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História Friends By Choice - Verdade ou desafio?


Escrita por: Luz_dodia_

Capítulo 13 - Verdade ou desafio?


Fanfic / Fanfiction Friends By Choice - Verdade ou desafio?

•Madduh POV•

- Você é muito chata, Madduh! - Lucas gritou no corredor das bebidas.

- Eu sei disso, obrigada - Coloquei tudo que podia no carrinho. Tinha uma lei de física que dizia que dois corpos não podem ocupar o mesmo lugar no espaço. Mas nesse caso, tudo teria que dar no carrinho, até porque Lucas disse que não gastaria muito dinheiro comigo. Mal sabe ele, que vou gastar mais do que seu dinheiro.

Fiquei encarregada de pegar as comidas(leia-se besteiras) e ele as bebidas. Iríamos para o apartamento que ele chama de depósito. Veja bem, Lucas tem duas casas. A que ele mora com os pais e a outra que ele guarda as coisas dele e leva as garotas. Já fui milhares de vezes lá - não pra fazer o que vocês devem estar pensando - e nos divertirmos muito.

Pegamos tudo e fomos para o apartamento. A primeira coisa que eu fiz, foi deitar na cama espaçosa dele,sentindo seu perfume forte.

- Para de babar no meu travesseiro e vem me ajudar - Joguei o travesseiro nele e fui ajudar.

                         ★★★

Estávamos assistindo o quinto filme de terror e eu não parava de rir. Lucas não parava de me fazer rir, contando piada e me fazendo cócegas.

- Esses filmes são uma merda! - Reclamei

- Se você prestasse atenção, veria que são bons

- Se você me deixasse prestar atenção, eu até poderia gostar.

- E se a gente jogasse verdade ou desafio? - Mudou de assunto

- Manda ver!

- Verdade ou desafio?

- Verdade

- Como foi beijar o certinho do Arthur?

- Como você acha que seria?

- E eu sei? Você que deveria saber.

- Foi - Palavras foram e voltaram na minha boca, mas nenhuma servia para o beijo que ele me deu - Foi...legal

- Nossa que definição ruim! Se lembra, nesse jogo você tem que falar toda a verdade.

- Tudo bem - Suspirei - Foi um beijo lento demais pro meu gosto. Ele...queria sentir todos os cantos da minha boca de uma forma lenta, e isso...meio que... - Gaguejei - beijos lentos não são pra mim.

- Eu posso te dar o beijo que você merece - Se aproximou de uma forma...sensual

Joguei o travesseiro nele antes que meu sentimento de seca tomasse meu corpo inteiro e eu não conseguisse resistir aos encantos do meu melhor amigo de traquinagem.

- Verdade ou desafio? - Perguntei

- Desafio

- Desafio você  ir até o porteiro do prédio, só de cueca e passar uns cincos minutos conversando com ele - Sorri só em pensar nessa cena.

- Tudo bem - Começou a tirar a roupa e eu meio que babei um pouquinho no seu abdômen. Ele saiu e eu fiquei espiando ele conversar com o senhorzinho que ficava na portaria do prédio a noite. Ele voltou com um sorriso enorme no rosto e um papelzinho nas mãos.

- O que é isso?

- Ele me deu o número da filha dele. Disse que ela iria gostar de mim e que eu era uma ótima pessoa.

- Até porque ele estava olhando para fora e não pra dentro - Sorri

- Ei! - Jogou o travesseiro em mim, o que me fez rir mais ainda. - Verdade ou desafio?

- Desafio

- Desafio você a correr pelada pelo estacionamento do prédio.

- O QUE? - Gritei

- Isso mesmo. Ou você faz isso ou vai ser obrigada a comer beterraba.

Sem pensar duas vezes eu tirei todas as minhas roupas e fui em direção ao estacionamento. Eu morreria em vez de comer beterraba!

Lucas não parava de rir e acho que eu nunca ri tanto na minha vida!

Voltei para o apartamento, vesti  short e peguei uma blusa azul marinho de manga comprida de Lucas.

- Isso foi incrível!

- Eu nunca ri tanto em toda a minha vida! - Gargalhei - Verdade ou desafio?

- Verdade

- Com quantos anos você deu o seu primeiro beijo?

- Nove

- Meu Deus! Você era uma criança!

- Uma criança linda, que chamava atenção de todos a sua volta.

- E uma criança convencida também! - Dei um tapa no seu ombro

- Verdade ou desafio?

- Verdade

- Você já transou?

- Não

- Sério?

- Sim. Verdade ou desafio?

- Desafio. Eu sei que você é ótima nisso.

- Vamos pensar - Olhei para o teto pensando em algo. Peguei meu celular e entreguei pra ele - Você vai ter que passar um trote para minha querida irmã.

- E eu falo o que?

- Quero que você diga pra ela que eu estou passando mal e que diga que eu estou em uma rua distante de casa.

- E você acha que ela vai acreditar?

- A Malluh não é esperta. Quando ela escutar meu nome ela não vai pensar duas vezes e vai ir correndo me buscar.

- Por que você quer fazer isso com ela?

- Porque ela quer roubar meu príncipe de mim! Você vai ligar ou não?

- Só se fizer uma coisa pra mim

- Tipo o que?

- Me beijar

- O QUE? - Gritei com a possibilidade de beijar ele. Não que eu não quisesse,mas beijar meu melhor amigo seria estranho.

