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História Friends - Louis Tomlinson - 013. Surpresa


Escrita por: sunzjm

Capítulo 13 - 013. Surpresa


Fanfic / Fanfiction Friends - Louis Tomlinson - 013. Surpresa

As aulas seguiram normalmente e eu não dei de cara com Adrian Carrington pela escola. Contudo, Jane continuava com a ideia de sair com ele e a sua nova turma. Ela até já havia avisado para o garoto por mensagens instantâneas.

— Nos vemos depois — foi o que nos disse, quando todas todas as aulas acabaram e fomos para fora da escola. Depois Jane saiu, caminhando para um carro desconhecido.

Quando olhei para Louis após entrarmos no seu carro, ele estava sério, talvez até indignado. Provavelmente estava acostumado com o fato das pessoas sempre fazerem o que ele mandava, e Jane e eu éramos as únicas que nos recusávamos àquilo.        

— Fica calmo — pedi, acariciando o seu braço enquanto ele dirigia. — Jane ama nós dois e não eles.  

— Certo.

Depois de um tempo, passei a observar o espaço que seguíamos e vi que não era o nosso caminho habitual.  

— Para onde estamos indo? 

— Vamos visitar a casa dos Peterson, preciso saber se deu tudo certo com Henrik e o porquê de não atender os meus telefonemas.

Quando chegamos lá, Louis analisou o meu rosto:   

— Vai ficar aqui ou vai comigo?  

— Se eu for junto, ele vai me expulsar? 

— É claro que não — respondeu Louis, assustado com a minha pergunta. — Vamos, eu vou tentar convencê-lo de que você não é uma ameaça.

Assim, saímos do carro e eu segurei no cós do seu uniforme, enquanto seguíamos para a casa. Quando a Sra. Peterson nos atendeu, avisou que o seu filho estava no quarto. Percebi os seus olhos vermelhos logo de cara e ela não parecia nada bem. Dei o que eu chamava de um sorriso confortante e segui Louis pela escada. Eu estava nervosa e com medo de que Henrik me expulsasse do quarto, afinal, eu estaria invadindo o seu espaço, por isso acabei mudando de ideia. 

— Espera — pedi, nos parando no corredor clareado —, preciso respeitar a privacidade dele, Louis. 

— Tem certeza? 

— Sim, vou para a sala.   

— Tudo bem, eu vou tentar ser rápido. 

Dei meia-volta e desci a escada. Não havia ninguém ali perto e eu resolvi me sentar, envergonhada e sem jeito. Ouvi um barulho na cozinha e passei a ficar mais desconfortável ainda porque, no fim, eu já sabia o que era.

Mexi nas mãos e pensei umas cem vezes antes de me levantar. Respirei fundo e, no fim, segui até o lugar de onde vinha o barulho. Como eu pensei, encontrei a Sra. Peterson chorando, algo que foi de partir o coração. Fiquei sem saber o que fazer, porque eu não sabia se me desculpava por ter sido indelicada ou se me aproximava mais, para tentar passar algum tipo de conforto.

Resolvi seguir a última opção.  

— Desculpe por isso — falou a Sra. Peterson, limpando o rosto molhado. Quanto mais fazia aquilo, no entanto, mais as lágrimas caíam sobre as suas bochechas. — Não quero assustá-la. 

— O quê? — falei, incomodada. — Não precisa se desculpar…, a casa é sua e pode chorar o quanto quiser. — Logo, fui até ela e a conduzi para uma cadeira próxima. — Pode conversar comigo, se estiver se sentindo à vontade.  

— Henrik está me decepcionando tanto — murmurou, enquanto eu lhe entregava um copo com água. — Tenho medo de que alguma coisa aconteça, sabe? Ele não pensa direito nas coisas e chega a ser muito inconsequente.

Eu sabia ao que ela se referia e era exatamente aquele um dos motivos pelo qual eu não gostava da aproximação entre Louis e ele.        

— Vai dar tudo certo — repeti as palavras que Louis sempre falava para mim ou para Jane, quando algo dava errado —, você vai ver.  

