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História Friends By Choice - Eu te perdôo


Escrita por: Luz_dodia_

Capítulo 28 - Eu te perdôo


Fanfic / Fanfiction Friends By Choice - Eu te perdôo

•Malluh POV•

Era simples. Eu queria respostas. Não estava nem um pouco afim de olhar na cara de Heloisa, mas eu precisava saber o porque disso tudo. Apesar de tudo, eu estava com medo dela. Um policial abriu a porta e eu entrei junto com meus pais.

Ela estava pior do que estava antes. Seus cabelos, antes lindos, agora estavam acabados e ela estava com uma expressão cansada no rosto. Nos sentamos e ela abaixou a cabeça.

- Heloisa, olhe pra mim - Minha mãe pediu, já aos prantos - OLHE! - Gritou

Helô levantou o rosto e abriu os olhos que estavam vermelhos. Mamãe afundou o rosto no ombro do meu pai,chorando.

- Como você se transformou assim Heloisa? - Papai perguntou

- Ódio. Eu tinha ódio das meninas - Sua voz estava baixa e embargada - Eu queria ser o centro das atenções. Queria matar as duas por causa disso. E pensei, que se elas fossem embora, eu seria a melhor todas.

- Nós sempre damos amor para todas as três. - Mamãe choramingou

- Eu sei, mas eu queria o amor completo. - Suspirou - Me desculpem - Sussurrou

- Vamos embora Malluh. - Eles se levantaram.

- Por que? Sempre te amamos muito. Se lembra da vez que seu sorvete caiu e nós dividimos com você? E no dia em que você disse que passou no vestibular de medicina? Isso foi uma alegria imensa pra todos nós! Por que Helô? - Perguntei

- Eu sinto muito

- Eu também sinto. Sinto por você acabar com seu próprio futuro. Agora as coisas já aconteceram. - Me levantei

- Ele morreu não foi? - Perguntou e eu sabia que ela estava falando de Chris.

- Infelizmente sim - Fui em direção a porta

- Eu não queria isso

- E o que você queria? Matar uma de nós e se arrepender depois,como fez com o Chris? Sinto muito, mas a vida dele não volta mais, não importa quantas desculpas você der. - Falei com raiva. Abaixei a cabeça e me lembrei do meu objetivo de estar alí - Ah,mas uma coisa. Eu te perdôo. - Ela franziu o cenho

- Por que?

- Porque é preciso perdoar pra sobreviver nesse labirinto de sofrimento que se chama vida.

                        ★★★

Mamãe e papai decidiram viajar no final de semana, só os dois. Eles precisavam disso. Saber que a filha mais velha está na cadeia, não deve ser nada fácil. Não falo com a Madduh desde ontem. Quando voltei do presídio ela estava na casa de Lucas e voltou muito tarde pra casa. E onde ela está agora? Isso mesmo, na casa do Lucas. Acho que eles estão começando um namoro.

Eu estava na cozinha com o computador sobre o balcão, escrevendo mais umas das minhas histórias loucas. A campainha tocou e eu fui atender. David estava na minha porta com as mãos nos bolsos.

- Olha eu sei que você quer uma explicação, por isso eu vim aqui e...

Interrompi ele, levantando o braço e dando um tapa na cara dele, que foi tão forte, que na mesma hora sangrou um pouco.

- Isso é por ter me enganado - Trinquei os dentes - E isso - Segurei a gola da camisa dele e beijei a boca dele chupando os lábios - É por me salvar - Ele ficou sem palavras e abriu a boca diversas vezes - Entra antes que eu me arrependa por isso.

Passou pela porta e me seguiu até a cozinha. Sentamos lado a lado.

- Certo. - Respirou fundo - Tudo começou quando eu era pequeno. Eu e o Rafael éramos inseparáveis, ele me ensinou várias coisas. Depois que ele foi para a faculdade nós nos afastamos um pouco. Um belo dia ele voltou lá em casa com uma proposta. Ele disse que, se eu fizesse tudo o que ele mandava, ele poderia arranjar uma bolsa na faculdade de veterinária que eu tanto quero. Ele não me disse nada do que pretendia. Só me mandou ficar de olho em vocês duas. No começo, eu tentei chegar junto da Madduh, mas ela não me deu bola. Então...

