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História Friends - Louis Tomlinson - 034. Sorte


Escrita por: sunzjm

Capítulo 34 - 034. Sorte


Fanfic / Fanfiction Friends - Louis Tomlinson - 034. Sorte

TAYLOR

 — Não consigo aguentar nem mais um segundo — disse Louis, ao pé do meu ouvido. — Estou morrendo de fome. 

Eu não sentia fome, mas as minhas pernas estavam doloridas e a ardência nas partes íntimas era quase insuportável. Eu chegava a ter medo de que Louis me penetrasse mais uma vez naquele dia. E eu até queria aquilo, mas não poderia negar o quanto foi doloroso. 

No entanto, fui recompensada por algo muito gostoso. Louis colocando a boca exatamente naquele lugar me levou às alturas e me mostrou toda a intimidade que passamos a ter. Todos aqueles arrepios e o alívio foram proporcionados por ele e eu tinha vontade de receber aquilo milhares de vezes; a quem eu iria enganar? 

— Nós podemos pedir alguma coisa — sugeri, deitando a cabeça no travesseiro. — Não tive tempo de fazer comida porque estava resolvendo algumas coisas. 

Eu ainda me sentia um tanto envergonhada pelo que havia acontecido, mas Louis parecia muito confortável ali do meu lado, já vestido. Eu também queria me vestir, mas não queria me levantar. 

— Certo, vou descer e pedir alguma coisa — avisou ele, assim naturalmente, e então plantou um beijo rápido nos meus lábios. — Preciso tirar o lençol. 

— Por quê? — perguntei, sentando. 

— Bom..., isso pode acontecer na primeira vez — explicou, depois se aproximou para me afastar pro lado e nos deu a visão de alguns pingos de sangue. Não eram muitos e quase seriam imperceptíveis, mas quando ele me puxou, consegui enxergá-los bem sobre a cor branca do cobertor. Eu não disse nada, apenas puxei o lençol debaixo de mim e deixei que ele o pegasse. Sentei encostada na cabeceira da cama e pus o travesseiro em cima do meu corpo, preocupada em me cobrir. — Não precisa sentir vergonha do que aconteceu, Taylor — continuou Louis, após um suspiro. — Está tudo bem. 

— Eu sei — murmurei, e logo senti o rosto ardendo —, é só que eu ainda preciso me acostumar. 

— Sim, é claro.

Ele me beijou de novo e nos olhamos por alguns segundos. Quando saiu – levando consigo o lençol –, deitei de barriga pra cima e fiquei relembrando o que havia acontecido conosco. O ardor continuava na minha intimidade, mas o sorriso bobo também quis se mostrar presente em meu rosto. Logo, levantei e acabei fazendo uma careta quando o desconforto entre as minhas pernas apareceu.

Resmunguei quando andei até o banheiro para fazer xixi e me lavar. Depois da dor intensa e de algumas mancadas, pus a minha roupa de volta e calcei o meu All Star, sem me preocupar em pôr a meia-calça. Desci a escada devagar e fui incapaz de esquecer a dor.

Encontrei Louis na cozinha.  

— Não vai comer alguma coisa? — perguntou ele, procurando algo dentro da geladeira. — Eu pedi comida pra nós dois. — Talvez eu coma um pouco — respondi e sentei à mesa. Só que então um barulho começou a soar pelo cômodo, uma música do RHCP passou a tocar e percebi que era o telefone dele. Quando Louis olhou pro ecrã, sua expressão ficou confusa.   

— Olá? — disse ele, depois de atender o telefonema. Alguns segundos se passaram e Louis então fitou o chão, ainda confuso. — Quem? — perguntou, fazendo círculos na mesa com o dedo. Sua expressão se suavizou e Louis olhou para mim, meio aflito. Claramente, acabei não entendendo o porquê. — Ah, é claro que eu lembro…, desculpa. 

Então, para o meu franzir do cenho, Louis saiu e foi para longe de mim. Claro que me perguntei o motivo do afastamento, afinal, o que ele estava escondendo? Havíamos acabado de transar e ele estava preocupado em manter o segredo de uma chamada? 

