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História Friends - Louis Tomlinson - 017. Depois


Escrita por: sunzjm

Capítulo 17 - 017. Depois


Fanfic / Fanfiction Friends - Louis Tomlinson - 017. Depois

LOUIS

A casa da Jane foi o primeiro lugar que se passou pela minha cabeça quando tudo aconteceu. Eu queria me afastar de Taylor Hampton e evitar novamente o que eu não deveria fazer. Eu estava aborrecido, totalmente confuso e desconcertado, e Jane Collin era uma companhia indispensável, mesmo que eu tivesse a certeza de que ela também estava envolvida naquilo, camuflando as mentiras.

Eu tinha ido até a casa da Taylor achando que ela estaria mal por causa do George, por talvez tê-lo encontrado bêbado ou qualquer coisa parecida. Fiquei realmente preocupado, principalmente porque ela não tinha mandado nenhuma mensagem e nem feito qualquer ligação. Logo, eu precisava saber se ela estava bem. 

Só que então acabei encontrando Tiago na cozinha. Taylor tinha dito que ele iria "até a casa do pai deles", por isso a primeira coisa que perguntei ao Tiago foi se tudo tinha corrido bem. É óbvio que ele me olhou com aquela cara de quem perguntava do que diabos eu estava falando, já que obviamente nada daquilo aconteceu e acabei percebendo que Taylor estava mentindo. Tive que repetir a pergunta pra ele, na verdade, porque eu não conseguia acreditar que Taylor Hampton tinha mentido para mim.

E foi então que Tiago me disse que alguém tinha ido até lá para levá-la pra sair, e que aquele alguém era o imbecil do Adrian Carrington. Aquilo foi o suficiente para que eu me irritasse e não demorasse para tirar satisfações com Taylor.

Ela não deveria ter feito aquilo, Taylor não deveria ter mentido. Ela não deveria ter falado daquela forma e, principalmente, não deveria ter saído com Adrian Carrington. 

Taylor Hampton foi falsa comigo.

E eu sequer conseguia acreditar no que eu havia feito, que eu tinha a beijado. Naquele instante, quando a vi me bater e gritar, tudo o que eu queria era apenas que ela me ouvisse calada, que parasse de defender Adrian Carrington e que não dissesse à todo momento que estava, sim, disposta a aceitar o pedido dele. Eu queria que ela tivesse calado a boca, e o beijo foi a única forma de conseguir aquilo.

Fiquei surpreso com a minha atitude impulsiva, na verdade, e me perguntei várias vezes se aquilo estava certo. Taylor e eu éramos amigos e amigos não faziam coisas como aquela. Contudo, por que diabos eu me sentia tão confuso? Não foi apenas um beijo? 

Nada daquilo mudava a raiva que eu sentia, muito menos a vontade de ir atrás do imbecil do Adrian. Eu sabia qual era a sua intenção com Taylor, e, se eu pudesse, o prenderia em uma sala vazia, apenas para que nunca mais se aproximasse de todos nós. Ele iria machucá-la de alguma maneira, assim como todos os outros, e eu não estava ansioso para ver Taylor chorando mais uma vez. Ela já estava tendo um progresso por não tocar no nome de Christian Menson e um novo cara na sua vida era demais pra mim.

Além do mais, o problema que mais me incomodava naquela situação era que ela parecia estar mesmo gostando de Adrian Carrington. E também estava coberta de razão quando afirmava que eu não poderia obrigá-la a fazer o que eu queria, que eu não poderia trancá-la naquele quarto. Mas que atitude eu tomaria? 

Tudo bem, não era certo agir daquela forma, mas Taylor simplesmente não poderia sair com ele de novo. Aquilo não era algo que me agradava, ela era ingênua demais e eu não queria vê-la sofrendo.

Fazia sentido?

Quando percebi, já estava estacionando na frente da casa dos Collin. A Sra. Rose regava vasos com flores na varanda e parecia distraída, como se conversasse consigo mesma entre pensamentos. Cumprimentei-lhe com um beijo e perguntei sobre Jane. Quando segui para o quarto, a garota se assustou quando me viu e rapidamente parou de mexer no celular, a fim de me dar atenção. 

— Por que não avisou que passaria por aqui? 

— Que surpresa é essa em me ver? 

— Era só para que eu soubesse — ela logo se sentou e tirou uma compressa que estava sobre a sua barriga, a fim de diminuir cólicas que estavam surgindo naqueles dias —, só isso mesmo, nada de mais. 

— Já sei o que aconteceu — eu disse, sem esconder o meu aborrecimento. — Não precisa agir como se não soubesse de nada.  

— Do que você está falando? — ela quis saber, sem me olhar e indo contra as minhas palavras. — Eu sequer saí de casa hoje, pode perguntar pra minha avó, ela está de prova. Essa cólica 'tá me matando...  

— Para com isso! — mandei, irritado. — Taylor saiu com aquele cara e você sabia disso. Por que não me falou nada, Jane Collin?  

