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História Friends - Louis Tomlinson - 023. Henrik


Escrita por: sunzjm

Capítulo 23 - 023. Henrik


Fanfic / Fanfiction Friends - Louis Tomlinson - 023. Henrik

— O quê? — joguei, já meio sem fôlego.

Minha cabeça logo se encheu de pensamentos e eu me senti a pessoa mais lenta de toda a história da humanidade. Era óbvio que Jane estava grávida e aquilo era o motivo exato de todos os seus enjôos, do seu sono excessivo, das cólicas...  

— Acalme-se — Louis pediu e afagou a minha coxa —, não vamos tirar conclusões precipitadas, Taylor. Eu só falei aquilo porque não poderia mentir sobre o que estava pensando. 

Ele parecia ter o controle da situação, mas eu não o culpava. Na verdade, eu culpava Jack Mayson. Ele era o responsável por tudo aquilo. Foi ele quem foi um monstro ao embebedar e drogar Jane. 

E, se realmente fosse verdade, se Jane estivesse mesmo grávida, Jack terminaria de acabar com a sua vida. Já bastava tê-la forçado a fazer o que ela não queria, agora aquilo era demais, ultrapassava os limites de todos nós. Jane era nova demais para ter um filho.

Estava tudo errado.

Jane era uma pessoa maravilhosa, inteligente e educada; tão bonita e tão amável, que ninguém poderia sequer pensar em alguma maldade com ela. Jan não merecia nada daquilo, e o destino estava sendo muito injusto.  

— Mas... — Me mexi no banco, inquieta. — Mas está na cara que é verdade, Louis. — Não consegui evitar o choro devido a revolta. Eu deveria ter mesmo matado Jack Mayson, ou então poderia tê-lo torturado e cortado os seus testículos. Ele sequer servia como um pai. Ele era um ser humano terrível e conseguia ser mais irresponsável do que eu. O que adiantava ter uma vida tão boa, se ele não merecia nada daquilo?

Rapidamente passei a tremer quando afirmei para mim mesma que Jane realmente teria um filho. Como seria? Ela precisaria contar tudo para Jack Mayson, mesmo que ele não merecesse tocar um dedo sequer no bebê. Querendo ou não, ele era o pai e o bebê não tinha culpa nenhuma do que havia acontecido.

Louis ficou em silêncio, mas me observava rapidamente no decorrer do caminho. Ele não poderia me confortar porque sabia melhor do que ninguém que a possibilidade da Jan estar grávida era enorme. Ele também estava muito irritado e dava pra perceber por causa de suas mãos, que apertavam o pobre volante. Só que ele estava mais controlado do que eu. 

Enquanto buscava me acalmar, observava o lado de fora com a cabeça apoiada no vidro. Pensei em como seria o futuro depois do bebê, afinal, tudo mudaria. Fiquei até confusa quando, de repente, passamos de frente a uma viela suja e com lixo. Percebi que algo estava acontecendo ali.  

— Ei, espera — pedi, olhando para trás enquanto o carro continuava o percurso. Eu não estava ficando louca, mesmo estando triste e irritada. Eu realmente vi aquilo acontecer e não era uma ilusão. — Louis, para o carro!    

— Por quê? — ele ficou confuso e tentou continuar conduzindo, porém eu fiz de tudo para puxar as suas mãos do volante. — Taylor, qual é o problema? Você vai nos matar!... 

— Pois então para o carro agora! — mandei, muito agitada. — Eu vi alguma coisa naquele beco, não estou alucinando.

Já estávamos fora do bairro do papai e indo até a farmácia mais próxima. Naquele dia as ruas estavam menos movimentadas e então era normal que alguém escolhesse aquele lugar para procurar alguma confusão, como a que eu vi na viela. 

Mas não era comum pra mim, portanto fiquei desesperada e inquieta. Eu queria mesmo saber o que estava acontecendo com aqueles garotos. 