Revirei os olhos quanto àquilo e esperei a sua volta, que demorou mais ou menos uns cinco minutos. Assim que voltou, tentei procurar algo suspeito em sua expressão, mas eu não consegui.   

— Quem era? — eu quis saber, apoiando o rosto na mão.

— Ninguém que seja importante. 

Ouvi a campainha tocar e Louis foi atender a porta. Quando voltou, segurava dois pratos cobertos com um plástico transparente. Não demorou para que ele sentasse ao meu lado, já meio distraído.  

— E ficou falando todo esse tempo com alguém não importante... — murmurei, sem olhar pra ele. — Que estranho, você não acha? — Rapidamente senti os seus olhos sobre mim e comecei a ter um pequeno ataque nas pernas, sem conseguir parar de balançá-las debaixo da mesa.  

— Eu só estava sendo gentil — explicou ele, muito neutro. Geralmente as gentilezas de Louis só eram destinadas às mulheres. Quando se tratava de homens, ou estes eram idosos, professores ou pessoas que ele mesmo deduzia serem importantes. Mas quem era a tal pessoa para que ele chegasse a esconder de mim? 

Resolvi me calar.  

— Não pense muito, Taylor — pediu Louis, depois de algum tempo comendo —, eu já disse que não era ninguém de importante.  

Apenas assenti e continuei quieta. Senti vontade de falar sobre o que eu havia feito na casa dos Mayson, mas fiquei receosa. Eu já não tinha tanta certeza se havia feito a coisa certa. Eu simplesmente fui até lá sem que Jane soubesse e contei algo que ela deveria ter contado.

Aquilo estava errado?

Com o silêncio que se seguiu – apenas com o som dos talheres que Louis e eu usávamos –, imaginei a situação entre nós dois. Também não estávamos cem por cento seguros em relação ao sexo. Eu também corria o risco de engravidar, afinal de contas, a camisinha simplesmente poderia falhar. 

Logo, um leve medo se apossou de mim, só que rapidamente foi dissolvido. Mesmo que eu fosse jovem demais, talvez eu não entrasse totalmente em pânico caso engravidasse. Fantasiar Louis e eu em um quarto, abraçados e observando uma pequena criaturinha de olhos azuis parecia um sonho incubado, na verdade. Era até engraçado pensar naquilo, e eu também me sentia leve, porque Louis não era como Jack Mayson.

Sem meu consentimento, os acontecimentos de meia hora atrás surgiram na minha cabeça e então senti o meu rosto queimando novamente. Eu não sabia que poderia ser tão decidida quanto a algo que eu quisesse há algum tempo.  

— Taylor? — Louis me chamou e eu me sobressaltei. Fitei seu lindo rosto e ele me observava, com uma cara que eu geralmente fazia quando não entendia questões de física. Percebi também que ele havia terminado de almoçar e que eu quase nem tocava na comida. — Você está bem? Já é a terceira vez que eu chamo você, em que mundo você está?  

— Me desculpa. 

— Você está estranha, sabia? — comentou ele e eu o observei de novo, enquanto este bebia toda a sua água. — Está arrependida do que aconteceu? 

— Mas por que você acha isso?        

— Não sei, você só está calada demais. 

— Eu só estou pensando em algumas coisas — expliquei, muito sincera e um tanto perplexa por vê-lo achar que eu não tinha gostado do que havia acontecido —, e eu já disse que não estou arrependida, Louis. Não ache isso, por favor.

Ele então me olhou e me analisou.  

— Gosto de saber que sou o primeiro a fazer isso — falou ele, depois de um pequeno tempo enquanto me observava. — Na verdade é uma honra, Taylor Hampton.  

— Só que é uma pena que eu não possa dizer o mesmo, não é? — resmunguei, fazendo uma careta. — Sou uma entre várias.     

Louis bufou, chateado.  

— Eu quase me senti virgem mais uma vez, acredite — falou ele, aproximando sua cadeira para mais perto de mim. — As coisas que fiz sem você não fazem sentido nenhum. Isso o que tivemos foi diferente, com sentimento. 

