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História Friends - Louis Tomlinson - 047. Garota do Velório?


Escrita por: sunzjm

Capítulo 47 - 047. Garota do Velório?


Fanfic / Fanfiction Friends - Louis Tomlinson - 047. Garota do Velório?

TAYLOR •

A vida correndo diante dos meus olhos e o capotar de mim mesma no tempo. Eu gostaria de saber o que estava acontecendo comigo. Perguntas do porquê de eu estar no mundo começaram a fazer parte dos meus pensamentos e aquilo me assustou. Eu sentia medo de tudo, chorava por causa de tudo, me sentia vazia e sem esperança. O que diabos estava acontecendo comigo?  

— Taylor? — ouvi a voz do Louis e olhei para a porta, depois de limpar os olhos. Tive um curto momento de loucura e, atrás dele, vi uma garota ruiva e muito bonita. 

Rapidamente me senti como se estivesse sendo expelida pela descarga de um vaso sanitário, e fiquei pior quando ela deu um sorriso cativante para mim. Não consegui tirar os olhos dela e me senti completamente intimidada, insegura, desprotegida e novamente com aquela ausência de autoestima, uma coisa que eu achei que tinha me deixado em paz.       

— Essa é a prima do Peterson, Marly Cooper, e esta é a irmã dela, Carly — Louis voltou a falar e o meu cérebro pareceu encolher. Não era loucura, não, era muito real. Logo, uma garota pequenina tomou a minha visão e chupava um pirulito sem a menor preocupação. — Depois conversamos sobre isso... — disse Louis para mim, talvez percebendo a falta de compreensão.      

— Oi, Taylor Hampton — a voz da garota soou pelo local, e eu me encolhi ainda mais com a doçura do som. Até a voz dela era bonita, lembrando uma sinfonia como as de Beethoven. 

Fiquei sem palavras e não consegui pensar em nada. Na verdade, a primeira coisa que veio na minha cabeça foi o fato de que ela estava tendo algum caso com Louis, enquanto eu me acabava por causa da morte do meu pai. 

Mas eu poderia culpá-lo? É claro que não. Os meus receios apenas haviam se tornado realidade: eu não estava sendo o que ele precisava e Louis acabou recebendo tudo de outra pessoa. 

A Garota do Velório estava ali no meu quarto, feliz consigo mesma. Rapidamente me vi pensando nas ligações que Louis veio tendo antes mesmo do papai ir embora. Ele esteve falando aquele tempo inteiro com uma garota mil vezes mais bonita do que eu, provavelmente saindo com ela e fazendo coisas que na verdade eu deveria estar fazendo.

Mas a morte do papai me trouxe uma dor tão grande que eu simplesmente não consegui sentir raiva do Louis, ou da Garota do Velório. Não deixava de doer, é claro, por isso eu estava encolhendo ali na cama, como se fosse sumir.     

— Posso falar com ela sozinha, Louis? — a garota perguntou e eu senti medo. Não consegui tirar os olhos dela e ela me encarou sem o menor problema.      

— Sozinha? — perguntou Louis, confuso.     

— Sim. — Ela sorriu ainda mais e mandou um olhar pra ele. Aos poucos, o quarto foi se tornando pequeno à minha percepção e depois percebi que estávamos somente ela e eu lá dentro. Marly Cooper usava algo muito simples: uma camisa branca e uma calça jeans azul. O gosto dela parecia ser como o meu, só que ela não parecia sem graça e sem sal. — Eu sinto muito pelo seu pai — disse, depois correu os olhos pelo meu quarto. Continuei quieta e a observando. Tive vontade de gritar pelo Louis, mas os pensamentos foram embora assim que ela pôs os olhos em mim novamente. — Você parece péssima, Taylor Hampton.     

— Desculpe... 

Obviamente, eu não sabia por que sentia a necessidade de pedir desculpas por estar parecendo uma infratora. Só que era melhor daquela forma, eu não queria ser irritante ou desagradável para alguém, principalmente com uma pessoa como Marly Cooper, que parecia ter um brilho próprio.     

