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História Friends - Louis Tomlinson - 005. Esquisito


Escrita por: sunzjm

Capítulo 5 - 005. Esquisito


Fanfic / Fanfiction Friends - Louis Tomlinson - 005. Esquisito

TAYLOR

Levei um susto quando avistei Louis dormindo tranquilamente ao meu lado. Eu não lembrava o porquê de ele estar ali, portanto acabei dando um grito involuntário. Ele estava só de cueca e percebi que eu também estava quase nua e de meia-calça. O que eu fiz na noite passada?

Louis acabou se assustando com o meu grito e caiu da cama, resmungando coisas incompreensíveis. Eu só não ri porque um latejar dominou a minha cabeça, me fazendo sentar e massagear as têmporas. Era como se alguém tivesse martelado naquele local a noite inteira e o meu cérebro estivesse em desespero. 

— Merda... — reclamou Louis, todo emburrado. — Como consegue acordar aos gritos? — ele perguntou, perplexo, e então saiu para o banheiro.

Rapidamente levantei e segui até lá, à procura de uma toalha e sentindo o rosto ardendo, devido a vergonha. Eu estava com receio de que algo tivesse acontecido, mesmo que eu não lembrasse de nada, nem de beijos, nem de preliminares ou de alguma dor. Foi a minha primeira vez e eu sequer lembrava de nada?

Louis era o meu melhor amigo e me respeitava, mas eu não confiava em mim mesma depois de tomar álcool atrás de álcool. Só o que eu lembrava era da cor azul daquela bebida, que queimou a minha garganta e o meu estômago. Esqueci até quantos copos tinha bebido ou se havia aprontado alguma coisa.  

— Eu... — Fiquei olhando para as costas dele, depois de ter me enrolado em uma toalha. — Não me diga que nós fizemos aquela coisa... aquela coisa que os casais fazem quando estão sozinhos...

Eu estava buscando não focar no corpo dele, mas era impossível, principalmente quando ele estava distraído jogando água no rosto. 

— Não — Louis respondeu, sem me olhar —, nós não fizemos nada. — Suspirei, aliviada, afinal de contas, seria constrangedor para mim, principalmente comigo naquele estado. — Eu tenho que ir — avisou ele, após limpar o rosto com a toalha. Depois saiu, ainda sem trocar nem um tipo de olhar comigo.

— Ir pra onde? — perguntei, confusa.  

— Escola. — Percebi a impaciência pairando sobre a sua cabeça, rindo de mim. Por que ele estava daquele jeito, afinal? Eu não gritei de propósito e não queria tê-lo acordado de uma forma tão súbita.     

— Ah, não — reclamei, pensando na sala de aula e na cara dos professores. — Não posso ir, estou com dor de cabeça. — Então procurei por alguma roupa dentro do armário, passando a sentir aquele mal-estar subindo pelas minhas pernas. 

— Pode se explicar com a sua mãe depois — ele disse, enquanto se vestia. Fitei o meu vestido e o casaco grosso sobre o puff e não deixei de pensar no fato de Louis ter tirado as minhas roupas antes de dormimos. Quase arranquei os meus próprios cabelos, me repreendendo por ter bebido mais do que o suficiente. Estar bêbada a ponto de não lembrar de tudo em ordem não era o que deveria ter acontecido, e eu estava arrependida. 

— Não acredito que viemos tarde demais — comentei, torcendo para estar errada. Infelizmente, percebi pelo olhar do Louis que era totalmente o contrário.

— Eu realmente sinto muito — ironizou, passando a mão pelo cabelo enquanto olhava o celular. 

— Mas por que você está assim?  

— Só estou cansado demais para ouvir as suas reclamações — disse, um tanto grosseiro. Então Louis saiu do quarto, levando consigo as suas chaves.

Estando devidamente perplexa com os coices em plena manhã de segunda-feira, resolvi tirar satisfações. Simplesmente fui atrás dele e o encontrei atravessando a sala de estar, o rosto impassível.

