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História Friends - Louis Tomlinson - 011. Terror


Escrita por: sunzjm

Capítulo 11 - 011. Terror


Fanfic / Fanfiction Friends - Louis Tomlinson - 011. Terror

Ficamos nos entreolhando, sérios e pensativos, com o assunto se dissolvendo na atmosfera. Aos poucos, o tempo passava e nos sentíamos cansados. Claire e Tiago nos deram boa noite e subiram a escada. Eu, contudo, continuei estática no sofá, a cabeça mergulhada em um mar de pensamentos. 

— Tudo bem, querida? — perguntou mamãe, balançando a mão na frente do meu rosto, buscando me tirar dos devaneios. — Parece preocupada. 

— Eu? — olhei para ela, me esforçando para ignorar qualquer tipo de aflição ou paranóia. — Estou bem.   

— Certo… 

— E o Sr. Roberts, você contou que viajaria para o Canadá? — perguntei, algo que surgiu na minha cabeça de repente.       

— Bom — mamãe abraçou o próprio corpo e fixou o olhar no tapete felpudo —, conversei com Arthur e ele quis ajudar, perguntando de quanto eu precisava para continuar aqui.    

Levantei as sobrancelhas, surpreendida. O Sr. Roberts talvez tenha se imaginado longe da minha mãe durante três meses, algo ruim para ele, principalmente porque finalmente tinha conseguido falar sobre os seus sentimentos.       

— Mas eu não posso aceitar — continuou ela, muito decidida. — Sequer começamos um relacionamento e eu não quero que ele pense que eu o quero por causa do dinheiro.  

— Mas estamos precisando de ajuda... 

— Estamos — mamãe me olhou, séria —, e eu ganhei uma oportunidade de mudar isso, não ganhei? Além do mais — prosseguiu, depois de um suspiro —, ele já está ajudando o bastante. Arthur vai procurar por um bom hotel em Guelph. Na verdade, ele disse que só aceitaria o meu agradecimento caso eu aprovasse a companhia dele na viagem. Ele quer ir junto comigo.

Não tive reação alguma, pois não era algo que me admirava. O Sr. Roberts não tinha filhos, ex-esposas insatisfeitas com o divórcio ou qualquer outra coisa que o impedisse de viajar com alguém. Ele estava solteiro, era um homem inteligente e bonito, então por que perderia a chance de estar com quem gostava? 

— Então ele vai mesmo com você? 

— Ainda estou pensando se é uma boa ideia. 

No fim, meu corpo ficou exausto com tantas informações e eu apenas queria dormir. Mamãe avisou que leria alguns e-mails e eu segui para jantar. Não senti tanta fome e comi pouco, depois fui me aprontar para cair no sono.     

Quando deitei e dei uma olhada no meu celular, vi algumas mensagens de boa noite. Eram de Jane, Louis, Adrian e outras pessoas que não eram importantes para mim. Não era a primeira vez que Adrian falava pelo meu número de celular, na verdade, mas todas as vezes em que chegava qualquer “olá” ou “boa noite” dele, eu me colocava a apagar os seus vestígios, apenas para que Louis ou Jane não soubessem da sua existência.

Eu não precisava sentir receio do que Louis pudesse fazer, muito menos obedecer às suas ordens, mesmo que no fim eu sempre fizesse os seus gostos. Mas, daquela vez, os meus gostos estavam em primeiro lugar, por isso apaguei as mensagens que enviei para Adrian, só para evitar qualquer briga ou discussão.

Naquela noite depois de cair no sono, acabei tendo um pesadelo com Louis, algo que me fez acordar cedo demais e cheia de angústia. A vontade que eu tinha era de vê-lo logo, apenas desejando que ele tomasse cuidado com o que quer que fosse. Logo, me aprontei para a escola, tomei o meu café da manhã e me despedi de todos quando vi que Louis tinha chegado. Estava chovendo, por isso coloquei o casaco sobre a cabeça e fui correndo até o carro.     

Cumprimentei meus dois amigos, dando um beijo em Jane e me demorando no Louis, que se surpreendeu e mudou de cor. Devido ao pesadelo com ele, vê-lo ali me trazia um alívio e uma calma.      

