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História Fuckboy (GTOP) - Capítulo 6


Escrita por: Tae-s2sjshinee

Notas do Autor


Olá pessoas lindas *-*

Capítulo 6 - Capítulo 6


Fanfic / Fanfiction Fuckboy (GTOP) - Capítulo 6

O garoto de cabelos laranjas, rosto angelical, parado na porta, estava estático e seu sorriso desapareceu assim que nossos olhos se encontraram. Eu não conseguia acreditar que era ele, o garoto que me ajudou no banheiro de um bar, enquanto olhava para ele, as lembranças invadiam minha mente como flashes, cada vez fazendo meu corpo se arrepiar, meu rosto queimar e a vergonha tomar conta de mim. 

- O que faz aqui? - Ele perguntou, começando a ficar nervoso. -Olha, se está aqui por ca-ca-causa...

- Não. - O interrompi, pois iniciar uma conversa sobre aquele momento constrangedor.- Relaxa,  não estou aqui por causa disso...

- Então,  por que está aqui?

- No seu quarto ou na sua vida? - Brinquei, como se o momento fosse apropriado para fazer isso. O garoto fechou a cara e me encarou, não achando a menor graça. - Er... aconteceram algumas coisas e por incrível que possa parecer, sou um velho amigo de seus pais, quando digo pais, me refiro aos dois.

Jiyong não disse mais nada, assim que resolveu entrar em seu quarto, jogou sua mala no chão e depois que fechei a minha, guardei a mesma no closet, só para não ficar jogada pelo quarto. Nos olhamos demoradamente como se tentássemos ler os pensamentos um do outro, me apressei para sair dali. Chegando na cozinha, fiquei sem jeito, meus amigos não estavam, apenas a empregada doméstica estava parada enfrente ao fogão. 

- Senhor, tem algum pedido para o café da manhã? - Ela perguntou com simpatia, abri um sorriso. 

- Ah... apenas um café, está ótimo. - Respondi, sem jeito.  Eu não sabia como me comportar, embora minha barriga roncasse, eu não estava a fim de comer nada. - Muito obrigado. - Agradeci, pegando a xícara de suas mãos. 

- O senhor tem certeza de que não quer come? A senhora Park me recomendou que eu preparasse tudo o que o senhor me pedir.

- Obrigado, mas não precisa se incomodar. - Sorri. - Aliás, cadê ela?

– O senhor Park foi trabalhar e a senhora Park foi ao spar, ela sempre vai, quase toda semana.

Assenti. Agradeci mais uma vez e sai da cozinha para não atrapalhá-la, fui para o outro lado da casa, a área onde se localizava a piscina. Depois que Jiyong chegou, tudo ficou estranho e muito desconfortável. Ele chegou cedo, embora seus pais disseram que iria chegar à noite, pensei que teria algum tempo para me acostumar com a casa antes do pirralho chegar, sua aparição me surpreendeu bastante. A cada segundo eu lembrava da sua ajuda, da maneira como teve que se aproximar e também de como foi arrogante com um estranho. Ninguém em sã consciência faria isso por um desconhecido - apesar de não sermos tão desconhecidos assim-, seria mais provável rir da desgraça do outro, ainda mais um bêbado que mal estava conseguindo ficar em pé, e se fosse uma pessoa muito maldosa, poderia ter me roubado e até ter feito outras coisas, como abusar do meu belo corpo. Felizmente, o garoto foi diferente, sem más intenções e até mesmo, mentiu para um estranho. Enquanto eu fumava meu delicioso cigarro matinal sabor menta, me peguei pensando em como poderia agradecê-lo, meu simples "obrigado" era sem graça, não parecia haver gratidão sincera.

O céu estava completamente aberto, todo azul e o sol estava radiante. Sentei-me na espreguiçadeira perto da piscina, observei Jiyong sair de dentro de casa, embora eu já estava vendo-o tomar o café da manhã através da parede de vidro na sala de jantar, ele se aproximou da piscina, mesmo de óculos escuros, senti seu olhar sobre mim. Ele disfarçou tirando a camisa, esticou os braços e mergulhou. Fiquei assistindo-o enquanto terminava de fumar e bebericar o delicioso café.