— A minha cabeça vai explodir — ouvi o meu irmão reclamando, de dentro da cozinha. E, como uma maldição, senti a minha cabeça latejando novamente.  

— Ei, espera um pouco — pedi, quando vi Louis abrindo a porta, todo apressado e muito esquisito —, vamos conversar. 

— Depois, estou atrasado. 

E foi embora, me deixando totalmente atordoada. 

— TAYLOR, ONDE ESTÃO OS COMPRIMIDOS? — meu irmão gritou, me fazendo bufar. Mas então ele acabou me lembrando de algo importante e que eu não poderia esquecer de forma alguma: que ele esteve na casa de Isabela Turner e mamãe não sabia. 

— Você por acaso bebeu? — eu perguntei, cruzando os braços em acusação após entrar na cozinha.  

— É claro que não — respondeu ele, sem olhar para mim. — Eu só não dormi o suficiente, é isso.

— Eu vou dizer pra mamãe que você saiu sem avisar — ameacei, procurando o depósito de comprimidos no armário. — Mentiu, na verdade.

— O quê? — Tiago me olhou, amedrontado, e então eu comecei a rir dele, muito cruelmente. — Por favor, não diz nada…

— Ela vai adorar saber disso — provoquei, rindo mais um pouco e depois tomando o remédio para dor. 

— Ah, é? — Ele levantou, como se me desafiasse. — Se fizer isso, eu vou contar que você ficou caindo no chão a noite inteira, que estava fazendo de tudo pra ganhar um copo de bebida e ainda fugiu do Louis porque não queria ir embora.  

Foi tudo para que eu parasse o que estava fazendo. Quase não acreditei no que Tiago havia dito, mas o que eu esperava? Eu estava bêbada e aquilo, sim, explicava o motivo do Louis estar tão estranho. 

— Eu fugi?... 

— É, fugiu dele — repetiu Tiago, com cara de quem tinha a faca e o queijo na mão. — E então, o que acha disso? — Ele deu um sorriso cínico para mim.

— Vamos esquecer esse assunto, 'tá bom? — eu pedi, entregando a cartela de comprimidos e o copo com água pra ele. Saí rapidamente dali e voltei para o quarto, após pegar a minha bolsa que estava jogada no sofá. 

Não era muito cedo, aliás, e imaginei que mamãe já estivesse no trabalho. Claire também não estava por ali e eu não sabia dizer onde ela havia se enfiado. Agradeci a Deus por nem uma das duas terem me acordado naquela manhã, porque então veriam a situação constrangedora em que eu me encontrava. 

Dei uma olhada no meu celular e então vi que havia perdido algumas ligações da Jane, que eram de hoje cedo, lá pelas seis da manhã. O que havia acontecido com ela afinal? E por que ela me deixou sozinha daquela maneira? 

Odiei, é claro, pois fiquei quase perdida naquele lugar. Eu nem fazia ideia do que havia feito depois do quarto copo de bebida e Jane poderia ter estado por perto a fim de evitar qualquer bobagem.

— Precisamos ter uma conversa séria, mocinha — eu disse, depois de retornar a chamada dela. — Você tem que me explicar o que aconteceu ontem à noite.

— Está na escola? — perguntou, bem baixinho. Obviamente, foi tudo para me deixar intrigada, sabendo que alguma coisa havia acontecido com ela.

— Hã…, não — respondi, muito desordenada com o seu modo de falar, todo amuado e esquisito. — Eu não estava me sentindo bem. Por quê? 

— Posso dar uma passada na sua casa? 

— Como é? — Quase fiquei perplexa, passando a ficar até amedrontada com aquela Jane. — É claro que você pode vir aqui, Jane Collin, qual é o problema? 

— Eu chego aí em alguns minutos.

Antes que eu respondesse alguma coisa, Jane desligou a chamada. Ainda estranhando, segui para o banheiro e fiz a minha higiene matinal. Quando terminei, me vesti e me assustei quando alguém entrou no quarto, enquanto eu tentava espremer uma espinha no meu queixo. Era Claire, segurando um cesto com roupas brancas.

