— Nah, está muito frio lá fora. — Ela fala fingindo se abraçar e tremer de frio. — Mas eu topo jogar Monopoly, topa?
— Só se você estiver preparada para perder. — Respondo a empurrando levemente e ela e Mel sorriem maliciosas.
Huh, essas duas estavam tramando. Depois de concordamos de fazer um jogo limpo, montar o tabuleiro e muitas jogadas depois, me vejo perdendo.
— Isso não é justo! Vocês estão roubando! — Acuso quando Ginny compra sua 10° mansão.
— A gente não tem culpa se você é um péssimo jogador Harry. — Acusa Mel rindo da minha cara nada satisfeita, jogo o dado novamente torcendo para conseguir cair em uma coisa boa, quando caio pela 5° vez na cadeia.
— Isso não é justo! Mamãe faz alguma coisa. — Choramingo olhando para o péssimo jogo que eu estava participando.
— Você perdeu querido, apenas aceite isso e além do mais é só um jogo. — Ela fala sorrindo de seu piano, emburrado saio da mesa onde eles jogavam e me sento no banquinho com minha mãe.
— Faz tempo que eu não toco. — Comento suavemente passando a mão sobre as partituras. Mamãe sorri para mim e corre a mão por meus cabelos antes de começar a dedilhar suavemente uma canção de natal.
Logo nos primeiros momentos eu reconheci a canção. Ela estava toca I wish you a Merry Christmas.
— I wish you a Merry Christmas, I wish you a Merry Christmas and a Happy New Year. — Canto acompanhando o dedilhar suave do piano, meus dedos coçavam para tocar a melodia junto de minha mãe e logo eu me junto a ela em um dedilhar sincronizado, cantando suavemente músicas de Natal.
Terminamos de cantar I Wish You a Merry Christmas, sob os olhares atentos de Mel, Sophie, Ginny e meu pai, que nos olhavam estupefatos. Papai larga o seu jogo e vem até nós, abraçando mamãe e a beijando suavemente.
— Faz tempo que vocês não tocam juntos. — Ele comenta me puxando para um abraço.
— Cante Oh Holy Night tia Lily. — Pede Ginny sorrindo do seu canto, enquanto ajudava Sophie.
— Sim Lily, sua voz parece perfeita para isso. — Pede Mel fazendo uma carinha fofa para nós. Meu pai ri antes de beijar o topo de nossas cabeças antes de voltar para seu lugar.
— Vamos deixar os talentosos da família cantarem. — Ele brinca, mesmo que sua voz seja razoável para o ato de cantar, mas que ele fosse um desastre para tocar.
— Pegue o violino Harry, eu quero ouvir você tocar piano sozinho. — Pede mamãe com um daqueles sorrisos que só ela sabia dar e que eu nunca conseguia dizer não a ela quando sorria assim.
— Espere um minuto mãe. — Peço dando um beijo em sua bochecha e corro escada a cima.
— Não corre pela escada menino. — Grita mamãe rindo, escuto mais risos vindo da sala e continuo a correr. Assim que chego a porta da sala de música percebo quanto tempo eu não ia ali, apenas para estar.
O quanto de mim eu perdi desde que entrei na adolescência? Eu iria virar uma pessoa melhor? Eu iria voltar ser tão inocente como Sophie algum dia?
Olho para o piano branco de calda antigo, tantas memórias que eu tinha dele, quantas aulas minha nana deu nele?
"Era Natal e por algum motivo estranho minha mãe chorava, eu não entendia porquê alguém estaria chorando no Natal.
Era para ficar feliz, ganhavamos presentes bonitos e eu podia comer biscoitos da Vovó Mia, ouvir as histórias engraçadas do vovô Monty e brincar com Matt e Teddy, as vezes com Adhara e Cath, elas eram meninas legais.
Mas mamãe estava triste e ela não podia ficar assim no natal! Iria arruinar tudo, tudinho e eu ia salvar o Natal, por que se mamãe não tá feliz, não tem natal. Corro para vovó Mia e a puxo por seu suéter marrom, rindo ela me pega no colo e me dá beijos bo pescoço.
