História Fuckboy (GTOP) - Capítulo 34

 Jiyong

- Tem certeza de que você quer mesmo ir? - SeungHyun perguntou, olhando para a filha que, já não era mais uma criança, agora a Haseon estava com quinze anos. E já era mocinha. 

Fiquei parado feito uma estátua observando a cena toda, meu marido se segurando para não chorar feito um bebê querendo colo. Sinceramente, eu estava achando tudo engraçado. 

- Tenho sim, pai. - Haseon respondeu meio sem jeito, embora estivesse triste por deixar-nos, Ela não estava aguentando ver seu pai daquele jeito. 

A garota abriu um sorriso forçado, mostrando que estava tudo bem com a sua decisão. 

- Minha princesa... - Ele a puxou para um abraço forte que, se fosse por ele, duraria mais que uma hora. - Tenha muito cuidado, viu? Ainda mais que sua mãe é meio desmiolada... 

- Ela não é desmiolada, pai. - disse ela, entredentes. 

- SeungHyun, se controle! Têm muita gente olhando. - sussurrou e na hora ele se afastou da filha. 

Enquanto ele limpava seu rosto, Haseon se aproximou de mim e me deu um abraço forte cheio de carinho. 

- Tenha muito cuidado, Haseon-a. - sussurrei, dei um beijo em sua bochecha. - Não esqueça de ligar para nós, tudo bem? 

- Tudo sim, Tio G. - Ela sorriu, seus olhinhos pequenos iguais aos de sua mãe, brilhavam. - Tchau, Pai. 

Deixamos a garota no aeroporto e a nossa volta para casa foi silenciosa, a não ser pela música que tocava na rádio. SeungHyun não disse nada e eu tampouco, pois eu entendia que ele estava tristonho por causa de sua filha. Ele já estava acostumado com sua ida para a casa de sua mãe, mas dessa vez, Haseon decidiu ir morar com ela por um tempo indeterminado, talvez fosse essa decisão que o deixava tão abalado. 

Sua pequena, estava crescendo. Ela já não brincava mais de bonecas, havia trocado por maquiagens e revistas de moda. Os desenhos que nos impediram de assistir, futebol, jornal e filmes; foi trocado por novelas de infanto-juvenil. Até as perguntas constrangedores foi trocado por segredos que não poderíamos saber, E essas coisas havia deixado Seung-Hyun meio louco e se sentindo um pai desnaturado, mas a verdade era que ele não estava conseguindo acompanhar o desenvolvimento de sua filha, que antes era apenas um bebezinho. 

Chegamos em casa, Ele andou pela sala todo abatido, olhando as fotos da filha espalhadas por todos os lados. Eu não estava gostando de vê -lo daquele jeito, mas o que eu poderia fazer se foi ela quem decidiu ir? 

O abracei por trás quando ele parou em uma foto em que estava nós três, no dia do nosso casamento. Foi o dia mais feliz da minha vida. Inesquecível. Lembro-me também de quando voltamos da lua de mel, E sempre que íamos tentar alguma coisa, Haseon dava um jeito de nos atrapalhar. Era engraçado, mas amávamos demais para sentir raiva. 

- Amor... - sussurrei bem no pé do seu ouvido. - Não fica assim, ela vai voltar nas férias. 

- Vai demorar tanto. - Fingiu ele. - Ai, minha pequena... 

- Eu também sinto falta dela, Seung. - o apertei em meus braços. - Por que não fazemos assim... vamos fingir que ela está de férias na casa da Tae, igual antigamente. Que tal? 

- Isso vai funcionar? 

- Claro que vai. Não pense que ela foi embora. Tá, bem? 

Seung virou-se para mim e nos beijamos rapidamente. Ele foi tomar um banho e aproveitei para pedir comida japonesa, quando ele apareceu, a mesinha de centro da sala estava arrumada, dei um ordem para ele não comer nada enquanto eu também tomava um banho. 

- Que demora, mô. Tô morrendo de fome.  

- Não demorei nem cinco minutos! - Balancei os cabelos fazendo gotas de água voarem pela casa. - Só porque eu estava preocupado com você... 