— Pensei que essa chuva brusca significasse coisas ruins — Jane comentou do banco da frente, depois que Louis colocou o carro em movimento. — Que bom que eu estava errada. 

— E por que pensou nisso? — Louis quis saber, prestando atenção no trânsito. — É a mesma chuva de quase todas as manhãs... 

— Não sei, foi apenas uma intuição — Jane jogou uma verde, toda misteriosa. E eu, percebendo o desconforto de Louis, mudei de assunto, informando aos dois sobre a notícia da mamãe.

— Ela vai passar três meses lá.

— Pelo menos é por um bom motivo — comentou Louis, me dando alguns olhares pelo retrovisor. — E quando é que ela vai?  

— Ela vai conversar com o chefe dela.       

— E você está bem com isso? — perguntou Jane, enquanto virava o rosto para me olhar. — Ela nunca passou tanto tempo assim longe. 

— Ah... eu não queria que mamãe fosse, na verdade — respondi, com sinceridade —, mas eu sei que ela está precisando. Eu só espero que tudo fique bem depois que ela for para o Canadá.  

— Por que diz isso? 

— Não sei — dei de ombros, enquanto fitava o tempo através do fumê —, só estou com um mau pressentimento.

[…]

Meus pensamentos me deixaram livre quando chegamos no estacionamento da escola. Jane logo saiu com o guarda-chuva e eu fiquei juntinho dela, assim como Louis. 

A primeira coisa que os meus olhos encontraram foi Christian Menson, com a habitual companhia de Alice Sheldon. Tirei os olhos daquilo e apenas continuei em frente. Ficar sofrendo por causa daquilo já estava me deixando de saco cheio e eu apenas queria que Christian parasse de se intrometer nos meus pensamentos. Ele não tinha o direito de me fazer chorar mais do que eu já havia chorado e, se estar longe de mim era o que ele queria, então tudo bem. 

— Seu joelho já melhorou? — Louis me tirou do meu devaneio e eu rapidamente pus os olhos nele. — Está correndo e tudo o mais... — E isto foi porque eu fiz aquilo a fim de me livrar dos pingos de chuva.  

— Já não dói — sorri, grata por ele me distrair o suficiente. Só que aquela nossa conversa não demorou muito e eu já havia perdido a atenção de Louis para as outras pessoas que vieram falar com ele.

Antes que eu seguisse com Jane para a sala de aula, vi Adrian se aproximando de nós duas. Louis pareceu perceber aquilo e nos seguiu, obviamente a fim de ser desagradável mais uma vez. Cumprimentei Adrian com um rápido abraço e ele lançou um aceno de cabeça para Louis, apenas por educação. Em seguida, fiz as devidas apresentações com Jane.  

— É um prazer — Adrian apertou a mão dela e deu um beijo em sua bochecha. — Não a vi aqui ontem. 

— Porque eu estava na minha casa — explicou Jane, dando um pequeno sorriso. — Eu não me senti muito bem, entende? 

— Não acham que deveríamos ir para a sala de aula? — Louis interrompeu algo que eu diria e apenas revirei os olhos. Já tinha até demorado para que ele começasse a ser um chato só porque Adrian Carrington estava ali. — Está meio frio aqui.  

— Mas não estamos atrasados — revidou Jane, claramente não percebendo que Louis estava odiando tudo aquilo. — Chegamos cedo.  

— Estamos atrasados, sim — ele insistiu, tentando puxá-la aos poucos e sem ser nada discreto. — Temos coisas mais importantes, vamos logo. — Assim, Louis pegou no meu braço também e então seguimos em frente, depois de Jane e eu nos despedirmos do Adrian. 

— Mas o que deu em você? — Jane perguntou ao Louis, dando-lhe um tapa no braço. — Acabamos de ser mal-educados com aquele garoto. Faltam dez minutos para que o sinal toque! — argumentou, depois de puxar o pulso dele e olhar as horas no relógio. — Por que não me falou daquele Adrian, afinal? — ela se virou para mim, enquanto andávamos até a porta da sala. 

