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História Fuckboy (GTOP) - Capítulo 3


Escrita por: Tae-s2sjshinee

Capítulo 3 - Capítulo 3


Fanfic / Fanfiction Fuckboy (GTOP) - Capítulo 3

Minha mente me fez pensar em várias coisas antes de abrir completamente a porta. Pensei que ela havia planejado fazer igual a última vez,  que a propósito foi no dia do nosso aniversário de casamento, ou seja há um mês a trás.  Taeyeon havia feito uma trilha de pétalas de rosas, da porta de entrada ao banheiro, e quando abri, o lugar estava esplêndido.  Havia velas por todos os lados, rosas pelo chão, uma música lenta e romantica tocava, enquanto Taeyeon estava dentro da banheira, apenas me esperando. 

Foi incrível, maravilhoso e inesquecível. 

Mas agora, não tinha nada disso, mas ela estava dentro da banheira com outra pessoa. Meus olhos não conseguiram desviar daquela cena horrível, meu coração acelerou, começou a doer de repente e minha mente tentava processar tudo aquilo. Infelizmente, tudo estava sendo real.

Taeyeon, minha esposa, a qual jurei diante de um altar, tendo como testemunhas nossos familiares e amigos, jurei amá-la, ficar ao seu lado em qualquer momento, seja ruim ou bom. E agora, tudo aquilo parecia ter sido em vão. Os dias em que passei ao seu lado, as mulheres que recusei, as saídas com os meus amigos e até mesmo minha família, afastei de tudo e todos  por ela.

Simplesmente por que eu amava.

– Tae... – Minha voz falhou, não consegui pensar direito, mas havia tantas coisas para dizer, porém não consegui dizer nada.

– Seung Hyun... – Disse ela sem jeito, logo levantou-se e rápidamente saiu de dentro da banheira. E, aquele corpo perfeito, que um dia fora acariciado pelas minhas mão e entrelaçado com o meu corpo, agora havia sido feito por outra pessoa.  – Por que não avisou que estava vindo?

Senti meu sangue ferver, cerrei o punho, sentindo os sentimentos se misturarem dentro de mim. Já não sabia se estava com raiva, ódio,  tristeza, cansaço... ou tudo ao mesmo tempo.

– Desde quando preciso avisar que estou vindo para a minha própria casa? – Perguntei encarando-a, indignado. – Não acredito nisso, Taeyeon. Não acredito.

– Espera, meu amor! – Ela se enrolou em uma toalha rapidamente, se aproximou de mim,  tocou em meu braço.  – Não é o que você está pensando. 

Soltei um riso sarcástico.

– Acha que sou idiota, Taeyeon!?  – tentei ao máximo manter a calma, mas quando meus olhos se fixaram naquele garoto que possivelmente ainda estava na puberdade,  me olhou assustado, seus olhos revelavam que ele estava tremendo de medo. Não dava para acreditar que aquele pivete estava completamente nu dentro da minha banheira, explodi de vez. – Que porra você tem na cabeça? Ele é uma criança!  – Apontei o dedo para ele. O garoto estava estático. – Que merda! Não acredito que você foi capaz de fazer uma coisa dessas! Você é professora, deveria se comportar como uma e não como uma "babá".

Minha respiração estava acelerada, na hora em que me aproximei do garoto, minha visão ficou turva e sem pensar duas vezes, soquei o garoto no nariz.

– Seung Hyun, calma, por favor.  – Pediu ela, me puxando com força.  –Está louco? Não pode fazer isso, meu deus!

– Louco? É você quem está! Sua vagabunda! – Gritei. – Como posso me acalmar, deixar tudo isso passar em branco? Como? Me diz? Uhu? – olhei-a com os olhos cheios de ira. – Minha esposa acabou de me trair com uma criança! Além de me trair,  você pega alguém do jardim de infância! Caralho! Não acredito nisso...

Minha respiração estava acelerada, como se eu tivesse acabado de correr uma maratona. Respirei fundo para não acabar descontrolado e batento nela .

– Some da minha frente, seu filho de uma...

– Para com isso, Seung Hyun. Se acalma, tá?  – Disse ela, seus olhos estavam cheios de lágrimas, vê-la chorar estava acabando comigo. – Me escuta, Seung! 

– Cala a boca! 

– Vamos conversar...