— Conheço bem o seu namorado e eu sei que ele é uma boa pessoa. Até tive esperança de que Henrik se ajeitasse, quando Louis passou a aparecer aqui mais vezes — comentou ela, soluçando. Resolvi não corrigi-la sobre a relação que eu tinha com Louis, apenas porque aquilo se tornou irrelevante. — Mas hoje mesmo Henrik chegou bêbado e agressivo por causa daquela garota, e já fazia algum tempo que ele não fazia isso. Não sei mais o que dizer pra ele.  

— Continue aconselhando...  

— Ele só ouve o pai dele, entende? — ela me olhou, desolada —, e geralmente eu não o vejo para pedir ajuda. Ficou mais difícil ainda depois que ele se casou de novo. 

— Eu não sei o que dizer — sussurrei, envergonhada. Eu não recebi o mesmo dom que Louis e Jane haviam recebido de saber o que dizer em momentos como aquele. E por quê? No fim, era como se eu não servisse para nada. — Sinto muito.  

— Não se preocupe, querida — ela pediu, me dando um sorriso triste. Eu estava me sentindo mal por ela e acabei pedindo a Deus para que Henrik não entrasse em mais alguma confusão, para que ele não fizesse a sua mãe chorar mais vezes. — Você aceita um pedaço de torta? — a Sra. Peterson perguntou, como se percebesse o meu desconforto, e rapidamente eu assenti.

Mais alguns minutos se passaram e, no momento em que eu ouvia a Sra. Peterson falar sobre a sua fase gourmet, ainda com uma expressão caída e cansada, Louis apareceu.  

— Desculpe interrompê-las... — ele disse, educadamente. Olhei para ele e vi que segurava uma pequena sacola. — Podemos ir, Taylor?  

— Claro — respondi, comendo a última colher da torta da Sra. Peterson. — Foi um prazer conhecê-la, viu? — E dei um abraço na triste mulher, que felizmente parecia mais calma.

— Vocês formam um lindo casal, sabia?, e eu desejo toda a felicidade do mundo — ela falou, dando um sorriso enorme para nós dois. Pensei de novo em corrigi-la, mas desisti, imaginando que eu pudesse tirar o sorriso lindo que ela tinha no rosto. — Espero vê-los novamente.  

— Mas… 

— Obrigada — interrompi as palavras do Louis, enquanto agarrava a sua mão. Era óbvio que ele não estava entendendo nada, por isso ficou calado. — Eu espero que fique tudo bem entre você e o seu filho — desejei e, assim, ela assentiu com a cabeça, confiante. Louis se despediu da Sra. Peterson e depois seguimos para o carro.  

— Contou que somos namorados?       

— Eu explico tudo depois — prometi e logo entramos no veículo. — Agora me fala o que vocês dois conversaram — mandei, quando ele passou a conduzir. 

— Deu tudo certo com o vídeo e eu já estou com tudo aqui — respondeu ele e rapidamente o fitei, muito atônita. — Vou tentar fazer tudo sem muita demora.  

— Se tudo deu “certo” — fiz aspas —, então por que ele se embriagou antes de chegar em casa? A Sra. Peterson me contou. 

— Bom — Louis suspirou, sem tirar os olhos da estrada —, ele estava mesmo se sentindo culpado pelo que fez, mas quer continuar com todo o plano...

Suspirei, com os pensamentos ainda na Sra. Peterson, que provavelmente voltou a chorar, preocupada com o seu filho. Louis percebeu aquela minha aflição e então apertou a minha coxa.  

— O que foi?        

— Só estou pensando na mãe dele — confessei, infeliz. — Ela está muito preocupada, não sabe mais o que fazer. Eu a vi chorando na cozinha e foi horrível.  

— Ela sempre esteve preocupada.  

— Mas parece que isso não é o bastante, não é? — retruquei, revoltada com Henrik Peterson. — As lágrimas dela não são o bastante. 

— Henrik vai se arrepender de tudo isso — Louis disse, mas era como se não acreditasse nas próprias palavras. Assim, fiquei quieta e um curto silêncio se instalou pelo carro, me fazendo suspirar. Lá fora o tempo era ameno e eu sentia muita fome. — Quer dizer que nós somos namorados?  

— Na verdade, quem acha isso é a Sra. Peterson — expliquei, envergonhada. — Ela estava mal e eu resolvi não corrigi-la.     

A maioria das pessoas que não nos conheciam direito deduziam que Louis e eu éramos um casal. Eu não me irritava com aquilo, na verdade, apenas estranhava. Era até constrangedor, já que éramos amigos, e eu sequer já me importava com o comentário dos outros.       