Eu gostava dos beijos da vovó Mia, deixava meu coração quentinho e fazia cócegas também. Mas dessa vez eu não ri, nem sorri, estava sério e isso preocupou nana.
— O que foi meu anjo? Conte pra nana o que está acontecendo. — Pede vovó Mia acariciando meus cabelos gentilmente, seguro seu rosto com minhas mãos pequenas e a olho dentro do olho, a perfurando com meus olhos verdes.
— Mamãe está triste nana. — Sussurro soando levemente irritado, mas também confuso. — Por que ela tá tliste nana?
— Oh bebê não se preocupe, sua mamãe só precisa de um abração do príncipe dela e um presente bem bonito. — Ela fala suavemente, com um toque suave de algo que logo eu descobriria ser pena.— Você pode fazer isso Harry?
Concordo entusiasmado e me contorço para descer do colo de nana. Eu já sabia o que dar pra mamãe!
— Mamãe, mamãe, mamãe. — Grito indo para o quarto que mamãe tava, ela aparece com o rosto molhado e preocupado, seus olhos vermelhos e fungando.
— Sim, meu príncipe? — Ela pergunta se agachando para ficar do meu tamanho a puxo pelo suéter indo para onde ficava o piano na casa da nana, a gente ia ficar aqui alguns dias.
— Fica palada aí mamãe. — Peço subindo no banquinho do piano, todos que estavam na sala param para olhar pra mim e mamãe se senta ao meu lado.
Começo a dedilhar o piano como mamãe tinha ensinado, e cantar a música de natal que eu, papai e ela cantamos na igreja.
— Oh Holy night, the lights is shining bright, Oh holy night when our saviour birth. — Canto me embolando nas letras e arrancando risinhos de meus parentes, mamãe se junta a mim e logo todos os adultos seguem cantando com sorrisos calorosos. Assim que termino de cantar, mamãe me abraça com força seus olhos brilhando em lágrimas.
— Não chora mamãe, é Natal a gente fica feliz e feliz no Natal, não pode chora mamãe. — Falo baixinho, dando um abração nela, igual nana disse.
— Oh meu príncipe, são lágrimas de felicidade. — Ela sorrindo responde beijando meu rosto. — Foi o melhor presente de Natal do mundo.
Olho pra ela com meus olhos arregalados de surpresa, eu tinha dado um presente melhor que papai?
— Verdade mamãe?
— Verdade bebê, obrigada por me fazer feliz hoje.
— Eu te amo mamãe. — Falo beijando ela, minha mãe me pega no colo e abraça.
— Eu te amo meu leãozinho. — Responde mamãe bagunçando meu cabelo.
— Ao infinito e além? — Pergunto segurando seu rosto entre minhas mãos pequena a fazendo olhar dentro de meus olhos.
— Ao infinito e além. — Ela concorda beijando meu pai, os dois me envolvendo em um abraço forte.
O Natal estava salvo, e mamãe estava sorrindo de novo."
Pego o violino e desço rapidamente, tocamos uma série de músicas natalinas, comemos biscoitos de gengibre e brincamos de quebra cabeça com Sophie, enquanto meu pai e minha mãe jogavam cartas.
Logo a noite caiu e me vi levando as meninas até o carro de Mel.
— Foi ótimo passar a tarde com vocês. — Agradece Mel com um sorriso tímido no rosto, passo a mão por sua pela bronzeada e dou um selinho rápido nela.
— Ei vocês dois, eu ainda estou aqui! — Implica Ginny fingindo raiva, se metendo no meio de nós dois, me fazendo consequentemente lembrar do que aconteceu semana passada comigo e Mel. Trocamos um olhar meio divertido meio constrangido e rimos, deixando Gin sem entender nada. — Eu quero rir também pessoal!
— Não é nada de mais ruiva. — Descobverso a abraçando de lado, caminhando com ela até o carro.
