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História Fuck Boy - Halloween horror nights


Escrita por: izzybee

Notas do Autor


A NIGHTMARE ON CHERRY STREET

Capítulo 15 - Halloween horror nights


Fanfic / Fanfiction Fuck Boy - Halloween horror nights

três meses depois

 

Observo minha imagem turva no espelho.
Vejo uma pessoa cansada. Desgastada. Abalada. Danificada. E, acima de tudo, Perdida.

Respiro fundo e destranco a porta do banheiro com dificuldade. Depois, saio tropeçando. Rio de mim mesma e acabo por tirar o salto para evitar futuros acidentes. Descalça, saio pulando animada no ritmo da música até a cozinha, com esperança de encontrar alguma bebida.  

Famosa Cherry C.! – Ashton e Matt dizem em coro, animados com a minha aparição.

–Em carne e osso, plebeus. – falo em reverencia, brincando – O que vocês tem aí para mim?

É engraçado perguntar isso para duas pessoas fantasiadas de vaca. As tetinhas rosadas, que ficam na altura de seus estômagos, fica balançando a cada movimento que fazem.

–Aproposito, a fantasia de vocês... – começo, admirada – Genial. Simplesmente genial.

Eles riem e Ashton oferece um copo para mim, exibindo suas notáveis covinhas. Que saudade de o ver assim, feliz. Depois do acidente no jogo, ele só pode voltar à escola semana passada. Suas pernas melhoraram quase 100%. Ele ainda precisa de umas muletas de segurança. Por incrível que pareça, ele anda normalmente; dá umas cambaleadas de vez em quando, mas anda normalmente. Não deixa esse pequeno problema o impedir de ir à uma ótima festa de halloween.

–Foi minha ideia. – Ashton comenta, orgulhoso. – A sua está ótima também. Quer dizer, não tanto quanto a nossa, mas, ainda sim, ótima.

Balanço a cabeça, rindo sarcasticamente, enquanto Matt despeja alguma bebida em meu copo. Não me importo em perguntar o que é, só aceno para os dois e saio da cozinha, tropeçando e rindo sozinha de novo. É um ciclo.

Cherry! – escuto alguém gritando – Cherry!

Ando através do amontoado de pessoas dançando, a procura da voz feminina, que continua me chamando freneticamente. Entre nuvens de fumaça, pessoas pisando no meu pé e lutar contra o álcool no meu próprio corpo, o ambiente fica ainda mais confuso.

Cherry! – sinto uma mão no meu ombro, que me vira rapidamente – Finalmente! Estava de procurando como louca.

Suspiro, feliz, por encontrar a dona da voz: Sara. Eu jurava que, depois das quantidades absurdas de bebida, as vozes eram todas na minha cabeça. Sara veste uma fantasia de vampira, daquelas bem impróprias. Ela está linda, só para não perder o costume.

–É o Luke, ele...

–O quê? – impeço ela de terminar, com os olhos arregalados, surpresa. Faz tanto tempo que eu não escuto esse nome, achei que nunca mais ouviria. A música alta, o barulho das pessoas falando e a minha mente alcoolizada me fazem duvidar da minha perfeita audição. – Luke?

Sara abre a boca para falar, organizando as palavras em sua mente. Antes que possa dizer algo, a porta da casa se abre, nos presenteando com a distante imagem de Luke Hemmings. Pisco os olhos com força, torcendo para que eu esteja vendo uma assombração. Não acredito que ele está aqui depois de tudo que aconteceu. Eu preferiria que fosse uma miragem; ia combinar mais com o clima de halloween.

Eu ia dizer que... – Sara continua, também paralisada ao observar a entrada de Luke. Sua voz falha e ela gagueja um pouco – ...viram Luke na cidade.

Não demora muito até que nossos olhares se encontram. É impossível evitar que meus olhos se encham de lágrimas. É difícil dizer se são de decepção, saudade, ódio ou, simplesmente, de alívio em vê-lo depois de tanto tempo.

Fecho a cara e, por impulso, ando a passos fortes em sua direção. Já Luke, fica parado, me encarando dos pés à cabeça.