— Você não queria mesmo ir com aquele cara? — perguntou Louis, depois que chegamos na minha casa e percebi que ele não tinha destrancado as portas. — Ou só fez isso para evitar uma discussão comigo?  

— Bom — dei de ombros, pensando em Adrian e no pessoal que estava com ele —, eu não me sentiria bem com todas aquelas pessoas, você sabe.  

— Mas e se fosse apenas ele? — insistiu Louis, um tanto devagar enquanto me analisava. Imaginei o porquê daquelas perguntas, mas não consegui chegar a conclusão alguma.   

— Eu não sei, Louis — respondi, sincera. Ele assentiu e depois bufou, como se quisesse afastar os pensamentos. Naquele momento desejei ter o poder de ler mentes, afinal, o que ele estava pensando do Adrian? Pode destrancar a porta? — perguntei, gentil.  

Ele se assustou e pareceu atrapalhado, pela primeira vez no mundo. Estranhei de novo, mas logo saí, depois de me despedir com um beijo em sua bochecha. 

[…]

Quando terminei de almoçar, mamãe apareceu na cozinha, toda arrumada enquanto falava no celular. Ela estava bem alegre e, assim que me viu, fez um gesto com a mão pedindo para que eu ficasse parada. 

Obedeci e fiquei estática, enquanto a observava. Depois de conversa vai e conversa vem, mamãe se despediu de quem estava falando e vi que o motivo do seu sorriso era o Sr. Roberts.  

— Vou visitar a Johannah — ela disse, se aproximando de mim. — Quero que você e o Tiago estejam aqui na hora do jantar, está bem? Porque…  

— Arthur vem jantar aqui. 

— Que bom que já sabe — ela pareceu surpresa, mas depois sorriu e me deu um beijo na bochecha. — Vou indo, até mais. 

Quando mamãe saiu, segui para o meu quarto e tomei um banho. Ao terminar, percebi que Tiago ainda não havia chegado em casa. Claire estava na sala assistindo a uma série e eu logo perguntei pelo meu irmão. 

— Eu não sei — respondeu ela, sem tirar os olhos da tevê. Era normal que Tiago sumisse e desse satisfações apenas à mamãe, porque ele adorava estar na casa do Will ou do Josh, os amigos dele.       

— Espero que ele chegue logo — comentei, impaciente. — O Sr. Roberts está ansioso para conhecê-lo.

— E eu espero que esse Sr. Roberts não reclame da minha comida — resmungou Claire, comendo sua salada cheia de folhas e mais folhas. — Vou caprichar hoje à noite.     

Senti o meu celular vibrando no sofá e, quando o peguei, vi que era Adrian Carrington mandando mensagens instantâneas, algo que dizia:

É uma pena que você não tenha vindo, Taylor, nós nos divertimos bastante. Jane é simpática e muito divertida :D

xx

Fiquei contente em ler aquilo e imaginei que Jane tivesse adorado todo o passeio. 

Desculpa, mas eu realmente não me sinto confortável perto de muitas pessoas. Tenho certeza que foi legal!

P.s.: Jane é mesmo incrível! <3

E cliquei em enviar. 

Eu não tinha certeza se ser antissocial prejudicaria a minha vida no futuro, mas era algo que eu buscava não pensar. Em todos os momentos da minha vida eu fui quieta, com sentimentos paradoxos e sozinha. Eram poucas as pessoas que faziam parte do meu ciclo social e eu não achava aquilo um problema. 

Geralmente quem reclamava da forma como eu agia eram os meus amigos, os que me cercavam. A verdade era que eu estava satisfeita com a forma como as coisas andavam e eu não tinha me arrependido de não ter aceitado o convite do Adrian. 

Pouco tempo depois ele me respondeu:

Então não seria um problema se fôssemos apenas nós dois, certo?”

Minha barriga encolheu quando li aquilo. Na verdade, a primeira cena que me veio à cabeça quando li a mensagem, foi Louis discutindo comigo. Parecia até que ele já imaginava que Adrian fosse comentar algo como aquilo, quando me fez aquela pergunta dentro do carro dele. 

Você não tem medo do Louis?”