— Hã… — Jane pigarreou e mexeu nas unhas, como se procurasse as palavras certas para explicar —, desculpa por ter entrado nessa, mas…  

— Mas? — me aproximei, impaciente. — Mas o quê? Não me diga que você também está acreditando na conversa daquele cara, ou está?   

— Adrian gosta mesmo dela — Jane me observou, séria. — E é somente você quem não enxerga isso. Eu não me admiro que Taylor tivesse escondido tudo.   

— Vocês estão enganadas, ele não gosta dela porcaria nenhuma — retruquei, incomodado. — Adrian mal a conhece. Ele não a conhece como eu conheço, como nós dois conhecemos.  

— Afinal, como você descobriu?  

— Tiago me contou. 

— Sabe — disse Jane, ainda cautelosa —, talvez tenha sido errada toda a mentira, mas acho que foi até melhor que você não soubesse sobre os dois.  

— Como é? — questionei, devidamente perplexo. — Quer dizer que você não está arrependida de ter encoberto a mentira? Está mesmo dizendo isso?  

— Ah, Louis — ela suspirou, exausta —, olha só pra você, parece até que vai sair correndo atrás do Adrian a qualquer momento.  

— Taylor não deveria ter saído com ele. 

— Não vejo nada de mais nisso.  

— Como assim não tem nada de mais, Jane? — eu disse, sem conseguir diminuir o tom. — Quando ele pisar na bola, não vou estar disposto a dar o meu ombro para que ela chore, porra!  

— Louis — Jane me olhou, muito severa —, eu sei o quanto se preocupa com ela, mas você precisa deixar que ela ande com os próprios pés.  

— Você acredita que ele a beijou? — comentei, desgostoso. Jane, contudo, apenas continuou me olhando, como se procurasse o problema de toda a história.  

— E daí? — perguntou, depois de algum tempo. Também demorei a responder, porque não achei necessário. Taylor simplesmente não deveria tê-lo beijado. Apenas isso, por que eu precisava explicar mais? — O que você falou pra ela? — Jane se preocupou. 

— Eu... — Passei a mão pelo cabelo, sem saber se a verdade seria a melhor. — Eu só disse que ela não deveria ter feito o que fez. 

— E depois? 

— Mas por que você está me olhando assim? — eu quis saber, desconfortável com aquela acusação indireta. — Eu não fiz nada de mais.   

— É só que — Jane me observou durante alguns segundos, analisando a situação de uma forma que eu não entendia — uma coisa me veio na cabeça, sabe?, assim de repente. Você poderia me dizer o que fez com ela, além de gritar? 

— Taylor... — novamente passei a mão pelo cabelo, muito incomodado. — Ela não ficava quieta e eu tive que...  eu tive que beijá-la, entende?

Quando percebi o silêncio brusco, olhei para Jane, e então vi a sua perplexidade. Ela não demorou muito para ignorar as cólicas que sentia e se aproximou de mim, muito pasma.  

— O quê?! — berrou, como se não soubesse o que falar. Acabei me perguntando mais uma vez se o que eu havia feito realmente foi errado. — Como assim? Como assim você a beijou?! 

— Eu sequer sei direito o que fiz! — exclamei, desviando o olhar dela. — Taylor estava falando demais, não há uma explicação melhor.  

— Por que você a beijou, Louis?  

— Eu não sei — murmurei, pondo as mãos nos bolsos da calça —, foi por impulso. Eu agi por impulso, 'tá bom? Ela não parava de defender aquele cara e estava gritando comigo, como se eu não tivesse razão.  

— Você foi muito burro, sabia? — Jane deu tapas no meu braço, me assustando. — Você foi muito burro! E agora está confuso, meu Deus..., está confuso! Aposto que Taylor também deve estar também — ela fez uma careta, pensativa. — Aliás, até eu estou! 

E me deu um tapa novamente. 

— Eu não estou preocupado se o que fiz foi errado — eu disse, ignorando as suas agressões —, apenas quero que ela se afaste daquele cara.  

— Vocês dois, Louis… — Jane se aproximou mais, buscando explicar o que via diante daquilo —, não têm nada um com o outro e, portanto, você não pode sair por aí gritando com quem ela sai ou deixa de sair, entendeu?! Principalmente agredi-los, como se realmente tivesse o direito de fazer isso. 

— É claro que eu tenho o direito — revidei, dando de ombros. — E temos uma amizade que dura há seis anos, se quer saber...  

— Pelo que eu saiba, amigos não se beijam.  

— Foi só um beijo — busquei me defender.   

— E olha só o que ele causou — ela sorriu, sarcástica. — Você está parecendo um homem da caverna, confuso com o fogo dos raios da chuva. — Certo, eu precisava afirmar que Jane tinha razão. Eu sequer tinha o que dizer para me defender, e muito menos uma explicação para toda aquela confusão. — Eu vou precisar falar com ela — avisou, pensando alto. — Aliás, o que você vai fazer agora? Vai assassinar o Adrian?

Não parecia uma má ideia.  

— Se eu o matasse — murmurei, desolado —, Taylor nunca mais olharia pra mim. 

— Ah, pelo menos agora você está pensando como uma pessoa madura.  

