História Fuckboy (GTOP) - Capítulo 8

Não sei se era impressão minha ou se os dias estavam realmente passando devagar, arrastando-se feito tartaruga. Talvez fosse empolgação de Park Bom que fazia tudo se mover em câmera lenta, ela não parava de sorrir por causa da viagem. Fiquei muito feliz por ela, embora eu sentisse um aperto no coração, pois essa alegria toda deveria ser da Taeyeon, e eu, é claro. Quando comprei as passagens para Cancún, não parei de imaginar como íamos aproveitar cada minuto, aliás, era o sonho dela conhecer o lugar porque se fosse por mim, iríamos para Dubai, pois é meu sonho conhecer. 

Park Bom, não perdeu tempo, fez com que Jiyong e eu fôssemos com ela no shopping para comprar roupas novas. Fiquei admirado com o jeito atencioso do seu filho, ele era uma ótima companhia na hora de fazer compras, ele não reglamou e ainda ajudava na hora de escolher o modelito ideal, enquanto eu, apenas carregava as sacolas. Quando Taeyeon me obrigava a ir com ela, eu não tinha paciência, às vezes a deixava lá e depois buscava, isso sempre dava certo. 

– Ah... estou com fome. – Jiyong disse, passando a mão na barriga. 

– Acho que já está na hora de darmos uma pausa. – Bom, riu. – Também estou com fome... E você, Seung? 

– Estou ficando verde. – brinquei.

– Depois de comer, vai ficar maduro? – Jiyong soltou uma gargalhada meio exagerado, soltei um riso e revirei os olhos.

 Em seguida fomos para a praça de alimentação, o cheiro de diversas comidas invadiram minhas narinas de jeito, fazendo meu estômago roncar loucamente. Park Bom decidiu ficar nos esperando na mesa, enquanto Jiyong e e eu íamos no Mc Donalds, comprar algo bem gorduroso e suculento. 

– Sabe, não deveríamos comer essas coisas... – comentei.

– Aish... 'tá paracendo a minha mãe, falando desse jeito.

– Estou falando sério... – falei pensativo, logo lembrei que Hyuna vivia falando isso e trabalhando com modelos, às vezes, acabamos pegando algumas manías. Balancei a cabeça e dei de ombros, mudando de ideia. – Nha... estou morto de fome... vamos comer.

Fizemos o nosso pedido, voltamos para a mesma com a bandeja nas mãos, assim que sentamos, Park Bom levantou-se e foi comprar seu lanche natural. Comemos como se fôssemos um leão devorando um frágil veado, enquanto isso, observei-o, ele não parecia aquele garoto grosseiro que mostrava ser, achei engraçado lembrar de como nos "conhecemos" – embora eu o tinha visto quando era uma criança –dentro de um banheiro e em uma situação embaraçosa. Será que ele não se sentia constrangido quando estava comigo? Pois, sei lá, eu meio que me sentia. Meio, mas nada que atrapalhasse minha relação com ele.

Park Bom apareceu, sua bandeja parecia ter comida de passarinho, fiquei muito surpreso ao ver. Ela disse que era acostumada a comer pouco, não interferi. Jiyong terminou primeiro do que eu, ele levantou-se e foi comprar sorvete. 

– Seung. – Ela disse, assim que ele se afastou. Olhei para ela, atentamente. – Posso te pedir uma coisa? 

– Claro, fique à vontade. – Respondi, terminando de comer.

– Você sabe que eu confio muito em você, não é? – Afirmei. – Então, enquanto eu estiver fora... Cuida do Jiyong, por favor... não deixe que nada de ruim aconteça a ele e... principalmente, não o deixe aprontar nada que vá fazer Siwon brigar com ele...

Park Bom pegou em minha mão, seus olhos brilhavam.

– Bom... – apertei sua mão de leve e acariciei ao mesmo tempo. – Pode ficar tranquilo que eu cuidarei dele. – Sorri. 

– Muito obrigada, Seung Hyun. 

