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História Be MY Daddy (Daddy Issues) - Pretty Girl


Escrita por: JUSAPATONEZ

Capítulo 3 - Pretty Girl


(Pov Lauren)

-Bom dia! -A baixinha de cabelos aloirados disse entrando na lanchonete

-Bom dia. -Eu respondi sem entusiasmo

-O que aconteceu, baby? -Ally perguntou

-Brad falou um monte de coisas pra mim ontem que realmente me magoaram -Eu disse

-Vocês terminaram? -Ela perguntou

-Sim...

-Poxa, vocês se gostavam tanto. -Ally disse

-Não, se a gente se gostasse tanto assim não teríamos nos separado, eu não vou ficar sofrendo por alguém que não me ama da verdade.

-Falou bonito! Eu queria ter essa sua mesma auto motivação. -Ally disse

-Pessoa errada pra se espelhar, Ally. -Eu disse e uma moça loira e alta se aproximou de Ally

-Lauren essa é Dinah, minha grande amiga. Ela voltou da Flórida esse fim de semana. -Ally disse

-Prazer em conhecê-la. -Dinah disse

-O prazer é todo meu. -Eu respondi

-A gente podia sair amanhã a tarde. -Dinah disse

-Ótima ideia, você Vai né Laur? -Ally disse

-Você sabe que eu trabalho...-Eu disse

-Falando nisso, você tem trabalhado de manhã no ultimo mês, seu pai sabe que você largou a faculdade? -Ally disse

-Não, eu já tentei falar pra ele mas aquela Jenna do inferno complica a minha vida.

-Quem é Jenna? -Dinah perguntou

-Madrasta da Lauren. -Ally disse

-Ela é ruim pra você? -Dinah perguntou

-Ruim é pouco, aquela lá veio direto do inferno pra atazanar minha vida. -Eu disse

-Lauren sofreu muito na mão dela...-Ally falou e o sino que tocava quando a porta abria tocou, então uma linda moça de cabelos longos e escuros entrou na lanchonete, ela vestia uma blusa de couro, uma camiseta branca com uns desenhos em preto e cinza, uma calça jeans rasgada e um vans. Seu estilo me chamou a atenção, então ela se sentou numa mesa e pegou seu celular - Não é, Lauren? -Ally disse e eu percebi que não tinha escutado uma palavra do que ela disse

-Quê? -Eu disse voltando à olhar pra elas e elas olharam pra moça

-Ela até que é bonitinha. -Dinah disse

-Quê? -Eu disse pegando uns pratos para coloca-los na esteira de louças que ia pra cozinha.

-Você não achou ela bonita? -Dinah disse

-Sim, mas...

-Então vai falar com ela. -Dinah me cortou

-Não, isso é loucura. Eu mal a conheço. -Eu disse

-Se não falar com ela nunca vai conhecer. -Dinah disse

-Você parece mais interessada do que eu, converse com ela você, oras. -Eu disse

-Vai, fala a verdade, você bem que gostaria de ficar com ela. -Dinah disse e eu deixei cair dois pratos no chão, fazendo com que a moça olhasse pra mim, eu me abaixei atrás do balcão tentando me esconder.

-Ah, saia daí agora sua tola. -Ally disse

-Eu sou um desastre. -Eu disse

-Mas isso não é novidade. -Ally disse

-Ninguém vai me atender? -Uma voz diferente soou e então me levantei, era ela

Então fui até ela com um bloquinho e uma caneta na mão

-O que vai querer? -Eu perguntei

-Vou querer um x-burguer com esse batatas fritas pack combo, dois donut's com cobertura de chocolate, seis nuggets de frango, uma coca-cola e um croissant de chocolate. -A moça disse

-Isso não é muito pesado pra um café da manhã? -Eu perguntei

-Eu pedi comida, não sua opinião. -Ela disse e então eu voltei pro balcão colocando o pedido dela num tipo de varal que tinha na cozinha.

-Turn down for what. -Dinah disse

-Que garota arrogante. -Eu disse

-Depois dessa eu cuspia no chão e saia nadando. -Ally disse

-Parem suas ridículas. -Eu disse

-Mal me conheceu e já está me xingando, seremos boas amigas. -Dinah disse

Quando o pedido dela ficou pronto eu fui entrega-lo, ela não me disse nem uma palavra.

-Vocês não tem mais nada pra fazer não? -Eu disse

-Na verdade não. Está nos expulsando daqui? Quer ficar à sós com a senhorita cavala ali? -Dinah disse

-Muito engraçadas vocês. -Eu falei

-Estou de férias, bem. -Ally disse

-Claro, trabalha na empresa do noivo, férias sempre. -Dinah disse e eu ri

-Engraçadonas. -Ally disse

Depois de um tempo a moça foi até mim pagar sua refeição.

