1. Spirit Fanfics >
  2. Friends - Louis Tomlinson >
  3. 024. Consequências

História Friends - Louis Tomlinson - 024. Consequências


Escrita por: sunzjm

Capítulo 24 - 024. Consequências


Fanfic / Fanfiction Friends - Louis Tomlinson - 024. Consequências

LOUIS

Foi horrível para mim ter visto algo como aquilo acontecer com um amigo. Eu não sabia o que dizer e culpava muito Henrik, porque aquilo só havia ocorrido por causa da sua atitude impulsiva. 

Foi ele quem quis se vingar da Rutty. Ele deveria apenas ter esquecido tudo aquilo e seguido a sua vida, tentando melhorar de alguma forma. Eu estava do lado dele, mas por que ele simplesmente não tentou esquecer? Por que ele não pediu por ajuda?

Estava tudo muito sério. Preston Jordan havia descoberto tudo e até me surpreendi por ter demorado tanto. Agora ele estava irritado demais com o que fizeram à sua irmã e poderia fazer qualquer coisa. Ele já havia sido preso há algum tempo atrás e por isso não se importava em começar a acertar as contas com Henrik. Eu tive a consciência de que, se aceitasse ajudar Henrik com aquilo, iria me arrepender depois, mas, assim que vi a maneira como Rutty agiu, quando fomos à sua casa a fim de pôr o plano em prática, me vi mais enojado ainda. 

Eu só estava arrependido porque sabia que Henrik agora corria um risco de vida. E o pior de tudo era que eu não poderia fazer nada. Eu também ajudei no plano e merecia ter apanhado junto com ele. Até Abbie, que apoiou Henrik com a ideia, também merecia um acerto de contas.

Eu estava muito preocupado com o estado do Henrik. Ele estava mal e nada se encontrava favorável. Mesmo que Preston fosse preso, Henrik teria que ter o máximo de cuidado para se poupar de qualquer coisa que pudesse acontecer. Ele realmente estava encrencado e com inimigos perigosos.

Eu, é claro, contei tudo o que sabia à polícia, sobre o porquê de terem feito aquilo, como Henrik agiu durante a situação e sobre quem o ajudou com o tal plano. Recebi uma bronca, na verdade, e o delegado, por incrível que pareça, resolveu que não me puniria daquela vez, mas que eu precisaria andar na linha, assim como Henrik. 

Eu já era maior de idade, mas só fui liberado quando a minha mãe apareceu na delegacia, quase me matando com o olhar. E ela não deixou de me dar um soco no braço, assim que saímos da delegacia.  

— Eu deveria mandar prendê-lo pelo que você fez! — ela reclamou, enquanto andávamos até o meu carro. — Onde já se viu? Você não acha que já está grande o suficiente para andar entrando em confusões assim?  

— Você teria coragem de mandar o seu próprio filho pra cadeia? — fingi uma surpresa, sem paciência para discutir. — Estou surpreso.

— Não me faça gritar, Louis — ameaçou mamãe, quando colocamos o cinto de segurança. — Estou me sentindo humilhada por tê-lo visto naquela situação.  

— Desculpa — eu disse, sincero —, já estou bastante arrependido. Aliás, a situação dele está pior do que a minha... — E isto porque Henrik foi agredido covardemente por um grupo de fichas sujas. Ele recebeu uma surra que eu não sabia dizer quando começou e teve vestígios do seu sangue em um pedaço de madeira, assim como nas minhas mãos e na minha camisa. Ele estava sangrando muito na cabeça e aquilo não era um bom sinal. — Espero que tudo fique bem. 

— A mãe dele deve estar péssima — comentou mamãe, com um ar triste. Provavelmente a Sra. Peterson já havia sido informada, afinal de contas, notícias ruins sempre chegavam rápido. — É realmente uma pena que aquele garoto não tenha juízo.

Mandei uma mensagem à Taylor dizendo que já estava indo, mas, com tudo acontecendo tão rápido, me esqueci de que ela não estava com o celular em mãos. Fiquei mais angustiado ainda por não saber o que estava se passando no hospital.       

— Vai dar tudo certo — tentei nos confortar, depois de um suspiro. Henrik foi levado ao hospital de Greenwich à tempo, certo?, então ele ficaria bem e logo sairia de lá. 

Contudo, depois que chegamos, demorando no mínimo uns quinze minutos por causa do trânsito, percebi que eu não deveria ter certeza de que algo de bom pudesse ter acontecido. E fiquei daquela forma porque, ao longe, estava Taylor, sentada em um sofá branco e com uma expressão abatida. Chamei o seu nome e rapidamente fui ao seu encontro.  

— Louis — disse ela, a voz meio baixa. Senti tanto a falta dela, mesmo sem passar tanto tempo, que a primeira coisa que fiz foi abraçá-la, buscando algum tipo de apoio. — Por que demorou tanto? 

