História Fuckin' Perfect - Holofotes

Part Mabel

Minhas mãos estavam geladas, mas não era por causa do frio de Londres e da chuva que começou a cair, era por causa do meu nervosismo. Eu nunca fui centro de holofotes e sempre fiquei por trás das cortinas vendo a Lydia ser a artista da história e levar seus merecidos méritos, apesar de ser uma pessoa não tão responsável e pouco interessada, a Lydia fazia um bom trabalho como atriz e eu tinha sim orgulho desse trabalho dela. Ela sim era acostumada com as câmeras, não eu. Não consigo entender como aceitei esse convite em cima da hora, além de ter dado um trabalhão ao Maicon para poder me arrumar e encontrar um bom vestido naquela hora no Shopping.

Eu estava sem saber o que fazer. O que eu faria assim que chegasse la? Como iria ser? Como eu deveria me comportar? Eram mil perguntas em minha mente e aquilo estava me deixando louca.

- Ei... - ouvi a voz calma do Ben me tirando de meus pensamentos. - Você está bem?

- Uhum... Estou bem, ótima. - mentira, mas eu não queria que ele me visse como um mulher insegura, ele nunca me viu daquele jeito.

- Bel... - senti algo quente tocar minhas mãos e quando olhei, ela a mão direta do Ben as segurando com carinho. - Relaxa, não precisa se sentir nervosa ou intimidada, isso não vai ser nada de mais, você vai ver. Você vai se sair muito bem, como em tudo que você se sai.

Sorri de lado para ele me acalmando um pouco mais.

 - Acredite em mim tá? - ele falou eu concordei com a cabeça. - Sabe o que eu estou vendo agora?

- Oque? - indaguei.

- A mulher mais linda dessa noite. - ele falou puxando minha mão até sua boca e a beijando amorosamente. Aquilo me derretida toda.

Percorremos o caminho até a frente de alguns carros pretos, Benedict estacionou seu carro e retirou o cinto.

- Nós vamos ter que mudar de carro agora, vamos para outro no qual eu não irei dirigir, é um protocolo feito em premiações. - ele me explicou.

- Certo. - Ben saiu do carro primeiro e me ajudou a sair logo depois, meu vestido era longo e eu precisaria de uma certa ajuda para descer.

Estava chovendo bem fraco, Ben pegou um guarda-chuva preto que ele trouxe em seu carro e o abriu, ficando nós dois embaixo dele. Ele segurou meu ombro para me aproximar mais de seu corpo e assim andamos até o outro carro com motorista, Benedict me ajudou novamente, entrei primeiro e ele entrou logo depois, fechando o guarda-chuva e se acomodando.

- É, até aqui está indo tudo bem. - ele brincou.

- Bobo. - sorri. - Só espero não cair.

- Eu jamais deixaria você cair. - ele respondeu acariciando meu rosto. - Estarei do seu lado o tempo todo Bel...

- Eu sei.

Nos aproximamos um do outro e demos um beijo breve. Comecei a ver vários flashes de câmeras em direção ao nosso carro e logo vi um tapete vermelho, e olhem que não era nem o Oscar mas eu quase senti minha respiração parar junto com o carro.

- Chegamos Senhor Cumberbatch. - o motorista avisou ao sair do automóvel e dar a volta para abrir a nossa porta.

- Lembre-se, você está linda e eu estarei com você o tempo todo. - Ben falou antes de sair do carro e receber um guarda-chuva transparente para nos proteger da chuva fina. Ele logo se virou e estendeu a mão para mim. - Vamos?

Confia que vai dar certo Mabel, vai dar certo. Confia! Segurei em sua mão e fui saindo com cuidado para não acontecer nada com meu vestido e assim vi tantas luzes vindo em minha direção que eu poderia ficar sem enxergar nada. Olhava para o chão envergonhada até o Benedict oferecer seu braço a mim.

- Aceitaria acompanhar esse jovem senhor? - ele brincou e eu sorri.

- Com muito gosto jovem senhor. - falei passando minha mão pelo seu braço, ficando debaixo novamente de um guarda-chuva e assim começamos a adentrar o recinto na mira de milhares de paparazzis e repórteres.

"BENEDICT! BENEDICT! QUEM É ESSA??"

"SENHOR CUMBERBACTH QUEM É A SUA ACOMPANHANTE?"

"BENEDICT AQUI!"

"BENEDICT OLHA PARA CÁ!"

"BENEDICT ESSA MOÇA É SUA NAMORADA??"

"BENEDICT UMA POSE PARA A NOSSA REVISTA!"

Era tanta gente gritando ao mesmo tempo que quase não dava para diferenciar nada, mas algumas Coisas eu conseguia entender e assim eu vi como a vida de atores era simplesmente exposta a tudo e a todos. Mal havíamos chegado no local da premiação e já éramos bombardeados com perguntas nada discretas e ainda mais sobre mim.

- É sempre assim? - perguntei discretamente ao Ben que sorriu.

