História Fuckboy (GTOP) - Capítulo 23

Acordei por volta das nove horas da manhã. Seung-Hyun não estava deitado ao meu lado, apenas um espaço vazio me fez lembrar do que aconteceu ontem à noite. 

Fiquei um tempo deitado na cama, pensando no que fazer, eu não queria que o nosso relacionamento terminasse  desse jeito, sem mais nem menos, e só de pensar que sua estávamos tão perto da sua ex-mulher grávida, meu peito doía. Levantei-me vagarosamente sem saber o que fazer nessa situação, eu tinha medo dele acabar explodindo e também,  tinha medo de não fazer nada e perdê-lo.

Seung Hyun estava no sofá, lendo alguns papéis, peguei meu café da manhã e me sentei ao seu lado. A TV estava ligada então assisti um pouco do seriado que se passava, era engraçado, mas eu não estava com bom humor. 

Hyung largou a papelada na mesinha de centro, me fazendo levar um susto. 

– Tudo bem, Hyung? – Perguntei encarando-o. 

– Aish. – Murmurou. Depois de uns minutos em silêncio ele olhou para mim. – Oh. Já acordou?

– Não, estou dormindo ainda. – respondi com ignorância, ele revirou os olhos e foi para a cozinha. 

Suspirei. Pensei por um momento e fui atrás. 

– É ela não é? – Perguntei cruzando os braços e olhando para ele. – Quer voltar com ela? 

Ele não respondeu. Suspirei,  enchendo meus olhos de lágrimas. 

– Acho que foi um erro eu ter vindo. – Virei as costas, não aguentando segurar o choro. Senti sua mão gelada tocando em meu braço, me fazendo parar.

– Não. – Disse. – Eu não quero.

– Então,  por que está agindo estranho? – Perguntei sem olhá-lo.

– Eu entrei em choque. – ele falou quase como um sussurro. – Eu não sabia como agir... Eu não esperava encontrá-la tão cedo e de repente toda a dor e lembranças do passado voltaram sem avisar...

Meus olhos piscaram frenéticamente ao escutar tudo aquilo. Eu não sabia extremamente como ele se sentia, mas pelo que eu já vivi na minha vida, dói muito quando alguém que amou tanto aparece na sua vida novamente depois de tudo. Em mim doeu, doeu quando eu me apaixonei pela primeira vez, éramos bons amigos, quase como iirmãos, até meus pensamentos sobre ele mudarem. Não era pelo fato de ele sempre estar ao meu lado cuidando de mim, me fazendo rir em meio a tristeza, me consolar quando ninguém mais podia, mas, no final, acabei me declarando e ele decidiu ir embora para sempre da minha vida. 

Hoje eu superei toda aquela dor. As lágrimas que já derramei por ele, se secaram e os sorrisos que desapareceram, os encontrei em Seung-Hyun. Por um lado eu não me arrependo do que vivi ao lado dele, pois, agora, Jackson não passa de uma mera lembrança de que no coração a gente não manda.

Senti os braços de Seung-Hyun em minha cintura, me puxando para si, grudando meu corpo no seu enquanto seu nariz roçava em meu pescoço. Meu corpo se arrepiou da cabeça aos pés,  automaticamente fechei os meus olhos, levando uma de minhas mãos até os seus cabelos da nuca e deixando a outra mão na sua. Meu coração acelerou, seus lábios sobre o meu pescoço, beijando toda a extensão com delicadeza, me torturando aos poucos. Quando desci sua mão pela minha barriga em direção a virilha, até encontrar o meu membro por cima da bermuda. 

– Hyung. – Falei, quase sem voz. Mordi os lábios sem pensar em nada,  além dele.

Esqueci completamente do que estávamos conversando quando tirei minha camisa, jogando em qualquer lugar da cozinha. Seus lábios estavam passeando pelas minhas costas, senti seus dedos tocando delicadamente em minha pela, sem pressa alguma. Seung-Hyun puxou de repente a minha bermuda, só pude o alívio quando me livrei das minhas roupas. Apoiei as mãos na parede, ele tocou em queixo me virando para beijá-lo, não tive tempo para recusar sua língua invadir minha boca. Foi um beijo delicado, calmo e apaixonado, aos poucos intensificamos, enquanto o sentia penetrar vagarosamente em minha entrada.

– Jiyong... – Disse entre o beijo, acelerando pouco a pouco dentro de mim.

Afaste-me de seus lábios para dizer seu nome eenquanto sentia o meu corpo inteiro se encher de prazer. 

Era a nossa primeira vez na casa nova e eu desejava que fosse a primeira entre milhões de vezes.

[...]