- Só ligo pra ela se você me beijar. E te garanto que não vai ser igual ao beijo do certinho - Brincou com meu celular

- Tudo bem! - Puxei todo o ar do pulmão - Mas você vai ter que ligar primeiro e fazer voz de mulher.

- Tudo bem - Pegou o telefone e forçou a garganta. Discou o número e depois de três toques a Malluh atendeu com uma voz de sono. - Oi, estou ligando do celular da Maria Eduarda. Encontrei a garota passando mal na rua que eu moro e eu não sei o que fazer! Seu número estava nos contatos de emergência dela. Por favor venha buscar a moça, eu acho que ela não vai aguentar muito tempo. - Ele fez uma perfeita voz de mulher

"Aí meu Deus!" - Malluh gritou do outro lado da linha "Me diz qual é o endereço que eu vou agora mesmo!"

Lucas deu o endereço de uma rua que eu nem conhecia e ela desligou, dizendo que ia para o local.

- Você sabe que isso é errado, não sabe? - Dei de ombros - E se ela se perder? Esta cidade está muito perigosa, e se alguma coisa acontecer com ela?

- Se alguma coisa acontecer com ela, não vai ser culpa minha. Estou pouco me lixando pra ela! - Me deitei

- Tudo bem, depois diz que eu não te avisei. Agora se levanta.

- Por que? Você não sabe beijar deitado?

- Se eu beijar deitado vai dar vontade de fazer outra coisa.

- Você é um pervertido! - Rolei os olhos e me levantei.

Então tudo aconteceu em poucos segundos. Na hora que me levantei da cama ele me pegou pela cintura e me beijou de uma forma feroz. O beijo dele era ardente e não era nada calmo. Eu fiquei mole nos braços dele e me esqueci completamente que ele era meu melhor amigo. Ele me levantou e eu entrelacei minhas pernas na sua cintura.

Ele até poderia ser meu melhor amigo, mas a única coisa que eu queria era aproveitar o momento e a intensidade dele.


•Malluh POV•

Depois que eu recebi aquela ligação de uma pessoa dizendo que a Madduh estava passando mal, fui direto para o local dito. Pedi milhares de vezes pra que o taxista me esperasse, mas ele se recusou, alegando que o bairro era esquisito. Não sei porque a Madduh resolveu vir até aqui, mas pensando bem, é a Madduh, eu não entendo ela e nunca vou entender.

Saí procurando por todo o bairro e comecei a ficar com bastante medo. Não tinha luz e a cada passo que eu dava, sentia que estava sendo observada.

Já passava das duas da manhã e eu não fazia ideia de onde ela estava. E eu estava perdida! Comecei a entrar em pânico e lágrimas ja se formavam nos meus olhos. Senti um braço puxando a minha mão e por reflexo, puxei o meu sapato, comecei a bater na pessoa com os olhos fechados e com toda a minha força.

- AH, MALLUH PARA DE ME BATER PORRA! - David gritou e eu parei de bater nele. Abracei ele com todas as minhas forças, era bom ver alguém conhecido nesse bairro horrendo e desconhecido - Como você chegou até aqui?

- Me ligaram dissendo que a Madduh estava passando mal e me deram esse endereço, eu ja rodei isso tudo. Acho que foi um trote de merda. Eu já estava ficando com medo, esse bairro é feio e esquisito. Eu...ainda bem que você chegou, eu... - Lágrimas saíram e encheram minha bochecha.

- Ei! - Limpou minhas lágrimas - Vamos embora, vou te levar pra minha casa.

                        ★★★

A casa dele era média e estava repleto de frases de encorajamento. Sabe no filme A Culpa É Das Estrelas, que a casa do Augustus era cheia de frases? A casa dele parecia a casa do Augustus.

Fomos pro quarto dele e ele me deu água com açúcar e eu fiquei vendo as fotos de quando ele era criança.

- Esse era você? - Apontei para um menininho que usava uma camiseta enorme verde, que sorria abraçado com seu bichinho de estimação.

- Era sim, o nome dele era Claus.

- Que nome feio! - Sorri

- Nunca deixe uma criança de nove anos escolher nomes! - Sorriu - Então, ta afim de dormir?

- Sim, estou bastante cansada. - Minhas pernas estavam doendo de tando que andei.

- Pode ficar com o lado direito da cama, sou acostumado a dormir no lado esquerdo.

- Obrigada e desculpa por falar tanto. Eu começo a falar quando estou nervosa.

- Não foi nada, é só uma cama

- Não foi só por me deixar dormir aqui. Mas sim por me tirar daquele lugar, se não fosse por você, acho que eu viraria comida de pombo - Ele sorriu - Obrigada mesmo

- Sempre que você precisar, pode chamar o David aqui.

Me deitei e senti o perfume dele nos lençóis. Me lembrei da nossa conversa sobre o beijo. Ele disse que estava meio bêbado e que não queria me beijar, porque eu não faço o tipo dele. Aquilo doeu um pouco, mas deixei pra lá.

- O que você estava fazendo lá? - Perguntei

- Acho melhor você não saber

- Por que não? Me conta!

- Não! - Se deitou do meu lado e fechou os olhos.

- Por favor! Se for alguma menina eu guardo segredo.

- Malluh, cuida da sua vida que é melhor! - Disse grosso.

Não falei mais nada. Simplesmente virei para o lado e dormi.



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