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História Friends - Louis Tomlinson - 076. Fofocas


Escrita por: sunzjm

Capítulo 76 - 076. Fofocas


Fanfic / Fanfiction Friends - Louis Tomlinson - 076. Fofocas

TAYLOR

Era doloroso ver que Louis duvidava do que eu sentia. Era difícil ter que explicar algo tão inexplicável como o amor que eu sentia por ele. Mas eu não o culpava, afinal, o que eu havia feito para mostrar que o amava? Jane me aconselhou, mas eu não soube separar as preocupações. Tudo encheu a minha cabeça e o meu cérebro parecia parar quando eu me picava.

A vontade que eu tinha era apenas de fechar os olhos e curtir a sensação. Sem querer eu acabava ignorando tudo – ignorando Louis. E, para reverter aquilo, era necessário um esforço tão grande que eu preferia pensar em uma solução depois. O problema era que o depois quase nunca chegava e, quando chegava e o efeito daquilo ia para os ares, todo o meu corpo doía, o calor/frio vinha, a coceira, as dores... E era a crise pegando todo o meu corpo para si, então eu não me via mais sem uma dose e voltava a fazer de novo.

O certo era que, mesmo parecendo tirar férias, o meu cérebro não me deixava na mão, o que me levou a perceber que havia alguma coisa de errado ali e que eu estava deixando as coisas passarem rapidamente. Aquilo aconteceu depois do que Jack Mayson havia me dito no Greenwich Park, sobre a vontade incontrolável que eu tinha de usar drogas, e que era eu quem decidia entre morrer ou viver.

A parte em que ele disse ser incontrolável, automaticamente me levou a pensar em Marly, porque ela falou para mim que ela era capaz de controlar, sim; que ela usava heroína e fazia aquilo somente quando queria. Eu até fiquei admirada com as suas palavras, achando que ela era forte e que o problema estava em mim.

Mas não...

Eu não tinha problema nenhum e cheguei à conclusão de que ela, Marly Cooper, havia mentido descaradamente. E eu acreditei, afinal, estava tão desesperada por algo que me fortalecesse que, quando o consegui, não percebi a coisa toda por trás de tudo.

Após aquilo, me vi lembrando do dia em que ela me apresentou à heroína e, ao recordar, fiquei tão atordoada que senti vontade de entender o que diabos ela havia feito. Qual era a dela, afinal?

Após aquelas suspeitas revelações, pensei que eu precisava conversar com ela, e fiz aquilo assim que ela deu as caras, horas atrás antes do ocorrido com Adrian (e antes de Louis ter aparecido na casa do Brad). A minha conversa com ela foi uma coisa tão rápida que eu mal consegui organizar as ideias direito. E acabou que Marly não conseguiu me convencer de nada.     

— Você mentiu, não foi? — foi o que eu perguntei, assim que ela entrou no quarto. Marly então franziu o cenho e ergueu os braços.     

— Do que está falando, querida?           

— Você me disse que se picava, mas não consigo ver as suas marcas. Onde elas estão? — joguei, me aproximando o suficiente para pegar o seu braço e mostrar para ela que não havia nada de mais ali, apenas uma pele branca e lisa. — Você não tem isto... — Eu a soltei, levantei a manga da minha blusa e quase esfreguei o meu braço no rosto dela, mostrando aquela parte dura e com casca. — E todo aquele papo de que você consegue se controlar não pode ser verdade, Marly... porque isso não existe. Não consigo imaginar um ser humano no Universo capaz de aguentar aquela dor. Eu tenho certeza que, se eu pedir para que os meninos me mostrem os braços deles, vou ver o mesmo que eu vejo na minha pele, que é totalmente diferente da sua.

Àquele momento ela já havia parado de sorrir. Só analisava o meu rosto enquanto passava a mão sobre o lugar onde eu havia lhe tocado.     

— Você não lembra do que conversamos ontem? — ela perguntou, e estava tão calma que eu fiquei desconcertada. Lembrei da minha ida até a sua casa a fim de chamá-la para ir comigo até a casa do Brad – um pedido a qual ela recusou.      

— Lembro.     

— E o que eu disse? — ela quis saber, ríspida.   

— Você disse para que eu tomasse cuidado, pois haveriam pessoas que tentariam tirar as drogas de mim — repeti as palavras dela, rapidamente. — E que elas não teriam o direito de tirar o que me faz bem, mesmo que me amem, mas eu...     