– Conversar?  Não temos nada pra conversar!  Nada!

– Mas eu tenho. – Ela fungou. – Por favor...

Soltei um suspiro pesado, tirei suas mãos de mim e sai rápidamente do banheiro. Me sentei na cama, de cabeça baixa, sem acreditar no que estava acontecendo. Nossa foto na cabeceira da cama, mostrava o quão estávamos felizes quando nos casamos, e aquela mulher fantástica com quem me casei,  não parecia nada com a mulher de agora. Em seguida o garoto, que era o nosso vizinho, estava muito assustado. Passou por mim de cabeça baixa com a mão no nariz sangrando, me segurei para não agarrá-lo e deformar seu rostinho de criança. Logo o barulho da porta sendo fechada, me fez sentir arrepios,  pois, quantas vezes ele havia entrado e saído sem que eu notasse alguma coisa? Incrível,  ele parecia ser apenas um adolescente,  sem más intenções,  a final, quando ele se mudou para o apartamento ao lado do nosso com seus pais, Taeyeon o elogiou dizendo que ele era lindo, tinha um rosto de anjo e tudo mais.

 Taeyeon apareceu em seguida, interrompendo meus pensamentos, ela parou diante de mim, se jogou no chão e começou a pedir perdão. Aquela cena estava sendo ridícula, eu nem conseguia olhar para sua cara.

– Para com isso, Taeyeon! – Falei com firmeza, segurando o choro em minha garganta. – Desculpas não vai mudar o que aconteceu. 

– Você não entende...

– Não entendo o quê? Me diz o que tenho que entender? – Perguntei sem paciência. – O que fiz de errado, Taeyeon? 

Ela demorou para responder, meus  olhos estavam ardendo, mas não era por causa do sono e sim por que eu queria chorar. Meu coração estava doendo, aquela maldita cena não saía da minha cabeça, a imagem de boneca havia desaparecido. 

– Fala!!! 

– Foi sem querer, por favor... me perdoe.

– Sem querer? Como uma pessoa transa com outra sem querer? Huh?

Houve um silêncio. Esperei que ela disesse alguma coisas, mas ela, apenas ficou, fungou e chorou mais ainda. Realmente, não havia nada para ser dito, também não queria mais explicações, meus olhos viram tudo e isso bastava.

– Acabou tudo entre nós. – Avisei, levantando-me da cama e retirando a aliança da minha mão. – Não precisa explicar nada.

– Seung Hyun! – Taeyeon agarrou em minha perna chorando. – Por favor, não me deixe... 

– Me solta! 

– Tenha piedade... Eu te amo... Não me deixe.

Parei de tentar me soltar de seus braços. Respirei fundo, mas a dor em meu peito parecia piorar a cada segundo, eu nunca havia sentindo isso antes, nunca pensei que fosse doer tanto em tão pouco tempo. 

– Me diz uma coisa, há quanto tempo vocês estão fazendo isso? – Perguntei, engolindo o choro, eu não queria me mostrar fraco em sua frente, pois quem estava perdendo ali, era eu.

O humilhado, era eu. 

Taeyeon fungou.

– Três semanas, eu acho. – Respondeu baixo. – Seung Hyun... 

Soltei um suspiro pesado, não aguentei segurar e deixei as lágrimas escaparem livremente pelo meu rosto. 

– Parabéns pela sua atuação, eu não desconfiei de nada. – Falei com sarcasmo. – Quer palmas também? 

– Não diga isso... – Taeyeon apertou minha perna, encostou seu rosto na mesma e continuou segurando firme. – Eu te amo muito... todo mundo erra, eu errei. Por favor... Não me deixe... 

– Taeyeon, eu dediquei três anos, não três, mas cinco anos da minha vida só pra você. – Fechei os olhos enquanto falava, não queria mais vê-la, olhar para seu rosto iria me fazer sofrer mais. – Desde que começamos a namorar manti minha fidelidade, olha, sempre tive tentações ao meu redor, mas você era tudo o que eu sempre quis. Era o quebra cabeça que faltava. E agora, agora não sei mais o que pensar, não sei.

– Não me deixe! Vamos recomeçar. 

– Recomeçar? – Repeti, refletindo em sua palavra. Me virei para ela e explodi. - Acha que é fácil apagar o que foi feito? Deletar aquela maldita cena da minha mente? Não quero mais, Taeyeon. Estou com nojo!!! Acabou tudo, me esquece e adota de vez aquela criança.

