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História Friends - Louis Tomlinson - 031. Pazes


Escrita por: sunzjm

Capítulo 31 - 031. Pazes


Fanfic / Fanfiction Friends - Louis Tomlinson - 031. Pazes

TAYLOR

É claro que eu não passei o dia inteiro em casa. Antes de fazer o que fiz, olhei artigos na internet sobre gravidez e pré-natal. Não havíamos contado os dias depois da última menstruação da Jan, portanto não nos era claro com quantas semanas ela já estava. 

Ao olhar em sites e mais sites, cheguei à conclusão de que Jan já deveria ter começado a ir em um médico, a fim de ser guiada e informada sobre o necessário. E ela tinha que começar aquilo o mais rápido possível.

Depois de tudo, fiquei de pé, respirei fundo, lembrei do rosto asqueroso de Jack Mayson, absorvi toda a minha raiva mais uma vez e me encorajei a ir até a casa dele. Mesmo que Jack fosse o que fosse, que tivesse características horríveis e que merecesse ter o pênis cortado com uma faca cega, ele era o pai do bebê da Jan e seria o responsável pela maioria das coisas necessárias à criança. 

Não poderíamos ficar remoendo o que ele havia feito com Jan (na verdade podíamos, mas não o tempo inteiro) e esperando tudo mudar como em um conto de fadas. Estávamos vivendo algo de verdade e tínhamos que manter o foco de tudo. Jack Mayson tinha o direito de saber que seria pai e, mesmo que Jane se irritasse comigo, eu iria informá-lo sobre aquilo.

[...]  

— Por favor, eu prometo não matá-lo — menti, cruzando os dedos atrás das costas. A senhora lembrou de mim no dia em que eu fui atrás do Jack e não me deixou entrar. Ela dizia que chamaria a polícia se eu tentasse algo, e eu ficava mais inquieta ainda. — Estou falando sério, acredite.

— Escuta, garota, da última vez que você veio aqui, aquele seu namorado quase deixou Jack sem um olho — disse ela, enquanto observava atrás de mim como se procurasse pelo Louis atrás das árvores. — Quem me garante que ele não 'tá esperando alguma coisa em algum lugar?   

— Acha mesmo que estou mentindo? — perguntei, extremamente ofendida. — Logo eu?  

— Principalmente você. — Então ela me deu um sorriso forçado e tentou fechar a porta pela terceira vez naquele dia. — Tchau. 

— Espera — eu pedi, empurrando a porta novamente —, você precisa me deixar entrar. Eu só quero conversar com ele, é algo muito sério que precisa ser resolvido, entendeu?   

— E o que tanto quer falar com ele?        

— Depois que Jack souber — tentei persuadi-la, muito lentamente —, aposto que todos que convivem nessa casa irão saber.

A empregada ficou me observando e depois respirou fundo. Assim, olhou para trás, voltou a pôr os olhos em mim novamente e finalmente cedeu: 

— Tudo bem…, pode entrar. — Antes que eu colocasse os pés dentro do jardim, no entanto, ela me alertou: — Dessa vez eu vou ficar próxima dos seguranças, estou avisando. 

E então lá estava eu novamente: na casa gigantenorme de Jack Mayson. Imaginei Jane ali, pegando sol perto da piscina e com um carrinho de bebê ao seu lado. Eu não sabia dizer se era uma fantasia boa ou ruim. Jack tinha condições de manter um filho, mas provavelmente não tinha a capacidade e a responsabilidade.   

— Vamos, vou levá-la até lá — disse a empregada após entrarmos, já caminhando em direção à escada. — Ele está no quarto.

— Não precisa, eu o encontro sozinha — falei, interrompendo o seu caminho. — Onde é que fica? Qual direção?

Depois que ela me informou, toda hesitante, subi aquelas escadarias e segui pelo longo corredor. Após alguns segundos, entrei na última porta à direita. Apenas me coloquei a adentrar, sem ter a ousadia de bater, e encontrei Jack deitado de barriga pra cima, lendo um livro.

Lendo um livro?

Assim que percebeu a minha presença, ele se assustou. Tentou levantar de uma maneira rápida, mas acabou caindo no chão, resmungando coisas inaudíveis.  

— Meu Deus…, quem deixou você entrar aqui? — perguntou ele, se levantando e dando passos para trás, a fim de se afastar de mim. — Que droga, Taylor!  

— A sua empregada, é óbvio — retruquei, impaciente. — Aquela que manda nos outros empregados daqui, a governanta.  

— O que diabos você quer? — ele quis saber, se afastando novamente de mim e indo pro meio do quarto. — Qual é o problema agora?   

— Temos algo a conversar — respondi, já pensando em como começaria falando sobre o que aconteceu com Jane. — É urgente.  

— Juro que dessa vez eu não fiz nada — Jack se apressou em dizer, um tanto amedrontado. — Eu nunca mais vi Jane e, se ela anda contando que eu estou a atormentando, eu...   

— Cala a boca, seu desgraçado — mandei, enquanto me aproximava novamente para ser mais clara com as palavras. — Não é nada disso.  

— Quem você pensa que é pra vir aqui na minha casa e me xingar dessa forma? — Jack apertou o meu braço e me encarou, furioso. Mas eu não tive medo. Na verdade, me senti mais encorajada ainda. — Posso expulsá-la daqui, se quer saber. Isso é invasão de privacidade. 

