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História Friends - Louis Tomlinson - 029. Término?


Escrita por: sunzjm

Capítulo 29 - 029. Término?


Fanfic / Fanfiction Friends - Louis Tomlinson - 029. Término?

TAYLOR

Joguei o meu bolinho na bandeja e saí apressada atrás do Louis. Dentre todas as discussões que havíamos tido, aquela foi a mais séria pelo fato de ele ter dito algo como aquelas palavras. Aquilo me atacou, como se tivéssemos derrubado o muro pequeno que estávamos construindo com os sentimentos novos que lidávamos. Se a intenção dele era me deixar com medo, então tinha conseguido.

— Espera! — eu o chamei, apressada. Louis continuava andando pelo corredor da escola que, para a minha infelicidade, estava cheio com uma platéia inteira. — Louis!

Ele não parou com o meu chamado, por isso fui obrigada a correr para segurar o seu braço. 

— O que você quer? — jogou, enquanto se soltava do meu aperto, todo grosseiro e estressado. — Não quero falar com você. 

— O que quis dizer com aquilo? — perguntei, ignorando as suas palavras. — Você não está pensando em... — Não consegui pronunciar o restante da pergunta, porque era demais pro meu estado emocional. Mal tínhamos nos acostumado e resolvido as nossas desavenças, já iríamos acabar com tudo? 

— Você sabe o quanto eu odeio aquele garoto — disse Louis, exaltado. — Todo mundo sabe dessa droga. Aquele filho-da-mãe é um bônus pra me irritar e você parece gostar disso. O que quer comigo? Se gosta tanto dele, se acha que ele está certo, então por que está tão preocupada com o que eu penso?  

— Eu não gosto de nada disso — falei, buscando manter o tom calmo. — Mas você sabe que eu não posso ignorá-lo assim do nada e muito menos todas as pessoas que você detesta. Além do mais, você está sendo muito injusto!... Por que pode viver cercado de várias pessoas e eu não?  

— Você sabe exatamente o sentimento que eu tenho por qualquer uma delas, Taylor — ele disse, muito óbvio e ofendido —, principalmente agora, depois que passamos a nos relacionar de uma outra forma. É totalmente diferente do que está acontecendo entre você e aquele garoto!  

— Não é verdade!

     — Eu sei muito o que o Carrington quer com você, e sei porque ele deixa transparecer isso, ele sequer respeita que estamos juntos agora, fica dando em cima de você na minha frente, como se eu fosse um idiota. Nem mesmo as garotas que já ficaram comigo agem dessa forma! — continuou Louis, muito convicto e irritado. — Ele simplesmente não se coloca no lugar dele! 

     — Ele também sabe o que eu sinto por você.

     — Não sabe coisa nenhuma.

     — Louis!... 

     — Você dá mais crédito pra ele do que pra mim. 

     — Isso não é verdade — repeti, perplexa. — Assim você… assim você está me sufocando. Não temos como resolver isso dessa forma.

     — Ótimo…, então você está livre — decidiu ele, e depois me deu as costas, caminhando em direção à nossa sala de aula. O meu pavor foi aumentando a cada passo que ele dava, enquanto buscava manter distância de mim. Não evitei em correr atrás dele mais uma vez.   

— Louis, para com isso — eu pedi, a voz trêmula. Se ele continuasse falando daquela maneira, eu começaria a chorar, como sempre acontecia. E não era o que eu queria na frente dos alunos da London Greenwich. — Pra onde você vai? — eu quis saber, quando percebi que ele estava jogando os materiais da escola dentro da mochila.  

— Pra minha casa — respondeu, ríspido. Louis era um dos melhores alunos daquela escola, fazia parte do comitê de formatura e se destacava entre vários e vários. Logo, qualquer desculpa que ele desse para a Sra. Palmer seria aceita e ela o deixaria ir.   

Ele não me deixou continuar, apenas saiu com a mochila nas costas e uma pasta nas mãos. Quando resolvi segui-lo pelo corredor, Louis já estava falando com o Sr. Gun, o vigia meio rígido que era o responsável por não deixar que os alunos dessem um passo a mais no outro corredor. Senti uma pitada de esperança, mas ela se desfez exatamente na hora em que o Sr. Gun assentiu com a cabeça. 