— Exatamente — ela assentiu devagar ao me interromper, e então suspirou como se contasse até cinco —, só que eu acho que preciso continuar  alarmando você sobre certas coisas.     

— Para! — berrei, fechando os olhos e levantando uma mão. — Você não entende o que eu quero dizer. Não é uma conversa sobre mim, Marly, eu...   

— Não esqueça que eu — ela apontou para o próprio peito, com puro desprezo — fui a única que conseguiu ajudá-la. Você esteve no fundo do poço, estava tão triste que achei que estivesse morta. O mundo girava, as pessoas ao seu redor se preocupavam e você sequer tinha a noção dos dias. Eu dei algo que lhe ajudou a passar por aquilo, esqueceu?     

— Em nenhum momento eu me esqueci disso — falei, sincera —, mas você mentiu pra mim... e olha como eu estou. — Olhei para o meu próprio corpo, frustrada. — Você me disse o quanto se sentia ótima, disse que eu iria melhorar e...     

— E você não melhorou? — ela me interrompeu novamente, cruzando os braços. — Eu falei que, caso isso não acontecesse, então você poderia parar.     

— Sim, eu melhorei, mas...     

— Então por que quer parar se está indo como o planejado? — ela pareceu confusa. — Eu disse que tinha uma solução pra você, Taylor, e ela está aí! O que mais você quer?     

— Eu não estou bem fisicamente — sussurrei, passando as mãos pelos cabelos, muito angustiada. — Todo mundo que olha pra mim acha que eu estou doente, Marly, e... olha só o meu braço — mostrei aquela coisa horrível de novo —, Louis disse que eu estou entupindo as minhas veias, que estou com trombose... e eu mal conheço isto.     

— Você está assim porque não se alimenta direito, porque não faz nada do jeito certo, porque é uma burra... — Ela parou de falar do nada e então pegou o seu celular, a fim de ver alguma coisa. Era a primeira vez que eu a via irritada e impaciente, na verdade. — Olha só, você nos atrasou. Não temos mais tempo pra toda essa bobagem, temos que ir.     

— Mas...     

— Se não vier, eu não vou com você — ela ameaçou, mas não esperou que eu respondesse e simplesmente me puxou para fora do quarto. 

Marly tagarelou pelo resto do caminho e eu não consegui dizer mais nada na viagem até a casa do Brad, onde aconteceu tudo aquilo com Louis. E eu sequer me lembrava direito do que Adrian havia me falado, eu bebi o suficiente para não me importar com as horas e só deixei as coisas acontecerem. A discussão com Louis me deixou tão atordoada e triste que eu esqueci de pensar até em como ele havia chegado até lá.

Obviamente, alguém havia lhe dito aonde eu estava, afinal, como ele poderia saber o endereço do Brad? Era um local apenas para conhecidos e Louis não conhecia as pessoas daquele lugar.

Exceto duas: Marly e Adrian.

Mas é claro que Adrian não poderia ter dito nada, como diabos ele ligaria para Louis sem saber o seu número? Marly tinha o número. Marly era amiga e gostava muito dele, e foi aquilo o que me levou a ir direto ao ponto de que Marly havia sido a responsável por chamá-lo.

Mas eu não poderia ter certeza.

Eu também não sabia por que continuava tendo a persistência de duvidar das coisas que estavam sendo jogadas na minha cara. Talvez fosse o medo? O medo de ter sido enganada?

Provavelmente...

Mas no outro dia, depois de eu ter deixado Louis seguir para a sua casa e ter ficado na cama pensando em Marly, acordei devido a crise. Então não pensei em mais nada, apenas me piquei. Após aquilo, todas as dores se foram, junto com os sintomas da ressaca. A minha preocupação do dia não foram as mentiras que eu achava que Marly havia contado, nem o medo de Louis ter voltado a pensar que eu o traí – porque naquilo eu já estava aliviada. A preocupação do dia foi que eu tinha usado a minha última dose.

Havia uma pequena quantia em dinheiro e imaginei que fosse dar no mínimo cinco doses. Resolvi me concentrar nas boas sensações enquanto o líquido marrom percorria as minhas veias, até que levantei para ir ao banheiro. Depois de um banho, vesti um jeans, tênis e outra camisa de mangas longas. Não achei que eu parecesse suspeita na visão dos policiais e, para parecer uma adolescente normal, fiz uma trança de lado.

