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História Fuck Boy - The Quarterback


Escrita por: izzybee

Capítulo 11 - The Quarterback


Fanfic / Fanfiction Fuck Boy - The Quarterback

A semana passou voando. Mal tive tempo para ouvir minhas músicas e brincar com Sammy. Quando eu finalmente conseguia um minuto livre, Michael queria conversar sobre o andamento do plano. Na escola, entre passar a tarde treinando a nova posição de torcida para o meu primeiro jogo e tentar entender álgebra, me peguei trocando olhares provocativos com Luke durante as aulas – quando ele aparecia nelas – e nos corredores.

–Fica calma, Cherry. – Sara aparece do nada e me abraça – É normal ficar nervosa antes do seu primeiro jogo.

Reparar no meu nervosismo não é a coisa mais difícil. Todas as minhas extremidades estão tremendo e sinto o meu corpo suar, mesmo o vento estando gelado.

–Vou ficar bem. – Sorrio agradecida – Obrigada, Sara.

Ela assente e todas começam a se posicionar em fila indiana para entrarmos em campo.

–Sabe, no meu primeiro jogo, fiquei tão nervosa que acabei vomitando na frente de todos. – ela conta enquanto as checagens finais são feitas.

–Nossa! – reajo com o corpo endurecido ao pensar na mera possibilidade de acontecer o mesmo comigo – Sério?

–Claro que não. É brincadeira. – ela diz rindo – Só para você relaxar.

Rio de volta e me pergunto o porque de não termos nos conhecido antes. É como se ela fosse a amiga que eu sempre quis, mas só fui descobrir o quanto precisava agora. Sara é divertida, doidinha e, ao mesmo tempo, preocupa-se com o bem-estar alheio.

Finalmente sinto meus músculos amolecerem e a adrenalina toma conta de mim assim que começamos a primeira coreografia.

É aquele grita-pula-joga-para-cima todo. Quando acabamos e os jogadores começam a entrar no campo, percebo, novamente, o quanto eu também precisava disso. Eu gosto das dancinhas e adoro ainda mais cantarolar com o time de torcida. Em pouco tempo, essas garotas se tornaram minhas amigas. Mesmo que não sejam amizades para todas as horas, elas fazem companhia. Eu gosto da vida que esse plano idiota me proporcionou.

O jogo começa. Eu até tentaria explicar o que está acontecendo se eu entendesse o que está acontecendo. Sei que Luke está sentado no banco de reserva e que o time da outra escola está jogando mais agressivo do que o normal. Futebol americano é violento, mas esses garotos estão em outro nível. Estão em um nível que faz o nosso time comer poeira.

TIME DA CASA   12                                           TIME CONVIDADO  26

Eles estão na frente por mais da metade dos pontos. Minhas mãos formigam de raiva. Só estão ganhando porque jogam à base de pancadas. Ashton, nosso quarterback, já foi tanto batido de frente que acredito que esteja um pouco ferido. Fora o resto do time, que parece completamente abalado.

Agora restam poucos segundos para acabar o primeiro tempo. Mesmo não entendendo exatamente as regras do jogo, sei que o time convidado não está fazendo um jogo limpo. Acompanho com os olhos Ashton correr até a linha para receber a bola do outro jogador. Ele corre, corre e corre. Corre tanto que fico cansada só de ver. Meu corpo tenciona quando a bola é arremessada e, à medida que vai se aproximando de Ashton, meu coração quase sai pela boca.

Ashton consegue pegar a bola e continua correndo os poucos metros que o separam de ganhar os 6 pontos que o touchdown traz. Os torcedores da arquibancada vibram com a possibilidade de conseguirmos. São segundos que parecem uma eternidade. Quando Ash finalmente ultrapassa a linha, fazendo o touchdown, todos comemoram.

Infelizmente, a comemoração dura muito pouco. Milésimos de segundos depois de passar da linha, o jogador do outro time, que perseguia Ashton, salta com toda a força em cima dele – mesmo o tempo já tendo acabado e o ponto já sido feito. Ele derruba Ashton por pura maldade.  

UUUUuuuuuuuhhh! – a arquibancada reage e um silencio tenso toma conta do campo inteiro.