Quando me distrai por alguns segundos com meus pensamentos, percebi que já nem estava prestando atenção no garoto e sim, estava pensando em Taeyeon, imaginando o que ela poderia estar fazendo nessr momento, enquanto eu estava na companhia de um garoto que o revi dentro de um banheiro e que agora estava na casa dos meus amigos, procurando uma razão para viver. Percebi que eu não tinha nenhuma razão, perdi a mulher que eu amava, não conseguimos ter filhos durante o tempo em que ficamos juntos, mesmo tendo meus pais, eu não queria que eles me enxergassem como um fracassado. Eu era o filho mais velho e sempre fui usado como exemplo para os meus irmãos,  Jonghyun e Changhyuk. E agora... seria uma decepção para eles.

Em um piscar de olhos, me lembrei de Jiyong,  o garoto não havia saído da piscina e nem dado algum sinal de vida de que ainda estava por ali. Dei uma olhada para ver se ainda estava, me surpreendi ao ver seu corpo flutuando na superfície, na mesma hora me levantei da espreguiçadeira e corri, pulando direto na piscina, para salvá-lo. Sem pensar duas vezes, o retirei de dentro da piscina, ele estava desacordado, deitei seu corpo com cuidado no chão, tomei seu pulso para verificar sua frequência cardíaca, por sorte estava pulsando. Comecei a fazer massagem cardíaca, meu coração acelerou e eu estava com medo dele não acordar.

- Jiyong. - o chamei. - Acorde,  por favor... Aish.

Ele não respondeu, continuei a massagem, então parei e tivesse que fazer o que aprendi nas aulas de primeiros socorros, que papai obrigou a família toda fazer, quando teve um ataque cardíaco,  felizmente ele se salvou com a nossa tentativa de reanimá-lo. Abri a boca do garoto, tapei seu nariz e fiz respiração boca a boca. Pensei que nunca iria precisar fazer isso, se aparecesse uma oportunidade seria com uma mulher loura, usando um biquíni bem minúsculo, mas a vida é imprevisível. 

Ele abriu os olhos na hora em que nossas bocas estavam grudadas de uma forma mais constrangedora. Me afastei rápidamente, porém feliz por ele ter acordado, mas Jiyong me olhou assustado. 

- O que...- Disse ele, mas começou a tossir.

- Você... er... - Gaguejei. - Se afogou ou estava tentando se matar?

- Bem... eu... - Sua voz estava baixa. - Desmaiei... Isso acontece, às vezes... - ele tossiu. - Nada de mais. 

Fiquei mais preocupado ainda. Eu não sabia o que fazer, então, peguei-o no colo, ele não era muito pesado, mas também não era leve igual a uma pena. Levei-o para o seu quarto, sem me importar com seu corpo todo molhado, o deitei na cama.

– O que você acha que está fazendo? - Ele perguntou confuso.

- Salvando sua vida. - Respondi como se fosse óbvio. Peguei uma toalha no banheiro e comecei a seca-lo, rosto e tronco.- E, de nada.

- Cara, eu tô bem. - Jiyong me interrompeu quando desci para suas pernas. - ei,  não precisa fazer... 

– Tudo bem. – Joguei a toalha em cima dele e me afastei.– Você me assustou... 

Jiyong se levantou vagarosamente cama, enrolou a toalha na cintura e, ficou parado, parecendo ainda estar confuso, coçou a cabeça. Não pude evitar olhar para ele, seus cabelos molhados grudado na testa, notei que em seu corpo magro e juvenil, havia algumas tatuagens. Isso era uma coisa que eu nunca tive coragem de fazer, agulhas me davam calafrios, porém eu achava bonito em outras pessoas.

– Que foi?– ele perguntou. Engoli seco, desviando o olhar imediatamente. 

–Gostei das suas tatuagens. – Gaguejei, coçando a cabeça, totalmente sem graça. 

– Ah, meu deus! Eu esqueci. – Disse nervoso, abriu sua mala com pressa e  começou à procurar alguma coisa.

– O que foi?

– Droga! Não acredito que perdi. – Continuou procurando desesperado. – Droga! Droga! Não acredito nisso,  estou ferrado...

– O que aconteceu? – me aproximei, agachando ao seu lado no chão. 

– Perdi minha maleta de maquiagem. 

– Quê? – Não me aguentei e comecei a rir. – Você usa maquiagem? 

– Uso, tem algum problema? - Jiyong me olhou sério, parei de rir e fiquei sem graça. – Muitos famosos e principalmente modelos masculinos usam.

– É, eu sei. –  Pingarreei, sem jeito. – Você pode usar as de sua mãe. - sugeri. 

– Tá maluco? – Exclamou ele. – Mamãe vai sentir falta... E também preciso delas pra esconder as tatuagens do meu pai.

