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História Friends - Louis Tomlinson - 019. Lampejo


Escrita por: sunzjm

Capítulo 19 - 019. Lampejo


Fanfic / Fanfiction Friends - Louis Tomlinson - 019. Lampejo

JANE

Depois de todo o estardalhaço, de eu mandar toda aquela gente curiosa seguir o seu caminho e de, principalmente, pedir desculpas pro Adrian – sem que Louis visse –, não consegui evitar em analisá-lo bem, antes que entrássemos no carro.

— Você tem noção do que acabou de fazer? — perguntei, ainda incrédula. Louis estava com uma das mãos na BMW, sem me olhar, e era como se buscasse entender a sua própria atitude. — Você se descontrolou e bateu em alguém sem um motivo! 

— Não estou arrependido, se quer saber — retrucou, olhando sobre os meus ombros. — Aliás, pra onde ela foi? — perguntou ele, enquanto procurava Taylor com os olhos. — Juro que, se ela estiver pensando em ir atrás daqu... 

— Para agora! — gritei, e então ele me olhou, assustado. 

— Não sei por que você está tão irritada assim — Louis disse depois de um tempo —, eu fiz o que era certo, entendeu? Aquele canalha bei…

— Escuta, Louis — apontei o indicador no rosto dele, buscando ser clara —, ficaremos aqui pelo resto do dia se não começar a falar como um homem.

Ele passou dos limites e eu precisava resolver aquilo, pois seria impossível que Taylor e ele conversassem civilizadamente. Aliás, eu também precisava confirmar algumas perguntas que eu mesma havia me feito quando soube que ele havia a beijado, depois que descobriu a verdade.

— Ele mereceu! — exclamou Louis, também mostrando clareza. 

— Louis... — avisei, em tom de alerta. Mesmo que eu estivesse com uma imensa vontade de chegar em casa e dormir, eu precisava mesmo resolver tudo aquilo. — Não começa.

Ele bufou e passou a mão pelo cabelo.

— 'Tá — disse, por fim —, pode falar.

— Ótimo. — Rapidamente me preparei para a conversa que teríamos, porque aquilo seria muito importante e talvez até revelador. E, se estivesse mesmo acontecendo o que eu achava que estava acontecendo, seria a minha função guiar Louis Tomlinson, para que ele não batesse de cara com uma parede. — Me diz, você está sentindo algo a mais pela Taylor? 

Com aquilo dito, Louis apenas me fitou, muito sério enquanto analisava bem a pergunta que eu tinha feito. Depois de longos minutos, ele acabou respondendo algo que eu temia. Na verdade, eu não temia, mas era estranho ver as coisas por um ponto de vista que eu não estava acostumada.

— Eu não sei.

Era claro o quanto estava confuso e atordoado e aquilo só significava que ele estava, sim, sentindo algo a mais por Taylor Hampton.

— Ah, Louis... — soltei um ar que eu não sabia que estava segurando e logo me vi rindo. E rindo muito.

— O que é tão engraçado?      

— Por que eu não percebi isso antes, depois de tanto tempo? — pensei alto e então dei um tapa na minha própria testa. — Meu Deus, estava tão claro.

Eu conhecia muitas pessoas que se conheciam e que não conseguiam viver sem a presença um do outro. A relação entre Louis e Taylor sempre foi algo muito contraditório – talvez até incomum. Eles sempre brigavam, mas também riam muito e, quando queriam, faziam um bem enorme um pro outro. 

Quando conheci Taylor Hampton, os dois já eram amigos. O ciúme também já estava lá, da parte dos dois, e não foi tão fácil assim me tornar amiga do Louis, porque Taylor sempre vinha com comentários indiferentes. Aquilo só mudou a partir de algum tempo, pois eu conseguia fazê-los conversar sem gritar. Eles poderiam ter sido feitos um para o outro, mas não tinham noção de nada disso. Também não se passou nada pela minha cabeça, na verdade, mas agora parecia ser tão óbvio...   

— Jane, vamos embora.

— Você não percebe? — eu disse, muito contente. — Todo esse ciúme não é normal. Não tem nada a ver com perder o posto de melhor amigo e muito menos com proteção. Isso é outra coisa, Louis.

— Olha — ele se aproximou, sério —, aquele cara sabe o que dizer. Mas você vai ver, quando o imbecil do Adrian conseguir fazer a cabeça dela, a primeira coisa que vai tentar fazer é fod…

— Você não ouviu o que eu disse? — lhe interrompi, impaciente. Louis parecia mesmo transtornado, cego e surdo. — Adrian é uma ótima pessoa, acredite — falei, defendendo o pobre garoto. — Aposto que ele pode ser um ótimo namorado também.