— Certo — ele decidiu e logo encostou o carro próximo ao meio-fio. Saí da BMW rapidamente e corri até a viela. Louis não disse nada e apenas me seguiu, confuso. Tínhamos tantas coisas pra fazer naquele dia, mas eu estava preocupada com o que acontecia em uma viela desconhecida. Qual era o meu problema?

— Meu Deus — sussurrei, quando prestei atenção no que ocorria mais a frente. Era um grupo de garotos que espancavam uma pessoa, que estava totalmente indefesa e machucada. O pobre garoto estava caído no chão, buscando se defender dos chutes e das pauladas que recebia.  

— Mas... — Louis se interrompeu e, quando tomou a atitude de se aproximar mais e ficar de costas pra mim, percebi que buscava enxergar direito o que estava acontecendo. — Ei! — ele gritou para os garotos distraídos e irritados, e logo foi andando na direção deles, apressado. — Taylor, liga pra polícia — ele disse pra mim, e eu logo corri até a BMW, muito hesitante. 

Peguei no seu celular sobre o porta-luvas e voltei pra viela. Louis ainda se aproximava dos garotos e os mesmos não pareciam saber se continuavam espancando o pobre garoto no chão ou se corriam, a fim de ir embora. 

— Louis, espera! 

Andei com passos largos atrás dele, assustada. Eu estava com medo de que aqueles meninos se irritassem com a nossa presença e também resolvessem nos machucar. 

Um dos garotos, então, resolveu se pronunciar para todos os outros da sua turma:  

— Vamos, nós já terminamos.

Quando consegui enxergar melhor todos eles, percebi que conhecia dois dos meninos. Me assustei com aquilo e senti mais medo ainda. O garoto que estava no chão era Henrik Peterson, e o que estava batendo nele, com a ajuda dos outros, era Preston Jordan, o irmão da Rutty.

Logo entendi o que estava acontecendo.  

— Vocês são uns covardes — Louis já estava bem próximo deles e teve a coragem de empurrar Preston Jordan, como se somente eles dois estivessem ali. — Não teve a coragem de resolver isso sozinho?

Fiquei desesperada quando aconteceu, porque eu não saberia o que fazer caso Louis se metesse em uma confusão como aquelas, principalmente porque haviam mais três garotos ali.

— Escuta — revidou Preston, entredentes —, é melhor não se meter nisso, Tomlinson, não é assunto seu.   

— Vamos embora — um dos outros garotos disse, enquanto buscava puxá-lo. — Você quer ser preso? Logo vão nos encontrar. 

— Ele acabou com ela — Preston continuou, sem tirar os olhos do Louis —, e eu tenho certeza de que você sabe do que estou falando, não é, Tomlinson? Se, por acaso — ele se aproximou mais, ameaçador —, eu souber que você ou qualquer outra pessoa o ajudaram nisso, vou acabar com vocês, entendeu?

Eu estava paralisada. 

Preston estava ameaçando Louis, e, do jeito que Louis era, provavelmente confirmaria tudo aquilo bem ali, sem medo algum. Logo, como uma luz no fim do túnel, ouvi a voz eletrônica de uma mulher. Rapidamente me coloquei a falar tudo, evitando chamar a atenção dos outros garotos.  

— Acha mesmo que eu tenho medo de você? — perguntou Louis, igualmente ameaçador, e então tive vontade de machucá-lo. — Covarde...

— Droga, Preston! — o mesmo garoto que apressou Preston reclamou, e já jogava o pedaço de madeira no chão, com a intenção de sair logo dali.   

— Certo, vamos embora — disse o rapaz, sem se intimidar. Depois deu alguns passos para trás e se agachou próximo de Henrik, a fim de puxar a gola da sua camisa e murmurar: — Você não vai sair dessa tão fácil, entendeu? 

Assim, deu um chute na barriga do garoto e correu, a fim de seguir os seus outros parceiros. Soltei um ar que parecia vir do fundo da minha alma e informei para a moça do telefone o lugar onde Louis e eu estávamos. Desliguei a chamada e me aproximei dele, que já estava agachado próximo do seu amigo.

