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História Fuck Boy - Step one


Escrita por: izzybee

Capítulo 6 - Step one


Fanfic / Fanfiction Fuck Boy - Step one

Termino de ajeitar a mesa em silêncio. Parte porque estou tentando manter aquela coisa de misteriosa que meu irmão tanto insiste e parte porque eu estou chocada demais para saber o que dizer.

Veja, Luke cozinhou para mim. Cozinhou. C o z i n h o u.
Em que mundo garotos como ele fariam isso?  

Não estou conseguindo enxergar o monstro que me disseram que ele era. Ou Luke é mal compreendido ou apenas um ótimo ator/perfeito babaca que se dá o trabalho de ter qualquer trabalho só para chegar nas calças de alguém.

–Onde fica o banheiro? – pergunto a Luke enquanto ele leva a torta para a mesa de jantar. Ele simplesmente aponta para uma porta perto da sala de estar, sem falar nada – Não vou demorar.

Sigo até o banheiro e tranco a porta, me encarando no espelho. Pego meu celular e disco o número de Michael o mais rápido que consigo.

–Mike! Graças a Deus.

‘Oi. Por que está sussurrando? ’

 –É que eu tô no banheiro. Preciso de ajuda.

‘Ele fez alguma coisa errada com você? Quer que eu vá te buscar? ’

–Não, não. Pelo contrário, você nem vai acreditar.

‘Fala logo, tô jogando videogame com o Cal.’

–Ele cozinhou para mim. Ele literalmente fez uma torta de frango. Só. Para. Mim.

‘Tá brincando? ’

Escuto ele largar o controle e Calum reclamar alguma coisa.

‘E as outras pessoas? ’

–Ele não chamou mais ninguém. Disse que queria passar um tempo sozinho comigo.

‘Sabe o que isso quer dizer? ’

–Se eu soubesse, não estaria escondida no banheiro te ligando.

‘Cher, quer dizer que você vai colocar o primeiro passo em ação’

–O quê? Não estou pronta para o primeiro passo.

‘Está sim. Você só está com medo.
Olha, o Luke pode até ser cachorrão,
mas ele não é realmente um cachorro.
Luke não morde, ok? ’

–Michael, você não está fazendo nenhum sentido!

‘Tenho que ir. Calum está quase me assassinando’

–Michael? Mike!

Não acredito que ele desligou. Continuo sem saber o que fazer. Eu até sei o que o primeiro passo é, mas não estou preparada. Ainda não estou completamente familiarizada com a Cherry dentro de mim. Sou no máximo 12% Cherry. No momento, estou mais perdida do que qualquer coisa e, diga-se de passagem, demorando demais no banheiro.

–Tá cheirando bem. – falo ao me sentar – Não acredito que você cozinha.

–Eu não cozinho. – ele ri – Na verdade, estou rezando para que o gosto não esteja tão ruim.

Rimos. Ele coloca um pedaço para mim e depois um para ele.

–Espera! – Luke grita antes de eu colocar o garfo na boca – Se importa se eu provar primeiro?

Ugh... – fico confusa – O-kay?

–É só para te poupar de ir para o hospital.

Ele ri de leve e coloca a torta na boca. Quase que instantaneamente ele contorce todo o rosto e faz cara de repulsa. Começo a rir na hora. Luke pega um guardanapo e cospe tudo. Ainda com cara de nojo, pega seu copo de Coca-Cola e bebe tudo em segundos.

–Que marica! – brinco – Não é possível que esteja tão ruim assim.

–Confia em mim, você não quer fazer isso. – ele tenta me impedir de novo de colocar o garfo na boca, mas como mesmo assim. – Nããããão!

Consigo entender todo o drama na primeira mastigada. A massa da torta está mais molhada do que deveria e tem um gosto levemente azedo, que pode vir do uso de leite estragado. Até aí, mais ou menos tudo bem. O problema de verdade está no recheio: é incomível. Sinto que estou na praia mastigando água do mar. É muito salgado. Muito salgado. Mesmo. Como se não bastasse, o molho parece ser pimenta pura (ressalta mais ainda o sal).

–Eu devia ter pedido pizza, foi mal. – ele diz rindo enquanto eu tomo o meu refrigerante – Achei que tivesse seguido a receita direito.

–Não tem problema, acontece.  – falo entre risadas, ainda tentando me recuperar – O que me impressiona é que, sabe, é normal não levar jeito pra gastronomia, mas você... você é outro nível. Ter uma cozinha na sua casa podia ser considerado crime.

O som da risada de Luke é tão inocente e puro. Quando ele ri, a voz fica fina e falha vez ou outra. Seus olhos azuis ficam apertados e sua cabeça pende levemente para frente. Sem perceber, paro de rir e fico só observando o garoto de dezessete anos que parece dez anos mais novo quando acha algo engraçado.

Antes de eu entrar nessa maluquice, não reparava nele. Eu sabia que Luke existia, mas nunca prestei atenção; afinal, era conhecimento público que o cara era babaca. E ainda é. Só que, agora, vendo de perto, as coisas são diferentes. Parecem, pelo menos.

–A gente ainda pode pedir pizza. – ele diz ofegante – Quero dizer, se você não for me matar por te dar a pior torta de frango do mundo.

–Pede de calabresa. – dou um sorriso de lado, me levanto e vou em direção da sala de tevê, sem me importar se Luke ia dizer alguma coisa.

Essa saída arrogante me deixa incomodada. Digo que é arrogante porque eu mesma nunca faria isso. Quando você está em mais de uma pessoa, o sabor da pizza deve ser discutido, pensado e calculado. Sendo assim, impor que a pizza será de calabresa, sem consultar o que o outro prefere, pode ser considerado totalmente grosseiro.

Por incrível que pareça, esse pouco de arrogância faz parte do plano.

PRIMEIRO PASSO: SEJA UM DESAFIO


Notas Finais


quase não posto isso socorro

caiu água no meu notebook e o teclado ficou todo zoado
mas a benção de michael clifford caiu sobre mim e consegui arrumar, amem


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