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História Friends - Louis Tomlinson - 035. Suspeita Garota do Telefone


Escrita por: sunzjm

Notas do Autor


⚠Capítulo contendo cenas para maiores de 18⚠

Capítulo 35 - 035. Suspeita Garota do Telefone


Fanfic / Fanfiction Friends - Louis Tomlinson - 035. Suspeita Garota do Telefone

Dias como aquele com Louis voltaram a acontecer, é claro. Os hormônios pareciam tomar controle do meu corpo quando ele estava por perto e eu não os ignorava. Contudo, quem disse que as penetrações (sendo bem direta) ficaram prazerosas? Eu continuava sentindo uma dor fina e a única coisa que mudou foi a ardência e o sangue, que não apareceram mais nem uma vez.

Houveram outras duas vezes com Louis. Na primeira, foi quase igual à última. Na segunda vez, a situação foi em um lugar diferente, mas com as mesmas sensações. Fizemos amor na noite de quinta, na casa dele, e eu teria ficado bem mais feliz se a dor não tivesse me acompanhado.  

— O que tem de errado comigo? — eu perguntei naquele dia, abraçada ao seu travesseiro. Acabei chorando depois de uma hora depois do sexo. A frustração era tanta, que eu realmente pensava que o meu corpo fosse defeituoso.        

— Não há nada de errado com você — disse Louis, achando graça do meu exagero. — Deixa de paranóias, o seu corpo só não se acostumou ainda.  

— Mas já é a terceira vez! 

— E o que você esperava? 

— Achei que não fosse demorar tanto.

Ele apenas sorriu e me fez esquecer daquilo com os seus beijos. Talvez houvesse mesmo algo de errado comigo e eu esperava que Louis não enjoasse tão cedo. 

Na quinta de manhã, antes daquilo, nós dois demos uma passada na casa da Jan. Ela havia contado à Sra. Rose o que havia acontecido entre ela e Jack; contou sobre a gravidez e nos informou por mensagens instantâneas. Quando chegamos lá, a Sra. Rose não estava.  

— Eu não sei o que ela achou disso tudo — disse Jane, se enchendo de sorvete. — Na verdade, ela não falou nada, sabe? Pareceu chocada no início, é claro, mas depois avisou que iria ao supermercado, como se não tivesse acontecido nada de mais.

Como eu achei que iria acontecer, Jane ganhou alguns quilos e não teve coragem de ir a um médico, a fim de começar com o seu pré-natal. Louis tentou fazê-la ir, mas ela – usando a gravidez como um escudo – pedia para que ele não a preocupasse com aquele tipo de coisa. Jane também estava irritada comigo sobre eu ter contado ao Jack que ela estava grávida, e Louis concordou com aquilo, porque disse que não era eu quem decidia nada.       

— Fica calma — pediu ele, afagando o braço dela —, eu aposto que ela vai apoiá-la em qualquer coisa. Todos nós faremos isso, na verdade.

— Talvez ela tenha saído para pensar um pouco — eu deduzi, depois de ter ficado envergonhada por ter feito coisas sem que ela soubesse. 

— Taylor — reclamou a minha amiga —, continue quieta, por favor. 

— Você não pode continuar brava comigo — falei, também irritada. Já fazia um dia e meio que ela me tratava daquela forma, e era horrível. — Eu já pedi desculpas. 

— A gente conversou aquele dia no cemitério e eu disse a você que eu não queria que ele soubesse — falou ela, me olhando —, você não deveria ter se metido dessa maneira. Eu achei que tinha me entendido. Você precisava ter ficado calada! 

Depois daquilo, apenas respirei fundo e abaixei a cabeça, sentindo uma pontada enorme nas têmporas. Eu entendia o seu desespero, mas continuava contra ela. Jack precisou saber e Jane teria que aceitar qualquer ajuda que ele buscasse dar. 

Assim, quando percebi que a minha presença era inadequada ali, simplesmente saí do quarto e fui para a sala de estar da casa dela. 

Na ida à escola no outro dia, Jane pareceu melhor e... leve? 

— Vovó não brigou comigo — ela nos informou, no banco de trás —, e acho que ela me entendeu.  

— Eu sabia — comentou Louis, satisfeito com as suas próprias deduções —, não é muito a cara dela agir fora do controle. 

— Me sinto melhor, como se tivesse tirado um caminhão de cima das minhas costas — ela nos falou, com a voz pesada. — Está mais fácil assim. 