Era cedo, mas mamãe e Tiago já haviam saído para viverem as suas rotinas, então logo peguei na sacolinha com os meus utensílios e fui para a cozinha. A nova funcionária que mamãe contratou já estava lá, e sorriu pra mim quando me viu passar pela porta.

Ela me cumprimentou e, como eu esperava, me perguntou se eu me sentia bem. Eu já estava cansada de responder aquelas perguntas, na verdade, mas mesmo assim falei que estava ótima. Ela então sugeriu que eu comesse alguma coisa e eu resolvi não discutir. 

O que eu queria mesmo era sair para me aliviar, porque imaginar a minha gaveta de roupas íntimas sem os saquinhos não era uma boa sensação. Por isso, comi rapidamente e saí depois de dar um tchau rápido. Busquei lembrar do caminho até o prédio de Phill e, no trajeto de ônibus até lá, me senti confiante, porque ainda me recordava dos pontos de referência que Marly havia me falado.

Quando desci no ponto de ônibus do outro bairro, respirei fundo e segui pela rua na qual eu fui apenas uma vez. Só estava estranha porque daquela vez parecia mais tumultuada. Andei decidida e não encarei as pessoas que eu sabia estarem olhando pra mim. Fiquei com medo de que algum policial passasse por perto e pedisse para olhar o que eu tinha na sacola, mas eu simplesmente fingi que estava fazendo algo politicamente correto e segui em frente.

Eu estava certa de que ia pelo mesmo caminho que Marly havia ido naquele dia e lembrei da rua estreita que dava acesso ao lugar onde Phill vendia as drogas. Porém, eu andava tão apressada que, ao dobrar naquela rua, me esbarrei com um corpo quase do mesmo tamanho que o meu. 

A pessoa me fitou com uma perplexidade tão grande, que eu achei que ela fosse alguém que não poderia ser tocada. Contudo, o seu olhar logo saiu de mim e foi direto para o chão.     

— Me desculpe, e-eu estava distraída — gaguejei, ao ver que eu havia derrubado o cigarro dela dentro de uma poça de água. — Eu...     

— Olha só o que você fez, sua vadia! — exclamou ela, apontando para o cigarro no chão. — Eu acabei de comprar aquilo, sabia?! — Eu não sabia o que falar, estava apavorada. O jeito como ela me olhava era algo medonho, principalmente depois que me empurrou, aumentando ainda mais o meu medo. — Aquilo me custou uma grana, garota. Você vai me pagar.... E

Ela estava tão histérica e agitada que eu achei que fosse me matar. Assim, a mulher não esperou mais um segundo e, quando percebi, a sua mão já tinha vindo de encontro ao meu rosto. Senti a minha bochecha rasgar, mas eu sequer tive tempo para pôr a mão ali, porque a mulher que parecia ter bebido uma garrafa inteira de vodca, me empurrou forte o suficiente para que eu caísse no chão. 

Depois, para o meu pavor, subiu em cima de mim e começou a puxar o meu cabelo. Comecei a gritar de dor e a implorar para que parasse, mas ela parecia não me ouvir. Tentei revidar os puxões, mas o seu corpo parecia ser feito de rocha. Achei que fosse morrer ali mesmo, na verdade, mas ao longe ouvi uma outra voz feminina. Depois outra bem mais fina e mais uma com um sotaque irlandês.     

— Rosie! — A voz pareceu se aproximar e eu continuei sentindo a minha cabeça doer mais e mais.    

— Me solta! — gritei, muito assustada.     

— Rosie, pare com isso! — a voz mais fina falou, impaciente. Abri os olhos e vi três mulheres meio gordas ali. Elas puxavam a tal Rosie de cima de mim, mas complicava toda a situação pois esta parecia um carrapato, prendendo a minha trança com uma das mãos.     

— Deixamos ela por um minuto e olha o que acontece — a voz irlandesa reclamou, ao longe. — Eu sabia que não deveríamos tê-la deixado aceitar aquela garrafa.      

— Mas que merda! — uma delas disse, dando um pequeno empurrão na mulher. — Você vai chamar a atenção das outras pessoas... ou então de policiais! — Agradeci a Deus porque, finalmente, aquilo pareceu ter dado certo, e logo a tal Rosie bufou e saiu de cima de mim por completo.     

