História Fuckboy (GTOP) - Capítulo 14

A campainha tocou já era sete da manhã. Tentei ignorar o irritante toque, mas não foi possível. Esperei que Jiyong levantasse e fosse atender, o garoto apenas me cutucou, pedindo para que eu fosse fazer esse trabalho.

Olhei para ele, que dormia tranquilamente e isso me deu certa paz. Levantei-me rápidamente torcendo para quem quer que fosse, fosse embora logo e me deixasse dormir. Já que não consegui dormir direito à noite, pois, mesmo tendo meus momentos maravilhosos com Jiyong, Taeyeon insistia em me atormentar. 

Esqueci de olhar pelo interfone para ver quem era, bocejei e abri o portão. 

– Oi. Quem é?  – Perguntei, sentindo um pouco de vergonha por causa da minha aparência. Receber um desconhecido com roupas de dormir, não é tão agradável quanto parece. 

Dois homens de vestes azuis e boné da mesma cor, me analisaram dos pés a cabeça, antes de responder. 

– Ah... Residência de Park Bom? – um deles perguntou, olhando para a prancheta em suas mãos. 

– É,  mas ela e o Senhor Park estão viajando. – Respondi, encarando seriamente o outro homem. – Em que posso ajudá-los? – Desviei o olhar para o cara da prancheta. 

– Entrega de mercadoria. 

– Ah... Sério?  Ela não me disse nada. – Fiquei parado, pensando no que fazer. – Espere um momento,  por favor.  

Entrei novamente dentro de casa,  tive que acordar o garoto para saber se ele sabia sobre a tal entrega, e ele não sabia. Então, liguei para Park Bom, pois eu não poderia permitir que estranhos entrassem dentro da casa que não é minha, ainda mais com um adolescente doido que nem o Jiyong.

 – Seung Hyun, desculpe. Esqueci de te avisar. – Sussurrou ela, pelo telefone. – Comprei uma cama para você. 

– Não precisava se preocupar, Bom.

– Claro que preciso, somos amigos. – ela riu. – Espero que não se importe de continuar no quarto de Ji. 

– Ah... não tem problema. 

Era claro que a essa altura, eu não me importava mais em dormir com ele, na verdade, eu estava adorando poder dividir a cama com ele. 

Jiyong teve que se levantar, os dois homens levaram a cama para dentro de seu quarto. Depois que eles se foram, tivemos que dar uma ajeitada no quarto para a cama não parecer jogada. Deixamos tudo bem arrumado, Jiyong aproveitou para mudar algumas coisa, ficou muito melhor agora. Antes parecia uma bagunça;  ele guardou algumas coisas que ficavam atoa pelo quarto, principalmente seus mangás, olha que ele parecia ter uma loja. A cama era grande, me joguei na mesma, achando-a tão gostosa que deu vontade de criar raízes nela. 

– Ah... que delícia. – Falei, fechei os olhos. – Essa é melhor do que a que tínhamos. 

– Tínhamos? – Jiyong repetiu, logo se sentou ao meu lado.

– Taeyeon e eu. 

– Você nunca falou dela para mim. – Fiquei em silêncio, sentindo uma dozinha no peito ao pensar nela. – Como é se relacionar com uma mulher?

Abri meus olhos vagarosamente eencontrei os seus.

– Você nunca...

– Não. – Respondeu movendo os lábios sem sair som.

Sua resposta me fez lembrar de cada momento que tive ao lado dela. Eu amava ser casado, amava ter alguém que estivesse me esperando voltar para casa, também amava fazer as coisas para ela e amava tê-la em meus braços.  Às vezes, eu sentia falta disso. Falta do seu cheiro, seus beijos, suas risadas e suas mudanças de humor. 

– Está falando sério? 

 – Estou. – Respondeu,  deitando ao meu lado. Sua cabeça encostou na minha. – Desde que entrei na puberdade, comecei a sentir atrações pelos garotos da escola... Era bem assustador... – Começou a dizer cautelosamente. – Meus amigos, daquela época, viviam assadinhos atrás das meninas e quando o assunto não era vídeo game ou anime, eram sobre elas...

Fiquei quieto, apenas escutando atentamente sobre o seu passado, o que era bom, pois assim, eu o conhecia mais.

Ele continuou:

 – Era horrível, eu não sabia o que falar, não tinha ideia de como era tocar ou ser tocado por uma. – Ele suspirou. – Então,  passei a assistir mais animes hentai, só para me socializar e funcionou. Todos pensavam que eu era o tipo de garanhão,  saía pegando todas, mas...