Em seguida, aquele barulho habitual – que vinha me tirando do sério naqueles dias –, começou a soar dentro do carro. Quando percebi que Louis não atenderia a porcaria do celular, eu resolvi tomar a atitude de pegá-lo, a fim de saber quem era. 

— Ei, o que você está fazendo? — Ele pegou o celular das minhas mãos e então eu fui incapacitada de ver o nome da tal pessoa que ele tanto passou a falar recentemente. Louis logo clicou no ecrã e desligou o telefone. 

— Você vai nos matar! — exclamou Jane, quando Louis quase bateu em um carro à nossa frente. — Puxa vida!       

— Por que não atende o telefone? — eu perguntei, depois de observá-lo por tempo suficiente a fim de conseguir ler os seus pensamentos. — Qual é o problema? 

— Ah..., droga — resmungou Louis, voltando a ter o controle da BMW. — Não vou atender porque estou dirigindo — respondeu, muito óbvio. 

— Não foi isso o que eu quis dizer. — Evitei falar o que eu pensava, afinal de contas, não era só porque ele estava dirigindo, era porque eu estava por perto. — E não foi somente essa vez, você sabe.   

— Para com isso, Taylor — ele mandou, me repreendendo. — E eu já disse que você não precisa se preocupar com nada, entendeu?   

— Quem fica ligando pra você o tempo todo?  

— Não é ninguém de importante... — repetiu, impaciente. 

— Bom, talvez Adrian não seja tão importante e eu peça o número dele de novo — joguei, a fim de irritá-lo. Assim, me assustei quando Louis dobrou a BMW subitamente, buscando estacionar o carro próximo de um meio-fio. E só ouvi Jane reclamando, irritada com aquela discussão em plena manhã. 

— É melhor não continuar com isso — aconselhou ele, apontando o indicador pra mim —, eu sei que não vai gostar. 

— É você quem 'tá começando essa droga! — dei um tapa na mão dele, furiosa. — Quem é essa garota? — Claro que só poderia ser uma garota e aquilo só me deixava mais nervosa.      

— Mas que garota?! — perguntou ele, perplexo, e depois se virou pra frente, buscando não olhar pra mim. Louis estava se fazendo de desentendido, só que era uma pena que eu estivesse disposta a ter uma discussão ali mesmo.   

— Acha que eu sou idiota? 

— Você não precisa ficar sabendo de todas as pessoas que falam comigo, entendeu? — revidou ele, grosseiro. — São contatos meus e pronto.    

— Ah, é? — eu disse, em desafio. 

— É.  

— Tudo bem, então.   

— Desculpa interromper os pombinhos — Jane entrou na conversa, cautelosa —, mas precisamos chegar logo ou iremos nos atrasar.

Assim, Louis voltou a dirigir, de mau grado. O clima ficou tenso até a hora em que saímos do estacionamento. Jane falava alguma coisa, mas a minha cabeça não conseguia processar as suas palavras. Abracei a mim própria e segui para a sala de aula, sem me importar em esperá-los. 

Enquanto andava com os olhos postos no chão, no entanto, acabei batendo de frente com alguém. E a batida foi tão grande, que eu achei que quebraria um braço.  

— Desculpa, eu estava indo até a diretoria — a pessoa falou e logo percebi algo de familiar. — Está tudo bem com você? 

— Hã... oi, Chris — eu disse, muito imóvel. Agíamos como estranhos e aquilo apenas me fazia sentir saudades. — Estou bem, sim.  

— Fico feliz, Taylor — ele falou, muito gentil, e então me deu um sorriso tímido. Naquele momento, apenas senti muita falta da amizade simples dele. — De verdade.   

— Obrigada.   

— Você e Louis formam um belo casal — ele tocou no meu ombro com ternura e depois olhou para trás, me dando a certeza de quem estava vindo.  

— Algum problema? — perguntou Louis, seguido da Jane. Ele estava com aquele seu mesmo tom de autoridade e foi tudo para que Christian fizesse uma cara feia. — O que você quer?  

— Apenas colidimos um com o outro — o garoto tentou fazer uma piada, mas recebeu apenas uma pequena risada minha —, não se preocupa.  

— Eu não estou preocupado com você. 

Christian logo ficou desconfortável. 

— Hã..., eu tenho que ir — disse ele, e me deu o sorriso que eu tanto gostava. — Nos vemos por aí. — Depois saiu, quase tropeçando nos próprios pés.     