— Essa garota derrubou o meu cigarro e agora eu vou precisar comprar outro! — Ela tentou me chutar, mas eu fui rápida o suficiente para me afastar. — Eu deveria acabar com você, sabia? — Senti o meu rosto molhado de um lado e pensei que estivesse chorando sem perceber, mas quando passei a mão ali vi que na verdade eu estava sangrando.     

— Você não precisava ter feito isso — a de sotaque irlandês berrou, e parecia tão impaciente quanto antes. — Ela é só uma viciada, parece inofensiva. Não vamos perder tempo, faça-me o favor...     

— Se eu encontrar você por aqui de novo... — Rosie apontou o dedo indicador pra mim e não continuou com a frase. E ela não precisou, é claro, já estava na cara o que faria comigo caso me visse mais uma vez.     

— Vem, vamos embora — a da voz fina disse, agitada. Depois daquilo, elas me mandaram um olhar de desprezo e saíram o mais rápido que puderam. Talvez fosse por medo, porque eu havia gritado alto o bastante para chamar a atenção de qualquer um. 

Após pensar naquilo, tive um susto, então prendi o meu cabelo mais uma vez, peguei na minha sacola com os utensílios, levantei e segui para o prédio do Phill. 

[…]

Ao chegar inteira em casa, já era quase hora do almoço. O tempo passou rápido e o ônibus, sendo do contra, muito devagar. Tiago já estava lá quando eu passei pela porta. Ele mexia no celular e sequer me olhou.     

— Oi — eu disse, tentando chamar a sua atenção. Resolver as coisas na minha vida era um passo que eu estava tentando dar para não continuar magoando as pessoas, e Tiago fazia parte da resolução. Mas o vi franzir o cenho e fiquei contente quando o meu irmão tirou os olhos do celular e me fitou.     

— Desculpe — resmungou ele, levantando um lado da boca —, mas quem é você? — Fiquei tão desconcertada e confusa que quase não consegui dizer nada.     

— O que disse? — perguntei, nervosa.     

— Esquece — ele bufou e se voltou para o celular, clicando freneticamente —, eu não vou perder o meu tempo com você.     

— Por que está falando assim? — eu quis saber, chateada. Se aquilo era uma forma de me atingir, ele estava fazendo um bom trabalho.

Era eu quem não estava o reconhecendo. O fato de ele ser rude comigo não era nenhuma novidade, porque ele sempre fez aquilo. A diferença era que agora era de verdade. Ele não estava fazendo aquilo na brincadeira, como os irmãos faziam, ele estava fazendo aquilo pra me magoar de verdade. Ele estava me tratando como se eu realmente fosse uma estranha.     

— As pessoas estão falando mal de você, sabia? — falou Tiago, me olhando novamente. — Eu ouvi na minha escola. Estão dizendo que você virou uma desocupada, que demorou para que “mostrasse as garras” — ele fez aspas com os dedos —, dizendo algo como “ainda bem que não estou no lugar dela”.     

— Eu...     

— Estão sentindo pena de você, Taylor.          

— Sinto muito por estar fazendo você passar vergonha.     

— Não — ele negou com a cabeça e levantou, a fim de se aproximar de mim —, eu não a odeio tanto assim. Não tenho vergonha de você, mas fico incomodado com o comentário deles. Eu posso falar mal de você, porque você é a minha irmã, crescemos juntos e eu sei o que passamos. Já eles…, eles não têm esse direito.     

— Não ligue para o que eles dizem — eu pedi, um pouco mais aliviada com o fato de que ele se preocupava comigo.     

— É impossível, Taylor... sabe por quê? — perguntou ele, e fiquei com medo de saber, mas Tiago não se acanhou ao falar: — Porque eles têm razão. Tudo o que falam é verdade.     

— Você não sabe de nada! — exclamei, não aguentando aquilo e lhe dando um empurrão. — E eu não ligo para o que pensam de mim, principalmente você.   

— Mamãe sempre colocou mais confiança em você e olhe só o que você fez — jogou, se irritando ainda mais. — Eu sou mais novo que você e sequer cheguei a esse ponto.     

— Para de jogar as coisas em mim desse jeito! — mandei, sem conseguir evitar o choro. — Você não sabe o que eu passei, não sabe...     

— Ah, é claro que não — ele levantou as mãos em rendição —, afinal, você é a única que sofre aqui, não é? É a única entupida de problemas, a única que tem responsabilidades. 