— Se eu contasse, você diria pro Louis, mesmo que eu pedisse para não dizer — respondi, e logo nos sentamos em nossos respectivos lugares – eu entre Louis e Jane. 

— Obrigado pela sinceridade — resmungou Louis, me lançando um daqueles olhares irônicos. 

Mas ele não continuou com aquela discussão e decidiu que sairíamos naquela tarde, porque depois daquilo ele iria se encontrar com Peterson.

[…]

O tempo passou como um trem movido à energia elétrica e eu não me sentia entediada. Pensei até na possibilidade de Louis nos dizer logo o que estava aprontando, porque, se não fosse, então por que nos convidou para sair logo no dia de todo o problema?

Estávamos nos preparando para ir embora e Louis se despedia de algumas pessoas. Ouvi quando mencionou com Henrik sobre se falarem pelo celular depois, e eu já imaginava o que era.  

— Vou deixá-las em casa, então vocês tomam um banho e vestem alguma outra coisa — informou Louis, quando estávamos todos dentro do carro dele. Já havia parado de chover e o tempo só estava úmido demais.

— Ei, como ele está? — perguntei, preocupada ao lembrar do Neil quando Jane mencionou que Adrian era um gato. — Ficou tudo certo? 

— Ele quem?  

— Neil, é claro. 

— Neil? — Louis franziu o cenho, como se realmente não tivesse a menor ideia do que eu estava falando.  

— Eu espero que não o tenha esquecido dentro do porão, Louis — joguei, imaginando o pequeno Neil totalmente inocente sendo esquecido em cima de um puff de sua mesma cor.

— Acho que ela está falando do gato enfeitiçado — Jane comentou do banco de trás, enquanto se mexia no seu lugar. Revirei os olhos com aquilo e, novamente, bati a mão na minha própria testa.        

— Eu já disse que ele não é obra de uma feitiçaria, Jane Collin — reclamei, me virando para ela. — Eu o encontrei perto de uma árvore, não haviam galinhas pretas ou velas pretas, muito menos encruzilhadas. Era apenas um gatinho e pronto, droga.  

— Parem com essa história — Louis riu de nós duas, achando hilário o fato de estarmos falando sobre feitiçaria. — E eu não esqueci o seu gato no porão. 

— Menos mau — retruquei, cruzando os braços.

[…]

Pela tarde, vesti algo confortável e esperei pela minha carona. Fiquei conversando com Adrian durante aquele tempo e, quando ouvi o barulho do carro lá fora, coloquei-me a apagar todas as mensagens e segui para fora de casa. 

— 'Tô ansiosa — comentou Jane, quando eu já estava dentro do carro e Louis passava a conduzir. — Faz tempo que não vamos ao cinema.  

Percebi que ela estava contente, porque voltou a usar o tipo de roupa que geralmente usava, algo bem mais despojado e com vários acessórios. Ela amava maquiagem e roupas, mas, quando se sentia mal, simplesmente esquecia de tudo aquilo.  

— Não faz tanto tempo — discordou Louis, concentrado na estrada. Eu também estava ansiosa e me sentia feliz com os dois ali.

Senti falta daquilo, porque eu simplesmente tive indisposição depois do que aconteceu entre Christian e eu. Eu estive ocupada demais pensando nele. Naquela tarde, no entanto, nada daquilo me incomodava e eu me sentia até um pouco mais leve. 

— Vamos assistir esse — decidiu Louis, quando já estávamos de frente para os filmes em cartazes. Discordei apenas ao olhar para a capa do filme que ele apontava. — As críticas são boas. 

— Ele parece mesmo interessante — comentou Jane, o sorriso muito maldoso, como se fosse cortar as bolas de alguém. 

— Isso é brincadeira, né? — achei graça, esperançosa. — Vamos procurar outro. — E dei meia-volta, só que na mesma hora eu fui impedida pelo Louis, que segurou a minha mão.

— Nós já decidimos — falou ele, tentando não rir da minha expressão. 

— Você sabe que eu detesto filmes de terror! — falei, perplexa. — E nós não decidimos nada, Louis, quem decidiu isso foi você.        

