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História Be MY Daddy (Daddy Issues) - Bad Memories


Escrita por: JUSAPATONEZ

Capítulo 2 - Bad Memories


Pov Lauren

Quando eu tinha apenas 6 anos a minha mãe me abandonou, era o dia do meu aniversário, eu assisti enquanto ela deixava eu e meu pai para trás para viver com outro homem, me lembro perfeitamente de suas últimas palavras;

-Eu sempre vou voltar. -Ela disse soltando a minha mão e me deixando para trás

Então eu gritava "Mãe Volta! Não vai embora! Volta mãe!" Mas ela fingia não ouvir, entrou no tempra vermelho e foi embora com o amor da vida dela.

Mas ela nunca voltou, eu nunca mais ouvi falar dela. Eu havia gritado tanto naquele dia que perdi a voz por longos meses, meu pai acumulou um grande ódio dentro de si mesmo e não permitia mais que eu tocasse no nome dela.

Mas eu à amava, e queria procura-lá, até entender que ela nunca ia voltar, então comecei a dar razão pro ódio do meu pai, mas ele não era mais a mesma pessoa. Não cantava ou lia histórias para eu dormir, não passeava mais comigo no parque, não me levava mais pra escola, não me dava mais nenhum tipo de carinho. Então ele se casou de novo, com Jenna, minha madrasta. Antes deles se casarem ela era boa pra mim, eu até apoiava os dois, pensava que finalmente voltaria a ter uma mãe. Mas quando eles se casaram ela se revelou, ao menos quando ele não vê. Ela me fazia limpar a casa até tarde insistindo que eu esfregasse onde estava limpo, eu nunca tinha tempo pra estudar, e por isso tinha notas baixas, pois ela fazia questão de me colocar em uma escola com um nível mais avançado do que o meu. Ela sempre fez de tudo pra dar ao meu pai um motivo pra ele brigar comigo. Eu nunca mais soube o significado da palavra carinho, então procurei no passado algo que talvez pudesse trazer o amor de volta na minha vida.

Vi minhas amigas trocarem as barbies pelos celulares, é claro que eu tenho um, mas não troquei minhas bonecas por ele. Pelo contrário, eu tinha 16 anos e ainda pedia ursinhos e bonecas pro meu pai, que sempre atendia meus pedidos no meu aniversário e no natal.

Agora eu trabalhava como garçonete em uma lanchonete, ganhava meu próprio dinheiro e ajuntava uma quantia para gastos que eu precisasse no futuro. De manhã eu ia pra faculdade que minha madrasta pagava só pra eu ficar longe dela, eu sempre quis sair mas ela começava a chorar e falava várias asneiras pro meu pai que, como sempre, acreditava e brigava comigo.

Eu me afastei dos meus amigos e tive dificuldades para fazer novos, só Ally continuava comigo. Ela me entendia e não me julgava pelo meu jeito.

Ally me apresentou Brad, e com o tempo passei a gostar dele e ele de mim, e então ele me pediu em namoro.

-Aceita ou não? -Ele me perguntou novamente pois eu demorei pra responder

-Antes eu preciso te contar uma coisa. -Eu disse

-Fala.

-Eu não sou como as outras garotas... -Eu disse meio enrolada

-Eu sei, você é especial, você... -Não o deixei terminar

-Não... Baby Girl, já ouviu à respeito?

-Já, você... então é por isso que você anda sempre com essas roupas de menininha?

-Não ria de mim. -Eu disse abaixando a cabeça

-Não vou rir, e eu gosto de você. E posso muito bem ser seu... "Daddy". -Ele disse

Mas não foi bem esse mar de rosas, como a primeira vez que ele entrou no meu quarto.

-O que é isso? -Ele disse franzindo o cenho perdido na multidão rosa - Você tem uma irmã?

-Não, esse é meu quarto. -Eu disse

-Isso é coisa de mais pra minha cabeça. -Ele disse antes de sair do meu quarto

Naquele dia tivemos nossa primeira discussão, primeira de muitas que vieram depois. Mas nenhuma me magoou tanto quanto a última.

-Chega! -Ele gritou

-Chega de que? -perguntei

-Chega dessa palhaçada, você age como se fosse uma criança, isso é ridículo.

-Você não achava ridículo antes. -Eu disse

-Mas agora é, eu já estou por aqui dessa sua cara entojada, essas suas roupas cheias de frufruzinhos esse seu jeito, essa sua inocência falsa, você me irrita.

-Não grita... -Eu disse deixando uma lágrima escorrer

-Eu vou gritar porque eu estou cansado, ou você começa a agir igual uma mulher, ou ta tudo acabado. -Ele disse

-Quando a gente começou a namorar você sabia que seria assim.

-Não, eu pensei que ia ser uma coisa legal, uma experiência diferente, mas só foi uma experiência chata e enjoativa. Eu sempre tomei cuidado nas minhas relações pra não ser pai cedo mas com você eu sou pai sem ao menos ter gerado um filho, aliás oque está bem longe de acontecer já que você fica me enrolando e sempre arranja desculpa pra não transar.

-Mas você disse que me amava... -Eu disse ainda chorando

-Ninguém ama ter uma pessoa imprestável do lado, e é oque você é, uma imprestável, uma doente. Você precisa é de um psicólogo.

-Eu só queria um Daddy

-Então faz uma fixa num orfanato, senta e aguarda. -Ele disse saindo e eu o segui até o lado de fora da minha casa, eu estava com uma camisola rosa e uma blusa de moletom amarela aberta, meu ombro esquerdo estava de fora por causa da blusa caída

-Espera. Aonde você vai?

-Pra qualquer lugar bem longe de você, sua doente. -Ele disse indo embora e então eu me sentei ali na frente do meu portão e comecei a chorar

-Viu no que dá ser uma retardada? Nunca nenhum homem se interessou por você e quando um cara bacana finalmente aparece você assusta ele e faz ele ir embora por causa dessa sua mania doentia de querer ser criancinha, mas você tem 19 anos e não é mais uma criança, entende isso, encosto. -Jenna disse jogando um saco de lixo praticamente em cima de mim

Eu me levantei e fui tomar banho, e lembrava que a ultima vez que eu havia chorado assim tinha sido há treze anos atrás, quando minha mãe foi embora.

No dia seguinte eu parei de chorar e decidi que não ia ficar sofrendo por causa de uma pessoa que não me amava de verdade, me arrumei e fui para o meu trabalho onde Ally apareceu para conversar comigo, como o de costume às 10h da manhã.


Notas Finais


Continua?


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