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História From the Universe - O Sol e o astronauta


Escrita por: dreamingnabi

Notas do Autor


Alô, gente. Como está o Natal de vocês?
Um último presente direto das galáxias.
Boa leitura~

Capítulo 5 - O Sol e o astronauta


 

 

Uma transmissão era mantida ao vivo durante as vinte e quatro horas do dia no YouTube, filmada pelos astronautas que estavam na estação espacial desenvolvendo suas pesquisas. Chanyeol só foi saber daquilo quando ouviu alguém comentar em uma daquelas redes sociais que um deles falava coreano e estava sempre comentando sobre algo chamado PCY que ele queria encontrar quando voltasse para a Terra.

 

Era claro que a princípio ele não acreditou e foi atrás da transmissão. Nas primeiras vezes só encontrou a filmagem de uma grande bola azul-claro e brilhosa, mas finalmente conseguiu chegar no momento certo.

 

Kris estava no centro da tela, segurando um microfone que sempre que ele soltava para fazer qualquer coisa ficava flutuando a sua frente. Também era possível ver algum outro pesquisador atrás de si, este que sumiu durante uma das explicações que dava naquele inglês confuso demais para o Park. O lugar era pequeno e cheio de fios, mas os olhos do loiro brilhavam.

 

Quando falou em coreano foi como se sua voz tivesse injetado algo em seu sangue para o coração acelerar. Ele explicou a experiência na língua nativa, mas suas últimas palavras foram as mais importantes para o Park.

 

Se eu pretendo voltar para a Coreia?” Leu um dos comentários, em seguida voltando o olhar para a câmera. “Sim, era o meu plano. Eu preciso encontrar PCY, mas não sei se poderei.” Olhou novamente para a seção dos comentários e riu. “O que é PCY? Hum… digamos que é uma promessa. Espero que veja isso.

 

Chanyeol sorriu involuntariamente, não se esquecendo de sua promessa de adolescência.

 

 

Você ficará comigo para sempre?”

 

“Chany…”

 

“Não enrole. Você não quer?”

 

“Nós sempre seremos amigos.”

 

Chanyeol apertou de leve a mão do outro, sentindo a rejeição lhe atingir como um trem, mas em nenhum momento desviou os olhos do céu estrelado, assim como Kris também não.

 

“Amigos.”

 

“Nós somos amigos agora e fazemos amor toda semana. Você disse naquele dia que relacionamentos são uma droga. Não faça drama com isso, eu só não quero nomear de outra forma e deixar desconfortável para você.”

 

O Park então sorriu, virando-se pela primeira vez desde que se deitaram naquela grama e plantou um selar na bochecha macia.

 

 

Seus dedos correram pelo teclado e em menos de alguns segundos seu comentário foi enviado. Pela reação do loiro enquanto lia os comentários, ele soube que havia sido notado.

 

Eu estou bem aqui.

 

 

 

Já era noite quando o Park chegou àquela praça. Apesar de estar atrasado por cerca de trinta minutos graças à neve que parara todo o trânsito, ele ainda tinha esperanças de encontrar alguém ali.

 

E por sorte a tinha.

 

Kris estava deitado na grama, esta que praticamente inexistia ao estar coberta pela neve. Estava todo enrolado em roupas fofinhas de frio e olhava para o céu, de onde a neve ainda caía. Era possível perceber seu rosto mais velho, mas ainda era o mesmo Kris de sempre e, na opinião do Park, a mesma beleza de sempre.

 

Ele se aproximou, os passos receosos ao que ainda ofegava. Havia parado seu carro em algum canto e corrido até ali para não perder o outro. Não suportaria aquilo novamente.

 

Deitou-se em silêncio ao lado do corpo esticado; daquele jeito mesmo, sem cumprimento algum. Ao contrário do Wu, ele não conseguiu manter os olhos abertos olhando para cima e virou a cabeça na direção do outro.

 

“Pensei que tinha desistido de me ver.”

 

“Fiquei preso no trânsito.”

