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História Fuck Boy - Aftermath I - Get better soon, Ash.


Escrita por: izzybee

Notas do Autor


segura essa marimba

Capítulo 12 - Aftermath I - Get better soon, Ash.


Fanfic / Fanfiction Fuck Boy - Aftermath I - Get better soon, Ash.

Finalmente, depois de muitas horas, a médica responsável por Ashton surge no fim do corredor. Alguns amigos de Ashton vieram para o hospital depois do jogo para saber de seu estado e dar apoio. Acontece que nada nos foi dito e estamos esperando por notícias há quase seis horas. Só chegou aos nossos ouvidos que a situação era grave.

Sara acabou adormecendo em meu ombro. Entre alguns cochilos não planejados, pude perceber que Emma ficou acordada o tempo todo. Luke também não dormiu, diferente dos outros garotos, que também cochilaram. Me pergunto se Luke e Emma ficaram acordados por preocupação mesmo ou medo de que algo pior aconteça e Ashton nunca saiba da traição dos dois.

–Vocês são os amigos de Ashton Irwin, certo? – a médica, com semblante sério, se aproxima. Nós ficamos de pé e acordamos os que estavam dormindo – Ele está no quarto de recuperação e, apesar das desavenças, está estável.

–Podemos vê-lo? – Luke pergunta, inquieto – Preciso muito falar com ele.

–Por agora, só é permitida a entrada de membros da família no quarto. Visitas gerais só depois das 9h da manhã. – ela explica – De qualquer forma, Ashton está descansando no momento. Com a quantidade de exames e procedimentos complexos que foram feitos... Ele está exausto. Aproposito, é bom ver tantos amigos aqui; Ashton precisará de todo o apoio possível na situação extremamente delicada em que se encontra.

Todos prestam atenção em cada palavra, como se suas vidas dependessem disso. Pela primeira vez desde que chegamos, Emma se pronuncia:

Situação extremamente delicada?

–Desculpe, querida. Não tenho autorização da família para te dar essa informação. – a médica responde de forma cuidadosa e gentil – Sugiro que voltem para casa e descansem. Tenho certeza que Ashton vai adorar suas visitas de manhã.

Enquanto continuam fazendo perguntas, percebo que Luke se afasta do grupo e segue a placa de “lanchonete”. Sem chamar atenção, vou atrás dele. De longe, observo. Em vez de comprar algo na própria lanchonete, Luke prefere pegar alguma coisa na vending machine – é tipo aquelas máquinas que vendem latinhas de refrigerante, só que de salgadinhos e chocolates. Ele coloca o dinheiro e escolhe o que quer. Segundos depois, começa a bater com força na lateral da máquina. Vejo que ele está resmungando e concluo que o pacote ficou preso e não caiu onde deveria.

–Odeio quando isso acontece. – falo e me encosto na máquina, checando o conteúdo da embalagem travada – Sinto muito pelo seu Twix.

–É claro que sente. – ele resmunga baixinho e, sem olhar para mim, revira os olhos. Encaro ele com a minha melhor expressão de indignação, visto que não encontro motivo nenhum para estar sendo ignorada. – Perdeu alguma coisa, Cherry?

Desprezo sua pergunta grosseira e saio de perto dele, ainda perturbada com sua falta de senso. Faço um pedido de café no balcão da lanchonete e me sento em uma das mesas distribuídas no local amplo e claro. Sério, cada centímetro desse hospital é branco.

–Não te entendo. – Luke diz e se senta comigo mesmo sem convite. Ele me analisa por alguns segundos com um sorrisinho estampado no rosto – Você é confusa, Cherry C.

Eu? – pergunto sarcástica, levemente irritada – Luke, você é a pessoa mais inconstante que eu conheço. Uma hora você se comporta como um completo idiota, depois parece ser um garoto frágil que só precisa de compreensão e, mais tarde, ainda consegue agir como um ignorante medíocre. Não dá para acompanhar, é frustrante pra cacete!

Logo seu sorriso some, dando lugar à uma feição de surpresa que, se me perguntar, esconde o que ele realmente sente: alívio. Alívio de alguém ter reparado em algo nele que não esteja exterior. Pode até ser difícil de acreditar, mas eu tenho certeza que, por trás desse rosto impecável e através dessa carcaça orgulhosa, existe alguém vulnerável. Existe um Luke na sua forma mais simples e sensata. O Luke que não precisa da aprovação de ninguém e nem tenta manter um padrão que, na minha opinião, deve ser a coisa mais artificial do Luke exterior. Se, ao menos, ele me deixasse entrar; tentaria de tudo para desenterrar o Luke de dentro. Ninguém deveria viver preso como um pacote dentro de uma vending machine.

Mas, é claro, eu posso estar enganada sobre tudo isso e Luke ser apenas um garoto bipolar desinteressado. Essa inconstância acaba comigo. Odeio ficar no escuro tentando desvendar alguém que não quer ser desvendado.

–Certo. – ele assente, parecendo organizar pensamentos – Você está certa. Mas, sabe, isso é sua culpa.

Rio, desacreditada.

–É sério. – Luke insiste – Você me deixa transtornado. Eu uso as minhas melhores táticas contigo. Mas, mesmo assim, ainda não consegui sequer um beijo.