Naquele momento o primeiro sinal tocou, informando que os alunos deveriam beber água ou ir ao banheiro antes do segundo sinal. Bati o pé no chão, frustrada o bastante comigo mesma por não poder sair correndo até ele. Quando percebi, já estava chorando, enquanto abraçava o próprio corpo. 

— Isso mais parece uma cena de filme — ouvi o Sr. Gun murmurando, e depois ele riu. — É melhor ir pra sua sala, Srta. Hampton. Logo, logo os professores estarão indo. 

— 'Tá — eu disse, e então engoli o choro. Louis queria que eu escolhesse entre Adrian e ele, mas aquilo não tinha a necessidade de acontecer. Por que os dois simplesmente fingiam que não se conheciam e não paravam de implicar um com o outro? Por que diabos Adrian precisava sentir algo logo por mim? Eu não tinha nada de especial. Ele era um cara bonito e atraente, várias garotas estavam o cercando, então por que ele não aproveitava a oportunidade e ficava com algumas delas? 

Além do mais, eu não me sentia no direito de cortar a amizade que tínhamos. Adrian não tinha culpa de nada, ele só estava tentando manter contato comigo, já que eu não dei uma chance de me relacionar com ele. Louis não precisava impor aquela questão pra mim, ele sabia muito bem de todos os sentimentos que eu tinha por ele, que eu poderia fazer qualquer coisa. 

Aquela era uma situação totalmente inútil.

Louis estava exagerando, só que eu queria que ele não estivesse tão aborrecido. Ele não deveria se sentir ameaçado, porque eu era apaixonada por ele. 

Quando apareci no refeitório, Jane havia comido a minha refeição e mandava pra dentro da boca um bolinho de chocolate, que eu deduzi ser do Louis. Assim que me viu, pareceu horrorizada com a minha expressão. 

— Vocês não se entenderam? — perguntou ela, aos cochichos. — Onde ele está? O que aconteceu? Por que você está chorando? 

— Tenho medo que ele desista…, que me deixe de lado depois de tudo o que aconteceu. Eu não vou aguentar mais uma rejeição, não vou aguentar perder Louis como aconteceu com o Chris. — Pus os cotovelos sobre a mesa e apoiei o peso da minha cabeça, muito triste.  

— Como é? — Jane se aproximou mais, como se não tivesse me ouvido. — Você está falando de deixarem qualquer tipo de relação? Você e Louis? 

E então ela riu tanto que se engasgou com o bolinho de chocolate. Precisou tomar um pouco de suco para se acalmar, na verdade.   

— Do que caralhos você está rindo? — joguei, irritada com aquela atitude. — Isso é sério, ele está muito bravo comigo. 

— Conte-me uma novidade.   

— Não estou brincando! 

— Vocês sempre brigam, Taylor. Se bem que — ela me olhou, séria —, dessa vez ele teve uma boa justificativa. Adrian o provocou e ainda debochou da morte do Henrik. 

— Eu sei, mas eu tenho culpa?   

— Por que estava o defendendo tanto, então? — ela quis saber, muito atenciosa. — Você sabe o quanto Louis não o tolera. 

— Adrian é um amigo — eu disse, exaltada —, ele é apenas a droga de um amigo, inferno! — E já estava na hora de todos entenderem que eu não queria nada além daquilo.       

— Sim, e ele está na zona do amigo — falou ela, com o ar de quem sabe das coisas —, mas não se importa com isso porque tem certeza de que Louis e você não vão dar certo.    

— Ora, mas ele está errado! 

— Bom, mas ele está conseguindo fazer vocês dois brigarem — disse Jane, tão calma que eu me senti exagerada. — Eu acho que você deveria deixar a situação com Adrian do jeito que está. O que você pode fazer? Ele não vai deixar de falar com você por causa do Louis. Pelo menos é o que eu acho — ela respirou fundo, pensativa. — O problema está no Louis, que se sente inseguro e tem medo de que Adrian a conquiste. A única maneira de resolver isso é conversando. — E então foi a vez de eu rir. — Qual é a graça? — perguntou ela, enquanto nos levantávamos e seguíamos para a sala de aula.  

