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História Fuck distance - LittleKiller02


Escrita por: FamousAnonymous

Notas do Autor


Puta merda as férias tão chegando e eu já tenho o capítulo do próximo mês o7
Acho que vou conseguir ficar tranquila nas férias e recarregar as idéias pro próximo ano v":
Espero que aproveitem o capítulo da vez (e percebam quem eu vou fuder a história toda rerere ok n)

Capítulo 4 - LittleKiller02


Lentamente, sem nenhuma vontade aparente, seus olhos abriam para um novo dia. Nenhuma luz entrava no quarto, apenas o barulho incômodo do despertador tocava para que o expulsasse da cama. De uns tempos para cá, o mesmo havia falhado muito na missão de o fazer levantar então havia o plano B – Que não agradava nada Little. Após muito tempo tocando, sua mãe entra no quarto, berrando para Deus e Lúcifer para ele levantar e desligar ‘esta porra’.

Após aquilo, ele fica ainda a enrolar na cama, sentindo-se incapaz de levantar. Incapaz, sem animo ou vontade. Por que seria de seu agrado levantar para falar com pessoas que nunca o tratavam bem? Para conviver? Não era algo que o acastanhado pudesse entender. Ele não era engraçado, não chamava a atenção mas na mesma havia quem vinha até ele para abusar de sua fraqueza; seres humanos.

Eh? Como assim seres humanos? Nossa espécie é um tanto acolhedora. Adotamos animais jogados fora, adotamos outros de nos que viviam como animais, tratamos uns aos outros como animais – Levando em considerações que nem animais deveriam ser tratados desta forma – ou material. As raras exceções existem, como em qualquer outro caso mas são tão difíceis de serem encontradas que se torna algo invisível. Daí surgira a generalização “Seres humanos são horríveis”, “Os seres humanos estão destruindo tudo ao seu redor.” Os assassinos, os monstros, os vilões. Somos nós. Sem exceção. Doce generalização.

Sempre tirando vantagem. Afinal tudo o que queremos é alcançar a luz no fim do túnel...E por fim vencer. A vitória – Oh doce vitória! – é tão complicada de ser alcançada, seu caminho é cheio de obstáculos e desvios que lhe levarão à derrota, sua ruína. E justamente por isso, é que estamos sempre a passar por cima do outro. Sempre estamos a tentar vencer, usando os maus modos.

A pior parte é que grande parte dos cruéis que gostavam de se sobressair sob os demais eram os jovens. Se aparecer, ser o mais popular e divertido. Propostas atraentes a olhos tão desmiolados quanto as não-tão-infantis-atualmente. As formas de as conquistar? Nem sempre tão boazinha. Rir de um coleguinha mais frágil, zombar dos outros, de suas aparências, ações e qualquer outra coisa. Não respeitar as diferenças. Estas são as formas de se conseguir os tão desejados cargos. A língua é mais poderosa do que você pensa. Ela pode ajudar, ela pode destruir.

Quando se levantou, já estava atrasado. Se trocou, não comeu. Há algum tempo atrás, havia perdido toda e qualquer vontade de se alimentar pela manhã. Não fazia falta até a hora do almoço. Não era algo tão essencial. Não mais. Em passos em ritmo de caracol, começou a caminhar para a escola. Encolhido. Cabisbaixo. Deprimido.

Olhou a tela do celular, a aula já havia começado faz tempo, ele teria que justificar. Os professores iriam aceitá-lo na sala? Não. Eles não aceitariam. Nunca aceitaram antes e não seria agora que tudo magicamente mudaria.

Ele entrou por um buraco no muro da escola – Que já estava sendo consertado – e aguardou a segunda aula. No visor de sua tela, avisava que uma mensagem havia chegado. Finalmente. Era seu amigo Famous. Era reconfortante falar com ele, o acastanhado se sentia bem a falar com o ruivo. Anonymous era a pessoa mais gentil que conhecera. Após o responder, se escondeu em algum local cujo os professores nunca olhavam; Dentro das árvores – Os buracos eram muito pequenos e poucos alunos conseguiam entrar lá dentro.