Louis resmungou alguma coisa e apenas continuamos andando. Tentei ignorá-lo o máximo possível durante o dia, saber que ele estava escondendo uma garota de mim era demais. O que ele achava que eu era? 

[…]

Quando cheguei em casa naquele dia, totalmente irritada com tudo e todos, resolvi fazer as tais responsabilidades. Tiago não havia chegado da escola ainda, estava “crescendo“ e provavelmente comeria tudo o que visse pela frente, portanto eu teria que fazer o que Claire mandou. Preocupar mamãe era a última coisa que eu queria e seria pior se Tiago acabasse adoecendo.

Aliás, eu estava contente com ele porque – como Claire falou – ele havia aceitado passar o final de semana na casa do papai. Obviamente, houve algumas chantagens, misturadas a favores e tudo o mais, mas, tirando aquilo, foi tudo muito civilizado.

Resolvi arrumar as minhas coisas naquela noite, enquanto ignorava as chamadas do Louis no celular. Aquilo não demorou muito, é claro, porque ele já estava abrindo a porta do meu quarto, muito cauteloso.  

— Tudo bem? — perguntou, como se tivesse com medo de se aproximar. Joguei calcinhas dentro da bolsa e depois olhei para ele, séria.  

— Está tudo muito ótimo.

Eu menti, é claro. Eu estava era furiosa, por saber que ele estava fazendo mais uma vez o que fez antes. Da última vez, omitiu algo e a situação terminou em uma confusão total.

E agora?

Seria a mesma coisa?       

— Taylor... — Louis se aproximou devagar e senti o carinho em sua voz. Contudo, ignorei os meus sentimentos e continuei dobrando as minhas roupas dentro da mochila. 

— Não vem com esse seu bipolarismo pra cima de mim — mandei, curta e grossa, e não evitei em jogar um shorts na direção dele. — Dessa vez não vai dar certo.

Pra minha frustração, ele apenas apanhou o shorts e depois se aproximou ainda mais, com as mãos levantadas, buscando a paz entre nós dois.  

— Não fique irritada comigo.  

— Porra! — explodi, me afastando dele e caminhando até o banheiro, à procura da minha escova de dentes. — Eu não quero saber de você.  

— Vamos conversar.  

— Pois eu achei que não quisesse — joguei, depois de voltar ao quarto. — Por que você não conversa com a pessoa não importante que sempre anda ligando pra você? Talvez a chame pra tomar o chá da tarde, o que você acha? 

Fechei a mochila e a joguei ao lado da minha cama. 

— Você está vendo as coisas do jeito errado — reclamou ele, passando a mão pelos cabelos. — Não é o que está pensando, não tem nada a ver, na verdade.  

— Não se preocupa comigo — pedi, dando de ombros. — Você tem razão, eu não tenho direito nenhum em saber quem anda atrás de você. 

E eu estava sendo sarcástica, sim.  

— Desculpa por ter dito aquilo — ele falou, sério —, mas é que eu realmente não estou escondendo nada de mais. Você não precisa se preocupar com absolutamente nada.  

— O fato de você esconder já é um problema.

— Desculpa. 

— Certo, agora você já pode ir embora. 

— Taylor, por favor... — pediu Louis, meio desesperado, e então se aproximou o suficiente para segurar a minha mão —, eu quero ficar aqui, com você.   

— Não quer, não. 

— Tudo bem — ele pareceu ceder a algum pensamento —, se isto a ameaça de alguma forma, então eu vou parar de fazer, mesmo que não seja necessário.   

— Vai parar de falar com a pessoa não importante? 

— Sim — respondeu ele, acariciando o meu rosto —, vou dizer que não tenho mais tempo pois tenho coisas melhores a fazer. — Não era tudo o que eu queria, mas estava bom. — Não precisa ter nenhum receio — continuou, sussurrando no meu ouvido —, você não precisa. 

Depois senti algo gelado no meu pescoço. O toque gelado dos seus lábios, me dando alguns beijos leves. Louis me olhou e eu simplesmente o beijei, ignorando o meu subconsciente que dizia que eu estava o perdendo. 

Ao invés da cama, fui pressionada contra a parede e senti a sua ereção no meu colo. Aquilo com certeza me fez acordar, então não me importei com mais ninguém, apenas com Louis.   

— Namora comigo? — perguntou, roçando os lábios nos meus. Sorri com aquilo e logo assenti, buscando beijá-lo de novo.  