– Mas? – Perguntei curioso. 

– Eles começaram a desconfiar,  pois nunca me via ficar com nenhuma.

– O que aconteceu depois? – Ele me olhou, suas mãos deslizavam pelo meu abdômen. 

– Chego até aqui, agora sua vez de contar algo do seu passado.

– Ao contrário de você,  eu sentia atração,  mas raramente ficava com uma. – Comecei a rir. – O que quer saber?

– Hum... me conte alguma coisa sombria sobre seu passado. 

– Eu não tenho. – Respondi imediatamente, pensando em alguma coisa. 

– Ah, qual é?  Todo mundo já fez algo que ninguém pode saber.

– É sério, eu não tenho...– Parei, ao lembrar repentinamente de uma coisa, mas era algo que ele não poderia saber. 

– Vamos fazer assim, eu te conto uma coisa e você outra... troca justa.

– Melhor não. 

– Seung Hyun! Vamos. – Jiyong beijo minha bochecha, senti uma vontade súbita de sentir seus lábios nos meus. – Não confia em mim?

– Eu já estou fazendo algo que ninguém pode saber. 

– O quê? 

Beijei seus lábios sem responder sua pergunta,  afinal, ele sabia perfeitamente que eu falava de nós. Não perdi tempo, agarrei suas nádegas no mesmo instante, apertando com força e o puxando para ficar em cima de mim. Jiyong sentou-se em meu colo, deixando uma perna de cada lado do meu corpo,  enquanto suas mãos brincavam com os meus cabelos e sua língua explorava minha boca.

– Hyung. – disse ele entre o beijo.– Hyung...

Afastei-me de seus lábios,  olhei-o com desejo. 

– Estou com fome... 

– Ah... agora? – Ele fez que sim com a cabeça. Mordi os lábios pensativo, meu corpo já estava se preparando para a festa e eu não queria parar. – Não pode esperar?

– Hyung... Quero comer... – Ele disse bem manhoso, deu até peninha. 

– Tudo bem, então. – Sorri sem jeito. Ele saiu de cima de mim; me permitindo sair dali.

Na cozinha comecei a rir da minha idiotice. Eu me sentia um velho tarado que não conseguia ver um rabo de saía que já armava a barraca. Porém,  não reclamei, tudo estava sendo bom para mim. Enquanto meus amigos não descobrissem nada. Depois que fiz panquecas e calda de chocolate,  levei para ele comer. Já que ele não desceu,  deduzi que quisesse comer em seu quarto. 

Ao abrir a porta do quarto, dei de cara com Jiyong vestido de policial, parado em frente ao espelho. 

– O que você...

– Gostou,  Hyung? – Perguntou, sorrindo para mim. 

Fiquei estático sem saber o que fazer. Eu nunca tive fantasias com homens, não era do tipo que achava excitante ver um policial, bombeiro e médicos. Mas, Jiyong estava realmente sexy.

– Eu fiz o que você pediu. – Falei, mudando de assunto. 

Jiyong se aproximou e começou a rondar.

– Muito bem, Hyung. – Disse próximo ao meu ouvido. – Mas não era disso que eu estava falando... – Suas mãos tocaram em meu traseiro e apertaram com força,  quase derrubei a bandeja das mãos. – Você. Eu estou querendo você. 

Engoli seco. Em seguida ele pegou a bandeja e depositou em uma mesinha no canto do dormitório. Jiyong tirou minha camisa, começou a beijar meu peito, mas antes que eu pudesse pensar, ele pegou minhas mãos e senti algo gelido entrar em contato com a minha pele, era algemas. 

– Jiyong... você...

– Shhh... não vamos estragar a diversão, Hyung. – Disse após me prender. – Agora quem manda aqui, sou eu. – Ele piscou,  me levando até a minha nova cama.

Ele me empurrou e cai de costas em cima da cama.

– Jiyong, está cedo para isso.

– Desde quando têm horário para um policial agir? – Ele sorriu, mordeus os lábios. 

Jiyong ficou parado, olhando-me nos olhos, na mesma hora pegou o cassetete no cinto da fantasia e ergueu no ar.

– Está pronto para brincar, Hyung? – Perguntou, colocando o cassetete na boca de um jeito provocador. 

– Acho que acabei de roubar um banco. – Entrei na sua.