O cara que pulou se levanta tranquilamente, enquanto Ashton continua caído no chão, sem se mover. Logo o juiz se aproxima dos dois e, ao ver a situação de Ash, chama o pessoal do cuidado médico. Depois, expulsa imediatamente o outro jogador do jogo.  

Todos que presenciaram, até os torcedores do time convidado, estão desnorteados, confusos e preocupados. Ashton parece bem machucado. Emma não esconde a preocupação; quer ir atrás da maca que o carrega para fora do campo, mas tem que se segurar para fazer a torcida do resto do jogo com a gente.

O treinador, com as mãos na cabeça, balança todo o corpo em negação. É um absurdo o que acabou de acontecer. Ele vai até Luke, no banco de reserva, e começam a discutir o que acredito ser a substituição de Ashton por ele. Sem pensar muito, corro até eles.

–Você precisa entrar no jogo, Luke. – interrompo a pequena briga, ofegante – Tem que ser você.

O treinador olha para mim levemente irritado, com as sobrancelhas arqueadas.

–E você é... ?

–Cherry. – respondo, ignorando o tom de deboche dele – O outro time é sujo, Luke. Eles estão jogando sujo. 

–Eu sei, mas não posso fazer isso. – ele começa – Não consigo.

–Luke, você consegue. – me aproximo dele, colocando as mãos em seus ombros. – Você sabe como virar o jogo. Você é o único que sabe lidar com gente babaca; porque, sabe, você também é babaca.

–Não acho que cons...

–Eu acho. – impeço Luke de continuar – Eu acho que você consegue.

Os jogadores começam a se reunir, já que o intervalo está acabando. Luke observa o time e parece estar quase cedendo. O treinador só assiste, calado, a minha tentativa de convence-lo.

Ei, Luke. – chamo sua atenção, que está toda voltada no campo – Eu acredito em você.

O tempo do recesso termina. Luke me olha agradecido e corre para se juntar com o resto dos jogadores no meio do campo. Fico parada com o treinador por um instante, olhando Luke combinar estratégias com o time.

–Olha, garota... – o treinador começa, em tom perplexo e surpreso – Você conseguiu. Não sei como, mas... conseguiu. Nunca vi ninguém convencer o Hemmings de qualquer coisa. Você deve ter um poder forte sobre ele.

Quando me viro para fazer contato visual com o treinador e responder qualquer coisa, ele já está andando para longe. Volto rapidamente para o time de torcida e começo a coreografia. Sinto a satisfação de ter conseguido convence-lo. Um orgulho de, aparentemente, ter esse “forte poder sobre Luke Hemmings”.

O jogo começa e a ansiedade toma conta. Sem notícias de Ashton, o que nos resta é ter esperanças.

Nos primeiros minutos, nada de pontos e algumas pancadas. Luke parece estar entendendo os movimentos do adversário. De repente, as coisas começam a mudar. Um ponto aqui, um ponto ali. Touchdown atrás de touchdown. A cada vez que o time se reúne para discutir estratégias, o jogo fica mais limpo e bonito. Luke entendeu o que tem que fazer e está fazendo direito.

TIME DA CASA   31                                           TIME CONVIDADO  34

Com o placar completamente diferente, o último lance do jogo começa. Se fizerem um touchdown, nosso time ganha o jogo. É quase possível ouvir o batimento acelerado de cada um na arquibancada.

Aconteceu muito rápido. Nem sei direito o que vi. Só sei que, nos momentos decisivos, Luke faz o bendito tão esperado touchdown.

A galera comemora a vitória, assim como os jogadores e as líderes de torcida. Começamos a coreografia final e só consigo sentir o gostinho de ter causado tudo isso. Não de maneira egoísta, mas de um jeito gratificante.

Quando sou jogada para o ar, olho brevemente para Luke, que também está sendo carregado pelos colegas. Ele olha de volta com um sorriso no rosto, aponta para mim, gritando bem alto e claro:

“VALEU, CHERRY!”

Desde que entrei nessa bagunça, nunca vi Luke tão feliz. Ele nunca esteve tão contente como está agora. Isso, de certa forma, faz com que eu também me sinta o mais feliz que senti desde que tudo começou.


Notas Finais


gente, feliz ano novo!!!!!!
como foi a virada de vocês?

eu sumi mas voltei!!!!11!!!
spoiler: esse acidente do ashto vai trazer bomba. prepara o coração.


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