Ele então logo tirou a camisa e se apressou em tirar o meu moletom. Afastei a calça para o lado e agarrei os seus cabelos, os puxando e mordendo os seus lábios. Era a briga entre o meu coração e o meu cérebro, que estavam decidindo quem iria tomar o controle do meu corpo.

De repente, enquanto nos beijávamos, senti a mão do Louis sobre a minha calcinha, fazendo uma massagem muito boa e me tirando gemidos.  

— Você é a única que eu quero — ele disse, depois de chupar o meu lábio inferior. Nem consegui responder, apenas gemi mais quando a sua mão foi para dentro da minha calcinha, a fim de enfiar um de seus dedos em mim.     

Agarrei o seu pescoço e o senti levantar a minha perna esquerda, enquanto mantinha movimentos com a outra na minha intimidade. Gemi com aquilo e arranhei a sua pele.   

— Por que você sempre para na melhor parte? — perguntei, quando ele parou os movimentos. Louis logo me levou até a cama e ficou por cima de mim. — Eu queria que continuasse… 

— Você precisa aprender a ter controle, meu amor — ele disse, após dar uma leve mordida no meu lábio inferior. — Nem sempre vamos estar juntos. 

— Só que é um pouco difícil estar controlada com você fazendo essas coisas — argumentei, buscando me defender. Então ele sorriu pra mim e tirou o restante da roupa rapidamente, me dando aquela visão que eu tanto adorava. Fiquei receosa por saber que poderia sentir dor de novo, mas busquei ao máximo ficar calma. 

Louis então pôs um preservativo e se deitou sobre o meu corpo. Me apressei em tirar a calcinha enquanto o beijava e fiz logo o que ele sempre precisava me lembrar naquelas situações: abri as pernas. 

Quando entrou dentro de mim, realmente doeu, mas depois senti algo diferente das vezes em que havíamos feito amor. Enquanto me penetrava devagar, Louis também usava a mão para estimular o meu clitóris. E foi a partir dali que o mundo pareceu mudar de cor.   

— Não está doendo? — perguntou ele, ao prestar atenção em mim. Neguei freneticamente e voltei a beijá-lo. A sua mão saiu de onde estava e ele logo agarrou o meu cabelo, voltando a se mexer dentro de mim. O prazer, então, havia brotado como uma flor. Não tinha o maldito desconforto, e então eu percebi os meus gemidos involuntários, tanto pelo sexo quanto pelas coisas que Louis dizia no meu ouvido. 

Assim, puxei o seu corpo para mais perto de mim e, depois de alguns minutos de investidas e gemidos, senti que aquela sensação estava vindo, carregada de uma grande intensidade. Não era fácil controlar os gemidos e muito menos ficar quieta debaixo do Louis.    

— Vamos lá, meu amor — falou ele, mordendo o meu lábio. Assim, cheguei ao meu clímax, algo tão prazeroso que eu sequer sabia explicar em palavras.

Depois de alguns segundos gemendo sem me preocupar com quem estivesse nos ouvindo, senti que Louis também estava próximo, porque ele arfou e me agarrou ainda mais. Depois daquilo, enquanto buscávamos regular a nossa respiração, Louis me beijou longamente e então deitou ao meu lado. Logo me virei para ele e ele fez o mesmo, depois começamos a sorrir.

[…]

Às seis da manhã, assim que acordei, senti uma felicidade tão grande que achei que fosse explodir em confetes. Finalmente senti o que queria sentir naquele momento com Louis. Finalmente a dor tinha ido embora e o prazer me preenchido por completo. 

Eu me sentia renovada, maravilhosa e como se pudesse ter tudo o que eu quisesse. Aquela foi a noite mais perfeita que eu já havia tido em toda a minha vida e, naquele dia em específico, o tempo parecia estar da mesma maneira, tão brilhante quanto eu. Estava tudo muito lindo e o rapaz ao meu lado era o responsável por aquilo. Todas as nossas discussões haviam sido esquecidas e a única coisa que eu queria era continuar deitada na cama, lhe admirando dormir.

Dava para ver uma parte do seu bumbum, só que, daquela vez, o único lugar que os meus olhos estavam fixados era em seu rosto, que era firme mas ao mesmo tempo doce. Havia um copo com água que eu busquei de madrugada em cima da mesa de cabeceira, então tomei alguns goles e voltei a atenção para Louis. Ele era todo meu e eu não deixaria que ninguém o tocasse. 