– Oh... Por quê?

– Você não sabe? Papai é pastor... e... sabe...

– Está explicado. – Mordi os lábios pensativo. – Podemos ir comprar,  já que seus pais pensam que você chegará à noite, que tal?

Jiyong me olhou demoradamente, depois de pensar na minha ideia, aceitou, logo vestiu uma roupa, e eu troquei a minha, entramos em meu carro e fomos ao shopping mais próximo. Durante a nossa ida, que demorou mais ou menos meia hora, não conversamos, apenas ouvimos músicas. Entramos em uma loja de cosméticos, algumas vendedoras nos olhava estranho, não me importei, Jiyong parecia uma mulher desesperada, encheu a cesta com diversas maquiagens. Acabei pagando tudo e me arrependi, o preço de total foi mais caro do que imaginei.

– Se seu pai não pode ver, por que decidiu fazer? – Perguntei curioso, enquanto dirigia de volta para casa.

Jiyong soltou um riso. 

– Nem queira saber. – Jiyong modeu os lábios e piscou em seguida.

Ele saiu do carro correndo direto para o quarto, e eu o segui. 

– Pode me ajudar? – ele pediu tirando a camiseta e em seguida a calça. Aquilo estava sendo muito estranho.

– Você anda pelado por acaso?

– Não... apenas tenho medo de esquecer e tirar a camisa com ele em casa... sabe?

Balancei a cabeça concordando. Peguei a base e o corretivo, comecei a passar na lateral do seu corpo, mas estava sendo difícil, pois Jiyong estava sentindo cócegas. 

– Se continuar assim, não vou conseguir. – avisei. Ele concordou que ia parar, mas não parou. – Jiyong,  não dá... Olha, vamos fazer assim, se você inventar de tirar as roupas na frente do seus pais, eu te dou um beliscão pra você lembrar. Huh?

– Ah, não. – Choramingou. 

– Quantos anos você tem?

– Isso é bem pessoal. – respondeu ele, fazendo careta. 

– Acho que já tivemos um momento bem "pessoal" de mais.– O lembrei dando ênfase na palavra pessoal.

– Dezenove. 

– Já é de maior e tem medo do papai?– debochei, rindo. – Na sua idade meu pai tinha medo de mim.

– Isso não tem graça. – Jiyong ficou sério. – E, por que ele tinha medo?

– Porque eu era roqueiro. – comecei a rir, lembrando da época em que eu assustava meu pai sem querer, quando aparecia de repente no corredor com os olhos cheios de maquiagem preta e lentes coloridas.

 – Era pra ter graça? – Jiyong revirou os olhos. – Não posso me rebelar totalmente, se não, não ganho mais mesadas.

Não me aguentei e comecei a rir. 

– Já falei que isso não tem graça. – repetiu ele, ficando irritado.

– Tudo bem. Desculpe.

Depois de passar horas cobrindo as tatuagens do garoto, resolvemos ir almoçar, comemos espagueti feito pela empregada e estava uma delícia, mas não tive coragem de repetir. Quando terminei, peguei minha câmera fotográfica, decidi dar uma olhadinha rápida nas fotos que eu havia tirado antes de me separar de Taeyeon, tinha fotos dela, é claro.  O que eu mais gostava era de tirar fotos naturais, ou seja, quando a pessoa estava totalmente distraída. Para mim eram as melhores. 

Fiquei no jardim da casa por um tempo, olhando aquelas fotos e fumando mais um cigarro. Resolvi tirar algumas fotos aleatórias enquanto esperava o tempo se passar e meus amigos chegarem logo. Pois, eu não tinha nenhum assunto com Jiyong, adolescentes eram chatos e me fazia lembrar do garoto que era amante de Taeyeon. 

Em uma das fotos que tirei, sem querer, Jiyong apareceu nela. Ele estava sem camisa, apenas de bermuda, no meio da sala se aproximando da enorme porta de vidro que estava na minha direção, primeiro ele se espreguiçou e se coçou, como quem acaba de acordar, depois encostou-se no vidro olhando distraidamente, enquanto o crepúsculo iluminava parcialmente o seu corpo. Aproveitei e tirei várias fotos ao mesmo tempo, estava tudo tranquilo até que  ele me olhou por um momento, senti algo estranho na mesma hora.


Notas Finais


Espero que tenham gostado, desculpe qualquer erro e até a próxima meus lindos ♡


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