E ele havia uma árvore que gostava mais do que as outras. Era uma cerejeira considerada “feia” pelos alunos, visto que quase todo o ano eram vistos somente seus galhos – Pensa-se que esta árvore devia possuir algum problema pois sempre demorava mais para florir, e quando suas flores nasciam não ficavam por muito tempo. Jun pensava que se aquelas árvores fossem como os humanos, esta mencionada seria como ele; isolada, motivo de piadinhas e brincadeiras de mal gosto; e por isso, estava sempre ao seu lado. Estupidez gostar de uma árvore? Ele não sabia.

Enquanto conversava com Famous via mensagens, ele pensava se o ruivo possuía algo estranho assim como ele. Gostar de uma árvore por pensar que ela seria como ele caso humana é algo estranho. E o que o outro tinha de estranho? Uma dúvida idiota – Como ele, pensava Jun – que inquietava a mente do pequeno. Sorrio quando pensou que ele poderia ter um gosto, uma mania estranha ou estúpida. Poderia perguntar mas acha que isso seria falta de respeito e curiosidade em excesso. Um dia ele perguntava, um dia bem distante.

Respirou fundo, acariciando o tronco da árvore enquanto em pensamento dizia “Não se preocupe, eu estou contigo.”, entre outras coisas que ele adoraria que alguém dissesse para ele. Alguém que estivesse ali para ele. Como seria ter alguém assim? Aquela árvore tinha sorte de o ter mas...E ele? Ele era sozinho. Ele sempre esteve sozinho. Seus pais deixaram de estar ao seu lado quando deixaram de estar um do lado do outro. Amigos? O que era isso? Namorada ou namorado? De comer? E bichinhos de estimação eram proibidos por sua mãe de entrar naquela casa.

A solidão o incomodava profundamente. O pensamento de que ninguém viria para si o deixava atormentado. Ele não quer ser esquecido. Jun queria alguém para estar ao seu lado. Mas como ele não seria sendo que não consegue falar um A para alguém sem temer as consequências. Consequências que muitas das vezes nem sequer existiam.

O sinal da próxima aula toca, o retirando de sua melancolia. Logo se levanta, sentindo seu sangue gelar ao se lembrar que tinha um trabalho em grupo para apresentar. “Ok, não surta. Vai ficar tudo bem...É só...Você apresentar direito” – Pensou, como se fosse fazer algum efeito. Só faltava ele pular de um prédio de tanto desespero. Ele não conseguiria apresentar direito. Ele sabia disso. Por que tentava enganar a si mesmo com uma confiança e esperança que claramente não existiam?

Caminhou lentamente, cambaleando de tanta tremedeira. Acho que ele parecia um bêbado aos olhos dos outros – Se tivesse alguém vendo, claro. Sua sala parecia tão perto, embora tivesse tantas escadas para subir ainda. “Acho que vou me jogar da escada e por um fim nisso” – pensou, querendo deixar seu corpo, musculatura relaxada e sem sequer tentar manter o equilibro ou impedir, cair para trás entretanto antes disso poder acontecer, ouviu uma voz que fez gelar todo teu corpo. Era ela.

- O que você faz aqui? – Sua voz irritante ecoou pelos corredores. – Está uma aula atrasado!

Os passos da menina ecoava pela escadaria. Seu corpo parecia petrificado de tanto medo. Dentre todas as pessoas da escola, por que logo ela? Olhou de canto para ela, a vendo o encarando como se fosse a própria Medusa. “Estaria explicado porque estou petrificado aqui se ela tivesse algum parentesco com a Medusa” E isso era hora de pensamentos engraçadinhos?!