Sem piedade, tirei seus braços da minha perna e a deixei jogada no chão com seus olhos extremamente vermelhos. Meu coração se quebrou cada vez mais ao vê-la naquele estado, por um lado dava pena, mas por outro ódio puro.

– Para com isso. – Disse chorando. – Ele não é uma criança... ele tem dezoito anos... ele apenas me ajudou...

– Ajudou em quê? Por que se tinha algum problema sexual, deveria ter falado comigo ou com sua ginecologista e não com seu vizinho. – Enquanto eu explodia, retirava minhas roupas do guarda roupa e jogava dentro da primeira mala que encontrei. – Não existe desculpas pra isso, Taeyeon. 

Ela se levantou do chão, começou a me impedir de pegar as roupas no guarda roupas, ficando na frente dele de braços abertos.

– Não,  não vou deixá-lo ir.

– Eu vou, não aguento mais olhar pra sua cara... – Parei de falar. Passei a mão em minha testa suada e soltei um suspiro. – Não quero mais discutir... amanhã volto pra pegar minhas coisas.

Me afastei em passos lentos, demorando muito para desviar o olhar dela, meu cérebro não processava a informação enquanto meu coração doía mais. Quando sai de dentro do quarto, o qual era nosso, chorei. Inevitável era não chorar, não sentir dor, não desejar a morte. Agora, cada canto daquele apartamentos me fazia sentir mal, imaginando os dois se pegando em qualquer cômodo, enquanto eu travalhava e, às vezes, reclamava querendo chegar logo em casa para vê-la. 

Passei na mesa onde deixei a torta que ela adorava, tirei a mesma da embalagem e joguei contra a parede, sentindo o sangue ferver. Em seguida derrubei a mesa e chutei as cadeiras para descontar um pouco da raiva.

Conclui na mesma hora que, minha vida estava acabada, completamente acabada. 

Passei à noite trancado dentro do carro na caragem do prédio. Não consegui dormir, quando fechava os olhos, a imagem se fazia em minha mente e lembrava de todos os momentos que passamos juntos. Desde o nosso namoro, noivado e casamento. Foi tudo tão perfeito, tão maravilhoso, que nunca pensei que algo pudesse estragar tudo de uma hora para outra. Como diabos eu daria a notícia aos meus pais sobre isso? Todos esperavam ansiosos que tivéssemos filhos, até a vovó queria conhecer seu bisneto antes de morrer... Taeyeon havia parado de tomar remédios para conseguirmos ter um bebê, mas, mesmo assim não conseguimos. Será que isso era um sinal? 

No dia seguinte acordei com o despertador do celular e me perguntei que horas eu havia caído no sono. Demorei um pouco para sair de dentro do carro e me lembrar do motivo de ter dormido ali. 

Aproveitei que Taeyeon não estava em casa para tomar um banho e arrumar minhas coisas, não me importei se iria chegar atrasado no trabalho. O importante era pegar minhas coisas e desaparecer de vez da vida de Taeyeon. Não peguei todas as coisas, apenas o necesario,  como roupas, sapatos, documentos e o que mais desse pra levar na hora. E, uma coisa que peguei foi o nosso álbum de casamento, infelizmente me arrependi.

Sentei-me no pé da cama, folheando e observando cada foto. O álbum continha alguns momentos de nossa trajetória até chegar ao casamento. Foi um momento mágico e único. Lembrou-me de um dia, quando minha tia favorita coatumava brincar comigo,  dizendo que eu estava pronto para casar, pois eu fazia muitas taferas doméstica para ajudar minha mãe, enquanto ela amamentava meu irmãozinho. E eu, sempre respondoa que nunca ia me casar, e se fosse, seria quando estivesse velho. Entretanto, minha idéia sobre casamento começou a mudar quando conhecia e me apaixonei por Taeyeon. 

Somente percebi que estava chorando quando vi algumas gotas de lágrimas caírem sobre a foto. Fechei o álbum com brutalidade, limpei o rosto com as mãos, pensei seriamente se levaria aquele baú de lembranças comigo, então resolvi deixá-lo ali, jogado sobre a cama.

Antes de sair, deixei um bilhete para Taeyeon.

