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História Friends By Choice - Baratas!


Escrita por: Luz_dodia_

Capítulo 4 - Baratas!


Fanfic / Fanfiction Friends By Choice - Baratas!

•Madduh POV•

O céu estava limpo, o sol estava mais lindo do que nunca. Com as crianças correndo no parque, puxando os pais para ir até os brinquedos menores e chorando para ir até os brinquedos maiores. Derrepente, minha visão mudou e eu estava no alto, pronta pra pular de cima da roda gigante. Eu me desequilíbrei e comecei a cair.
"Ele não vai ter salvar, Madduh!" - Ouvi a voz da Malluh sussurrando no meu ouvido. Eu batia os braços e as pernas com frequência e  continuava caindo, mas nunca encontrava o chão.
"Ninguém te ama, Madduh! Você vai ficar sozinha pro resto da sua vida" - A risada dela se alastrou em meus ouvidos.

Com um pulo, levanto da cama com a cabeça explodindo, olhei para todos os lados para ter certeza que isso só foi um sonho. Sonho de Merda! Vou para o banheiro e tomo um banho, visto a roupa e a jaqueta da escola, e vou até a cozinha. Malluh estava tomando café, comendo frutas. Quem começa a dia comendo frutas? É pra começar comendo fritura, ou alguma coisa com bastante molho!  Essa menina não é de Deus, só pode!

Dou uma olhada mortal pra ela, quem ela acha que é pra rasgar o pôster do meu gato? Ela vai pagar, ou eu não me chamo Maria Eduarda Almeida!

- Bom dia meninas! - Meu pai beijou minha testa e a testa dela. - Vocês já souberam que a Helô vem pra casa no outro fim de semana? - Meu pai perguntou com um sorriso no rosto. 

Era sempre assim, Maria Heloisa Almeida, minha irmã perfeitinha mais velha de Merda! Ela sempre foi o orgulho da casa, sempre com notas altas, roupas não vulgares, sorriso falso. Meu pai, principalmente amava ela. Ja que ela conseguiu tudo o que ele queria e agora ganhou uma bolsa de estudos num sei aonde, por causa da inteligência dela. Não conquistamos tudo só com inteligência, tem outra coisa chamada caráter.

- Que legal, eh! - Levantei os braços e dei um sorriso super falso junto com uma virada de olho.

- Pare com isso, Madduh. Sua irmã ama você! - Mamãe colocou biscoitos no meu prato.

- Sei, uma pessoa que ama, liga de vez em quando. - Me levantei com o prato na mão.

Rá, a Helô ama todos nós? A Helô não ama ninguém aqui! Ela só liga pra o namorado de Merda dela e da bolsa de estudos de Merda também. Ela nunca amou ninguém, todos amam ela, é ao contrário.

O caminho até a escola foi calado, como sempre, meus pais nunca tinham nada pra falar. Bati a porta e fui em direção ao meu armário.

- Olha quem eu encontrei, garota problema!  - Lucas se encostou do lado do meu armário sorrindo como sempre.
Lucas é meu amigo desde que eu pedi um spray pra Pixar a escola e ele me ajudou. Ele é tipo daqueles que tem tudo, sabe? Tudo o que você precisar, e se você pagar, ele te entrega. Só que o único problema é que esse gato dos olhos castanhos, com sardas fofas, que faz toda menina babar, sempre dá em cima de mim. Acho que tenho que escrever na minha testa:Sou apaixonada pelo Arthur!. Pra vê se ele entende. Mas tive uma brilhante ideia.

- Preciso de um favor seu, sardento!- Fui logo falando.

- O que você quer desse lindo aqui?- Ele girou me mostrando suas roupas.

Ele estava com uma calça jeans rasgada, uma camisa branca, que tinha um formato de V no começo, mostrando um pouco de seu peitoral, por cima, estava com uma jaqueta vermelha. Ele tinha bastante músculos, mas o que mais me chamava atenção nele, eram suas sardas. Ele tinha muitas, e por isso, deixava ele fofo e sexy ao mesmo tempo. O que? Eu estou apaixonada, não cega!

- Preciso que você arrume baratas pra mim, daquelas bem grandes!

- Pra quê você quer baratas, garota problema?- Me olhou nos olhos. Ja falei que os olhos dele são lindos? Ok, não vou falar mais nada.

- Não é da sua conta, sardento!