— Eu achei que você fosse diferente.     

— Como? — murmurei, abraçando os joelhos.     

— Louis me contou muito sobre você — explicou ela, dando de ombros —, mas você não parece ser o que ele tanto dizia.      

— Sinto muito.     

— É claro que sente. — Sua voz doce rapidamente foi embora e surgiu algo autoritário e meio rígido. — Louis e eu nos conhecemos há algumas semanas, ele é realmente incrível… 

Rapidamente senti um aperto no coração e os meus olhos marejaram. Eu não aguentaria chorar na frente daquela garota, porque ficaria claro o quanto eu estava sendo fraca naquele momento. 

Passei a mão pelos olhos e não tive controle o suficiente: logo comecei a chorar. A fraqueza tomando conta de mim, sim. Eu tinha certeza que não poderia competir com Marly Cooper. Louis dizia que me amava e estava me apoiando naqueles dias, mas eu não estava sendo nada pra ele, e a tal Marly Cooper parecia ser o que ele precisava.     

— Não chore, Taylor Hampton. — Marly passou as mãos pálidas e frias sob os meus olhos, muito gentil. Por que ela estava ali, afinal? Por que queria gritar o quanto era maravilhosa, doce e alegre?     

— O que você quer?      

— Quero ser a sua amiga.      

— Por quê?      

— Louis está preocupado com você e eu quero ajudar em tudo o que eu puder. — Ela acariciou o meu rosto e um pouco de confusão surgiu em mim. Ela era só uma amiga do Louis e queria ser a minha amiga também. 

Ficamos nos encarando e eu fui a primeira a quebrar aquilo, deitando de lado na cama. Marly era amiga dele, mas aquilo não significava nada.     

— Bom — ela voltou a falar, ansiosa —, eu espero que aceite a minha amizade. Vou indo agora, Taylor Hampton. Provavelmente estarei de volta em alguns dias.

Suspirei.

Seria impossível impedi-la.

Marly havia aparecido no pior momento da minha vida, onde eu estive impotente, desprotegida e vazia. 

Senti a sua aproximação e os seus lábios colaram na minha bochecha. Só que não tive forças para me surpreender com aquilo. Marly então se afastou e eu tive a certeza de que havia ido embora quando o som da porta ecoou pelo quarto. 

Ela voltaria. 

E estava descendo as escadas da minha casa, indo em direção ao amor da minha vida, talvez com a intenção de lhe dar um beijo e prometendo voltar um outro dia. Sentei na cama devido ao pensamento e rapidamente olhei para a porta fechada. 

Louis me amava..., não amava? 

Deitei na cama novamente, com os olhos pregados na porta, e então esperei. Provavelmente não demorou muito tempo e, quando percebi, Louis já havia atravessado a porta e vindo até mim. 

Apenas o observei. Ele era a coisa mais linda do mundo. Era mesmo incrível, um rapaz maravilhoso, que merecia amor e atenção. Talvez não estivesse dando o que eu precisava, porque eu realmente me sentia mal naqueles dias, mas eu sabia que sem ele seria muito pior.      

— Desculpe não ter contado sobre ela, mas...      

— Não estou culpando você, eu só quero que você seja feliz — falei, sentindo as suas mãos apertarem as minhas. 

Eu não me importava com o que estava acontecendo comigo. Louis poderia fazer o que quisesse com a finalidade de se sentir bem, e eu estaria disposta a concordar com tudo, mesmo que aquele tudo fosse me fazer sofrer.     

— Eu já sou feliz, Taylor.     

— Não tenha vergonha disso, eu sei que não é.    

— Desculpe… — Louis tirou os olhos de mim mas depois me olhou de novo, como se suplicasse por alguma coisa. — Se você está mal, eu vou estar mal também.     

— Não pode continuar assim.    

— Estou preocupado, Taylor!      

— Eu sei — e então passei a observar o meu teto tedioso, querendo dormir e nunca mais acordar; viver presa nas minhas fantasias. — E eu sinto muito.



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