— Te ligo amanhã Harry-bear, até mais. — Fala ela entrando no carro e levantando três dedos indicando em um código esquisito de menina. — Aproveite o tempo junto love birds, finjam que eu não estou aqui.
— Cale a maldita boca Ginevra. — Resmunga Mel me lançando um olhar constrangido. — Eu nem sei porque ela insinuou isso, me desculpa.
— É porque nós ficamos lindos juntos, um casal perfeito eu diria. — Retruco com meu melhor sorriso e a puxo para um beijo. Nós nos beijamos até o fôlego faltar e céus este com certeza foi um dos melhores beijos que eu já dei.
— Uau, só, uau. — Ela balbucia ajeitando os cabelos que saiam do gorro.
— Quer fazer alguma coisa na quarta? — Pergunto ainda com as mãos em sua cintura.
— Claro! Você me liga? — Pergunta me olhando profundamente com seus olhos faíscando, Ginny aperta a buzina interrompendo nosso momento e faz uma falsa cara de "Ops", essa falsa, estragando climas alheios.
— Pode apostar que sim. — Exclamo me sentindo insanamente feliz, abro a porta do carro para ela e sob o olhar divertido de Ginny, dou um selinho demorado nela, em forma de despedida. — Tchau Mel, tchau ruiva.
— Tchau Harryzito! — Grita Ginny rindo escandalosamente.
— Tchau Harry. — Se despede Mel com um sorriso divertido. Observo o carro prata de Mel sumir pela rua calma da minha casa, antes de entrar só agora percebendo o quão frio estava.
Passei a noite vendo filmes infantis com Sophie e ganhando carinhos da minha mãe, enquanto observava meu pai babar pela ruivunha. Jantamos sopa e pão, e não nos demoramos na sala e as 21:00 já estávamos dormindo.
"Eu dormia aconchegado em minha esposa, seu cheiro floral entupindo meu nariz, a coberta grossa nos aquecendo. Acordo me sentindo zonzo e vejo os cabelos ruivos de Ginny em meu peito, acaricio ali, sabendo que o nosso tempo de paz era curto e que minha esposa merecia todo sono do mundo. Paro com o carinho e a observo dormir pacificamente.
— Não para amor, tá muito bom. — Fala a voz sonolenta e rouca de Ginny sendo abafada por meu peito.
— Bom dia amor. — Falo beijando o topo de sua cabeça e a puxando para mais perto de mim, ela olha pra cima com aqueles olhos castanhos chocolate que derretia tudo em mim, mesmo agora depois de dez anos de casados.
— Bom dia melhor amigo. — Ela fala me beijando amorosamente, brincando comigo sobre um dia que acontecera anos atrás.
— Muito engraçadinha você, né? — Falo me colocando por cima dela e beijando seu pescoço e ela ri quando eu beijo seu lugar mais sensível. A puxo para um beijo fogoso e apaixonado, minhas mãos passeando por seu corpo e as dela seguras firme em meu cabelo, quando pés minúsculos são ouvidos pela porta grossa do quarto.
— Fala sério, eles não dão sossego, que saco. — Reclamo saindo de minha posição e me deitando do lado de minha esposa que sorria divertida.
— Ninguém mandou você querer ser papai, querido. — Ela retruca maliciosa, enfatizando com sarcasmo o querido.
A porta se abre e meus três "anjinhos" entram fazendo seu estardalhaço matinal.
— Papi, papi, é natal papi! — Grita Lily minha única menina e a mais nova do trio com apenas três anos.
— É mesmo Lily Lu? — Pergunto a colocando em meu colo, ela confirma balançando seus cabelos ruivos.
— Aham, bom dia paizinho. — Ela fala beijando meu rosto carinhosamente, rindo de sua demonstração muito mais que fofa de afeto, a abraço e beijo ambas bochechas ganhando risinhos alegres da minha princesinha.
— Bom dia minha princesa. — Respondo a aconchegando nas cobertas bagunçadas de quando os três pularam na cama. — Bom dia filhote.