- Oh, que lindo. Agora venha. - Ele fez um sinal com a mão, me aproximei e me sentei ao seu lado. - Agora vamos comer... - comemorou ele. 

Jantamos enquanto assistimos um programa de humor na TV, um dos ídolos favoritos de Haseon estava participando do programa e logo vi os olhinhos de Seung brilharem. 

- Amor... Acha que ela têm vergonha da gente? - Ele perguntou de repente e quase me engasguei. 

- Claro que não! - falei de boca cheia. Logo engoli com a ajuda do suco de limão. - Lógico que não, que ideia é essa? 

- Ela quis ir embora de repente... 

- Mozão, não pensei isso. Aliás, conversei com ela depois que ela nos contou a notícia. 

Ele me olhou com curiosidade e esperança no olhar. 

- Bem, ela precisa de uma figura feminina, às vezes. Não estou dizendo que somos incapazes ou algo do tipo, mas é que... Ela já é uma mocinha, logo será uma mulher, e somos dois homens. Não sabemos exatamente como é ser uma mulher... 

- O que você quer dizer com isso? - Interrompeu ele. 

- Ela não se senti muito à vontade para compartilhar certas coisas conosco. - Falei meio sem jeito. 

- Mas eu li várias revistas sobre adolescentes e seus hormônios, vi vídeos e até assisti programas educacionais sobre isso... Eu não entendo porque ela se foi... 

- Amor, convenhamos que não fomos tão claros ao explicar para ela sobre aquele sangue em sua cama...  

- Se ela não tivesse surtado quando eu queria contrar um babá para ela... 

- babá? Acha que uma garota de quinze anos aceita ter uma babá? Imagina o que as amiguinhas e o namoradinho iria pensar dela... 

- Não vejo nada errado. Aliás, vejo sim, essa ideia de "Namoradinho". - Ele fez uma careta. 

Retirei os olhos e voltei a comer. 

- Sabe... Ela também disse uma coisa... 

- O quê? Não é mais virgem? 

- Calma, Ela é sim. - Respondi imediatamente antes de comer mais um sushi. 

- Como sabe tanto? Ela nunca falava nada. 

- Desculpe... mas escutei sem querer quando ela estava conversando com a mãe pelo telefone. Foi sem querer, amor. 

Ele suspirou aliviado. 

- Enfim, ela também disse que seria bom ela ir para que pudéssemos ter mais tempo só para nós. - senti minhas bochechas acederem. 

- Oh, sério? 

Afirmei com a cabeça. 

- Que linda... Não acredito que ela fez isso por nós. - Falei sem parar de comer. 

- É, e faz tempo que não temos tempo para nós. - concordou ele colocando a mão no peito.  

- Realmente não dava para fazer nada com ela aqui... 

- Ela não saía de casa por nada... Tudo por causa do vídeo game. - suspirei pensativo. 

- A culpa é sua, Foi você que deu. - Seung a pontou o Hashi para mim. 

- Eu não aguentava mais ela na bateria, o que eu poderia fazer para ela parar com a barulheira toda. 

Seung riu e logo ri junto ao lembrar dos meus dias brigando com a Haseon por causa da bateria. Ficaamos em silêncio, apenas lembrando do que guardavamos na memória e ouvindo o som da TV. 

- Temos a casa inteiramente só para nós ? - Ele disse depois de um tempo, sua mão acariciava o meu queixo. 

Fechei os olhos e peguei em sua mão, a beijei com delicadeza sentindo minha respiração mudar e meu coração bater igual a um motor. 

- Por onde quer começar? - Perguntei olhando fixamente para os seus olhos cheios de desejos. 

Seus lábios grudou nos meus feito chiclete em cabelo, nossas línguas brincavam uma com a outra com certa força para ver quem poderia ganhar aquela guerra. Nos afastamos para respirar um pouco, nesse momento nossas respirações batia um na cara do outro e sem dúvidas alguma, nossos corpos estavam ligados. 

E depois de um tempo, ele respondeu:

- Adivinha?