– VOCÊ VAI VOLTAR COM ELA? – Jiyong alterou a voz, sem se importar com a presença de sua mãe.
Engoli em seco, sem saber o que responder. Na verdade, eu apenas menti para a minha amiga, mas não pensei que ele fosse ouvir isso. Meu coração foi a milhão em questão de segundos, meus olhos encontraram os de Seungri, que me encarava com ar de vitorioso. Aquilo me irritou pra caralho.
– Não. – respondi baixo, sentindo o olhar de Seungri me fuzilar. Enquanto Jiyong estava parado me olhando quase sem piscar. – Na verdade, eu não sei...
– VOCÊ NÃO PODE FAZER ISSO!
– Jiyong, para de se intrometer. – Park Bom disse entre dentes, tocando em meu braço e acariciando para que eu ficasse calmo. – Vá para o seu quarto, agora!
Ele suspirou, bateu o pé no chão e deu meia volta, saindo junto com o amigo idiota dele.
– Desculpe-me pelo comportamento de Ji. – Suspirou. – Mas ele tem razão. Você não pode fazer isso...
– É que eu não penso nela, penso no bebê.
[...]
– É por isso que eu evito caras mais velhos. – A voz de Seungri fez meu sangue ferver, porém continuei parado atrás da porta do quarto de Jiyong. – Eles sempre têm filhos, ou querem, e é inevitável não ter uma ex de muitos anos na cola. Eu te avisei, G-Dragon!
– Eu sei, mas...
– Você nem ligou mais para o Taeyang, nem sequer saiu mais com o seu grupo. Tudo por causa desse Ajussi? Aish. Francamente...
– Eu sei tá!
– Você deveria ficar comigo, ao invés de...
– Aish. Seungri! – Jiyong gritou. – Já te disse que eu não te vejo mais que amigo. Então para tá! E não fale sobre aquela mula do Taeyang! Aish.
– E o que vai fazer em relação ao Ajussi? – Perguntou mudando de assunto.
– Eu não sei. Eu não quero que ele vá embora... – Suspirou.
– Então faça alguma coisa, ué.
– Tem alguma sugestão?
– Tenho. – Seungri respondeu, antes que eu pudesse ouvir seu plano, Park Bom me chamou.
[...]
Levei-a para o hospital que fomos há dezoito anos atrás. Depois de preencher uma ficha, a ajudei a escolher qual homem ela iria querer que seu bebê parecer, infelizmente não seria o seu marido.
Park Bom demorou, mas conseguiu um. Seu nome era Zhou Mi, era chinês meio coreano, ela adorou o sorriso do homem e por isso escolheu ele. Fiquei com um pé atrás por ele ser chinês também, será que o futuro Siwon poderia desconfiar de algo?
Ela entrou em uma sala, fiquei esperando-a completamente nervoso. Decidi ligar para Yoongi, mas ele não quis me atender e nem respondeu as minhas mensagens.
Pronto, tudo se acabou. Pensei, sentindo meu coração doer.
– Pronto. – Park Bom suspirou alegre.
– Já?
– É rápido, esqueceu? Espero que funcione.
– Estou torcendo por você. Fighting!
[...]
Depois que aquele garoto insuportável do Seungri foi embora, fiquei sozinho no quarto com o Jiyong. Por um momento ficamos em silêncio, apenas os pensamentos ia e voltavam. Eu não queria deixá-lo, porém, eu não queria ficar longe de Taeyeon por causa do bebê. Queria aproveitar cada momento da gestação, ver sua barriguinha crescer e tudo mais, mas como eu faria isso sem estar ao seu lado?
– Vai ir embora mesmo? – Perguntou quebrando o silêncio de repente.
– Não será para sempre.
– Por quanto tempo?
– Até o bebê nascer.
Jiyong me olhou demoradamente, pude ver a tristeza em seu olhar. Toquei em seu rosto, puxando-o delicadamente para um beijo calmo e carinhoso. Automaticamente ele foi sendo intensificado, quando percebi, Jiyong estava em meu colo, arranhando minha nuca e eu apertando sua bunda com desejo.