- Você. Pra sala. Imediatamente. – Falou, o tom autoritário era presente em sua voz esganiçada que para todos da escola, era como a melodia da própria Iara. Correu em direção a sala quando ouviu o comando. Ele era como o cachorrinho puddle desta patricinha. A obedecia por medo. A garota mais popular da escola, aquela que possuía seus inimigos na palma da mão. Jun nunca fizera nada para ela, entretanto a mesma insistia em o perturbar. Aishi-sama, como ele era obrigado a chamar a mesma. A garota possuía cabelos ruivos e olhos acastanhados, como Famous. Ele tinha medo de que o ruivo fosse igual a moça e que apenas estaria fingindo para tirar proveito do mesmo no futuro.

Mas...que proveito ele poderia tirar? O acastanhado era tão inútil que chegava a doer. Jun era um lixo humano, um saco de coisas inúteis moldado em forma humana. O que ele tinha demais para ser usado por algum a horas de distância? Impossível. Entretanto...a mente humana é criativa. Nem uma possibilidade pode ser descartada. Pode ser que sim. Pode ser que não.

Já na sala, sentiu os olhares rudes de seus colegas de classe e principalmente os de seu grupo. Todos os outros três se levantaram e foram até ele. Suas pernas pareciam que iam ceder a qualquer segundo. A rodinha ao seu redor era composta de 3 meninas – incluindo a Medusa – e um menino. Jun se encolheu.

- Esperamos que tenha gravado as falas. – Seguidora da Medusa número um, ou Hana, falou. – Ou teremos que quebrar nossa unha por sua culpa. Ugh.

Suas ameaças eram incrivelmente estúpidas. Ela em si era uma pessoa estúpida e vaidosa, entretanto bem forte para alguém do tamanho dela. Respirou fundo. Levantou seu olhar a ver aquele grupo insuportável.

- Não olhe para nós, seu insignificante. – Jun abaixou novamente o olhar ao ouvir a voz da Medusa. – Acha que alguém como você pode sequer olhar para pessoas como nós? Abaixe essa bola que você pensa que tem!

A vontade de chorar já o invadia com força, seria como se a qualquer segundo ele fosse cair de joelhos no chão e ter toda a água de seu corpo a descer pelos olhos. Suas pernas desejavam muito que ele parasse de as forçar e que finalmente ele pudesse ir ao chão. Ele temia o pior e portanto se forçava a demonstrar o mínimo de dignidade possível.

- Anda, vai se sentar e revisar o que você vai falar. – O garoto, que era o mais razoável daquele local, o mandou. Ao que parece o professor havia voltado em busca de um material para a próxima aula. Correu ao lugar mal se viu com o espaço para, onde desesperadamente pegou a folha de falas e começou a revisar.

A professora começou a chamar os grupos para a apresentação. O primeiro começou a falar e Jun estava em outro planeta. Ele já havia gravado tudo mas o medo de errar algo no momento era grande. Se o acastanhado estivesse um pouco mais nervoso até mesmo seus dentes estariam batendo. Trabalhos para apresentação são sempre horríveis mas em grupo são ainda piores. E com o grupo que ele estava, parecia que tinha uma amostra do inferno ao seu redor.

Enviava mensagens desesperadas para Famous. Onde ele estava? Ele precisava que ele estivesse ali, ao seu lado, imediatamente! Nem que fosse apenas por espírito! Mas ele não estava ali. Mesmo depois de ter lhe enviado 3 mensagens em horários diferentes.

O mesmo fazia parte do terceiro grupo. Tão pouco tempo para que ele pudesse tentar se acalmar...Little não podia passar mal pois seu castigo seria ainda mais severo. Ele adoraria que isso fosse um conto de fadas, e então sua princesa viesse lhe salvar. Mas ninguém veio.

Em pouco tempo era hora de seu grupo apresentar. Engoliu a seco e se levantou, indo a frente. Olhar todas aquelas pessoas que o desprezavam, que o ignoravam, bem no olho. Esse pensamento fez seu estômago se revirar de nervoso. Era o seu fim?