Busquei não acordá-lo porque seria maldade da minha parte. Contudo, havia um compromisso naquele dia e eu precisaria levantar. Eu queria chegar cedo na casa do papai e ficar o maior tempo que eu conseguisse ao seu lado. 

Sentei na cama, tentando fazer poucos movimentos, e virei o meu rosto, a fim de ver se Louis havia se mexido. Quando percebi que ele não se deslocou um centímetro de onde estava, segui pro meu banho. 

No banheiro, com a porta trancada, automaticamente fitei o meu corpo. Havia algumas marcas roxas, como chupões no pescoço, nos meus seios e na barriga. Eu não lembrava de quando Louis havia feito aquilo, mas as sensações estavam lá, juntamente com uma preocupação. Eu realmente não queria que ninguém visse as marcas no meu pescoço, principalmente Tiago ou papai. 

Contudo, pensei em resolver aquilo depois. Escovei os dentes e então corri para debaixo do chuveiro. Demorei alguns minutos e, na volta ao quarto, Louis já estava acordado e apenas de cueca, o cabelo bagunçado e próximo da minha penteadeira.     

Louis me olhou e então fiquei envergonhada. Eu não queria ficar nua na frente dele e aquilo ficou tenso assim que me mantive parada, segurando uma calcinha branca e um sutiã. 

— Louis... — dei um pigarro e tentei induzi-lo a perceber o que estava acontecendo ali. 

— Tudo bem — ele ergueu as mãos em rendição e se virou de costas —, já entendi. 

— Eu sei que você já me viu sem roupas — comecei, depois de vestir as peças íntimas —, mas... eu não sei explicar. — Depois daquilo, lhe abracei pelas costas. — Você me olha estranho quando isso acontece e isso me dá vontade de... — Não consegui terminar a frase, porque era difícil ser objetiva quando se tratava daquele assunto.

— Nisso você tem razão. — Louis se virou pra mim e sorriu, perverso. Depois começou beijar o meu pescoço, sem pressa nenhuma e apalpando o meu bumbum. — Que tal se eu deixar mais marcas como essa em você?       

— Louis... — murmurei, com dificuldade por causa dos beijos. Tentei me manter calma e focada, mas não o impedi. Seria bom sentir aquilo de novo e eu já me sentia preparada somente ao pensar. Mas aquilo não poderia acontecer, eu não conseguiria sair de perto e tudo só acabaria nos atrasando para a casa do papai. — Louis, por favor…  

— Sim, meu amor. — Sorri com aquilo e realmente tive vontade de ficar só com ele ali. Era uma injustiça de sua parte me chamar de amor em uma manhã daquelas, mesmo sabendo que eu teria um compromisso. — O que você quiser, eu vou fazer.

 — É que eu preciso me vestir — sussurrei, sentindo o seu membro roçando na minha região íntima —, senão nós vamos nos atrasar, e eu não quero isso. 

— Se vestir pra quê? — perguntou, parando com os beijos e me olhando, muito confuso. Segurei os seus ombros, a fim de manter o equilíbrio, e respirei fundo. A Boa Umidade daquela vez não sumiria do jeito correto, o que era uma pena. — Pra onde você vai? 

— Vou passar o final de semana na casa do papai, esqueceu? — o lembrei, voltando ao guarda-roupas e procurando alguma roupa confortável. — Será hoje e no domingo.  

— Esqueci desse detalhe.  

— Você, esquecendo de alguma coisa? — perguntei, surpresa. Era incomum algo como aquilo acontecer, por isso o tom de surpresa. Joguei a minha calça, uma regata cor de pêssego e um casaco fino sobre a cama e depois segui até a penteadeira, em busca de hidratantes para o corpo. 

— Não me culpe — pediu Louis, enquanto deitava sobre a cama —, vê-la andando por aí só de calcinha e sutiã não é uma tarefa fácil. — E ele continuou me olhando, algo que tirava a concentração de qualquer uma. 

— Até parece que já não está acostumado com isso — murmurei, sentando na cama e passando o hidratante nas pernas. — Você via quase todo dia. 

— Tem razão — ele disse, chamando a minha atenção —, só que eu estava acostumado apenas em transar. Sendo mais direto, eu estava acostumado apenas em foder. 

— Então... — voltei os olhos para as minhas pernas, buscando não pensar nas garotas. — Você não sente falta da experiência de todas elas, seja qual for?  