O vídeo ainda era comentado na escola, mas dava para ignorar. Fazia dias que eu não via Henrik Peterson e ouvi falar que ele tinha sido expulso da escola. Também soube que o namorado de Rutty Jordan havia terminado o relacionamento e que ela estava péssima por tudo.

Também me agachei e olhei para Henrik. Ele estava totalmente machucado e cuspia sangue. Parecia sentir muita dor na barriga, porém não tinha forças para reclamar dos ferimentos. 

— Henrik? — Louis o chamou, evitando tocar no corpo dele. — Consegue me ouvir? 

— Louis — o garoto tentou falar e logo uma expressão de dor dominou o seu rosto, como se estivesse difícil até para respirar —, eles me pegaram, cara.

Me coloquei a chamar a ambulância e me vi pedindo a ajuda de alguém. Louis tentava, depois de rasgar a camisa do Henrik, parar os sangramentos na cabeça dele, e pedia para que ele ficasse de olhos abertos, pois conseguiriam tirá-lo daquela situação. Depois de poucos minutos, a polícia chegou, chamando a atenção de qualquer um que estivesse próximo e se aproximando rapidamente de nós três.  

— Fiquem longe, por favor — o policial mandou, se agachando perto de Henrik e verificando o seu estado. Louis e eu nos levantamos e evitamos fazer qualquer movimento brusco, enquanto ficávamos sob os olhares dos outros três policiais. — Já ligaram para a ambulância?  

— Sim — respondeu Louis, sério.  

— Preciso das suas documentações — pediu o homem e então Louis se colocou a pegar a carteira, depois de limpar na camisa as mãos sujas de sangue. — E você, moça? — perguntou pra mim, após olhar os documentos.  

— Ela está comigo — Louis respondeu, antes que eu dissesse alguma coisa —, é menor de idade e não está com a carteira de identidade.  

— Conhece as pessoas que fizeram isso?   

— Conheço.

Fiquei com medo mais uma vez e segurei o seu braço. Preston estava irritado demais e ameaçou Louis descaradamente. Se ele soubesse que Louis havia contado o que sabia para a polícia, não sei o que seria capaz de fazer. 

A ambulância chegou pouco tempo depois e o policial já havia mandado os outros procurarem pelos garotos que fizeram tudo aquilo. Também continuou interrogando Louis, inclusive se sabia onde os meninos moravam. Henrik foi levado às pressas em uma maca e o motorista não esperou um segundo sequer para dirigir de volta ao hospital.       

— Vocês precisam me acompanhar até a delegacia — avisou o policial, sério —, para prestarem depoimento. A perícia virá até aqui.   

— O quê? — Louis se alterou, impaciente. — Mas e o Henrik? Preciso saber o que vai acontecer com ele. 

— São as regras, rapaz.  

— E a Taylor? — Louis apontou pra mim, insistente. — Ela pode ir em uma outra hora, não pode? Tudo o que ela viu, eu também vi. 

— Certo — ele disse, depois de me analisar durante alguns segundos —, você pode ir até o hospital, mas precisará ir acompanhada. Qual é o contato da sua família?

Rapidamente dei o número da Claire, que estava sendo responsável por mim, e o policial logo assentiu, entregando os documentos para Louis e nos conduzindo até as viaturas. Louis entrou com o policial na BMW e eu segui até o hospital com os outros. 

Eu não sabia o que dizer, na verdade, estava com medo de tudo e foi até bom que eu não tivesse ido à delegacia naquele momento. Eu sequer tive tempo para falar com Louis, os policiais pareciam impacientes e não deixaram que nos comunicássemos. Fui observada o caminho inteiro pelos três homens e me senti melhor quando cheguei ao hospital, onde estava longe das vistas deles. 

Eu não queria que Louis fosse sozinho até a delegacia, mas ele sequer deixou que eu falasse direito com os policiais, então precisei acompanhar o estado de Henrik Peterson sozinha. Eu estava cheia de preocupação, tanto por Louis e Henrik, quanto por Jane Collin, devido àquele assunto. Eu esperava que todos ficassem bem, mesmo depois de tudo o que havia acontecido.



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