Me arrependi segundos depois que enviei aquilo. Aquele era uma pergunta estúpida e eu não poderia imaginar que Adrian fosse sincero comigo, que dissesse algo como: “É óbvio que eu tenho medo, Louis gosta de confusões e eu não quero perder os meus dentes. Mas antes mesmo que eu pensasse no que fazer para mudar a situação, o celular vibrou.

É claro que eu não tenho medo, por que eu teria? Não estou violando nenhuma lei. Louis é apenas um amigo seu, ele não pode proibi-la de nada, não pode determinar o que você deve ou não fazer. Ele não pode bater nas pessoas sem um motivo e você não precisa se intimidar com o que ele tem a dizer. 

xx"

Analisei a sua resposta imensa. Adrian estava errado em alguns pontos, eu precisava comentar. Louis realmente não tinha o poder de me proibir, mas ele sempre conseguia aquilo da forma dele. 

Geralmente ele não me intimidava, apenas argumentava demais, e aquilo tirava qualquer ideia que eu estivesse pensando. E o ponto mais errado ali era que Louis poderia, sim, bater em quem ele quisesse. E, se soubesse que Adrian havia me convidado para sair, não pensaria duas vezes antes de atacá-lo com palavras a fim de ser desagradável, como estava sendo desde o dia em que o viu. 

Era muito errado e Louis precisava entender que outras pessoas entrariam no meu ciclo de vida e, mesmo com o ciúme rodando a nossa relação, eu não poderia ignorar o que Adrian poderia ou não estar sentindo por mim.

Assim, me coloquei a enviar:

Você tem razão. 

Acho, então, que não terá problema se sairmos.

 Xx

Adrian não demorou a me responder:

Ótimo, que tal no sábado à tarde? 

Xx”

Era o dia em que mamãe viajaria, mas provavelmente imaginei que seria pela manhã. Assim, rapidamente me coloquei a aceitar o convite. Quando eu ia mandar uma mensagem para Jane, contando sobre aquilo, Tiago apareceu, ainda usando o uniforme da Marie Curie. 

— Onde você se meteu? — eu quis saber, os olhos fixos naquela expressão que ele tinha no rosto. — E que cara é essa?  

Tiago sorriu, todo bobo. 

— Onde você estava? — insisti, impaciente. 

— No castelo de uma princesa — ele suspirou, do mesmo jeito como mamãe fazia quando falava com o Sr. Roberts pelo telefone.  

— Quem?  

— O dia hoje está tão bonito, não está? — ele deu um sorriso enorme para Claire e para os zumbis que estavam passando na televisão. 

— Está? 

— Meu Deus... — Tiago arregalou os olhos e andou até onde eu estava. Me assustei com aquilo e pensei que ele havia lembrado de falar alguma coisa ruim. Só que não era isso. — Olha só como você está linda hoje, irmãzinha! — E, assim, apertou as minhas bochechas, como se fosse arrancar a minha pele. — E você, Claire? Me parece tão jovem e moça. É uma pena que não possamos ficar juntos, não é mesmo?  

— Ah, é? — Claire o olhou como se ele tivesse chifres, depois deu de ombros, concordando. — Você tem razão, eu estou maravilhosa.

Imaginei que Tiago estivesse muito feliz para dizer todas aquelas coisas e resolvi não enchê-lo dizendo que ele estava parecendo um idiota com aquele sorriso no rosto.  

— Onde é que está a mamãe? — perguntou, sentando quase em cima da Claire.      

— Na casa do Louis — respondi, desconcertada. Em seguida, Tiago se levantou e eu aproveitei toda a sua felicidade para informá-lo da visita daquela noite. — Vamos ter um convidado especial no jantar de hoje, você vai adorar, eu tenho certeza!  

— Quem?  

— Arthur. 

— O Sr. Carter vem jantar aqui?  

— Arthur Roberts — expliquei, depois de revirar os olhos por causa de toda aquela lerdeza —, o meu professor de Física.   

— Por que ela tinha que trazê-lo logo hoje? — resmungou o meu irmão, chateado. — Uma pessoa vem aqui e eu queria que, por enquanto, ela conhecesse somente a minha família. 

Fixei os olhos nele, confusa. Se ele não mencionou aquilo para mim antes, então significava que eu já conhecia a pessoa.  

— Quem você convidou?  

— Surpresa!... 

Tiago piscou o olho e saiu para a cozinha.  