- Se sou eu que vou arrumar, tenho que saber.

- Ou você me arruma as baratas e continua com Luquinhas intacto.

- Espera, Luquinhas? Quem é esse?? - Sorri, garotos são lerdos mesmo!

- Não é quem, é o que.

- Ainda continuo sem entender. - Rolei os olhos. Será mesmo que eu preciso desenhar pra ele saber?!

- O seu pau oras! Ou você não tem pau? - Perguntei sorrindo. Ele deu uma gargalhada.

- E eu pensando que as garotas não sabiam disso. - Cruzou os braços.

- As garotas sabem muito mais do que você pensa. Iai? Vai me arrumar as baratas ou eu vou ter que acabar com Luquinhas?

- Depois da aula eu te entrego, garota problema. Mas em troca eu vou querer que você coloque meu nome na lista da festa da sua amiga. - Sardento é assim, sempre querendo uma boca por aí.

- Tudo bem - O sinal toca - Depois da aula, na lanchonete aqui do lado. - Sai correndo para minha primeira aula.

Lucas estava atrasado dez minutos. Filho di rapariga! Eu precisava conversar com ele também e não só pegar as baratas. Ele entrou na lanchonete com uma sacola preta nas mãos. Sorriu quando me encontrou e sentou ao meu lado.

- Porque demorou tanto? - Perguntei irritada.

- Você acha que é fácil encontrar baratas por aí? Essas amiguinhas correm pra caramba! - Um garçom chegou e perguntou o que queríamos.

- Vou querer um sanduíche, um copo de coca e  um sorvete de morango. - Falei

- Nossa! Tudo isso? Ta com a carteira cheia em garota problema!

- Não sou eu que vou pagar, vai ser você! - O sorriso dele se apagou.

- Eu não vou pagar coisa nenhuma, sou eu que te faço um favor e pago? Claro que não! - Bateu na mesa. Mas eu sabia como convence-lo.

Me inclinei e coloquei as mãos no seu peitoral, ajeitando sua jaqueta. Olhei diretamente para sua boca pequena, rosada, com um sorriso safado. Passei meu polegar pelos seus lábios, apertei seu braço com força, e sentir sua pele se arrepiar. Ele entreabriu a boca e eu umideci os lábios.

- Me traga o mesmo que o dela, por favor. - Entregou o cardápio ainda olhando pra mim. Realmente, se eu não tivesse perdidamente apaixonada Arthur, com certeza Lucas seria uma opção. - Vou pagar, mas só porque você me pediu com jeitinho. - Sorri e me distanciei dele.

- É assim que se fala!

- Toma, elas são as maiores - Me entregou a sacola. - Precisa de mais alguma coisa? - Seu sorriso malicioso estava presente.

- Na verdade, eu preciso sim. - Seu sorriso se ampliou. - Preciso que você entre no site da escola, como os meus pais e me coloque como aluna de reforço de matemática.

- Espera, porque você quer ajuda em  uma coisa que você ja sabe? Você é ótima nisso. E porque não pedir pra os seus pais fazerem isso?

- Essas respostas você nunca saberá! Só faz o que eu pedi, ok? - O garçom trouxe os pedidos e eu prestei atenção SÓ no meu sanduíche.

- Tudo bem, mas você vai precisar fazer um favor pra mim também. - Ele estava todo lambuzado de mostarda, sorri instantaneamente.

- Diz logo!

- Quero que você acabe com o Dylan. Ou como vocês mulheres falam, o Dylanzinho dele.

Dylan era um idiota que sempre arrumava briga com Lucas. E Lucas como um besta, não fazia nada.

- Porque quer que eu acabe com o Dylanzinho dele?

- Por que ele é um idiota e eu não posso bater nele na escola, ou em qualquer lugar. Então, como você é menina e as pessoas acreditam mais em vocês e você não vai ser expulsa nem nada, preciso que você faça isso.

- Ok, amanhã eu acabo com Dylanzinho em dois minutos. - Ele sorriu.

- Ótimo. Hoje eu entro no site e te coloco como aluna do reforço. - Limpou as mãos.

- Só tem mais uma coisa. - Sorri com a ideia.

- Mais? É impressão minha ou você tá inspirada hoje?

- Cala a boca e me escuta. - Tomei um gole de coca - Você tem uma câmera aí?