— Se acha injusto, então vamos fazer uma votação — decidiu ele, com um sorriso. — Quem quer assistir o filme da capa levanta a mão — mandou, levantando a mão. Olhei para Jane e ela comia um doce com uma das mãos também levantada.  

— Jane! — berrei, furiosa.  

— Ótimo, agora quem vai assistir o filme que a Taylor quer escolher? — continuou Louis e logo abaixou a sua mão, seguido da Jane. Levantei as duas mãos, muito decidida, mas depois bufei, percebendo que não conseguiria convencê-los naquele dia. Louis olhou ao redor e prosseguiu: — Acho que vamos assistir este, fazendo jus à democracia. 

Ele apontou para o cartaz ao seu lado e eu revirei os olhos com tudo aquilo, já procurando uma mesa vazia no corredor do shopping. Louis me chamou e não conseguiu segurar o riso. Eu amava as suas risadas, mas naquele momento estava com raiva delas também. 

— Eu não vou assistir àquele filme — protestei, quando ele sentou na minha frente acompanhado de sua cúmplice.  

— Taylor, é só um filme — falou Jane, descontraída. Ela sentia medo apenas quando o filme estava se passando na frente dos seus olhos, ao contrário de mim, que passava semanas remoendo cenas assustadoras quando ia dormir.  

— Mas vocês não viram a descrição? — joguei, ainda incrédula com toda aquela injustiça. — Eu não vou dormir durante uma semana! Aquilo foi baseado em uma história real, sabia?       

— É só uma estratégia de marketing — Louis explicou, com o seu ar de “me escute, pois eu sei das coisas” —, para que o público sinta curiosidade e assista ao filme.  

— Não é, não.  

— Nada daquilo existe, Taylor — ele disse, muito calmo enquanto pegava um doce da Jane. — É tudo uma ilusão, é como se fosse a história de um livro de ficção.   

— Aquelas coisas existem, sim!  

— Vocês podem parar de discutir, por favor? — Jane pediu, antes que Louis resolvesse revidar o que eu havia dito. — Viemos para nos divertir.  

— Haja o que houver, meu amor — Louis falou para mim, com um sorriso —, eu deixo você segurar a minha mão, 'tá bem? 

— O filme começa em dez minutos — Jane informou e então levantou —, vamos comprar comida. 

Assim, Louis e eu a seguimos e eu respirei fundo, após sentir um frio na barriga. Quando se passaram aqueles dez minutos, já estávamos sentados nas poltronas vermelhas. Louis resolveu ficar na última fila entre Jane e eu. Minha melhor amiga parecia mais preocupada em comer as suas pipoca e salgadinhos, mas eu mal conseguia engolir a própria saliva. 

Um pequeno tempo se passou e a gigante tela se iluminou. Respirei fundo novamente e tentei me focar no filme que começava a se passar depois dos trailers. Eu já me arrependia de tudo aquilo.

Fiquei me perguntando se Louis não estava se vingando de mim, afinal de contas, Jane e eu passamos basicamente o dia inteiro na escola falando sobre Adrian Carrington. Louis ficou desconfortável e enciumado, buscando chamar a atenção sempre que podia. Chegava a ser até engraçado, exceto quando ele ficava emburrado e calado demais, algo fora do normal.

O filme era horrível de um jeito que me fazia xingar de raiva, devido aos susto que me faziam pular da cadeira. O pior é que não tinha um lugar para olhar, a tela preenchia todo o espaço dos meus olhos e eu só tinha aquela opção. No fim, eu não me diverti com nada daquilo.  

— Está tudo bem? — ouvi Louis sussurrando próximo do meu ouvido, algo que apenas me assustou ainda mais. Quase dei um tapa nele, mas apenas respirei fundo pelo que contei ser a milésima vez naquele dia.   

— Não, está tudo péssimo.  

— Shhhh! — alguém disse do meu lado, parecendo irritado. Louis apenas ignorou aquilo e tomou a atitude de segurar a minha mão, algo que eu não tinha feito apenas porque estava irritada com ele. 

— Eu disse que, se quisesse, poderia segurar a minha mão — sussurrou, me olhando.

— E você acha mesmo que isso vai me ajudar quando eu estiver no meu quarto, sozinha e com medo? — retruquei, emburrada.   