— Vocês duas são tolas e inocentes!

— Na verdade, o tolo aqui é você.  

— Estamos aqui há tempo demais — Louis abriu a porta do carro e apontou pro assento. — Entra, nós vamos embora. — Mas eu continuei estática, pois sentia que o meu trabalho ali ainda não estava concluído. Louis ainda não enxergava o que eu queria que ele enxergasse. — O que 'tá esperando? Quer que eu a pegue no colo, é isso?

— Eu não vou sair daqui agora — informei, cruzando os braços. — Ainda não terminamos de conversar.

— Ah... — Ele bateu a porta com força e virou de costas, buscando manter o controle. — Olha, se quer que eu peça desculpa a eles dois — Louis se virou pra mim, gesticulando —, pode tirar o seu unicórnio da chuva. Taylor falou pra você que vai mesmo dar uma chance pra ele? — perguntou, de repente. — Ela mencionou alguma coisa?

— Mencionou, por quê?

— Como assim? — Louis se assustou, e por um momento pareceu perdido, enquanto fitava o chão do estacionamento. Só que depois quase arrancou os próprios cabelos, e foi a minha vez de me assustar. — Se aquele desgraçado pensa que vai conseguir assim tão ra…

— Acalme-se! — Me aproximei e segurei os seus ombros. — Era brincadeira, 'tá bem? Eu estava só brincando, Taylor não disse nada pra mim.

Só que ele pareceu mais paranoico ainda.

— Mas talvez ela tenha optado por isso — comentou, pensando alto —, só que pensou na possibilidade de você me falar alguma coisa.

— Louis, olha pra mim — eu pedi, muito paciente —, Taylor não vai dar chance nenhuma pra ele. — E então pensei em ir até a casa dela o mais rápido possível, a fim de abrir os seus olhos também. Com ela seria mais fácil, porque ela não tinha a cabeça tão dura quanto Louis.

— E como pode ter tanta certeza?

— Porque ela está confusa demais pra isso. 

— Pois não era o que parecia — Louis resmungou, sem acreditar no que eu estava falando —, deixando que ele a beijasse daquele jeito.

— Para de pensar nisso — eu ri, gostando da situação.

— Isso não tem a menor graça — ele disse, realmente irritado. — Eu… — Louis não continuou, parecia desolado e cheio de pensamentos obscuros. 

— Você o quê? 

— Eu... — Louis novamente passou a mão pelos cabelos, confuso. — Eu não sei o que está acontecendo comigo. — Acabei me entristecendo pelo seu jeito de ser. Por que ele não conseguia ver que era tão chato e meio doido daquele jeito por ser apaixonado por ela? — Antes era fácil não me meter no meio de tudo, mas agora eu não consigo.

— E é desde quando? — perguntei, buscando conduzi-lo ao que realmente estava acontecendo ali. — Você lembra?

— Sim... — Louis pareceu pensar, pondo as mãos dentro dos bolsos e olhando pro chão do estacionamento. — Eu cheguei ao meu limite depois de ontem.

Ele estava falando da ida à casa da Taylor. Ou seja, do bendito beijo, que foi como uma faísca. 

— Do que você está falando, Louis? — eu perguntei, me fazendo de desentendida enquanto colocava toda a minha atenção nos sentimentos dele. — Eu não consigo entender. 

— Estou falando do... — ele parou de fitar o chão e me olhou, como se finalmente visse o que eu queria que ele soubesse. — Mas isso não faz sentido... 

— E por que não? — questionei, naturalmente. — Não vejo nada de anormal. — Os dois se gostavam e, portanto, não havia nada de mais naquilo. Taylor ainda não tinha dado a chance que Adrian queria e por isso ele também não era um problema.

— Isso 'tá errado — Louis se mexeu, atordoado. — Taylor... Nós somos apenas amigos e é claro que ela não sente nada por mim.

— Isso não é verdade.     

— E como você sabe? — ele prestou bastante atenção em mim, como se não houvesse mais nada ali por perto. 

— Porque eu sei.

— Mas o que eu vou fazer?

— Fica calmo, apenas pense muito sobre isso assim que estiver em casa — pedi, contente por ter uma parte do trabalho concluída. — Agora me leva pra casa, porque eu estou exausta..

 



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