–Você está descalça. – ele fala antes que eu possa me estabilizar e dizer qualquer coisa – Sua casa é bem legal.

Respiro fundo, com os olhos marejados. Luke não demonstra nenhuma reação. É como se ele fosse um boneco de plástico.

–Por quê?

Ele olha para os lados, percebendo que uma boa parte das pessoas parou de dançar para ver sua chegada.

–Gosto da cor das paredes e a mobília é bem contemporânea. – ele fala tranquilamente, como se entendesse de mobílias contemporâneas e arquitetura – Seus pais sabem que está fazendo uma festa?

A primeira lágrima cai. Não me importo em enxuga-la. Falar dos meus pais é golpe baixo e ele sabe disso. Luke não está fantasiado, mas, se estivesse, seria o perfeito deus da insensibilidade. As extremidades do meu corpo formigam como nunca. Decepção, saudade, ódio, alívio. Sinto tudo isso ao mesmo tempo e ele não aparenta nem estar com pena de me ver chorando. Depois de tudo o que aconteceu, é difícil acreditar que ele não sinta nem um pingo de compaixão.

Por quê?

–Não acho que seu pai gostaria de ver essa pirralhada fazendo merda na casa dele. – ele insiste em falar dos meus pais. Do meu pai. – Aproposito, a polícia deve chegar a qualquer momento. Eu mesmo tive o cuidado de ligar e fazer a reclamação.

Ao dizer isso, todos começam a ir embora correndo. Alguns saem pelos fundos, mas a maioria corre por mim e Luke para chegar na porta principal. Ficamos parados, nos encarando, enquanto somos esbarrados e empurrados pelos que fogem. É como se estivéssemos no meio de um motim, mas só de alma. Nossos corpos estão pregados no chão, só servindo de obstáculo aos que querem se salvar.

Em minutos, todos saem. O silêncio começa e, junto com ele, a angustia. Eu sei que ele não chamou a polícia de verdade.

–Por quê, Luke? – falo sentindo um grande nó na garganta, sem paciência – E, dessa vez, responda o que eu realmente estou perguntando.

 –Eu não sei.

“Eu não sei”? – me aproximo, provocativa – Sei que você pode fazer melhor que isso.

Ele desvia o olhar, desconfortável. Sua pose de intocável não existe mais.

–Vamos, Luke! – aumento o tom de voz – Por quê?

Cacete, Cher! – ele fala mais alto ainda – Eu não sei!

Bufo, desacreditada e irritada. Dou meia volta e começo a antar de um lado para o outro, inquieta.

–Não pode me chamar mais assim, Luke. – retruco, com as mãos na cabeça, tentando conter a raiva – Você perdeu esse direito quando sumiu!

 

 

Lembro-me de quando ele insistiu
em me chamar por um apelido diferente
do que todos me chamavam.
Foi um pedido verdadeiro.
Eu adorava ser chamada de Cher
por quem deveria me conhecer por Cherry.

 

 

–Me diz. – continuo, agora no meu tom normal, recuperando a minha calma – Por quê, Luke? Por que você sumiu?

–Me diz você! – ele retruca, alto, mas, ainda assim, com a voz trêmula – Por que você acha, uh?

Das lágrimas que caíram, pego coragem. Não tenho nada a perder. Se ele quer saber o que eu penso sobre o seu sumiço ridículo, é sinceridade que ele vai ter.

–Acho que você se apaixonou. – pauso, percebendo a gravidade do que acabei de falar – E, por conta disso, estava com medo. Você estava com medo porque nunca se apaixonou de verdade. O fato de você ligar mais para o bem-estar de outra pessoa que não fosse você mesmo te assustava. Você estava com medo, então fugiu.

Imóvel, sem reação nenhuma, ele me observa dizer cada palavra. Penso que ele está assimilando as coisas e finalmente vai admitir seus sentimentos. Mas acontece que é muito pelo contrário:

–Não seja estupida. – ele desconversa, agressivo e ri debochado. – Todo mundo passou a me odiar depois que a Emma contou sobre eu e ela. Imagina só: eu passei a perna no cara aleijado! E, detalhe, eu e o aleijado éramos melhores amigos!