Tremeu, respirando fundo e recebendo um tapa forte nas costas que fez o ar todo se esvair. E então começou a falar.

- É-É...Boa tard-! – Mais um tapa, seguido de um sussurro. Era manhã ainda. “Fudeu”. Era tudo que se passava em sua cabeça. Ele iria morrer no fim disso tudo. Tentou prosseguir.

Enquanto falava, sua voz falhava muita das vezes e poucas eram as vezes que ele conseguia completar uma frase sem gaguejar. O terror que ele sentia por multidão. Sua fobia social. Ela o atacava com unhas e dentes. Jun sentia que a qualquer segundo cairia duro no chão. Ele até mesmo se sentia mais leve. “E que dessa vez, me leve realmente” – Pensou, em um anseio desesperado.

Tanta pressão, tanto medo fazia sua pressão cair. Enquanto palavras cada vez mais baixas saiam de sua boca, ele sentia-se como se sua alma estivesse a sair daquele lugar. Não suportava mais. E não demorou muito para que sua consciência se esvaísse completamente. Sua última visão foram vultos a clamar seu nome com falso desespero.

“Nem mil almas me seriam suficiente para perdoar àqueles que foram como demônios encarnados na face terrestre”

Sua audição começou a captar sons distantes, indistinguíveis. Seus olhos, de completa escuridão, começava a lhe mostrar vultos que com o tempo fora formando diversas cabeças ao seu redor. Ele tremeu ao perceber que eram seus colegas de classe. “Não...Eu não quero acordar...Não agora...”

- Você tem noção da merda que você fez?! – A voz da Medusa entrou em seus ouvidos. E ele petrifica naquele mesmo lugar. “Evite contato visual. Agora!” O garoto olhou para o lado instantaneamente – Sabia que perdemos os pontos do trabalho?! Tivemos que ler as falas e a professora não aceitou. Tudo por causa desse seu desmaio falso! Me diz, está satisfeito?!

- M-Mas...N-Não é falso... – Não era mentira. Ele não fez por querer. Até porque ele sabia as consequências de o fazer.

- Vai mesmo mentir pra gente? Já não está mal o suficiente pro seu lado? – Falou a garota, Jun já estava pronto para pular e sair correndo. Se ajoelhou na cama, os olhando trêmulo. – Se sente que não terminamos!

“Agora ou nunca!” – Jun pensou antes de dar o maior salto que conseguia e então sair correndo. Nem sabia qual a reação dos outros em seu grupo. E não se importava. A única coisa que seu coração ansiava era sair vivo daquele lugar naquele momento. Ele tinha de ir mais rápido!

Atrás do garoto, estava o outro. O único garoto do grupo corria em velocidade quase desproporcional para seu corpo. Também pudera. Ele era um dos melhores membros do clube de esporte. O pequeno Jun não teria a mínima chance com ele mas ainda assim, ele sabia que não podia desistir.

Se seus braços não fossem tão fracos quanto sua alma – palavras do garoto –, talvez ele pudesse colocar alguns obstáculos na sua trilha contra seu adversário. É uma pena...Uma chance perdida. Tentar o atrasaria mais ainda.

Correu e correu até suas pernas não atléticas aguentaram. Aos poucos eles foi perdendo o ritmo e não demorou muito para o moreno o agarrar pelo braço.

- NÃO! ME SOLTA! – Gritou em desespero, sendo colocado contra os armários enquanto o outro estava a poucos centímetros do mesmo. Ele se debatia.

- Ei! Shh! Calma, deixa eu fal- – Seja lá o que for que o garoto de cabelos negros como carvão e pele alva como neve fosse falar, ficou apenas em pensamento. Atrás do mesmo surgiu as garotas que o interrompeu.