-Me desculpe por aquilo, eu não estou num dia bom. -Ela disse, eu realmente gostava de sua voz

-Tudo bem, digamos que eu também não esteja num mar de rosas. -Eu respondi

-Começamos de uma forma meio errada, meu nome é Camila. -Ela disse estendendo a mão

-O meu é Lauren -Eu respondi apertando sua mão

-E eu sou Dinah. -Dinah disse se metendo na conversa

-Bom, eu sou Ally. Não quero ser a única que não foi apresentada. -Ally disse

-Foi um prazer conhecê-las. Eu preciso ir, até mais tarde...Isso é, se você ainda estiver trabalhando mais tarde. -Camila disse

-Trabalho até a lanchonete fechar. -Eu disse

-Então até mais tarde. -Ela disse sorrindo e virando pra ir embora, não pude deixar de reparar em sua grande bunda que ficava perfeitamente marcada pelo jeans colado

-Que bunda. -Dinah disse.

-Que horror. Essa é a última coisa que vou reparar em uma pessoa. -Eu disse

-É a primeira que reparo. Isto se for uma mulher, claro. -Dinah disse

-E se for homem? -Perguntei

-Prefiro não reparar. -Dinah disse e eu ri

-Eu estou quase conseguindo o dinheiro, Ally. -Lauren disse

-Quer que eu te ajude a completar o que falta? -Ally disse

-Não, eu já disse que vou conseguir o dinheiro pra casa sozinha. Eu dei uma adiantada muito boa, Jenna andava roubando minha mesada, eu só fui descobrir agora. Meu pai entregava o dinheiro pra ela e ela não me dava, guardava na conta dela. Descobri a senha e transferi tudo pra minha.

-Não contou ao seu pai? -Ally perguntou

-Você sabe que não adianta, vai servir só pra ele dar razão pra ela pela milésima vez. -Eu disse

-Mas logo você vai ter sua casa própria, e eu faço questão de te ajudar com móveis e eletrodomésticos. E não aceito não como resposta, por isso fim de papo. -Ally disse

-Vai passear na loja de brinquedos comigo? -Eu disse e ri

-Nem invente! -Ally disse

-Como assim loja de brinquedos? -Dinah perguntou

-Nada não. -Eu falei

-Ok, passou uma morena muito gata que sorriu pra mim, ta na hora de ir. -Dinah disse

-Tchau. -Ally falou rindo- Eu também tenho que ir.

-Tudo bem, daqui há pouco o movimento melhora. -Eu disse

-Nos vemos outra hora. -Ally disse e logo depois foi embora

Quando era quase seis horas não tinha mais ninguém lá, estava varrendo o chão e limpando as mesas. Eu ficava até mais tarde para ganhar bônus no meu salário. Camila não havia aparecido, então torci para que ela viesse dia seguinte.

Eu estava trancando a cozinha quando o sino da porta tocou.

-Estamos fechando. -Eu disse saindo da cozinha e então vi que era Camila

-Desculpe, acabei não podendo vir mais cedo. Comi disse a você que viria, cá estou. -Ela disse sorrindo

-Você quer comer alguma coisa? -Eu perguntei sorrindo também

-Não quero atrapalhar você, já estava indo embora, não?

-Sim mas não seria incômodo. -Eu disse

-Você vai embora como? -Ela perguntou

-De ônibus.

-Aceita uma carona?

-Eu moro um pouco longe, depois não ficaria ruim ora você voltar? Está frio e chovendo. -Eu disse

-Não, estou acostumada a pegar estrada, eu comprei carro justamente pra isso. Antes eu só tinha uma moto e acabei sofrendo acidente em uma estrada num dia chuvoso, a pista estava molhada e eu acabei caindo da pista alta pra pista baixa. -Ela disse

-Se machucou muito? -Perguntei já do lado de fora, trancando a porta

-Quebrei a perna e desloquei o braço. -Ela disse

-Nossa, e depois disso nunca mais andou de moto?

-Que nada, três meses depois eu já estava subindo na moto de novo, isso porque o médico me deu quatro de repouso absoluto. Comprei o carro mesmo porque meus pais insistiram, disseram que era mais seguro e que ficariam mais calmos. Mas não aposentei a moto. A gente pode dar um passeio qualquer dia. -Ela disse indo comigo até o lado do passageiro no carro e abrindo a porta pra mim em seguida entrando pelo outro lado

-Eu tenho medo até de andar de bicicleta, imagina de moto. -Eu disse e ela riu alto

-Sério?

-Ta, de bicicleta talvez não. Mas só a ideia de andar em alta velocidade em um automóvel que não tem nenhum tipo de proteção me da pavor. -Eu disse

-Pra isso temos capacete.