Evitei pensar em todas as garotas que eu sabia que ele já havia estado. Só que, mesmo dizendo aquelas coisas, eu não deixei de ficar chateada. Por que Louis Tomlinson precisava ser tão bonito e interessante aos olhos dos outros?

— Me explica melhor. 

— Quero dizer que o passado não passou de diversão. Não importa o que eu tive com elas — disse ele, passando a acariciar o meu rosto e me deixando meio tímida. — Você é o que eu tenho de melhor e mais importante.

Tentei segurar um sorriso, mas não consegui. Louis estava diferente, agindo de uma forma como eu nunca havia visto. Estávamos nos conhecendo de uma forma diferente, da forma como um homem e uma mulher se conheciam, como um casal. 

— Não acredita em mim? — perguntou ele, puxando o meu rosto para que eu mantivesse os olhos nele. 

— Acredito — respondi, recebendo um sorriso seu. Encostei a minha testa na sua e veio aquele relaxamento prazeroso. Não evitei em beijá-lo, mas foi nesse momento em que ouvimos uma gritaria na sala, assim do nada:   

— Mas o que aconteceu aqui?! — perguntou uma voz muito familiar. — Eu pensava que estava tudo em ordem. — Então demorou mais alguns segundos e a pessoa voltou a gritar: — E onde ela está?!

Era a Claire, com a sua simpatia habitual. 

Louis e eu nos olhamos com um ponto de interrogação estampado em nossas testas e seguimos para onde vinham as reclamações. Eu sentia falta da Claire, mas, quando pensei em correr ao seu encontro, assim como uma criança, senti o seu olhar de “não se mexa”. Parei no mesmo instante e usei Louis como um escudo, indo discretamente para atrás dele e segurando o cós de sua calça.

Tiago estava por perto e comia salgadinhos. Safado!, eu pensei, ele foi até a casa da Claire para contar que eu estava o matando de fome.  

— Taylor Hampton, o que você anda fazendo esses dias? — perguntou a mulher, com as mãos na cintura. — Tania não falou o que você tinha que fazer? Ela disse para que você tivesse responsabilidades, para que ajudasse nas tarefas de casa — Claire me interrompeu, irritada. — E quanto ao Tiago? — Ela apontou pro meu irmão. — Ele disse que você finge que ele sequer está aqui. O que você 'tá querendo, hein?!

Tiago era do tipo de pessoa que se fazia de vítima em qualquer situação. Ele adorava ver mamãe (ou então Claire) me dando broncas. O engraçado era que ele só adorava aquilo quando era com as duas porque, se outra pessoa resolvesse levantar o dedo pra mim, ele estaria lá para me defender.   

— Ora, pois ele está mentindo — reclamei, olhando para qualquer lugar, menos para Claire. — Eu não faço nada disso, não. 

— E quanto a esta casa? — Ela andou pela sala de estar, enquanto olhava para todos os lados, totalmente insatisfeita. — Parece que passou um furacão por aqui. 

Ela estava exagerando, na verdade. Não havia nada de errado com a casa, apenas algumas coisas fora do lugar. O problema dela e da mamãe era somente o bendito perfeccionismo, que era até pior do que o do Louis. 

— Escuta, estou fazendo tudo o que eu posso. — Eu me repartia em três para deixar tudo como era antes, incluindo ter que continuar fazendo as atividades da escola. A notícia da gravidez da Jan só a fez se trancar em casa por tempo suficiente para que nos víssemos apenas na escola. E Louis... era meio difícil limpar o que deveria se limpar com ele estando no meu pescoço. — E esse idiota está mentindo — eu repeti, olhando para Tiago. — Aliás, você não deveria ter ido até lá e enchido a cabeça dela de minhocas! 

— Eu estava com fome — reclamou ele, com a boca cheia de rosquinhas amarelas. — Só aquela pizza não adiantava, eu estou em fase de crescimento.  