— Oi — eu disse, sem empolgação.

— O que diabos você também está fazendo aqui? — perguntou ela, histérica. Olhei para os lados, como se tivesse ouvido errado. Como assim o que eu estava fazendo ali? 

— Bom, eu moro aqui — falei bem devagar, enquanto a observava, sem entender nada. E eu esperava mesmo que Claire não estivesse apresentando sintomas de alzheimer. 

— Era pra você estar na escola — explicou ela, passando a pegar as minhas roupas sujas. — Tiago também não foi. 

— Ah, bem... eu estava sentindo um mal-estar, entende? — falei, envergonhada, e então a minha barriga resolveu dar as caras, me avisando que eu precisava de comida.

— Você se alcoolizou?     

— É que era noite de se divertir...    

Ela revirou os olhos, decepcionada.

— Mamãe não falou nada? Ela mostrou estar irritada ou alguma coisa do tipo? — eu perguntei, porque castigo era tudo o que eu não queria.

— Por incrível que pareça, não — respondeu Claire, calmamente. Franzi o cenho tentando entender, mas logo lembrei que mamãe havia ido até a casa do Sr. Roberts lhe fazer uma visita.

Sorri, aliviada. 

— Já sei por que ela não falou nada. 

Claire deu de ombros e voltou para os seus afazeres. Assim, depois de alguns minutos, o som da campainha soou pela casa. Corri pela escada e me coloquei a abrir a porta. Com aquilo feito, encontrei Jane, que praticamente escreveu na testa o quanto estava mal. As olheiras eram evidentes, algo muito incomum para ela; suas roupas eram como as minhas, o que me chamou mais a atenção ainda, afinal, Jane não era como eu. 

Deduzi que algo estava devidamente errado e me assustei, perguntando a mim mesma onde estava a verdadeira Jane Collin. E foi quando eu senti o seu abraço, de repente.

Depois daquilo, ouvi os seus soluços. 

— O que foi? — perguntei, atordoada. Procurei olhar para ela mas, antes que eu pudesse fazer mais perguntas, ouvi passos na escada, nos interrompendo. 

— Ah, eu... desculpem — disse Claire, muito envergonhada. — Eu vou deixá-las sozinhas. — E saiu dali, quase correndo. 

— Vem, vamos subir. 

Puxei Jane para o meu quarto e, quando chegamos lá, fitei os seus olhos. Ela logo abaixou a cabeça, cruzando os braços, como se tivesse vergonha de si mesma. Obviamente, não era algo típico dela – era algo típico de mim.      

— Me desculpa por tê-la deixado na casa daquela garota sozinha, eu me distraí — Jane se explicou e eu continuei calada. — Aconteceu uma coisa horrível, Taylor. Eu...

— Espera, espera, espera... — pedi, levantando a mão e fechado os olhos, como se já imaginasse o pior. — Estou com medo do que vou ouvir.

Eu era fraca, principalmente quando se tratava de contratempos da vida. Eu não conseguia resolver as minhas desavenças e sempre precisava da ajuda de alguém. Uma vez aconteceu o contrário: fui obrigada pela vida a ser mais resistente, quando uma tragédia se passou na vida do Louis e o seu irmão morreu. Aquilo foi algo que fortaleceu a nossa amizade, que me mostrou que eu era capaz de fazer qualquer coisa para deixá-lo bem.

No entanto, naquele momento, com Jane naquele estado, eu senti receio. Eu tinha medo de não saber lidar com o que ela fosse falar e realmente estava sendo covarde. Era Louis quem deveria estar ali para pôr tudo em ordem, porque era ele quem saberia o que fazer, seja o que fosse. 

— Não aguento mais continuar calada pensando naquilo — exclamou Jane, os olhos desesperados e aflitos. — Eu preciso contar a você, Taylor!

Rapidamente assenti, ignorando aquele medo. Logo, me preparei psicologicamente e passei a andar de um lado pro outro, me perguntando se ligava ou não para Louis. 

— Tudo bem, pode falar…

Parei de andar e olhei para ela.



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