- Bravo, Snow! Bravo! Conseguiu pegar esse pestinha! – Snow? Ele nunca sequer soube o nome do garoto. Ele era estrangeiro? Jun o julgava por andar com aquele grupo de cobras. Uma das mesmas, aliás, olhava o moreno de cara feia, que se desculpava com “leitura labial”. Vai se saber porque. Não importava naquele segundo.

Snow saiu do caminho, o deixando encurralado com as pestinhas. Naquele segundo, o corpo do moreno seria um ótimo escudo – Sem segundo sentido. O acastanhado só conseguia pensar em quanto estava fudido. O quanto demoraria para ele apanhar? E de quanto tempo seria a duração? Ele não sabia. E para ser sincero, sequer preferia saber.

- Você tem noção do que você nos fez perder? E ainda foge das consequências? Sabíamos que era um covarde, mas não consigo acreditar que seria tanto a ponto de ter que fugir. – Começou a Medusa. Aquela voz o dava tanto medo. A mesma parecia que ia o petrificar e logo em seguida lhe derrubar no chão, quebrando-o em vários pedaços.

- Qual você acha que deve ser sua punição? – Disse a outra, o fazendo tremer. Ele já podia sentir os hematomas a aparecer. Quantos roxos, vermelhos ou cortes ele teria em seu corpo dessa vez? Ficou em silêncio.

- Não consegue sequer decidir por si mesmo? – A terceira fala. – Ou acha que lhe deixaremos ir sem nenhum problema depois do dano que causou à nossa nota?

“Talvez nenhum dano seria causado se vocês se resolvessem sem ter de me meter ao meio.” – Pensou Little. Ele só queria fazer aquela droga de trabalho sozinho e evitar problemas...Mas esses quatro...Ugh, eles não o deixavam em paz. Jun os odiava. Tudo que ele queria é que o afastasse deles. Queria simplesmente ter a vida de um universitário. Impossível ao que se aparentava. Enquanto eles estivessem ali, seria impossível.

Saiu de seus pensamentos e lista de desejos ao sentir seu cabelo puxado com força. Quando ele cambaleou para frente, seguindo a mão, lhe colocaram um pé na frente. Little caiu de joelhos diante àquelas garotas. Se recusou a olhar pra cima.

- Olhe pra cima. Agora. – O quão firmemente ele seria capaz de aguentar? Talvez não fosse a melhor das ideias mas queria resistir. Enquanto isso, lutava contra a vontade de chorar. Por quê? Por que ele tinha de passar por isso? Não...Por que o ser humano seria tão cruel a ponto de ferir os outros? Qualquer um.

Continuou de cabeça baixa. Isso não daria certo...Já podia sentir. Onde estavam os staffs da universidade? Reunião mais uma vez?! Somente quando ele precisava deles?! O azar dele era até mesmo comovente. Não é possível...

Um chute forte em sua barriga o fez perder todo o ar. Olhou para cima, cedendo no primeiro obstáculo. Já podia se ver algumas lágrimas se formando no canto de seus olhos. “Fraco” – Se passou na sua cabeça. “Inútil” – Aqueles pensamentos aos poucos retornavam. Ele iria ceder para eles. Afinal, seu maior inimigo era sua mente.

As risadas de deboche das meninas eram como se fossem plano de fundo. Parecia tão distante. Em sua mente, as vozes de pessoas amadas lhe chamando de todo tipo de nome eram tão mais altas. Parecia até que o garoto era esquizofrênico. Mas não. Aquilo era sua própria imaginação e concentração lhe atacando. Era assustador.

Em poucos minutos, ele já tinha cinco dedos estampados em seu rosto. Seus olhos já estavam inchados de tanto chorar. Sua garganta...bem, ela estava ótima. Não conseguia gritar. O medo das consequências não deixava. Quando elas finalmente o abandonaram, Jun não tinha sequer vontade de se levantar. Ficou como um completo fracassado, sentado no chão. Faltava muito para o dia acabar? Ah, sim...Ainda estava tão cedo...Ele não sentia vontade de voltar pra sala.