– Estarei sempre ao seu dispor, minha barbie. – Pisquei e ri.

– Faz tempo que não ouço isso. – ela riu, escondendo o sorriso com a mão. 

Soltei sua mão para que ela pudesse comer. Jiyong apareceu chupando uma casquinha mista de chocolate e baunilha, ele sentou-se novamente na cadeira, que estava antes, ficando de frente para mim. Observei ao redor, mas algo prendeu a minha atenção à Jiyong, pois ele começou a fazer barulhos estranhos enquanto chupava loucamente aquele sorvete, o jeito como o garoto me encarava ao mesmo tempo que colocava sua boca em ação, enfiando quase tudo dentro da mesma, por um momento fiquei hipnotizado.

– Você quer um pouco, tio? – Ele perguntou, seus lábios estavam avermelhados por causa do gelo. 

Limpei a garganta rápidamente, me sentindo estranho com tudo aquilo. 

– Não... – Sorri. Coçei a cabeça, sem jeito. E então, ele fez novamente a mesma coisa, ou era coisa da minha cabeça ou ele parecia me provocar. 

Respirei fundo, desviando o olhar dele e olhando a movimentação do local, porém minha mente era como um imã, me puxava para ele. Tudo parecia tão inocente, mas minha mente e meu corpo começaram a entender aquilo de uma forma errada, muito errada. Dei um espiada, Jiyong olhava ao redor também, parecendo uma criança que se contenta com um sorvetinho depois de fazer birras. Minha garganta ficou seca, peguei o copo que ainda tinha refrigerante e bebi o resto. 

Jiyong me pegou no pulo, olhando para ele. Fiquei totalmente sem graça, para disfarçar o meu constrangimento, levantei-me de repente.

– Vou ao banheiro, com licença. – Falei, sem olhar para ele. Park Bom, fez um sinal com a cabeça, pois sua boca estava cheia de pão integral. 

Caminhei quase correndo, procurando o banheiro, quando encontrei quase fiz um festa. Respirei aliviado ao abrir a porta. Parei em frente a pia, tentando disfarçar pois havia alguns homens por ali. Olhei para baixo, fechei os olhos me sentindo derrotado. 

– O quê? Como assim? – Me perguntei, porém a imagem do garoto não saia da minha mente. – Eu estou ficando maluco?

– Tenho certeza que não. – Me assustei ao ouvir a voz dele, sentindo sua respiração bater em minha orelha, logo seu corpo colou no meu, igual a primeira vez. – Não me diz que eu excitei você? – Sussurrou ele, não consegui responder de imediato, pois suas mãos apertaram meu membro por cima da calça jeans, me fazendo soltar um gemido baixo. 

Evitei olhar para o seu reflexo no espelho, minhas respiração estava começando a ficar acelerada, tentei me controlar ao máximo que eu pudesse, mas os lábios do garoto em meu pescoço, me fez cair em tentação. Jiyong me puxou para dentro da última cabine, que estava vazia, é claro. Sem receio algum, de que alguém poderia nos ver e denunciar, já que eu sou o adulto entre nós dois. Ele fechou a porta com força, me encostou na parede e sem mais, atacou o meu pescoço feito um vampiro. 

– Jiyong... – Gemi, tentando desgruda-lo de mim, mas eu estava enfraquecido. Suas mãos deslizava por debaixo da minha camisa, senti meu corpo inteiro responder ao seu ato. – Jiyong, por favor...

Mordi os lábios, completamente excitado. Embora eu jamais tive qualquer relação com um homem e aquela situação estava sendo estranha, ainda mais a minha excitação por ele me queimar.

– Eu sei que você gosta... – Ele disse, descendo lentamente suas mãos até o botão da mibha calça jeans. – E eu também...

Mas antes que qualquer coisa fosse feita além disso, o celular de Jiyong começou a tocar, ele pegou o mesmo do bolso e olhou para o visor; seus olhos se arregalaram. 

– Aish... – Murmurou ele, abrindo a porta e saindo. Me deixando sozinho, perdido e completamente excitado.