— Ei, volta aqui — levantei e ele me fitou, esperando que eu falasse. — Se for rude com o Sr. Roberts, então pode apostar que eu serei muito pior com a surpresa que vem aqui. 

Eu sabia das intenções do Sr. Roberts e elas eram ótimas. Mamãe parecia feliz com ele e viajaria com a sua companhia, lá para o Canadá. Antes de ir, a última coisa que eu queria era que o meu irmão fosse um babaca, apenas porque estava com ciúmes.   

[…]

O tempo se passou e aproveitei para fazer as atividades da escola, assim como Tiago, que mais se distraía com a tevê. Também aproveitei para falar com Louis por mensagens instantâneas. Não demoramos muito naquilo, na verdade, porque ele estava mais ocupado transferindo o vídeo do Henrik para um pen drive. Nem me dei ao luxo de pensar naquele problema novamente, apenas os joguei nas mãos do tempo, já tendo a consciência de que algo aconteceria. 

Mamãe já havia chegado e mandou que eu vestisse uma roupa adequada para recebermos visitas. E não fiz aquilo de imediato, porque estava concentrada demais nos livros. 

— Tem algum problema se eu trouxer alguém aqui hoje à noite? — Tiago perguntou a ela, ansioso. — Foi algo que eu decidi em cima da hora.  

— Acho que não — mamãe disse, enrolada no seu roupão de banho. Claire logo apareceu na sala de estar, arrumada e com uma bolsa grande. — Vai sair?  

— Será que eu poderia dormir fora hoje? — perguntou Claire, meio corada. — Sei que as minhas folgas são apenas nos finais de semana, mas não fui ver mamãe no sábado passado, então eu queria ir hoje porque... hã, ela está tendo alguns problemas e…  

— Que problemas? — mamãe a interrompeu, preocupada. — É algo muito sério?  

— Podemos conversar sobre isso depois? 

— É claro... 

— Já terminei o meu trabalho de hoje — continuou Claire, correndo os olhos pela casa. — Você vai precisar de mais alguma coisa?   

— Não, está tudo bem — mamãe sorriu para ela, muito gentil. — E é claro que você pode sair, já tenho tudo sob controle. 

— Obrigada, volto amanhã bem cedo.

Depois daquilo, subi para o quarto com os livros e me aprontei para o jantar. Encontrei Tiago sentado no sofá enquanto mexia no celular, já vestido com uma roupa diferente, bonito e lembrando a mamãe de alguma forma.   

— Você não vai mesmo me dizer quem convidou para jantar com a gente? — eu quis saber, enquanto observava o meu irmão sorrindo para o celular. Estava na cara que era uma garota, pela expressão que ele tinha no rosto.

Tiago nunca namorava – pelo menos era o que eu achava. Eu não sabia muita coisa sobre a sua vida amorosa, afinal, ele era o tipo de garoto que se importava mais consigo mesmo. As garotas pareciam fazer parte da sua vida, mas nem uma delas, até aquele dia, pareceu ter chamado tanto a sua atenção.     

— Pode esquecer — ele disse, sem tirar os olhos do celular. — Aliás, eu não sei se você vai gostar de saber quem é.  

— Como assim? 

Quando ele ia responder, a campainha tocou e chamou a sua total atenção. A primeira pessoa que me veio na cabeça foi o Sr. Roberts, porque já estava na sua hora. Entretanto, continuei focada no Tiago. Mamãe acabou gritando para que o meu irmão atendesse a porta e ele logo obedeceu.

Assim que fez aquilo, a primeira coisa que vi foi o seu sorriso e, depois disso, ele puxou a garota para dentro de casa, para um abraço. Precisei cerrar os olhos para confirmar se quem eu via era realmente a pessoa que se passou pela minha cabeça. Mamãe acabou me assustando depois que desceu a escada, no mesmo momento em que a surpresa do Tiago olhava para mim, toda simpática. 

— Ah, desculpe aparecer assim — mamãe disse, mostrando o cabelo meio desarrumado. — Pensei que era o Arthur. 

— Sem problemas — a garota sorriu, se aproximando.  

— Mamãe — começou Tiago, ao lado da sua visita enquanto segurava a sua mão —, esta é Isabela Turner. E…, Bela, essa é Tânia Hampton, a minha mãe.



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