— Bom dia papai, sabia que tá nevando? — Pergunta Albus eufórico, ele era o nosso filho do meio, parecia uma cópia minha, levemente mais quieto.
— Caramba! Isso significa que nós podemos fazer um grande boneco de neve! — Falo animado, ele sorri e me abraça, bagunço seu cabelo já naturalmente bagunçado e ele ri brigando com Lily por meu colo.
— Feliz Natal papai! — Exclama James se jogando em cima de nós, ele tinha o melhor de mim e Ginny, seu ar maroto, seus cabelos revoltos, seus olhos castanhos brilhantes e as sardas espelhadas pelo rosto.
— Feliz Natal campeão. — Falo beijando o topo de sua cabeça, ele ri e empurra seus irmãos ficando entre uma Lily Luna emburrada e um Albus Sirius irritado.
— Sai pra lá Jamie, a gente chegou primeiro. — Empurra Al nada feliz com o irmão mais velho.
— James não implique com seus irmãos é natal. — Peço suavemente, ele sorri e acena se movendo para as minhas pernas.
— Está bem papai, eu e Al estamos com fome, faz café da manhã por favor papai. — Pede James com seus olhos idênticos ao de Ginny quentes e brincalhões.
— A mamãe não ganha nem bom dia? — Pergunta minha mulher fingindo estar brava, mas eu sabia que no fundo ela adorava me ver com as crianças.
— BOM DIA MAMÃE!! — Gritam Al e James juntos a abraçando com força, porém Lily fica em meu colo abraçada em mim.
— Bom dia meus príncipes lindos! — Ela exclama rindo, dos meninos que pulavam nela. — E você princesa não vai falar com a mamãe?
— Bom dia mamãe. — Diz ela animada abraçando a Ginny, foi apenas o tempo de Ginny dar um beijo em sua bochecha e ela retribuir para a pequena voltar a se aconchegar em mim.
— Bom dia florzinha. — Ela responde sorrindo, Lily Luna de todos meua filhos era a mais apegada a mim, me levanto com minha princesinha no colo e olho para Ginny com um sorriso.
— Vou fazer o café com Lily Lu, dê banho nas crianças sim? — Peço me aproximando dela e dando um beijo casto em seus lábios, ela concorda sorrindo, e se levanta com Albie em seu colo e Jamie em suas costas. Saio com Lily em meu colo e desço as escadas correndo arrancando risadas de minha filha.
— O vamo faze plo café papai? — Ela pergunta assim que eu a coloco sob a mesa.
— O que você quer comer, minha linda? — Pergunto já preparando as coisas para fazer bacon e torradas.
— Panquecas! — Ela exclama rindo, enquanto balançava suas tranças.Rindo de sua animação, desisto do bacon e das torradas e junto com minha pequena começo a fazer a massa das panquecas, em poucos minutos estava pronta, assim que as panquecas estavam prontas frito o bacon e faço as torradas, faço chocolate quente, chá, pego os muffins e os biscoitos que estavam prontos.
Com o café da manhã pronto, pego um muito suja Lily e tomo banho com ela no banheiro do corredor, sabendo que Ginny fazia o mesmo no banheiro de nosso quarto onde a banheira caberia perfeitamente os três.
Saio do banho rápido, me visto igualmente rápido e seco com cuidado a pequena morta de fome que estava comigo, tranço seus cabelos e a pego no colo, descendo com ela em minhas costas.
— Ah os peixinhos apareceram finalmente! — Exclama uma Ginny de cabelos molhados em um vestido verde de mangas cumpridas, Jay e Al estavam olhando para as panquecas desejosos, coloco minha pequena em sua cadeirinha alta e roubo um beijo de Ginny enquanto passava por ela para pegar o cereal.
— A gente pode comer agora mamãe? — Pede Albus olhando para a panqueca em seu prato.
— Pode sim, mas comam devagar, não quero ter acidentes no Natal! — Ela briga possivelmente recordando do natal anterior em que James engoliu uma azeitona inteira e nós tivemos que passar o natal no hospital. — Sua mãe não ia vir Harry?
