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História Fuck Boy - Game on, Luke.


Escrita por: izzybee

Notas do Autor


to emotiva com os 5 anos de banda e vcs

Capítulo 7 - Game on, Luke.


Fanfic / Fanfiction Fuck Boy - Game on, Luke.

Na sala, observo os porta-retratos distribuídos pelo rack. Em quase todas as fotos, Luke ainda é criança e posa com seu irmão mais velho. Várias fotos dos dois com um homem que acredito ser o pai. Esse mesmo homem está em algumas outras fotos com uma moça bonita, bem mais nova; concluo que não é a mãe, visto que ela não tem fotos com nenhum dos garotos.

–Onde está sua família?

–Meu irmão provavelmente está na faculdade tirando as melhores notas do campus. – ele diz se aproximando das fotos – Meu pai deve estar com a namorada por aí.

Ele pega um dos porta-retratos em que a mulher está e revira os olhos.

–Você não gosta muito dela, gosta?

–Nem de longe. – ele ri debochado – Ela é uns vinte anos mais nova que o meu pai. É quase como se ele estivesse namorando a própria filha.

–Realmente. – rio de leve – Não vi nenhuma foto da sua mãe.

Ele olha para mim com um rosto inibido de qualquer feição. Acho que a pergunta o deixou desconfortável. Falar da mãe dele não me parece ser seu passa tempo preferido. Me sinto levemente culpada por ter trazido memórias ruins; seu olhar ficou triste.

–Tudo bem. – tento reverter a situação – Não importa, você não precisa me contar.

Ele dá de ombros e vai se sentar no sofá. Me sento do lado dele. Ele liga a televisão com o controle remoto e deixa em um canal aleatório que passa um programa qualquer de culinária. Ignoro a ironia e fico apenas prestando atenção nos detalhes da casa de Luke. Ela é espaçosa e a decoração é muito moderna. O chão é tão bem limpo que é possível ver o reflexo dos móveis nele. Quando começo a ficar distraída com os tons caramelo meticulosamente escolhidos das paredes, sinto a mão de Luke ser colocada em minha coxa.

A mão dele encosta a minha pele diretamente e, por mais que ele seja mais quente que eu, me deixa congelada. Luke vai escorregando a mão para a parte mais interna da minha perna. Sinto meu corpo arrepiar com seu toque.

Ugh... Luke? – finalmente me viro para ele, fazendo contato visual – O que você pensa que está fazendo?

Falo baixo, quase sussurrando, sem parecer brava; por isso, ele não tira a mão.

–Achei que fosse auto-explicativo. – ele diz em tom levemente sarcástico, ainda massageando minha perna.

Tiro a mão dele da minha coxa e me levanto. A expressão em meu rosto é de indignação.

–O que te faz pensar que eu quero que você faça isso?

–Ok, vamos lá. – ele fala sorrindo de canto e se ajeita no sofá – Primeiro: mesmo depois de você descobrir que estava sozinha comigo, ficou aqui. Segundo: eu cozinhei para você. Terceiro: Cherry, você é gostosa pra caralho. E quarto... Hmm... – ele finge fazer esforço para pensar, ignorando a minha reação de repulsa ao ouvir essas coisas – Eu sou Luke Hemmings. 

Não sei porque isso soa tão ridículo mesmo vindo dele. Eu sei como Luke é, sabia que ele tentaria algo. Eu sabia que ele era um idiota e, mesmo assim, ele quase me convenceu que fosse só mais um garoto mal compreendido. Ele quase me convenceu de que o plano de Michael, Calum e Mali era completamente diabólico. E saber que eu provavelmente devo ser a milésima menina a passar por isso só me faz ter certeza que, se tem algo realmente diabólico nessa história, essa coisa é Luke Hemmings.

–Preciso ir. – falo revirando os olhos e saindo em direção a porta – Tenha uma boa noite, Hemmings.

Atravesso o jardim rapidamente. Quando chego na calçada, vejo que o cara do delivery chegou.

–Muito obrigada. – falo pegando a caixa de pizza e aponto para Luke, que está parado na varanda incrédulo – O loirinho ali vai pagar.

Sorrio sarcasticamente e tiro uma fatia de dentro da caixa. Faço uma saída digna, comendo a tal da pizza.

***

 

–Michael, cheguei! – grito ao entrar dentro de casa, não tenho respostas – Trouxe comida!

Em segundos, Michael e Calum descem as escadas e vão direto ao balcão da cozinha onde coloquei a caixa de pizza.

–Pizza de calabresa é minha religião. – Calum diz agradecido – Amém, Cher.

–Ei, espera. – Michael diz se lambuzando com sua comida preferida – De onde você tirou essa pizza?

–Diretamente do entregador de delivery. – falo tranquilamente, mas eles fazem cara de espanto – Eu não roubei, se é isso que estão se perguntando. Acredito que Luke tenha pagado por ela.

–Você “acredita”? – eles perguntam confusos.

–Foi tudo muito rápido. – digo enquanto preparo um copo de leite – Aliás, vocês precisam me dar parabéns. Foi a atitude mais Cherry que eu tive até agora.