— Me dá isso aqui, garoto. — Claire pegou o saquinho das mãos dele e não deixou que voltasse a tocá-los. — Você não deve comer esse tipo de coisa. Eu não quero que fiquem doentes durante a viagem da Tania — argumentou ela, apontando o indicador pra mim. — Seria desnecessário que vocês pegassem uma intoxicação alimentar por causa das besteiras que andam ingerindo. Eu vou ensinar algumas coisas hoje — avisou, já andando em direção à cozinha. — Talvez eu fique aqui por algumas horas.  

— E a Sra. Cold? — perguntei, preocupada. 

— Mamãe resolveu dormir, ela estava com insônia ontem à noite. Olá, querido… — Claire sorriu pro Louis quando passou por ele e depois acariciou o seu ombro —, como vai?   

— Ah, eu estou ótimo — Louis sorriu —, e é bom vê-la também. — Claire então me chamou e eu a segui.

Os dias da semana estavam muito exaustivos. Eu não estava tentando matar Tiago de fome, apenas me sentia cansada demais para fazer comida depois da escola ou pela noite. Ele também não era nenhum faraó e poderia fazer as suas coisas sozinho. Afinal de contas, mamãe não estava mais ali para mimá-lo, e eu com certeza não faria aquilo no lugar dela. 

— Taylor — Louis me chamou, entrando na cozinha. Claire já arrumava os legumes e as verduras e eu sabia que eu não teria tempo para mais nada. — Eu vou precisar voltar pra casa — avisou, puxando o meu braço de leve.      

— Tudo bem — falei, depois de um suspiro. Então, como se ninguém estivesse por perto, ele me beijou. E não foi somente um selinho, não – muito menos algo discreto. Um sensor logo surgiu em mim e senti os olhos da Claire, assim que Louis me deu um pequeno sorriso.  

— Nossa... — Claire murmurou, envergonhada. — Sabe, eu ainda não me acostumei em vê-los assim — ela riu e procurou alguma coisa nos armários. — Mas também não foi nenhuma novidade, eu lembro que foi a primeira coisa que pensei quando vi vocês dois juntos, assim que entrei nesta casa.

— Ah, é? — Louis riu, gostando daquilo. — Vou pegar a minha mochila. Falo com você hoje à noite — avisou pra mim e assim saiu, deixando o ambiente bem mais descontraído e cheio de coraçõezinhos. Suspirei mais uma vez e aquela ardência que estava entre as minhas pernas pareceu sequer existir.

[…]

A fome só apareceu em mim quando Claire começou a cortar verduras sobre a carne. Ajudei em tudo e prestei atenção nas suas dicas. Tiago estava sentado próximo do balcão e participava de conversas em dois mundos diferentes, que era a nossa e a do celular.  

— É meio chato ter que fazer isso todo dia, sabe? — comentei, com os braços cruzados. — E é isso o que eu não gosto, por isso acho melhor pedir pizza. 

— Eu também não queria que passasse por isso agora, querida — disse ela, compreensiva —, mas mamãe está precisando de mim.  

— Ah, Claire..., não precisa se explicar — eu suspirei, me sentindo uma tola. — Tudo está melhorando, mas acho que vou ter que esperar mesmo todos os três meses. Aliás, é um contrato e mamãe não pode quebrá-lo.  

— É importante que ela esteja por perto quando for contratar uma outra pessoa, entende? — comentou Claire, e então eu me senti péssima. — Por isso você precisa se esforçar.

Eu não queria que Claire fosse embora, porque eu já estava acostumada com ela andando por ali. Não tê-la por perto era estranho. 

— Quer dizer que a Sra. Cold vai depender totalmente de você? — perguntei, cabisbaixa. A Sra. Cold era tão forte, que imaginá-la em um estado tão desastroso tirava as minhas forças.  

— Ela vai melhorar porque já está fazendo fisioterapia. Quando se recuperar, vai poder voltar a fazer o que fazia antes, mas com cuidado, é claro — respondeu Claire, distraída. — Só que Tania não pode esperar por mim por todo esse tempo. 

— Entendo, mas onde você vai trabalhar? 

— Depois que tudo estiver em seu devido lugar, vou precisar encontrar um lugar que exija menos dos trabalhos braçais — respondeu ela, dando de ombros. — Estou ficando velha, sabe?