-Você tava de capacete quando deslocou o braço e quebrou a perna? -Perguntei

-É, eu estava. Mas insisto em dizer que andar de moto é muito bom, ainda mais sem capacete. -Camila disse

-Quem sabe um dia. -Eu disse

-Você tem que deixar de ser medrosa.

-Medo faz parte do meu cotidiano. disse

-Do que mais você tem medo? -Camila perguntou

-Aranhas, baratas, mas os meus maiores medos são escuro, tempestade e sair na rua sozinha a noite. -Eu disse

-E você sai quase todo dia a noite, não é? -Ela perguntou

-Quando faço hora extra, morro de medo de ficar no ponto de ônibus sozinha. Antes meu namorado vinha me buscar... -Eu disse

-Por que não vem mais?

-Não estamos mais namorando. -Eu disse

-Ah, eu posso te levar pra casa por esse tempo em que vocês estão separados -Camila disse

-Nós nunca mais vamos voltar, e eu não quero fazer você ter que ir e voltar tão longe todo dia. -Eu disse

-Pra mim não tem problema, gosto de passear de carro a noite. Nova Iorque é tão mais bonita quando a luz do sol se vai. -Camila disse

-Mora aqui há muito tempo?

-Há uns seis anos. E você? -Ela disse

-Doze anos. Eu morava em Miami antes. -Eu disse

-E por que veio ora cá? -Ela perguntou

-Por causa da minha mãe, ela abandonou à mim e à meu pai no meu aniversário de seis anos. Ela fugiu com outro homem. Miami virou o pior demônio pro meu pai, um dia ele me disse que não podia ficar mais lá pois tinha sempre em mente as lembranças da minha mãe. Então vivemos pra cá. -Eu disse

-Você nunca mais ouviu falar da sua mãe?

-Não, no começo eu quis procurar ela mas eu fui entendendo que se ela foi embora era porque ela não me queria por perto. Sabe, eu gritei tanto no dia que ela foi embora e no dia seguinte que eu perdi a voz por quase quatro meses. -Eu disse

-Perdão por tocar nesse assunto, fui insensível. -Camila disse

-Não, de maneira alguma. Gosto do fato de você ter se interessado pela minha história.

-Você ainda mora com seu pai?

-Moro, há uns anos ele se casou de novo. E há uns anos eu vivo um pesadelo constante com Jenna,minha madrasta. Ela me odeia. -Eu disse

-E seu pai não faz nada?

-Ele da razão pra ela sempre, ela fez a cabeça dele totalmente contra mim. -Eu disse

Conversamos o caminho inteiro sobre nossas memórias da estrada, Camila era uma pessoa muito simpática, além de linda e encantadora, quando chegamos na minha casa eu desejei morar mais longe só pra poder ficar mais tempo ao seu lado.

-Amanhã você vai trabalhar? -Camila perguntou, nós duas estávamos do lado de fora do carro

-Como sempre. Só não trabalho nos domingos.

-Pra quê trabalhar tanto? Você é tão jovem ainda. -Ela disse

-Estou ajuntando dinheiro para sair daqui. -Eu disse

-Com razão. Você quer uma ajuda pra comprar um imóvel ou alugar? -Ela perguntou

-Não, já cansei de negar essas propostas de minha amiga Ally. Vocês ganham tudo com tanta facilidade que não conseguem nem assistir uma pessoa conquistando as coisas com suor.

-Perdão, não quia te ofender. -Camila disse

-Chegou cedo por quê, encosto? -Jenna disse mas parou quando viu o lindo carro de Camila

-Bom, acho melhor eu entrar. Obrigada pela carona. -Eu disse

-Não vai me apresentar sua nova amiga? -Jenna disse

-Desde quando você se importa com meus amigos? -Eu disse

-Desde quando eu tenho educação e quero cumprimenta-la.

-Eu te vejo amanhã? -Perguntei pra Camila, ignorando Jenna

-Sim, claro. Até amanhã. -Ela disse sorrindo

-Até. -Eu disse enquanto ela entrava em seu carro

-Vai já pra dentro que tem uma pia de louça te esperando. -Jenna disse

-Você pensa que eu sou o que? -Eu disse

-Vai tentar mais uma vez? Você não cansa de ver qual lado seu pai sempre fica? -Jenna disse

-Por quê você é assim? Oque eu te fiz?

-Por que você não vai embora dessa casa e me deixa viver em paz com seu pai? Por que não pega essa sua infantilidade toda e vai pra puta que te pariu? -Ela disse

-Eu odeio você. -Eu disse entrando

-Não mais do que eu odeio você. -Ela gritou



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