— Era tão natural quanto respirar — respondeu ele, distraído enquanto mexia no celular. — Era sempre igual, mesmo que de alguma forma eu gostasse. Não havia sentimento algum antes, mas agora tem. 

Senti o rosto corando e fiquei feliz em ouvir aquilo. As garotas com quem Louis já esteve não passavam uma semana com ele, e eu sempre adorei colocar lenha na fogueira. Assim, satisfeita, levantei e passei a vestir as minhas roupas.     

— E você me achava interessante?   

— Eu sempre achei você interessante. 

— Até quando passamos a crescer juntos? 

— É claro — falou ele, tão óbvio que eu quase acreditei. — Mas eu era um babaca, e também houve Christian Menson. Depois dele, apenas resolvi seguir da maneira como eu achava melhor.  

Talvez, lá no passado, nós dois tivéssemos ignorado um ao outro achando que seria ridículo algo como aquilo acontecer porque, no fim das contas, sempre andávamos discutindo e geralmente discordávamos em tudo.  

— Não pense que perdemos tempo — continuou ele, sentando na cama e me puxando para sentar no seu colo. — Passamos todos esses anos conhecendo melhor um ao outro — ele sorriu, depois de me dar um selinho —, e vamos compensar o tempo perdido.   

— Essa é a melhor parte. 

— Eu não quero ficar longe de você — falou ele, um tanto sério enquanto me olhava. Eu também não queria passar aqueles dois dias sem vê-lo, mas papai não gostaria nem um pouco de saber que Louis dormiria comigo. Na noite passada, depois de algumas implicações, eu havia decidido que ele não poderia ir conosco. Louis não tinha vergonha e me beijava em qualquer lugar que quisesse, e papai ficaria furioso caso ele fizesse aquilo na sua frente. 

— Eu também não quero — suspirei, admirando o mar de seus olhos —, mas preciso de um tempo com o meu pai, entende? Tiago e eu precisamos, na verdade.  

— Ele não merece todo esse seu esforço — Louis retrucou, depois de revirar os olhos. — Não depois do que fez. 

— Louis... — lhe alertei, séria. Sua opinião sobre papai nunca mudava e aquilo era algo triste. Eu apenas queria que os dois se dessem bem. 

— Tudo bem — cedeu e deu um pequeno sorriso —, mas será que não poderia ficar mais um tempo aqui comigo? — perguntou, fazendo uma expressão tão adorável que eu tive vontade de apertar as suas bochechas.  

Louis tentou me manipular com beijos e dei uma rápida olhada para o relógio sobre a mesa de cabeceira. Já passavam das sete e eu precisava acordar Tiago.  

— Lou, eu já estou atrasada — avisei, prendendo a respiração por alguns segundos para evitar o descontrole. — Eu prometo que vou dar toda a atenção pra você no domingo, depois que for me buscar.    

— Eu vou cobrar — avisou ele, e então eu sorri, dando beijos rápidos em seus lábios. Após alguns minutos de mais carinhos, consegui sair do quarto e fui até o quarto do Tiago, que dormia com a boca meio aberta e soltava roncos baixo.

— Ei, acorda. — Balancei o seu braço e ele me olhou, assustado. Tiago pronunciou um palavrão e perguntou o que diabos eu queria àquela hora, voltando a fechar os olhos novamente. — Você precisa se arrumar ou vamos chegar tarde.   

— Eu não me importo...       

— Eu não prometi aquelas coisas à toa, Tiago Hampton — reclamei, dando um beliscão em seu braço esquerdo. — Acorda de uma vez! — Ele então deu algumas pesadas no ar e logo se levantou, sem dizer mais nada. 

A ida até a casa do papai foi algo bastante leve. Jane mandou uma mensagem me desejando boa sorte e eu não entendi aquilo, apenas ignorei e mandei um agradecimento cheio de corações. 

O dia realmente estava lindo e, às vezes, eu sorria para o nada. Os passarinhos cantavam apaixonadamente; as pessoas andavam pela calçada e eram educadas umas com as outras; os parques àquela hora já estavam cheios e lotados de crianças sorridentes; o sol estava radiante e sorria para mim. Eu me sentia muito esperançosa quanto ao papai, porque imaginava que resolveríamos o seu problema de uma vez por todas.

Fiquei satisfeita também porque Louis descontraiu a todo momento, nos matando de rir. Eu não estava com medo e tinha certeza de que papai estava nos esperando. E nos esperando sem cheiro de bebida, sem dramas e se sentindo esperançoso, assim como eu.




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