— Você disse que Louis tem medo de me perder pro Adrian — expliquei e depois bufei, incapaz de acreditar naquilo. — Até parece.

— Você acha que todo o ciúme é o quê? 

— Implicância?  

— Claro que não, Louis ama você e ele sabe que você já saiu com Adrian uma vez, que já o beijou e que, de alguma forma, o garoto é realmente interessante e que ele não tem nada a perder. É óbvio que Louis tem receio.  

— Bom, então eu devo ir até a casa dele ?

— E ele não está aqui? — perguntou ela, confusa. 

— Não, foi embora.   

— Puxa vida, isso foi sério — disse Jane, pensando alto. — Vai até a casa dele à tarde, peça mais confiança e garanta a ele que, aos seus olhos, Adrian não passa de um amigo, entendeu?

Então ficou decidido que eu passaria na casa do Louis à tarde. Eu estava disposta a resolver tudo, porque detestava quando ele se irritava e simplesmente se afastava. Eu só esperava que a paciência do Louis não tivesse se esgotado e também esperava que ele estivesse mais calmo quando fôssemos conversar. Gritarias não resolveriam em nada e era algo que eu odiava quando faziam comigo, principalmente ele.

No fim de todas as aulas, quando os alunos enchiam o campo com os seus passos rápidos e com a agitação para chegar em casa, Adrian Carrington tentou conversar comigo. 

— Taylor — ele me chamou, segurando o meu braço com delicadeza —, eu preciso falar com você, é algo de importante.  

— Eu não tenho tempo — avisei gentilmente, e a Jan continuou andando, sem me esperar. — Tenho mesmo que ir, Adrian.  

— Só me desculpa por ter dito aquelas coisas a ele — pediu Adrian, muito rapidamente para obter a minha atenção —, foi maior do que eu. 

— Certo — analisei as suas palavras —, mas eu acho que você não deve desculpas a mim, e sim ao Louis. Você o irritou de propósito.  

— Mas…   

— Preciso ir, até mais.

Jane e eu fomos no ônibus escolar, já que Louis não estava ali. Eu estava nervosa e sentia uma falta tão grande dele, que fiquei disposta a fazer qualquer coisa para que ficássemos bem novamente. 

Quando cheguei em casa, Tiago já estava almoçando. Não subi pro quarto, apenas esquentei a comida no microondas e esperei sem a menor paciência. A minha intenção era ser o mais rápida possível, a fim de começar a arrumar a casa e terminar tudo em tempo record.

No decorrer do tempo, não recebi nenhuma ligação ou mensagem do Louis. Fiquei desamparada e quase enlouqueci pensando na possibilidade de que o que tínhamos poderia ter acabado por causa do Adrian. 

Várias fantasias surgiam na minha cabeça, nas quais havia um Louis olhando para mim e dizendo: “Não podemos mais continuar com isso, eu estou de saco cheio de você”, ou então algo como: “Foi um erro aquele beijo, não damos certo assim”, ou talvez até pior: “Esbarrei com uma garota enquanto vinha pra casa e, veja só, eu percebi que não sou apaixonado por você.” 

Me arrepiei só de pensar naquilo.

[…] 

Toda a limpeza da casa em si foi horrível, porque se tornou mais um motivo para que eu piorasse o meu estado emocional. Era o barulho do aspirador de pó acompanhado de imagens de mim mesma chorando no quarto, por ter sido rejeitada mais uma vez. Era o olhar na espuma sobre os pratos, enquanto eu pensava que havia acontecido com Louis o mesmo que aconteceu comigo e Christian. Era o arrumar dos lençóis, juntamente com a ideia fixa de que aquilo não terminaria de um jeito bom. 