 

Kris virou a cabeça em sua direção e seus olhos se encontraram pela primeira vez em anos. O coração se acelerou dentro do peito do mais novo – era como se, após tanto tempo, ele pudesse descobrir que ainda o tinha ali consigo, enviando o sangue para todo seu corpo.

 

“Me desculpe… por isso e por ser um idiota, também.”

 

Kris sorriu e Chanyeol pôde sentir seus dedos serem entrelaçados pela mão enluvada.

 

“Eu nunca poderei te culpar por isso.”

 

O sorriso do Park foi sincero. Kris se aproximou e apoiou a mão livre no rosto alheio antes de prensar seus lábios suavemente contra os do outro. Deixou alguns selares ali antes de se afastar o suficiente para roçar os narizes.

 

Sua mão deixou de acariciar o rosto do amigo para correr para o bolso da própria calça, de onde tirou um anel e depositou no nariz do outro, surpreendendo-o.

 

“Eu cumprirei a minha promessa e não irei a lugar nenhum. Você aceita?”

 

Chanyeol retirou o anel de seu nariz e fitou o prateado antes de prendê-lo contra a mão livre. Seus olhos marejaram e sua cabeça se moveu lentamente, assentindo. Kris iniciou um beijo profundo onde as línguas se enroscaram com carinho por longos minutos que ainda assim pareceu pouco perto do que já tinham ficado longe.

 

“Você vai me contar sobre sua experiência no espaço, meu astronauta?” Murmurou, recebendo um selar risonho em seguida por conta do modo carinhoso como fora chamado.

 

“Você não precisa se forçar a ouvir isso.”

 

Chanyeol sorriu e foi sua vez de selar os carnudos do loiro.

 

“Será interessante.”

 

Kris estava contente por aquilo. Após ir onde quase nenhum homem foi ele sentia como se nada que fosse fazer na Terra fosse ter tamanha significância quanto aquilo. Mas ainda havia o Park… e conquistá-lo de volta e ainda fazê-lo se interessar por tudo aquilo seria uma segunda grande vitória para a sua vida, e ele estava preparado para ela.

 

“Eu senti tanto a sua falta.” O Wu murmurou, olhando nos olhos negros a sua frente.

 

“Então eu acho que devíamos ir para casa… sabe, pra matá-la.” Sugeriu.

 

O Wu se lembrou de algo e então riu.

 

“Nada de transar na praça pra você?”

 

O Park também se recordava e lhe acompanhou na risada.

 

“Nós congelaríamos.”

 

Kris se levantou, estendendo a mão para o outro em seguida. Ele aceitou.

 

“Você realmente envelheceu.”

 

Chanyeol rolou os olhos, sentindo os dedos se embrenharem em seus fios e bagunçá-los. Em seguida Kris pediu que ele abrisse a mão ao tocar nela e ele o fez, deixando que o loiro pegasse a aliança e colocasse em seu dedo.

 

“Feliz Natal.” Sorriu, e foi como se aquele calor no peito do Park pudesse derreter a neve ao redor e aquecê-lo por inteiro.

 

“Feliz Natal.” Respondeu, e então deram as mãos antes de começarem a caminhada até o carro de Chanyeol parado há alguns quilômetros dali.

 

Naquele Natal, Chanyeol agradeceu por ter esperança… e por perdoar.

 

 


Notas Finais


Com isso venho desejar a vocês um bom Natal (mesmo que já esteja praticamente no final... mas espero que tenha sido bom) e que tenham ganhado muitos presentes e comido bastante. Tenham a esperança de um ano melhor e saibam usar o menino perdão direitinho, de preferência mais rápido do que nosso Chany aqui porque guardar rancor machuca a nós mesmos, mas cada um tem o seu tempo, certo?
Obrigada por ter lido From the Universe e espero que tenha gostado!
Eu vou ficando por aqui, mas ainda podemos nos encontrar em qualquer passeio pela galáxia a fora. Beijos no coraçãozinho e bye. <3


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