— Só pude sair depois que mamãe chegou — expliquei, olhando para trás. Mamãe ainda andava pelo corredor, com um ar cansado e olhares desconfiados para os médicos e enfermeiros que passavam às pressas perto dela. — Me diz, o que aconteceu? — Depois de perguntar aquilo, Taylor apenas se calou, enquanto me olhava. O receio foi aumentando e percebi que realmente havia algo de errado. — Por que está me olhando assim, Taylor? Como ele está? 

Percebi a presença de mamãe ao meu lado, que tentava entender tudo o que se passava, e logo senti Taylor me abraçando novamente. Ela estava triste e fiquei mais preocupado ainda.  

— Eu só quero que saiba que você não teve culpa de nada, 'tá bem? — disse ela, após me olhar mais uma vez. — Ninguém teve culpa, na verdade… 

— Como assim?   

— Eles já estão... — Taylor olhou para mamãe, receosa. — Eles já estão preparando o corpo dele… — Ela ficou me analisando, sem ser muito clara. E não precisava, porque já estava muito óbvio. No entanto, precisei de tempo para processar aquela situação. Já estavam preparando o corpo dele? E preparando para quê? Pro funeral? Henrik estava morto?

Fiquei atordoado ao interpretar as palavras da Taylor e então eu me afastei, buscando ar e passando a mão pelo rosto. Estava mesmo acontecendo? 

Eu estava sendo incapaz de acreditar naquilo e era estranho imaginá-lo morto, alguém que sempre se comunicou comigo, que sempre estava por aí, respirando e sorrindo, como se desafiasse a todos.   

— Não pode ser — consegui dizer, sentindo a cabeça pulsar. Por um momento eu achei que Henrik estivesse apenas muito machucado e que os médicos, com todos os seus equipamentos e conhecimentos, fariam com que ele voltasse ao que era antes. Nunca se passou pela minha cabeça que ele fosse morrer mesmo. 

Logo, senti uma raiva me preencher e tive vontade de quebrar a cara dos garotos que haviam feito aquilo, principalmente do Preston. Eles foram injustos e poderiam ter resolvido tudo de uma outra forma. Henrik estava errado, sim, quando mexeu com Rutty, mas eu compreendia o quanto ele estava magoado por dentro.      

— É melhor você se sentar e beber um pouco de água, querido — sugeriu mamãe, puxando o meu braço. Não tive forças para impedi-la, apenas fiz o que ela achava melhor. Taylor logo sentou ao meu lado e segurou uma das minhas mãos.   

— O que o médico disse? — eu perguntei a ela, depois que mamãe saiu em busca de um copo com água. — Por que isso aconteceu?  

— Ele passou um bom tempo sem avisar nada, na verdade — respondeu Taylor, bem baixinho —, e isso foi o bastante para que a Sra. Peterson chegasse aqui, chorando…, disse que a polícia informou sobre Henrik. Ela ficou muito mal depois que o médico disse que não poderiam fazer mais nada, apenas se um milagre acontecesse, e eu tive que ligar pro pai do Henrik, pois não sabia o que fazer… Ele chegou aqui rápido como um flash e tentou colocar a situação nos eixos, sabe? Quase obrigou a Sra. Peterson para que ela fosse descansar. Ele disse que cuidaria de tudo e que daria uma passada na casa dela depois.

Mamãe logo reapareceu e sentou ao meu lado, depois de me dar o copo cheio de água.  

— Como ele faleceu? — perguntou a minha mãe, enquanto eu me colocava a beber. — Ele estava tão mal assim?  

— Não entendi bem o que o médico disse — Taylor respondeu, encolhida —, mas parece que Henrik sofreu um traumatismo. Louis, está tudo bem, não está? — perguntou, preocupada comigo. — Isso deve ter mexido muito com você.  

— É, estou péssimo — confessei e amassei o copo descartável. — Vou deixá-la em casa… — avisei para mamãe e me levantei, puxando Taylor pela mão. 

O sol já havia sumido e a noite estava quase chegando. Tudo de ruim aconteceu com Henrik e agora ele estava morto. Pelo que eu sabia, a polícia ainda não havia encontrado Preston e os outros três caras que estavam com ele. Eu estava esperançoso e queria que eles sofressem as consequências, assim como Henrik. Eles haviam cometido um crime e não poderiam ficar soltos pelo bairro. 

— Como assim me deixar em casa? — mamãe perguntou, enquanto nos seguia. — Você vai aonde?  

— Precisamos resolver uma coisa nos Collin. — Na verdade, eu nem estava com cabeça para pensar no fato da Jan estar grávida, mas aquilo também era importante e merecia a atenção de Taylor e eu. Se Jane estivesse mesmo esperando um filho, provavelmente eu poderia ir para a cadeia junto com Preston, pelo fato de espancar Jack Mayson.



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...