Talvez todos estivessem certos sobre mim: eu era mesmo uma paranóica a nível mil. Assim, me joguei na cama de barriga pra cima e chorei muito, desarrumando tudo o que eu havia arrumado com tanta paciência e tristeza. Infelizmente aquilo era eu e não a TPM.

Rolei como uma bola e fiquei de barriga pra baixo, a fim de pegar o celular sobre a mesa de cabeceira. Havia mensagens da mamãe, provavelmente com fotos suas e do Arthur. 

Só que não havia nada do Louis.

Nadinha.

Liguei pra ele novamente e a chamada caiu.

— Por que você não atende a droga do celular? — perguntei para a sua linda foto no ecrã, que eu tirei sem que ele percebesse. Louis ria das coisas que Jan falava enquanto almoçávamos, em um dia lindo e divertido. 

Rapidamente levantei da cama e a arrumei mais uma vez. Assim que terminei, decidi não fazer mais nada. Eu passei quase toda a tarde limpando coisas e as minhas costas e pernas já doíam. Eu precisava passar na casa do Louis, porque necessitava de uma conversa. 

Então, depois de tomar um banho, me vesti com algo simples e segui descendo a escada, com a dor me incomodando nas juntas das pernas. Tiago não estava por ali – havia ido até a casa de Isabela –, mas esbarrei com Will, o seu amigo, que passava pelo jardim.    

— Olá, irmã do Tiago! — Ele me deu um enorme sorriso, mas logo o tirou quando observou a minha cara. — 'Tá tudo bem?

Afinal, eu parecia tão péssima assim?  

— Eu só caí  — pensei em qualquer coisa — … da escada. — Seus olhos logo se arregalaram e ele observou o meu corpo, como se procurasse algum machucado exposto. 

— O quê? — Will se aproximou mais de mim.  

— Quero dizer — balancei a cabeça, percebendo a burrice que eu havia feito ao dizer aquilo —, eu levei um tombo enquanto olhava pro celular, sabe? — E aquilo nem era uma mentira, o problema era que havia acontecido há dois anos atrás.   

— Puxa vida!... 

E ele pareceu mais fascinado do que preocupado.  

— Mas... o meu coração está melhor. 

— Eu sinto muito.  

— Estou indo resolver isso agora.  

— Vai passar em uma farmácia? — perguntou Will, e eu me senti perdida no assunto. Após alguns segundos de silêncio, percebi que falávamos de coisas diferentes.  

— Ah…, sim, vou em uma farmácia — menti, olhando para qualquer lugar com exceção do seu rosto. — Eu tenho que ir, Will. Está procurando pelo Tiago?  

— É, eu preciso contar algo a ele.  

— Ele não está em casa.    

— Ah, não?    

— Não.

E então vi o desapontamento entre as suas espinhas. 

— Puxa vida... — repetiu ele, mas depois deu de ombros. — Tudo bem, eu volto depois. — E deu meia-volta, seguindo o seu caminho.

[...]

Quando cheguei, não vi a BMW na garagem. E aquilo foi tudo para que a minha esperança saísse pela tangente. Contudo, mesmo assim entrei na casa, encontrando Maggie sentada no sofá.  

— Oi, Taylor! — ela me cumprimentou e eu me aproximei, a fim de abraçá-la bem forte, devido a carência. — Tudo bem, minha querida? 

— Oi — eu disse, com o melhor sorriso que eu tinha —, não estou muito bem, mas ficaria melhor se Louis estivesse em casa. 

— Hã — Maggie pareceu desconfortável —, ele saiu faz meia hora, querida. Foi fazer as compras deste mês. Eu até iria, mas ele insistiu em ir no meu lugar.  

— Acha que vai demorar muito?  

— Não, vamos esperá-lo. 

Ela me puxou para o sofá e eu o esperei.

Só que eu esperei tanto, que Maggie desistiu de ficar sentada ao meu lado, buscando se comunicar comigo. Esperei tanto, que até Neil se aproximou para se enroscar nas minhas pernas, me fazendo ter a vontade de chorar ali mesmo. Louis demorou tanto, que eu resolvi desistir daquilo e ir embora, me sentindo desolada.




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