Olhei para ele de novo, esperando alguma resposta vinda do além para que eu conseguisse me defender, mas o máximo que consegui foi limpar o meu rosto e virar as costas pra ele. Fiquei arrependida de tentar resolver as coisas. Tiago estava sendo a pior das pessoas, fazendo questão de jogar as atitudes na cara dos outros, como se ele fosse o melhor do mundo.

Era ruim ser falada pelos vizinhos que mal me conheciam. Todos estavam sendo maus, me insultando e depois agindo na minha frente como se tivessem admiração por mim. Provavelmente Tiago não disse aquilo para mamãe, mas eu sabia que uma hora ou outra ela acabaria ouvindo boatos sobre a filha que finalmente “mostrou as garras”. Ela não era de ficar calada e faria confusão caso visse qualquer um que fosse falando mal de mim. 

Mas eu resolvi não pensar sobre aquilo quando desabei na cama. Àquela hora Louis já deveria estar em casa, assim como Jan. Eu tinha certeza de que ela já tinha consciência do que havia acontecido: que Louis e eu agora não tínhamos mais nada um com o outro.

Era até melhor que eu pensasse nele e não em mim. Pensasse no lado positivo do término, em que Louis deixaria de perder o seu tempo procurando algo que me ajudasse – porque era o que ele achava que devia fazer –, e seguisse a sua vida sem uma dor de cabeça como eu. 

Seria uma agonia não poder mais estar com ele, sem abraçá-lo, ou beijá-lo..., mas era um sacrifício que seria bom para nós dois – mais pra ele do que pra mim, na verdade. Não era um desejo meu que as coisas fossem assim, mas eu precisava ser flexível.

Sofrer era tudo o que eu não queria e eu tinha certeza de que era aquilo o que aconteceria caso Louis se afastasse de mim. Por isso, se ele mudasse de ideia e resolvesse me dar mais uma chance, eu o agarraria e não pensaria duas vezes. Não era possível viver muito tempo sem ele, mesmo que eu quisesse. Forçar aquilo só me deixaria mal e eu faria de tudo para que ele me aceitasse de novo.

Adormeci e acabei acordando quando ouvi alguém batendo na porta. A pessoa continuou batendo na porta até que eu me levantei e a abri. Fiquei feliz  quando vi Louis ali, tão lindo e perfeito que dava vontade de tocar para ter a certeza de que era real. 

É claro que eu tinha esquecido do hematoma que a psicopata Rosie havia feito no meu rosto, e só lembrei dele quando Louis franziu o cenho, estranhando o curativo.      

— É bom ver você — eu disse, abrindo espaço para que ele entrasse. Quando o fez, fiquei de costas pra ele, nervosa. — O que veio fazer aqui? — perguntei, ansiosa. — Não que eu ache isso ruim, é claro, muito pelo contrário... — acrescentei rapidamente.     

— Eu conversei com a Jan e pensei melhor sobre o que fazer — falou ele, cauteloso. — Eu estava agindo por impulso na conversa que tivemos ontem à noite. Você lembra do que eu falei, aliás?     

— Sim, eu lembro — respondi, contente com as palavras dele. Então não me aguentei e me virei na sua direção, depois me aproximei e o abracei, mas Louis lofo ficou rígido sob os meus braços e não demorou muito para que me afastasse, delicadamente. — Eu estava sendo sincera com você.       

— Você tem certeza mesmo de que me ama? — perguntou, assim de repente. E ele me analisava com tanta atenção, que eu achei que estivesse lendo os meus pensamentos.     

— Mas é claro — falei, sem pestanejar. — Por que você ainda duvida? Eu sei o que eu realmente sinto, Louis. Seja quais forem os seus motivos para não acreditar em mim, você está muito errado.     

— Quer mesmo continuar comigo? 

Por que tantas perguntas, afinal? 

E mais: por que coisas tão estúpidas?     

— É óbvio — respondi, sem hesitar.     

— Tudo bem — ele passou a mão pelo cabelo, suspirou e depois me olhou, como se decidisse alguma coisa —, então você vai ter que parar com isso.  

Fiquei meio paralisada e com medo de estar certa sobre o que ele se referia. Ele não poderia estar pedindo aquilo, de jeito nenhum… Só que ele não falou nada, e foi o suficiente para que eu começasse a me desesperar.



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