***

 

Mesmo depois de contar cada detalhe da noite para Michael e Calum, não me sinto nada aliviada.

Eu não estaria surpresa com a atitude de Luke se ele não tivesse sido tão divertido antes dela. Eu não sou a pessoa mais interativa, mas ele conseguiu me deixar à vontade (mesmo estando em um local desconhecido com alguém que eu mal conheço por motivos de outras pessoas). Me fazer rir não é tão difícil, mas não costumo ficar tão bobinha como fiquei hoje. É culpa daqueles olhos azuis, eu tenho certeza.

Acho que o que mais me assustou e me deixou tão desacreditada foi o fato de ele mudar de humor tão rápido. Não estou acostumada com pessoas temperamentais, mas posso dizer que é uma coisa que me irrita. Para mim, é impossível entender como alguém muda de estado de espírito tão drasticamente. Ainda mais se eu tiver que aguentar antipatia sem ter feito nada para merecer isso.

O engraçado é que Luke não mudou de feliz para triste ou de entusiasmado para desanimado. Ele foi de pessoa super legal e descontraída que desabafa sobre a família para um safado egocêntrico.

***

 

Quase durmo no primeiro período. A única coisa que me deixa acordada é o nervosismo de saber que tenho a próxima aula com Luke. O que aconteceu ontem podia ter me feito desistir de todo o plano, mas pelo contrário: só trouxe a vontade, que antes não existia, de jogar esse joguinho.

Agora vou fazer isso direito.

Entro na sala e me acomodo no fundo. Luke é um dos últimos a chegar e senta na mesa vazia da minha frente, mas não olha para mim nenhuma vez durante o percurso. Um pouco esquisito, se me perguntar.

A aula começa e eu até tento prestar atenção, mas, em minha defesa, é impossível. Começando que a aula é de álgebra. Eu odeio álgebra. Não daqueles ódios fúteis só por preguiça. Acontece que meu cérebro não tem a parte que sabe matemática. Posso dizer com todo orgulho que sou completamente burra quando se trata de números. Falo com orgulho porque passei boa parte da vida tentando entender essa matéria dos infernos; simplesmente não é para mim.

De repente, Luke se espreguiça. Quando seus braços vão para trás, ele deixa cair um papelzinho amassado na minha mesa. Pego o papel e o abro.

‘Mesmo não tendo entendido
o motivo do seu draminha,
foi mal se fiz algo ofensivo ontem’

Seria esse o pedido de desculpas mais hostil do mundo?
Rasgo um pedaço da folha do meu caderno e escrevo um bilhetinho shade de resposta.

‘Relaxa.
Aproposito, a pizza estava ótima :D ’

Ele me responde rapidamente.

‘Fazer caridade sempre me
deixa bem tranquilo mesmo’

Luke é, definitivamente, um idiota. Dessa vez, em vez de mandar uma resposta, faço algo melhor. Sem pensar muito, dou um tapa em sua orelha. O tapa acaba sendo mais forte do que eu queria e o barulho maior do que eu imaginava. Para ajudar, Luke não se importa em ser discreto. Aliás, faz questão de sofrer o mais alto que pode.

– Céus! O que foi isso? – o professor de álgebra pergunta indignado – Isso é uma sala de aula, pelo amor de Deus.

–Desculpa, sr. P. – digo – Não tive a intenção de atrapalhar sua aula.

–Até porque é super comum bater em pessoas “por engano” – Luke fala se virando para trás com a mão na orelha – Você é inacreditável.

Reviro os olhos e abro a boca para responder, mas o sr. P. me impede:

–Saiam já daqui! – ele aponta para a porta agressivamente – Terão tempo suficiente para brigar na detenção.

***

 

A detenção é só a tarde, após a aula. Então, tive o terrível prazer de estar na presença de Luke Hemmings por mais um período. Durante esse tempo, não trocamos olhares e nem tiramos satisfação um com o outro.

Já faz vinte minutos que estamos presos em uma sala sem janelas e ficaremos assim por mais longos quarenta minutos. Não podemos mexer no celular, falar ou ler qualquer coisa. Temos que ficar uma hora fazendo literalmente nada.

–Muito obrigado por me fazer perder o treino de futebol. – Luke diz, aproveitando que a ida da inspetora ao banheiro.

Oh, Coitadinho! Luke Hemmings perdeu o treino! – falo sarcasticamente – Que novidade.

–Eu posso ser expulso do time por isso, sabia?

Ele acha que me convence fazendo essa cara cachorrinho que acabou de cair da mudança.

–Não tenho culpa nenhuma se você é um imbecil.

A inspetora chega e acaba com a nossa breve discussão. Passamos o resto da detenção trocando olhares ofensivos.

Talvez o objetivo de ser um desafio tenha se perdido no trajeto e criado uma pequena chance de Luke me odiar, mas isso só me incentiva mais a continuar no jogo.


Notas Finais


esse capítulo e o próximo são os meus preferidos até agora sz

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