— Aqui não é lugar para namorar — disse o sujeito ao meu lado, mandando um olhar de reprovação para Louis e eu. Apenas bufei com aquilo e continuei assistindo aquela droga de filme.

[…]

Eram quase cinco horas e a tortura enfim havia terminado. Jane estava eufórica e conversava com Louis sobre coisas que eu não conseguia assimilar na cabeça, já que continuava assustada devido às cenas paranormais que estavam nos meus pensamentos. 

— Da próxima vez vamos ver The Grudge — sugeriu Jane, toda empolgada. Não entendi muito bem o que aconteceu, mas apenas paramos no meio do shopping enquanto Louis e Jane discutiam algo. Fiquei olhando em volta, como se procurasse algo que eu não queria encontrar. Quando me vi, já estávamos dentro de uma lanchonete. 

— Taylor? — alguém me chamou e então percebi que era a voz do Louis, que me olhava sem entender nada.   

— O que foi? — perguntei, sem entender.  

— Está tudo bem? — Jane quis saber, meio desconfiada. — Parece até que viu um fantasma.  

— Eu preciso fazer os pedidos — avisou Louis, e foi aí que eu senti que as nossas mãos ainda estavam ali, grudadas uma na outra. Fiquei um tanto confusa e me perguntei se realmente estava segurando a mão dele durante todo aquele tempo sem perceber.  

— Desde quando estou segurando a sua mão? — perguntei, deixando-o livre enquanto colocava as mãos dentro do casaco.  

— E isso importa?  

— É que eu achei que tinha soltado você quando levantei da poltrona, lá na sala de cinema — expliquei, com o meu cérebro dando uma leve travada.    

— Você poderia voltar para a Terra? — perguntou Jane, estalando os dedos na frente do meu rosto. — Está no mundo dos unicórnios?  

— E unicórnios existem?  

— Não começa com esse tipo de assunto, por favor — pediu Louis, passando a mão pelo cabelo. — Você está com fome, Taylor?  

— Foi a Jane quem falou dos unicórnios.   

— E daí? Isso não tem nada a ver com unicórnios, apenas quero saber se está com fome...  

— Eu acho que não.

Ele assentiu e depois saiu, indo até o balcão. Jane logo procurou por uma mesa e me puxou para que nos sentássemos.  

— Você continua muito branca, Taylor, então eu quero que tome isso — mandou Louis, depois que voltou com uma fatia de bolo para Jane, acompanhado de três copos de cappuccino. Tomei aquilo e aos poucos a minha cabeça foi voltando ao normal. Não era muito tarde, mas já tinha anoitecido. Ficamos conversando sobre filmes que não eram de terror, mas logo fomos interrompidos com o celular do Louis tocando. 

Ele pareceu incomodado e nós nos calamos para que ele pudesse falar com quem quer que fosse. Imaginei que fosse Peterson, já que os dois tinham algo para resolver. Quando terminaram de se falar e Louis desligou o celular, ele tomou o resto do seu cappuccino e vi que estava nervoso.   

— Quem era? — Jane quis saber, distraída.  

— Eu preciso ir agora, era o Henrik.

Claro que aquilo me chateou, afinal de contas, ele estava deixando nós duas para ir tratar de coisas erradas com um outro alguém.  

— Vamos pra onde? — perguntei, sem olhar para ele. Jane também estava incomodada com toda a situação e continuou comendo a sua fatia de bolo, fingindo despreocupação. 

— Vou levar as duas para casa — respondeu Louis, muito óbvio. Ele já havia levantado e estava nos esperando. 

— Não precisa — falei, muito séria —, pode ir na casa do seu amigo. Jane e eu vamos ficar mais um pouco e depois pegamos um ônibus. 

— Certo — Louis suspirou, como se buscasse ao máximo não discutir sobre o assunto. — Vocês vão precisar de algum dinheiro?  

— Não.

Ele então assentiu e se despediu de nós duas, prometendo mandar alguma mensagem quando pudesse. A leveza que eu tinha sentido no começo daquela tarde simplesmente se esvairiu quando ele sumiu das minhas vistas.




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