— Mas se Adrian continuar tentando… 

— Para com isso — Jane me interrompeu, muito séria —, você não pode fazer nada, entendeu? Não pode. 

— Não me interessa o que pode acontecer, Jan, acredite. E eu realmente não quero que ele se aproxime dela... — expliquei, igualmente sério. — Tenta me entender. 

— Quanto mais você fala isso, mais parece que quer a Taylor só pra você — ela disse, incrédula. — É muito egoísta da sua parte, sabia? 

— Até parece que sou somente eu — retruquei, muito injustiçado. — Taylor também faz a mesma coisa, você sabe muito bem disso.  

— Vocês são dois problemáticos, isso sim — Jane revirou os olhos e então voltou a deitar na cama, colocando a compressa na barriga. 

— Eu estou com a razão aqui — falei, sentando em um pufe próximo da cama —, e continuo convicto.  

— Seja sincero, Louis — Jane falou, depois de longos segundos me observando com uma ruga entre as sobrancelhas, como se pensasse em várias coisas ao mesmo tempo —, você não sentiu nada com esse beijo? 

Parecia uma pergunta simples. Contudo, quando eu voltava ao momento em que havia beijado Taylor, a pergunta se tornava complexa, e eu não sabia o que responder. O que eu tinha sentido com aquilo?

Tantas coisas...

Mas o que estava mais nítido era a raiva que eu sentia dela, por ter saído com o imbecil do Adrian, por tê-lo beijado, por ter mentido pra mim... e por ser tão tola. 

— Eu não sei — confessei, atordoado.  

— E como vai agir quando vê-la?

Quando eu avistasse Taylor mais uma vez, sentiria a mesma raiva que senti quando vi as mensagens trocadas por ela e pelo Adrian, enquanto imaginava como teria sido o encontro dos dois. E eu ficaria chateado, pensando que Adrian poderia ser uma companhia bem melhor do que a minha.  

— Eu também não sei — respondi, sincero —, mas não vou pedir desculpas pelo que fiz.   

— Você é mesmo um grosso. 

— Vocês duas deveriam me agradecer — revidei, irritado. — E continuo chateado com você também, Jane Collin, não se esqueça disso. Eu poderia ter impedido tudo aquilo, se tivesse me avisado para onde ela iria.  

— Sinceramente — Jane pareceu arrependida —, eu também acho que não foi certo mentir daquela forma. Me desculpe mesmo.

Dei de ombros e imaginei o que fazer com Adrian Carrington. A única coisa que se passava pela minha cabeça era criar uma confusão e despejar tudo sobre ele, para que ele tirasse aquele sorriso tolo do rosto sempre que a via. No entanto, se eu fizesse aquilo, poderia ser expulso da London Greenwich, e não era o que eu queria. 

— Taylor não falou mais sobre Christian Menson? — eu quis saber, depois de algum tempo. — Ou ela só não faz isso quando eu estou por perto?  

— Na verdade, não — respondeu Jane, pegando o celular. — Faz alguns dias que eu não a vejo falando dele. Parece que está tudo indo bem agora.  

— Ótimo — levantei, a fim de bisbilhotar o que a Jane fazia. — E o que você está fazendo, por acaso?  

— Mandando uma mensagem para a Taylor — respondeu, muito distraída —, perguntando se ela está bem.  

— Hã... — Me mexi, envergonhado por precisar falar aquilo. — Eu acho que ela não vai responder.

Talvez jogar o celular dela contra a parede não tenha sido muito prudente. Eu poderia ter apenas bloqueado o número dele sem que Taylor percebesse. Foi um prejuízo, é claro, já que agora ela só poderia falar comigo, com Jane, ou com a mãe dela pelo computador, e Taylor não gostava de mandar mensagens pelo computador.  

— Por quê? Ela não deve estar tão ocupada. 

— É só que eu quebrei o celular dela. 

— Não exagera, Louis — Jane riu um pouco, mas depois me olhou e percebeu que eu não ria junto com ela. — Você quebrou mesmo o celular dela?  

— Ela passava a noite inteira falando com ele, você acredita? — expliquei, muito óbvio —, enquanto eu recebia uma infinidade de vácuos. 

— Isso passou dos limites, como você pôde?! 

— Não é um problema — tentei confortá-la, desinteressado. — Depois eu compro um novo, talvez até melhor do que aquele.  

— Você agora me deixou sem palavras… 

— Não precisa dizer nada — eu disse, então lembrei que era domingo e logo uma preguiça surgiu nos meus ombros. — Acho que vou atrasar amanhã. Vocês duas podem ir no ônibus escolar? — E isto porque eu não queria ver Taylor tão cedo, pois estava cansado demais para discussões, principalmente pela manhã.  

— Certo — reclamou Jane, depois de bufar.

Eu estava sentindo dores de cabeça e, por isso, precisei me despedir. Jane pediu para que eu não fizesse besteira e também para que eu pensasse em tudo o que fiz naquele dia – para que eu pensasse no que havia feito com Taylor. E nem seria tão difícil, é claro, porque a minha cabeça estava exatamente lotada com aqueles mesmos pensamentos.



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