– Vem comigo? – Perguntei entre o beijo.
– Quê? – Ele riu. – Eu não posso, meus pais...
– Você não queria liberdade?
– Eu quero, mas... – Ele mordeu os lábios pensativo.
– Vamos fazer assim... Eu vou ir primeiro para resolver as coisas e você fica e pensa. Se realmente quiser, estarei de braços abertos esperando por você. O que você acha?
Jiyong pensou.
– Fechado. – Sorriu, retribui o sorriso. Ele voltou a me beijar, mas bem na hora bateram na porta do quarto. Ele se afastou de mim, correndo para o vídeo game, enquanto eu fingia arrumar as malas.
– Posso entrar? – Siwon perguntou entrando antes que tivesse alguma resposta. – Seung Hyun, é verdade que você vai embora?
– É. – confirmei com certa tristeza.
– Aish. Não vá. Se quiser chama a Taeyeon para vir passar um tempo aqui, mas não vá.
– Quê? Ficou doido? – Ri. – Park Bom me mata se eu trouxer a Tae pra cá. Sabe que elas não se dão bem.
– Ah, é. Eu tinha me esquecido disso. – Ele coçou a cabeça. – Você vai morar com ela?
– É, vou. – Dei um meio sorriso. – Aliás, o apartamento que ela mora também é meu.
– Falando nisso, eu tenho um apartamento vazio em Seul... – começou ele. – Se você quiser morar nele para não ter que ficar com a sua ex...
– Não precisa se incomodar. – Falei, entrei no closet e peguei minhas malas.
– Qual é, não precisa agir assim... aceita logo.
– Pai... eu posso ir também? – Jiyong virou-se com tudo na nossa direção. – Posso?
– Claro que não, você é um bebê.
– Aish. Pai. Qual é, nem virgem sou mais. – Ele piscou e riu. – Deixaaaa, por favor.
– Jiyong, estamos em uma conversa de adultos. – Disse sério.
– Pai, eu posso ficar no apartamento com o Tio Seung Hyun, eu prometo não der um incômodo. Lembraque te falei daquela escola de mmúsica que tem em Seul? Posso aproveitar e estudar nela. Tio Seung Hyun cuidará de mim, não é?
– Cla-cla-claro. – Gaguejei, tentando imaginar a situação.
Siwon suspirou.
– Se não for um incômodo para o nosso Seung Hyun. – Ele me olhou, esperando uma resposta positiva para que eu aceitasse o apartamento.
– Ele não foi um incômodo aqui, tenho certeza que lá também não será. – Sorri, olhei para Jiyong que abriu um sorriso enorme.
– Sério? Posso mesmo?
– Pode. – Siwon revirou os olhos. – Mas se comporta, em... Se não, eu vou te buscar pelas orelhas, Park Jiyong.
– Ah... obrigado, Pai. – Jiyong levantou-se e correu até os braços do pai e o abraçou, logo em seguida, veio me abraçar.
– Vamos nos divertir muito. – Sussurou, dando um rápido beijo em meu pescoço. Me arrepiei completamente.
– Vou arrumar minhas coisas. – Jiyong correu para o closet.
– Não tem problema mesmo? – Perguntou Siwon, inseguro.
– Não. Será melhor assim, ele no meu pé, terei certas desculpas para as insistências de Taeyeon. – Ri, Siwon me abraçou, retrubui e em seguida ele me entregou a chave.
– Fique o tempo que precisar. – Peguei as chaves, me sentindo culpado na hora por mentir por causa do seu filho e de sua mulher também. – Aliás, esse apartamento darei para o Jiyong quando entrar na faculdade... – Comentou.
– Ele ficara muito feliz em saber disso.
– Na verdade, eu comprei pra ele faz tempo, mas ele nunca me mostrou que fosse capaz de morar sozinho... – Sussurrou.
– Tenho certeza que ele está pronto. – Sorri.
– Parece que sim. Depois que você chegou, mudou meu filho. – Disse mostrando um sorriso empolgante. – Sério. Muito obrigado por cuidar tão bem dele. Tenho certeza que será um bom pai.
– Obrigado você, Siwon.
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