- Você decidiu me conquistar porque eu era a irmã mais besta e idiota. Que cairia fácil em uma boa lábia. É isso? - Interrompi

- Claro que não! Nunca esteve nos meus planos me apaixonar por você. Rafael pediu pra ficar perto e eu fiz isso. Fiquei olhando pra você por dias e passei a ir mais na biblioteca. Comecei a ler os livros que você lia pra ter o que conversar e eu acabei gostando. Minhas notas começaram a subir e minha mãe me parabenizou por isso. Foi quando eu decidi falar com você. Então tudo aconteceu rápido. Quando eu vi, já estava apaixonado por você e querendo explicações do Rafael sobre o porque disso tudo. Mas ele não me disse. Se lembra o dia em que você me encontrou em um bairro estranho? - Assenti - Eu estava lá por causa do Rafael. Ele me mandou ir até lá e eu fui. Eu estava fazendo isso por causa do meu futuro. Depois, eu vim perceber que acabar com a vida de uma pessoa, pelo meu futuro não era certo.

- Tudo isso por causa de uma bolsa?

- Claro! Ninguém na minha família tem dinheiro pra pagar nada. Eu sempre arrumava uns trampos por aí e ganhava dinheiro. Mas isso não justifica, eu sei. Por isso, eu vim aqui decidido a te pedir desculpas por tudo. Eu sei que não é uma coisa fácil, mas eu preciso do seu perdão.

- E o perdão da Madduh?

- Eu já falei com ela. Ela me disse que se eu fizesse isso de novo ela ira arrancar minhas bolas fora. - Sorri - Me perdoa?

Não consegui responder nada.

- Acho melhor eu ir. Eu sei que perdão é uma coisa difícil e vou entender se você não quiser falar mais comigo. Mas, olha pra mim - Levantou meu rosto - Eu gosto mesmo de você Malluh e faria isso de novo. Tchau

Segurei no braço grande dele e passei a mão pelos seus cabelos.

- Eu te perdôo sim - Sorriu - Quem sou eu pra não perdoar? Eu não sou ninguém pra isso. Mas, claro, se tu fizer isso de novo eu mesma arranco suas bolas! - Exclamei fazendo ele rir

- Isso nunca mais vai acontecer, eu prometo. - Me abraçou forte. Senti o perfume forte dele se alastrando no meu nariz. Olhei pra ele e sorri.

Ele olhou para os meus olhos e depois para minha boca, como se pedisse permissão para me beijar. O que não adiantou. Porque na mesma hora eu juntei nossos lábios.

Segurei no pescoço dele e puxei seus cabelos. Ele me levantou e me sentou no balcão da cozinha, fazendo minhas pernas ficarem em volta da cintura dele. As mãos quentes dele subiam e desciam pelos meus braços até as minhas coxas. Parei o beijo e amarrei meu cabelo em um coque frouxo, dando passagem pra ele beijar toda a extensão do meu pescoço. E ele o fez. Com as minhas mãos livres, tirei a camisa dele e arranhei de leve as costas. Em um movimento rápido, ele tirou meu vestido florido e me olhou com fogo nos olhos.

- O que seu pai acharia da filha dele fazendo amor na cozinha? - Perguntou sorrindo

- Ele não acharia nada. Por que ele não viu nada. O que os olhos não vêem o coração não sente.

•Madduh POV•

Confesso que no começo eu estava com medo de conhecer os pais de Lucas. Mas tudo ficou mais fácil quando o pai dele começou a fazer graça e eu o segui. Em vez de ir jantar na casa dele, eu fui tomar café. Não falo com a Malluh desde ontem, mas eu queria contar as novidades a ela.

- Tem certeza que não quer ficar? Meus pais vão sair daqui a pouco - Segurou minha cintura, beijando meu pescoço.

