1. Spirit Fanfics >
  2. Friends - Louis Tomlinson >
  3. 028. Provocação

História Friends - Louis Tomlinson - 028. Provocação


Escrita por: sunzjm

Capítulo 28 - 028. Provocação


Fanfic / Fanfiction Friends - Louis Tomlinson - 028. Provocação

JANE

— Vamos, acorda... — Senti alguém balançando o meu braço, não tão delicado assim. Era Louis do lado de fora, com a porta do carro aberta.  

— O quê? — Fiquei confusa e, por um momento, estranhei o lugar onde estávamos. Como um balde de água fria, tudo logo surgiu na minha cabeça e lembrei de onde vínhamos. — Cadê todo mundo?      

— Deixei todos em casa — respondeu Louis, impaciente. — Pensei que não acordaria — ele comentou, depois de um suspiro. 

— Ah... — Me coloquei a sair do carro e fechei a porta. — O banco do seu carro estava confortável demais pro meu cansaço.   

— Eu também estou exausto — disse ele, passando a mão sobre o rosto. — 'Tá tudo bem, não 'tá?  

— Na verdade, não, mas agora só quero dormir.  

— Vai pra escola amanhã? 

— Acho que sim.  

— Ótimo, dá um beijo na Sra. Rose por mim — pediu ele e assim me beijou na testa. — Boa noite, Jan, descansa o máximo que puder.  

— Certo, boa noite.

Assim, ele entrou no carro e eu corri para dentro de casa, a fim de me aquecer. Vovó estava na sala, esperando por mim pacientemente. Ela usava o seu vestido de pijama e uma touca de plástico na cabeça. Parecia cansada, mas não estava irritada por precisar me esperar.  

— Oi, querida — ela me deu um pequeno sorriso.  

— Oi, vovó.

Logo me encarreguei de dar um beijo em seu rosto.    

— Como está a mãe dele, do garoto que se foi? — perguntou vovó, preocupada. É claro que ela não conhecia a Sra. Peterson, mas a sua bondade era grande demais para que apenas a ignorasse.  

— Péssima.  

— Oh...  

— Acho que vou dormir — avisei, soltando o cabelo.  

— Mas não vai comer nada, querida?   

— Não tenho fome. — Na verdade, eu sentia vontade de vomitar somente ao pensar em comida. O que eu precisava mesmo era de uma cama e de lençóis quentinhos. — Obrigada, mas eu quero apenas dormir.  

Ela assentiu e me beijou na testa. É claro que eu não diria a ela que, na verdade, eu estava enjoada demais porque estava grávida – pelo menos não naquela noite. 

A nossa relação era algo muito simples e quase nunca brigávamos. Eu só me estressava quando Leandra, a minha tia, nos visitava para tentar me convencer a fazer algo que eu não queria. Em uma das três vezes que aconteceu, ela trouxe a minha mãe, Marian, o que foi péssimo para mim. Eu não detestava as duas, mas também não sentia carinho nenhum por elas. A única pessoa que eu considerava na família era a minha avó. Ela me deu amor, educação e muito carinho naqueles meus dezessete anos. Eu nunca precisei de mais nada além daquilo. 

Eu não via o meu pai desde aquele tempo inteiro, mas não era algo importante. Ele pagava a Pensão de Alimentos e aquilo já era o bastante, porque eu conseguia ajudar vovó com as economias. O que eu queria e o que realmente me importava era terminar os meus estudos, cursar uma faculdade e trabalhar para ajudar no nosso sustento, que agora incluía a presença de um bebê. A gravidez atrasaria aquilo, é claro, mas eu já conseguia lidar um pouco mais com a notícia. 

Ainda me fazia chorar, obviamente, mas eu sabia que não adiantaria em nada; eu sabia que o certo seria aceitar toda a situação. Jack Mayson estava entre as pessoas que eu mais desprezava e eu realmente nunca mais queria vê-lo. Se eu conseguia lidar com o fato de que os meus pais haviam me abandonado, então por que o meu filho também não conseguiria?

[...]

O dia na London Greenwich foi algo totalmente entediante. A escola inteira comentava sobre a morte de Henrik Peterson; fofocavam sobre as roupas dos que haviam ido e cochichavam sobre o fato de que a Sra. Peterson e Gregory lidariam com aquilo mais cedo ou mais tarde. 

Pelo menos o cara foi preso, não foi?” falava um deles, muito discreto. “E encontram os outros três também a outra pessoa respondia, satisfeita. Deduzi que falavam de Preston Jordan, o irmão da Rutty. Mas eu não me surpreendi com os comentários, afinal, o encontrariam de qualquer forma. Preston foi inconsequente por fazer o que havia feito. O que adiantou ter espancado o garoto que acabou com a reputação de sua irmã? Ele agora estava preso.

Na hora do intervalo, a direção da escola se colocou em respeito ao que havia acontecido e prestou uma homenagem ao Henrik.      

— Vamos, Sr. Tomlinson, você não vai dizer alguma coisa? — a Sra. Palmer, que era a diretora da escola, cochichou próximo do Louis. Estávamos os três, Taylor, ele e eu, sentados nas últimas cadeiras que haviam posto horas atrás no ginásio, enquanto tínhamos aula. — Pode dizer apenas o necessário.  