Luke passa a mão na cabeça, coçando a nuca. Acompanho suas palavras com desdém. A pressão em meu rosto me faz meus olhos quererem saltar das orbitas. Quero chorar. Quero chorar por Luke ter ido embora, quero chorar por Luke ter voltado. Mas, mais que tudo, quero chorar por ele não dizer a verdade.

–Sabe, ninguém liga que foi tudo antes do acidente e que eu coloquei um ponto final naquilo muito antes do Ashton se machucar. – continua, indignado com o que ele mesmo está dizendo – A Emma não tinha nenhum direito de expor o que aconteceu do jeito que fez. Ninguém precisava saber disso além de mim, Ashton, ela e...

Ele franze a testa, tentando terminar a frase. Não consegue, é claro. Ele não suportaria dizer que eu tenho qualquer coisa a ver com a razão de ele ter ido embora. Ficamos no silêncio perturbador enquanto ele ainda tenta se esquivar da verdade.

– ...e eu. – completo, enfim.

A quietude volta e ele me encara com os músculos de seu rosto tencionados.

E você.

A próxima cena acontece em câmera lenta. Luke estufa o peito, respirando fundo. Na medida em que solta todo o ar de seus pulmões, uma lágrima começa a escorrer por suas bochechas rosadas. Ele puxa o ar novamente, mas agora bem mais lento. Fecha os olhos e deixa o ar sair mais devagar ainda.

–Minha mãe finalmente conseguiu o que tanto queria, Cherilyn. – sua voz é rouca e quebradiça –Eu voltei porquê queria que você estivesse comigo quando eu fosse me despedir dela. O velório é amanhã à tarde.

Conforme processo suas palavras, tenho certeza de que todos os ossos do meu corpo estão prestes a quebrar. Com as pernas bambas, ando com dificuldade, lentamente, até Luke. Encaro seu rosto inchado e seus olhos azuis cheios de água. Minha expressão de raiva se dissolve e, por fim, abraço-o.

 

Liz está morta.

 

Luke está sozinho.

 

Tento concentrar todo o resto da minha força em aperta-lo ao máximo. Minha cabeça descansa em seu peito, enquanto ouço seus soluços abafados logo acima de minha cabeça e suas lágrimas molharem o meu couro cabeludo.

Penso em dizer qualquer reconforto, mas sei que não adiantaria nada. Se aprendi alguma coisa nesses últimos meses, é que Luke não precisa de palavras. Ele não gosta delas. Luke prefere ações. Atos. Coisas palpáveis. Ele não gosta de teoria. Não gosta de teoria de matemática, física ou biologia; gosta muito menos da teoria do amor verdadeiro.

Nesse momento, eu sei. Sei que ele me ama tal como sei que seu coração nunca bateu tão rápido como está batendo agora. Luke pode não ter dito isso e, talvez, nunca contará. Mas eu sei. Eu sinto. Eu amo Luke e ele me ama. Não é o tipo de coisa que mediremos em palavras.

 

Mediremos assim,
com a necessidade de um pelo outro
querendo estar perto um do outro
entendendo um ao outro
  e demonstrando um ao outro
o quanto nos importamos.


Notas Finais


demorei para postar mas tenho motivos plausíveis ::::::::
1. eu to no último ano agora e tenho que estudar fora do normal na escola e em casa (triste)
2. nos meus tempos livres ando saindo com os amiguinhos e tal p dar uma relaxada e acabo ficando sem ter como postar
3. esse capítulo tá escrito desde que o último foi postado, mas não conseguia gostar do andamento dele. reescrevi isso umas 38429 vezes e mesmo assim não fiquei muito feliz com o que saiu pq na minha cabeça ficou diferente e aaaaaaaa
4. podem me xingar no twitter (@amnirwin) e nos comentários também galere EU AGUENTO


ME PERDOA!!!!!111!!1


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