Rapidamente olhei para Tiago, que me olhou de volta com a mesma expressão. Não estávamos acreditando que tínhamos ouvido aquilo. Claire dizer por conta própria que estava velha era assustador. 

— Ah, não... — Segurei a vontade de chorar e a abracei de lado, disposta a não soltá-la tão cedo. — Vou sentir muito a sua falta, Flor do Dia.  

— Ah, Taylor — Claire sorriu e beijou a minha bochecha. — Vamos lá, não exagera. Por que não vamos almoçar em casa no sábado, hein? — continuou ela, com euforia. — Você pode chamar Louis e Jane também... aliás, faz dias que eu não a vejo. 

— Hã... — Papai logo veio na minha cabeça, porque eu havia prometido que Tiago e eu dormiríamos lá no final de semana. — Dessa vez eu vou ter que recusar. Tiago e eu vamos dormir na casa do papai, sabe? Foi algo que eu já havia decidido. 

— Ah, é? — Claire olhou pro Tiago, devidamente confusa. — Pois eu não sabia que os dois já estavam se dando bem.  

— Como é? — Tiago perguntou bruscamente, ao perceber que estávamos falando dele. — O que foi que você disse mesmo? 

— Vamos até a casa do papai — eu avisei, no mesmo tom que geralmente mamãe usava, aquele autoritário. — Nós dormiremos lá no final de semana.

Tiago logo deu uma risada e se voltou pro celular. 

— Isso explica o porquê da Bela ter me falado tudo aquilo — ele pensou alto, pondo no rosto o seu ar sério de repente. — Eu não quero dormir lá.  

— São apenas por duas noites — expliquei, sem medo de insistir. — Esqueceu que eu mando em você enquanto mamãe não estiver aqui? 

— É óbvio que ela não se referia a esse tipo de coisa. 

— Faz um esforço — pedi, igualmente séria —, você vai ter que ir lá no sábado. — Então ele me fitou, abriu a boca para dizer alguma coisa, mas depois mudou de ideia. Resolvi não cantar vitória antes do tempo apenas porque ainda era terça-feira. 

— Ele ainda está bebendo? — perguntou Claire, focada nas panelas. — Achei que Tania fosse continuar com o que o juiz havia dito. 

— Quando fui até lá, ele estava bêbado, sim — confessei, envergonhada. — Não quero que ele seja preso e eu sei que mamãe também não quer. Ele é um homem sozinho e seria horrível se fosse parar na cadeia.  

— Ele é um homem sozinho — Claire me olhou, severa —, mas que tem responsabilidades, filhos e dívidas a pagar, assim como qualquer pessoa. 

— Eu sei, mas mesmo assim. 

— Desiste, Taylor — pediu Tiago, muito grosseiro. — Você está tendo esperanças à toa, sabia?, ele é um alcoólatra e isso não vai mudar.   

— Vai mudar, sim.  

— Quem garante que ele vai estar lá — perguntou o meu irmão, irritado —, nos esperando sóbrio, alegre e arrependido de tudo o que fez?  

— Você está sendo muito pessimista.  

— Não, estou sendo realista. — Ele levantou e me olhou. Logo percebi a sua tristeza e aquilo me apossou. — Não quero voltar naquele tempo e eu não gosto de lembrar daquilo. Vai ser falsidade da minha parte se eu for lá e agir como se nada tivesse acontecido.  

— Não precisa agir com falsidade — eu disse, sem desistir —, apenas vá até lá e veja com os seus próprios olhos que ele merece sim uma segunda chance.

Então Tiago revirou os olhos e saiu apressado.  

— Que droga!... — reclamei, passando a mão pelos cabelos. — Você acha que ele vai? — pedi a opinião da Claire, que observava a nossa conversa muito atenta.

— Por incrível que pareça, eu acho que sim — respondeu ela, e então eu me senti aliviada. — Ele só precisa se acostumar com a ideia.

Papai adoraria vê-lo. Os dois dias que passaríamos lá seriam o bastante para que nós três amolecêssemos os nossos corações e nos uníssemos.

Pelo menos era isso o que eu desejava.



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