Se levantou e como zumbi foi a enfermaria – Local de onde não devia ter saído. Já deitado na cama, escondeu a cabeça no travesseiro que lá possuía e se permitiu desabar. Tudo que ele queria naquele momento era sua cama, seu quarto. Mas pouco provável isso ser possível. Infelizmente.

Ele talvez devesse fugir mas encarar seus pais? Iria terminar ainda mais com o seu dia. Eram para estar trabalhando mas estavam com um pequeno bônus por seu trabalho árduo após um ano. Uma semana em casa. Ele queria ter esse bônus.

A enfermeira chegou pouco tempo depois e, claro que, ao vê-lo, o inundou de perguntas. Era assustador. E ele não sabia como mentir. Estava claro que ele havia apanhado. Mas no fim, insistiu em dizer que havia levado um fora de uma garota bem mal educada enquanto ela estava fora. A mulher não insistiu, mesmo desconfiada. Ele não teria ajuda. Mais uma vez.

Passou um pouco de seu tempo sendo cuidado até voltar pra sala, chorando em seu canto. Não se importou com as bolinhas de papel jogadas em sua direção ou risadas. Isso não importava. Isso não era nada em comparação o quanto seu corpo e bochecha doíam.

Demorou algumas horas – Que pareciam eternidades – para ele poder se dirigir ao seu lar. Somente quando estava saindo, com os pensamentos a mil, se lembrou de seu celular e o pegou. O ruivo havia respondido. Talvez ele tivesse preocupado Famous demais? Quer dizer, ele pensava sim em morrer mas...seria sua morte algo tão importante?

Sem se importar, falou o que queria em mensagens separadas. Bem, se ele desaparecesse, pelo menos alguém saberia o que havia acontecido e poderia informar Ayase também. Suspirou e continuou seu caminho por poucos segundos antes de receber o próximo testamento da bíblia escrito pelo outro. “É óbvio que estou o preocupando demais...” – Sentia vontade de chorar.

Foi para casa, como disse seu amigo. Ele não merecia sofrer por alguém tão estúpido. Por que ele tinha de ter ingressado em Sword Hunters? Se isso não tivesse acontecido, talvez poderia estar naquele momento a dançar com a morte no inferno.

Já em seu quarto, com o computador ligado, tirou a foto que ele pedia. O Skype já estava na tela e ele pronto pra ligar. Não demorou muito para ambos estarem discutindo o que aconteceu. Seus pensamentos iam embora conforme Little e Famous conversavam. Ele havia conseguido. Mais uma vez.

Até tarde da noite ficaram a jogar, quando Ayase se conectou. Óbvio que ele perguntou sobre Little e após uma longa conversa, continuaram a jogar. Diz o moreno que havia criado uma sala para eles mas como ninguém entrou, ele saiu. Passou horas à esperá-los.

Isso fez Little pensar se não eram eles que o excluiam. Não era à intenção do mesmo, creio que de Famous também não. Entretanto quando ele tocou no assunto, Ayase nem sequer quis continuar falar. Vai entender...O que importa é que, talvez, o mesmo não fosse como ele imaginava. Se perguntava se devia conversar com ele um pouco mais. Não sabia.

O que importa é, que por agora, suas inseguranças sobre ambos haviam desaparecido. Por agora, “a amizade perfeita” estava presente. Por agora, não se possuía nenhum problema.

...

“...Por agora, tudo é como todos sempre desejaram...”


Notas Finais


É isso, espero que tenham gostado
Se você gostou, não se esqueça de comentar e me dar aquela motivação para continuar
Diga o que acharam, por favor ♡
Muito obrigada se você favoritou, nos vemos num próximo capítulo
Até lá, um abraço ♡
Falou


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