•Malluh POV•

Realmente, David acha que pode ficar no meu pé o tempo inteiro, aquele idiota!
Só pra vocês saberem, David é aquele cara que pediu pra que eu ajudasse ele com o trabalho. E desde então, ele vem me atormentando. Ele anda pra lá e pra cá comigo na biblioteca, me chamando atenção e perguntando sobre tudo.
Acredita que ele perguntou o que era uma máquina de doces? Acho que esse garoto é bipolar, só pode!

Ele disse que já que eu o ajudei, ele vai me dar auxílio na biblioteca, pois só eu e seu Sebastião que trabalhamos aqui. Auxílio tudo bem, agora me encher o saco a cada três minutos é muito diferente.

- Ta bom de dinheiro agora? - Ele perguntou colocando uma cédula de vinte reais na caixinha de gorjetas. Na verdade, o máximo que as pessoas deixam lá, são cinco reais. Massss, como ele pode e está enchendo o meu saco, vou obriga-lo a colaborar bem.

- Claro que não! Larga de ser mão de vaca e coloca dinheiro aí! - Exclamei

- Você acha que eu estou cagando dinheiro? - Sua expressão carrancuda me fez rir.

- Tanto faz! A biblioteca está precisando e esse foi o nosso acordo. Eu te ajudava no trabalho e você ajuda a biblioteca. Simples!

- Simples nada! Eu ganhei isso aqui com o meu suor! - Dramatizou.

- Aff, você está parecendo até a Madduh assim. Seu suor que nada! No máximo você passou a manhã implorando para os seus pais te darem dinheiro. Quer saber?! - Fiquei de ponta de pé pra ficar do tamanho dele. Porque né? Não nasci com o tom da altura. - Me da logo essa merda aqui! - Puxei sua carteira e saí correndo.

- Malluh, me dá a minha carteira agora! - Ele corria atrás de mim, mas não conseguia me pegar.

Porque né? As baixinhas podem até não ter o dom da altura, mas tem o dom da rapidez e da camuflagem. Já viu uma baixinha no meio de gigantes? Claro que não!

Peguei uma cédula de cinquenta reais e vi que tinha mais vinte reais alí. Será que ele roubou um banco? Porque eu realmente tô precisando.
Em um ato rápido, voltei para a caixinha e coloquei a nota lá, ouvindo um:nããããooo de David.

- Pronto! Não é simples? - Sorri e me balancei

- O que você fez? Esse dinheiro era da minha vó!

- Você explica pra sua vó, que foi um ato de caridade e depois devolve o dinheiro.

- Como vou devolver o dinheiro?

- Simples! Existe uma coisa chamada tra-ba-lho! - Soletrei e sua expressão carrancuda continuou.

- Depois disso, acho que você vai precisar fazer outro trabalho pra mim. Mas agora de redação. E não adianta gritar e falar que não, já que você gastou meu dinheiro e...

- Tudo bem. - Peguei um livro e limpei.

- O que? - Perguntou

- Eu amo fazer redação, isso não seria nenhum sacrifício pra mim. Nem que você não tivesse pagado, eu teria feito do mesmo jeito. - Sorri.

- Você é a pessoa mais estranha que eu já conheci, sabia?

- Eu sei. - Suspiro lembrando do dia em que Madduh me disse essas palavras, claro, doeu mais naquela hora do que agora. - Vai continuar falando ou vai me dizer o assunto?

                        ★★★

Abri a porta do meu quarto com uma felicidade imensa e com os olhos fechados. Arthur tinha piscado pra mim. Tipo, PISCADO! Sabe aquele movimento com o olho? Isso mesmo! Uhuheheh! Chupa essa Madduh!

Me joguei na cama com força e continuei pensando nele e no momento em que o vi pela primeira vez. Aqueles olhos, aquele rosto, aquele...

Senti algo nos meus braços e abri os olhos.

- Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh- Gritei e pulei da cama pisando em mais baratas. - Ahhhhhh- Bati os braços e as pernas pra tira-las de lá, balancei a cabeça - AH MEU DEUS! - Gritei, esperniei, pulei, Gritei. Até mamãe entrar no quarto e sair gritando pra chamar o meu pai. Saí correndo,mas antes pude ver uma marca em um papel com um MD escrito com uma caneta roxa.

Madduh!

Você vai me pagar! Mas desta vez eu não vou atingir você diretamente. Vou atingir o que você mais ama. Ou melhor, vou me jogar a quem você mais ama. Arthur.



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