— Eu sou Taylor Hampton — respondi, igualmente intimidante —, melhor amiga de Jane Collin, aquela garota que você enganou naquela festa idiota, a menina que você feriu de todas as formas. E mais — me soltei dele com grosseria —, você tem sorte da Jane ser tão forte daquele jeito. Se ela entrasse em depressão por sua causa…  

— Eu já me arrependi, entendeu? — ele me interrompeu, grosseiro. — Já pedi desculpas ao Louis. Eu já me arrependi!, o que mais você quer? 

— Você não forçou Louis a transar com você, seu crápula — praguejei, com desgosto —, você fez isso com a Jan, deve desculpas a ela.   

— Acha mesmo que eu vou atrás dela para pedir desculpas? — ele riu, sarcástico. — Afinal de contas, foi ela quem mandou você aqui?  

— Não, fica calmo — respondi, impassível. — Jane não quer ver você mesmo que esteja pintado de ouro. Estou aqui porque preciso contar algo de importante.  

— Eu também não tive toda a culpa — disse Jack, como se não tivesse me ouvido —, ela estava tentando me seduzir, acredite ou não.

Fiquei perplexa com a sua audácia.  

— Não mente pra mim!  

— O que você tem pra dizer, eu não quero saber, entendeu, Taylor Hampton? — falou ele, indo até a sua mesa de cabeceira e tirando de lá um maço de cigarros. — Seja o que for, está perdendo o seu tempo.   

— Jane está grávida. 

Pus toda a minha atenção em Jack e esperei a sua risada. Só que ela não veio. Na verdade, Jack apenas continuou fumando e fumando. Estava com os olhos fixos em mim também, mas não havia uma expressão sequer no seu rosto. Aquilo, no entanto, não demorou tanto tempo. Ele então deixou o cigarro e o colocou em um cinzeiro.   

— É melhor ir embora, eu não gosto de brincadeiras assim — disse por fim, e eu logo franzi o cenho, perplexa demais e sem saber o que falar. Apenas tomei a atitude de pegar o meu All Star e jogá-lo em sua direção. — Está ficando louca? Isso poderia ter me acertado!   

— Desgraçado! — exclamei, caminhando até ele para machucá-lo. — Cachorro! Acha mesmo que eu perderia o meu tempo pra brincar com você?!  

— Para com isso! — ele mandou e eu obedeci, apenas porque estava com medo de ser posta para fora pelos seguranças. — Isso não é mesmo uma brincadeira? 

— Acha mesmo que eu queria pronunciar essas palavras? — joguei, quase chorando. — Acha mesmo que eu estou gostando de saber que a minha melhor amiga vai ter um filho seu?!   

— Está falando sério?...   

— Sim — cuspi as palavras e virei as costas pra ele. Eu estava com muita vontade de espancá-lo e ficar olhando para ele era algo que poderia me descontrolar. — Jane fez os testes e deu positivo.  

— Não pode ser... —  disse ele e logo ouvi um barulho. Jack havia dado um chute no seu armário, sem conseguir acreditar nas minhas palavras. — Não, não pode ser... Isso não é verdade.  

— É melhor você tomar alguma atitude em relação a isso — eu disse, me virando pra ele —, ou então espere para receber a visita do Louis. 

[…]

Eu não me sentia mal por ter contado aquilo ao Jack e desejava que Jane me entendesse por ter tomado aquela decisão. Assim, não fiquei pensando naquela visita e passei o restante do dia fazendo os deveres de casa e da escola.

Não fiquei olhando o celular para saber se havia mensagens do Louis, aquilo me deixava ansiosa e eu não conseguia focar direito nas minhas atividades, por isso fiquei sem notícias dele. 

Não deixei de ficar aliviada quando ele apareceu na minha casa, no entanto. Me senti muito bem, na verdade, porque eu queria conversar com ele e resolver tudo aquilo.  

— Gostei da pose, Srta. Hampton — lhe ouvi dizer, enquanto eu estava de quatro próxima da minha cama procurando um brinco que havia caído no chão. Devido ao susto, acabei batendo com a cabeça, algo que fez Louis se aproximar tão rápido que fiquei meio sem fôlego. — Ah, droga... — reclamou ele, me observando e acariciando a parte de trás da minha cabeça. — Está tudo bem?        

— Você está aqui...  

— É claro que estou — ele sorriu, e segurei a vontade de atacar os seus lábios. — Você não queria que eu estivesse? 

— Me escuta — comecei, sentando sobre as pernas e segurando o braço dele —, tudo bem, eu vou parar de falar com ele, se você quiser. Mas, por favor, não faz aquilo de novo! Não desiste disso agora, podemos resolver as coisas juntos. Eu prometo que vou ser mais compreensiva, mas vou querer que você também seja…  

— Ah, Taylor — Louis acariciou a minha bochecha e pareceu perplexo demais com as minhas palavras —, de onde tirou essa ideia de desistir?   

— Eu pensei que fosse acontecer.  

— Ninguém pode separar nós dois — disse ele, muito sério. — Apenas me desculpe por ser um idiota ciumento.  

— Só confia em mim.  

— Mas eu confio — falou, rapidamente. — Eu que estava errado antes. Não se preocupa mais com isso, 'tá bom?  

— Eu não quero mais discutir por causa do Adrian — murmurei, entristecida. — É com você que eu quero estar, não importa o que aconteça, muito menos o que digam.   

Louis suspirou com aquilo e depois segurou o meu rosto, a fim de me beijar, me deixando tão aliviada que quase flutuei. Era uma vontade de um dia inteiro.



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