–Já parou para pensar que eu posso, simplesmente, não querer te beijar?

–Aí é que tá, Cherry. Eu penso nisso o tempo todo. – seu tom é sincero e firme – O. Tempo. Todo.

Durante um breve momento, acredito no que ele diz e trocamos olhares intensos. Mas, apesar de parecer honesto, é mais provável que seja mais uma de suas jogadas. Sinto meu rosto corar e minhas bochechas queimam levemente, mas, assim que caio na realidade, reviro os olhos e volto a tomar meu café, ignorando o clima esquisito que se formou.

–Finalmente! – Sara aparece e vem em nossa direção – Não conseguia encontrar vocês de jeito nenhum.

–Alguma novidade? – pergunto, tentando parecer o mais interessada possível. A verdade é que Luke Hemmings conseguiu entrar na minha cabeça e fez tudo que estava lá dentro desaparecer.

–Só queria avisar que quase todo mundo foi embora e só vai voltar no horário de visitas. Eu e Emma vamos ficar aqui, já que isso é em poucas horas. – ela explica – Tyler, Matt e o Dylan foram com a Lexa no Mc Donalds e daqui a pouco estão de volta.

Tyler, Matt e Dylan são, depois de Luke, os amigos mais próximos do Ashton. Os cinco são amigos desde sempre. Tyler e Matt são irmãos, enquanto Lexa é irmã do Dylan. É tudo meio-junto-e-misturado. Mesmo depois de ver toda a arvore genealógica dos amigos do Luke durante a preparação do plano, ainda fico confusa com o grau de parentesco desse pessoal.

Luke e eu acabamos decidindo ficar com elas até as 9h.

***

–Vocês vão ficar aí me encarando? – Ashton quebra o silêncio – Não estou no leito de morte, me tratem normalmente.

Acontece que estamos em choque. Ashton nos explicou seu caso médico: ele não consegue mover as pernas. Não sente nada depois do quadril. A pancada foi tão forte que lesionou sua coluna lombar profundamente, significando que Ashton passará a usar uma cadeira de rodas para se locomover. 

–De qualquer forma, o trauma pode não ser definitivo. – ele continua – Os médicos disseram que com a quantidade certa de sessões de fisioterapia posso recuperar os movimentos. É tipo 90% de chance.

Difícil digerir isso. Ashton é um cara tão gentil, não merecia isso. Impossível não sentir empatia por sua situação.

E se... – Luke é o primeiro a ter coragem de se pronunciar – E se os movimentos não voltarem?

–Bom, vamos torcer para que isso não aconteça. – ele ri – Estou bem, gente. Vou ficar bem.

Não sei como ele ainda consegue manter o senso humor. Eu estaria despedaçada.

–Tenho um único pedido para vocês. – Ash começa – Quero que vocês vão à cabana. Já estávamos planejando a tanto tempo a viagem depois do jogo que seria injusto com todo mundo se ela não acontecesse só por minha causa.

–Sem chance. – Dylan nega – Não seria a mesma coisa sem você. Outra coisa: a cabana é sua.

Uma breve discussão se inicia e me sinto atordoada. Fica complicado de entender a opinião que cada um está dando. O quarto é pequeno demais para tanto ponto de vista ao mesmo tempo. Resolvo ficar quieta até tudo se silenciar. Com isso, percebo que não sou a única com essa atitude. Emma está encarando o chão sem piscar; parece um robô. Posso ver seus olhos cheios de lágrimas.

Cacete, gente! – Ashton exclama, fazendo todos se calarem – Já falei com os meus pais. Está tudo certo para vocês irem para lá. Então, desistam. Vocês vão à cabana.

***

Mamãe, sábado, mensagem privada:
Divirta-se, filha. Tenha juízo.
Se tiver sinal de telefone,
me ligue quando chegar!

Depois de algumas horas de viagem, finalmente chegamos na cabana de Ashton. O lugar é grande e com um campo de grama vivíssimo, contando com uma varanda de frente a um grande lago. Como chegamos durante o pôr-do-sol, o céu alaranjado ilumina a água e cria um reflexo admirável. A cabana de madeira parece ainda mais aconchegante com o céu colorido.

AAAaaaaah! Estava morrendo de saudade desse lugar. – Sara diz animada e começa a correr em direção à uma pequena montanha perto do lago – O pôr-do-sol é lindo visto do alto, vamos!

Matt, Tyler, Dylan, Lexa e Emma correm atrás dela, largando as malas na grama mesmo. Fico apenas observando o cenário de cinema em que estou. De repente, sinto alguém tocando meu ombro. É Luke, o único que também não correu até as montanhas, além de mim.

–Eu iria ver o tal do sol, se fosse você. – ele diz me provocando enquanto carrega fardos de cerveja e sacolas cheias de bebida – A primeira vez nessa cabana é sempre inesquecível.

Pela quantidade de álcool e com a quantidade de histórias que eu ouvi desse lugar, não tenho dúvidas que minha primeira experiência aqui vai ser, sem sombra de dúvidas, inesquecível. Espero, pelo menos, que seja de um jeito agradável. 


Notas Finais


não me matem, amo vcs


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