— Eu acho melhor não — disse Louis, muito educado. — Não estou confortável. — Depois deu um sorriso meio triste a ela, que assentiu com a cabeça, toda compreensiva.  

— Tudo bem, querido.

E então ela saiu, batucando com os seus saltos. Serj Martins, um colega do Henrik, falava algo no microfone, enquanto se seguiam algumas gargalhadas dos momentos que ele havia tido com o amigo. 

— É uma pena que coisas assim aconteçam, não é? — disse alguém, ao lado esquerdo da Taylor. E quem poderia ser? Sim, era Adrian Carrington. Ele tinha feito questão de sentar ao lado dela, apenas conduzindo Louis a matá-lo com os olhos. 

Adrian era um garoto legal, mas eu sabia que estava fazendo aquilo apenas para provocar. Toda aquela briga aos socos fizeram os dois se odiarem ainda mais e eu tinha toda a certeza de que Adrian não havia gostado do novo modo como Louis e Taylor estavam se tratando. Desde então, era o que andava fazendo: provocando sempre que podia. 

— É verdade — concordou a pobre Taylor, que estava sentada entre os dois, muito tensa e encolhida.        

— Por que você não fecha a boca? — perguntou Louis pro Adrian, como se apenas a voz dele o incomodasse. — Ninguém aqui quer saber o que você pensa. 

— Não sei por que a irritação, Louis — disse Adrian, com o ar irônico. — Infelizmente o seu amigo não teve tanta sorte. — O deboche estava explícito, é claro, e acabei não entendendo o porquê das suas implicações em um momento como aquele.  

— É melhor não se meter nisso… 

— E vai fazer o quê? — perguntou o garoto, sem se intimidar. — Me espancar também, até que eu morra que nem o seu amigo? 

— Talvez não seja uma má ideia. — E então os dois ficaram de pé de repente e quase se pegaram nos socos, caso Taylor não tivesse se colocado no meio e puxasse Louis para que ele se sentasse. — Você é ridículo.  

— O que deu em você? — perguntei ao Adrian, lançando um olhar de desaprovação e o puxando para a cadeira. — Qual a necessidade disso? 

— Desculpa — murmurou ele, se recompondo —, foi só um deslize. — Percebi alguns olhares em volta e apenas dei um aceno com a cabeça, mostrando que estava tudo certo. Todos estávamos de saco cheio naquela segunda-feira. Além do mais, a semana estava apenas começando e os professores pegavam pesado no mês de março. Aquilo era estressante.

Depois que a homenagem chegou ao fim, fomos todos pro refeitório. Eu estava faminta e sentia como se não comesse há séculos, portanto logo segui para a fila, acompanhada de um casal em discussão.   

— Não sei o que vou fazer se ele não se afastar de você — Louis havia dito pra Taylor, enquanto pegávamos o nosso lanche. — Ele está passando dos limites.  

— É você quem tem um problema com ele — revidou Taylor, impaciente. Parecia que naquela manhã ela não estava conseguindo tolerar nada, até mesmo a própria respiração. — Sempre teve, na verdade.  

— Eu? — perguntou ele, perplexo. — E o que você queria que eu fizesse? Ele está sempre comendo você com os olhos. 

— Claro que não — disse ela, ofendida  —, Adrian é apenas gentil. — E então fomos nos sentar, com o clima de aborrecimento já predominando a nossa atmosfera.   

— Taylor, por favor — precisei me meter na conversa, devido a uma pequena discordância —, até o Papa sabe o porquê de ele ser tão gentil, mesmo sabendo que Louis já está com você.  

— Obrigado — retrucou o garoto. 

— E o que vocês queriam? — ela perguntou, nos olhando. — Deve ser a forma que ele tem de agir, Adrian pode ter nascido assim. Mesmo que Louis e eu estejamos…, você sabe, Adrian quer continuar sendo o meu amigo, o que eu posso fazer?  

— Então fica com ele — disse Louis, enquanto a fitava.  

— Para com isso!       

— É você quem precisa ter mais consideração por mim, Taylor — falou ele, sem se importar com o tom. — Eu estou com você, e não ele.  

— E o que mais você quer? — revidou Taylor, afastando a comida. — Eu sequer falo mais com ele direito, e isso é por sua causa. Eu não posso simplesmente virar as costas, estudamos todos na mesma escola! 

Bufei com tudo aquilo. Já era a centésima vez que eles brigavam por causa do Adrian e aquilo já começava a irritar.  

— Se esse é o problema, então a gente estuda em outro lugar. 

— Você ficou louco?   

— É claro que não — Louis deu de ombros, como se realmente falasse sério. — Mas, se preferir, eu mesmo obrigo aquele cara a cair fora. 

— Você é um tolo, é mesmo um tolo! 

— Tem razão, Taylor — ele disse e afastou a sua bandeja, com muita grosseria. — Sou mesmo um idiota por estar com você. 

E então saiu, furioso.



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...