— Huh, só não sei quando ela chega. — Mal pronuncio essas palavras, a campainha toca e eu vou para a porta atender o que provavelmente seria meus pais.
Dito e feito, na porta estavam meus pais junto com Sophie e Sara, todos envoltos de casacos quentes no vento frio.
— Finalmente Harry, pensei que nunca abriria a porta. — Fala Sara entrando em casa, reviro os olhos para minha irmã adolescente e abraço minha mãe.
— Feliz Natal mamãe. — Falo dando um beijo na bochecha dela, ela me segura pelo rosto e sorri.
— Feliz Natal bebê, onde está meus netos? — Pergunta ela entrando, após me abraçar apertado novamente.
— Feliz Natal Harryzito. — Fala Sophie de seu jeito maroto e meigo, a abraço, fazia tanto tempo que eu não ficava com ela.
— Feliz Natal pirralha. — Implico a empurrando para dentro do calor acolhedor de minha casa.
— Feliz Natal filho. — Deseja meu pai com um sorriso enorme no rosto, ele entra em casa bagunçando meus cabelos.
— Feliz natal pai. — Digo sorrindo de lado o acompanhando até a cozinha onde os outros estavam.
— Vovô, você sabia que meu pai disse que a gente vai brincar na neve hoje? — Fala James II excitado com a ideia de brincar com seu avô.
— James Arthur coma seu café da manhã depois você brinca. — Briga Ginny com os olhos duros.
— Paizinho a mamãe não quer deixar eu comer panqueca e biscoitos. — Reclama Lily Lu. — Você deixa papi? — Pede ela, me olhando com aqueles seus olhinhos pidões, eu não conseguia dizer não a ela.
— Harry não! — Ameaça a ruiva me olhando com raiva.
— É natal Ginny, deixa ela comer o que ela quer. — Falo me sentando ao seu lado.
— Só porque é natal, entendeu Potter? — Fala Ginny me olhando com os olhos gelados, concordo, ignorando a risada suave de meu pai.
— Acho que já sabemos quem manda nessa relação, não é mesmo? — Pergunta Sara sarcástica, Sophie ri jogando a cabeça pra trás exibindo sua tatuagem no pescoço.
Passamos a manhã juntos desempacotando presentes, rindo e brigando, agindo como verdadeiras crianças, mesmo que eu tivesse 35 anos e tivesse três filhos. Com todos distraídos, Ginny põe a mão atrás do meu pescoço e me puxa para um beijo longo, antes de sorri para mim e estender uma caixinha.
— O que é isso Gin? — Pergunto curioso, ela sorri e me beija novamente.
— Abra e descubra amor.— Sussurra sensual, com ela sentada em minhas pernas, começo a abrir o laço da caixinha e lá dentro estava uma das melhores coisas que eu poderia imaginar. Um teste de gravidez marcando positivo. Eu seria pai de novo!
— Eu amo você. — Falo beijando ela com lágrimas nos olhos. — É o melhor presente do mundo."
Acordo de supetão me sentindo desnorteado até focar no rosto angelical de Sophie.
— Hawwy, Hawwy, é natal, vamo abli os plesentes Hawwy! — Grita Sophie pulando em cima de mim, a pego no colo e começo fazer cócegas em sua barriga e ela ria escandalosamente. Mamãe e papai logo aparecem na porta do meu quarto curiosos com tanto barulho de manhã. Desejamos feliz natal um para o outro e papai pega Sophie para descer, saio da cama, com um sorriso bobo no rosto e tento me lembrar do ótimo sonho que eu tive, mas tudo que me vinha a mente era uma mulher, supostamente minha esposa, sem rosto me dizendo que estava grávida pela 4° vez e eu sorrindo como um louco diante de uma árvore de natal gigante.
Mas quem era aquela mulher maravilhosa? Ela realmente existe? Espero que sim, e que um dia eu eencontre ela.
Harry não sabia o quão perto estava de sua mulher dos sonhos.
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