- Hoje não vai dar, tenho que voltar pra casa. Mas, se amanhã você for me buscar em casa - Sorri

- Pode deixar - Me beijou - Agora vai antes que eu te arraste pro meu quarto.

- Tchau meu gato!

Abri a porta de casa e gritei pela Malluh:

- Ô COISA FEIA APARECE AQUI! - Ela não respondeu nada e eu fui até o quarto dela - MALLUH - Chamei mais uma vez

- Tô no banho, já tô indo - Exclamou no banheiro dela. Sentei na cama dela e depois de alguns minutos ela saiu - Pronto - Abriu a porta vestindo um roupão - Fala

Me levantei da cama e sorri pra ela

- Olha pra minha cara e pro sorriso. O que isso significa? - Perguntei

Ela pensou um pouco, olhou pra mim mais uma vez e arregalou os olhos.

- NÃO ACREDITO! - Me abraçou

- É isso aí. E sabe onde fizemos? - Negou - No quarto da mamãe e do papai - Ela gargalhou

- Sério mesmo?

- Sim! - Pulei em cima da cama

- E como foi?

- No começo doeu pra cacete. Mas ele foi carinhoso comigo e tudo ficou bem - Sorri

- Que bom, por que eu também - Falou e eu olhei pra ela

- Você também o que? - Perguntei e na mesma hora eu dei um grito - O QUE? Como foi isso?

- Foi na cozinha aqui de casa - Arregalei os olhos

- Nossa! Malluh, nunca esperava isso de você - Sorri

- Verdade. Se lembra que eu dizia que minha primeira vez seria na praia?

- Lembro, e eu disse que a minha seria numa piscina - Gargalhamos juntas

- Mas isso não importa mais. O importante é que foi especial e incrível.

- Verdade. Depois de tanta coisa - Suspirei

- É mesmo. A gente ficou tanto tempo separadas uma da outra. Isso tudo por causa daquele asnático!

- As...o que? - Perguntei
Malluh e as suas palavras difíceis.

- Asnático. Quer dizer idiota.

- Bom, o que importa é que a gente se vingou e toda a escola e redondezas sabem que ele é um filho da puta. - Exclamei

- Verdade e se depender de mim não vamos nos separar nunca mais

- Por mim também - Levantei o dedinho mindinho como fazíamos quando éramos crianças. Juntou nossos dedos e gritamos - Ao infinito e além.

                       ★★★

•Narradora POV•

Chegou o dia do baile da escola. Todos os anos a escola fazia dois bailes. Um no meio do ano, e outro no final do ano. Mas este ano era diferente. A escola iria fazer algumas reformas e por isso, passariam três meses de férias e o resto do ano seria compensado no final do ano. Então, essa seria a última vez que os alunos iriam ficar juntos antes das férias que caíram numa boa para todos.

Todos estavam muito bonitos. As meninas com saltos altos e os garotos com terno. Essa era a noite esperada pelo amigo das meninas, que infelizmente, se foi. Mas a noite só estava começando.

Lucas e David estavam esperando as gêmeas deles. Estavam muito bem arrumados, com seus perfumes fortes e cabelos com gel. Mas quando as meninas chegaram, os olhos deles brilharam.

A menina dos cabelos roxos estava com uma saia de cintura alta preta e branca, com um cropped preto com renda. O cabelo dela estava preso em um penteado super bem bolado com uma faixa roxa um pouco caída pra trás.

A menina de cabelos verdes também estava com um cropped e uma saia de cintura alta. Mas a saia era toda florida e o cropped era branco com um mini decote. O cabelo dela estava com um penteado para o lado, com florzinhas rosas enfeitando.

As duas realmente estavam lindas.

Foram juntos para o baile, beberam um pouco e foram dançar. Mas o que todos não sabiam é que o trote que Christopher tinha armado, estava esperando do lado de fora da escola.


Notas Finais


Dale pessoas lokas do meu coração!!!
Um dos últimos capítulos foi postado. A história das gêmeas está acabando. 😭

Beijos...!


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