Passamos o resto da tarde deitados no sofá em meio uma maratona de filme de comédia. Eu me sentia maravilhado ao seu lado, ouvindo suas risadas gostosas, enquanto seu corpo pertinho do meu,  me esquentava. Seung-Hyun desligou o celular para que ninguém incomodasse,  acabei fazendo a mesma coisa com o meu. 

Depois de uns três filmes, entramos na cozinha para fazer algo para comermos.  Eu não sabia fazer nada,  então,  eu mais o atrapalhei do que ajudei. Toda hora eu o beijava, o provocava de alguma maneira, ele ria, mas não conseguia me ignorar. Após ter tudo pronto, voltamos para a sala e jantamos por lá mesmo, terminando de assistir os filmes.

– Faz tanto tempo que não faço uma coisa dessas. – Ele comentou. 

– É tão bom... ficar assim... – Me aconcheguei em seus braços. – Sem medo de alguém vir nos atrapalhar...

– Realmente, é muito bom.

– Hyung, o que você vai fazer em relação ao bebê?  – Perguntei de repente. Ele olhou para mim, pensativo. 

– Não sei. – suspirou. – Quero ficar com o meu filho, mas não com a mãe...

– Se ela desse o bebê para você... Iríamos viver os três juntos?

Ele demorou para responder, até me arrependi, pois, talvez, ele não ia querer assumir um relacionamento sério comigo. Sem sombra de dúvidas, ele me vê como uma criança, e isso não era legal.

– Não cheguei a pensar nisso, mas eu acho que ela não vai dar. 

– Tem a justiça. 

– Não quero tirá-lo dela sem mais nem menos. Não é legal fazer isso com uma mãe a não ser que ela o maltrate... essas coisas...

– Tem razão. – Concordei, passei a mão em seu rosto. – Hyung... o filme acabou.

[...]

Quatro meses se passaram. Seung-Hyun conseguiu trabalhar como fotógrafo e ele não escondia o quão estava feliz com isso. Ele me matriculou em uma escola de música para queyeu não ficasse a toa, já que eu nem sabia qual faculdade queria fazer. Meus pais vieram nos visitar durante uma semana, mas não foi tão bom quanto pensei, pois Taeyeon passou a ficar mais com a gente para que o Seung-Hyun curtisse a sua gestação. Resumindo tudo: Não tínhamos mais nossos momentos íntimos. 

Minha mãe me contou que estava grávida, não gostei muito da notícia, eu adorava ser filho único,  entretanto meu pais estava tão feliz que chegava a ser bobo. Por incrível que pareça, Taeyeon e mamãe tinham bastante assuntos, agora viviam falando da gravidez. E meu pai, ele não parava de empurrar Taeyeon para Seung-Hyun querendo que os dois voltassem. 

E pelo que pude perceber,  Taeyeon estava adorando se jogar para cima do meu Hyung.

– Já sabem o sexo do bebê?  – Mamãe perguntou, olhando para Taeyeon e Seung-Hyun que estavam lado a lado na mesa de jantar.

– Não,  não.  Decidimos que será surpresa. – Taeyeon respondeu com um sorriso simpático, mas odiei. – E você? 

– Ainda não dá pra ver. – Mamãe riu. – Mas eu acho que será uma menina.

Suspirei, brincando com a comida no prato.

– Também espero que seja uma menina. – Taeyeon acariciou a barriga. – E seja a cara do papai... – ela soltou um riso e tocou o rosto dele.

– Com Licença. – falei, levantei-me e saindo rápidamente da sala de jantar, fui direto para o quarto e liguei o vídeo game. Não consegui me concentrar,  por isso, desliguei e me joguei na cama.

Eu me sentia um zero a esquerda. Fazia tempo que eu não ficava sozinho com o Hyung, não conversavamos sobre nós desde aceitei a sua ex em nosso apartamento e com a visita repentina dos meus pais, dificultaram a nossa situação. Foi nessa hora que meu celular tocou, eu não ia atender,  mas acabei atendendo a chamada de Seungri. 

– Oi.

– GD! – ele meio que gritou. – O que está fazendo? 

– Nada. 

– Nossa... parece que está no tédio... Quer sair?

– Não. 

– Bom, eu estou em Seul. Vim comprar algumas coisas para o casame... Acho que poderíamos nos encontrar e beber um pouco, o que acha?

Pensei. Eu não queria aceitar, ainda mais sendo um convite dele, se pelo menos fosse do Jay Park, seria outra história. Então ouvi a gargalhada de Taeyeon ecoar pela casa e meu sangue ferveu. Se Seung podia estar se divertindo com um alguém,  eu também poderia.

– Claro. É um ótima ideia.