 "Passei para pegar minhas coisas, não entre em contato comigo se não for sobre o divórcio e não se preocupe com a casa, pode ficar com ela, faça bom aproveito. Você está livre. Adeus. Seung Hyun. "

Mais uma vez, deixei que as lágrimas caíssem sobre meu rosto e meu coração continuava machucado.

Não tive tanto trabalho para levar as coisas até o carro. Mesmo que havíamos concordado em ter separação de bens, eu não queria levar nada que me fizesse lembrar dela, tudo que tínhamos conquistado, menos o vizinho, fizemos juntos. Os móveis que estavam no apartamento, cada detalhe, cor,  até mesmo as briguinhas bobas por causa da discordância de algum detalhe bobo, tudo foi decidido somente entre nós. Tinha coisas que foram presentes, uns havíamos gostado, porém outros, deu a entender que a pessoa não gostava da gente. 

Passei em uma cafetería para comer alguma coisa, mesmo com o estômago doendo de fome, não consegui comer nada. Meu celular vibrou dentro do bolso, não atendi, eu não estava em condições para tal coisa. Sabe quando se olha ao redor e pequenos detalhes te faz lembrar da pessoa? Pois é, eu estava exatamente assim. Parecía que a qualquer momento ia acabar chorando, sentindo aquela angústia no peito que dá vontade de abrir um buraco e arrancá-lo de uma vez. 

Respirei fundo e terminei de beber o café, se segurando para não chorar. 

Olhei para o relógio e me espantei, estava super atrasado. Rapidamente cheguei na empresa, pelo clima, nada estava bem. E nem eu estava. Mal cheguei meu chefe me chamou para ir em sua sala. Tremi,  sentindo um pressentimento ruim, talvez fosse pelo que estava acontecendo comigo. 

– Choi, o que aconteceu para ter chegado tarde? – Perguntou ele assim que entrei. 

– O pneu do carro furou. – Menti, sentindo uma coisa ruim na garganta. - Desculpe, isso não vai mais acontecer, eu juro.

- Tá, tá. Sente-se... - Ele fez um sinal com a mão,  quando me sentei, ele me olhou demoradamente. - Te chamei aqui por causa das fotos. 

- ah, as fotos.  - Suspirei um pouco aliviado. - O senhor gostou?

- Choi, o que você fez com as fotos? Pensei que tinha dito que Hyuna estava com a perna machucada. - Chefe entrelaçou os dedos e me encarou esperando a resposta. 

Engoli seco. Era o meu plano, eu deveria contar a verdade para ele? 

Meu coração disparou.

- Efeitos do photoshop, senhor. - Respondi confiante, porém tremendo por dentro. 

- Meus parabéns,  foram bem feitos. - Ele abriu um sorriso enorme.- Agora temos que torcer para que a chefona aprove.

- Espero que sim. - Sorri. - Se não se importar,  tenho mais fotos para tirar hoje.

- Você é muito bom, Choi. - disse orgulhoso. - Sabia que desde a primeira vez que te vi, soube que era o melhor. 

- Obrigado. - Agradeci sem jeito. - Não é pra tanto, apenas faço o que tenho que fazer. 

O dia estava sendo puxado, desliguei o celular para que Taeyeon parasse de me ligar e mandar mensagens pedindo pra voltar. Por alguns instantes consegui esquecer tudo o que me aconteceu,  pois tinha um grupo para fotografar, fora isso, o estúdio estava uma bagunça, era roupas vindo de um lado pra o outro, todo mundo falando ao mesmo tempo, uma das luzes havia queimado e o eletricista demorou para aparecer por causa de outro incidente que havia acontecido em outro setor. 

Meu estômago roncou, estava insistindo em me avisar que estava com fome, mas não tive tempo para parar. Minha cabeça começou a doer, mesmo assim continuei para terminar logo e poder ir procurar um hotel para ficar. Infelizmente meus pais moravam em outro estado e na cidade só conhecia uns parentes da Taeyeon. 

Faltava algumas peças para serem fotografadas quando alguém apareceu sem avisar durante o meu trabalho e resolveu estragar o resto do meu dia.


Notas Finais


Quem vocês acha que é o amante? Vou dar uma dica, ele tem olhos puxado :v -qq (que dica boa em bauajahaju) ~ só pra descontrair um pouco -qq


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