- Não, nem sempre estou em ótima  companhia. - Eu não pude deixar de rir perante aquilo. - Geralmente venho a esse tipo de evento sozinho.

"BENEDICT NOS DIGA QUEM É ESSA BELA MOÇA AO SEU LADO!"

- Esse eu faço questão de responder. - Benedict falou se aproximando da barreira que dividia o tapete dos fotógrafos e repórteres, indo até o cara que havia feito a última pergunta. - Boa noite, essa bela moça se chama Mabel Vitani.

"Ela é uma amiga ou algo mais intima?" -  O repórter perguntou ao passar o microfone para o Ben.

- Algo mais importante. - Benedict me olhou e eu vi um brilho a mais em seus olhos que me confundiam em Verde e azul. Sorri com sua resposta, ele não precisava escancarar logo de cara para todos que eu era sua nova namorada.

Continuamos a andar pelo tapete até que deu um vento tão forte que quase levou o guarda-chuva das mãos do Benedict.

- Opa! O vento vai levar!  - ele gritou segurando o guarda-chuva mais forte, começamos a rir descontroladamente ali mesmo, não dava para parar, foi muito engraçado. - Que descontração hahahahaha.

Ele riu como ninguém, e eu pude ver que realmente aquilo não era nada de mais e eu estava me saindo muito bem, mas por que eu estava com o Ben.

"Benedict! Benedict! Uma palavrinha para o canal E?"

- Oh, claro. - Ben respondeu cheio de sotaque e se aproximou de uma moça loira que aparentemente era repórter.

"Benedict, sou Giuliana Rancic do canal E, você está concorrendo ao prêmio pelo filme 'O jogo da imitação', qual sua expectativa para essa noite?"

- Ah, estou bem empolgado com tudo isso, gostei bastante de ter feito esse filme, espero que ele possa agradar a todos e também ao juízes que escolhem os premiados. ''O jogo da imitação" foi uma obra muito bem feita, viver um personagem tão enigmático e intelectual quanto Sherlock foi algo bom para mim, eu gostei muito.

"Está confiante?"

- Estou tranquilo. - ele sorriu.

"E o coração? Será que temos aqui uma nova dona?"

Eu senti um calafrio percorrer minha espinha, eu de fato estava sendo os centros das atenções e isso era errado, o Ben é quem deveria ser o cara do momento.

- Sim, temos aqui uma nova dona. Eu gostaria de dizer que estou muito feliz em ter uma namorada tão linda e inteligente como a Mabel Vitani. Fui abençoado em conhece-la. - Benedict falou enquanto segurava minha cintura com carinho.

"Minha nossa! Notícia de primeira mão! E você Mabel? O que está achando disso tudo? É sua primeira vez uma premiação?"

Por um momento eu travei, mas eu tinha que responder.

- Sim, é a minha primeira premiação. Esta tudo muito lindo, estou amando. - respondi bem simpática.

"E sobre seu novo namorado? O que pode nos falar?"

- Que ele é simplesmente o homem mais maravilhoso que eu tive o prazer de conhecer, e que eu sou... - parei por um instante. - E que sou completamente apaixonada por ele.

Benedict não se conteve e me deu um beijo na frente daquelas câmeras, eu poderia me preocupar? Sim, mas escolhi não o fazer.

"Que maravilhoso, desejamos toda a felicidade do mundo a vocês dois."

- Obrigado. - Ben agradeceu.

- Obrigada. - agradeci e seguimos o nosso caminho. - Não foi tão difícil...

- Claro que não foi. - Ben sorriu. - Agora todos vão saber o quanto sou apaixonado por você!

Ele tentou me beijar mas eu tentei me esquivar sem sucesso.

- Os fotógrafos!

- Quem liga? Quero gritar para o mundo todo o quanto eu amo você Mabel! Eu te amo! Eu te amo Bel! - ele me beijou assim que entramos na sala de premiação.

- Eu também te amo Ben... - falei ao abraça-lo forte. - Acho melhor irmos nos sentar agora não é? - sorri e assim fizemos, fomos nos sentar até começar a premiação.

Part Lydia Lino

A peça já estava quase no final e eu nunca tinha visto o Tom tão maravilhado com algo como ele estava com Aquela peça. Seus olhos pareciam constelações de tanto que brilhavam, ele não parava de elogiar a interpretação do rapaz que fazia o papel do Príncipe Hal ou Henry, ele estava amando aquilo e eu estava feliz por ele está feliz. São raros o momentos em que um ator pode desfrutar de situações assim e ele estava tendo aquela oportunidade.

- Que belíssima interpretação! - ele aplaudiu mais uma vez e eu sorri.

- Parece até que você se apaixonou por esse menino. - comentei e ele gargalhou.

- Sei reconhecer um grande talento quando vejo um. Esse garoto tem um bom futuro pela frente na arte do Teatro. - ele respondeu e eu concordei com a cabeça.

- Você tem razão. - respondi.

Demorou mais uns 5 minutos até a peça terminar. Foi quando após todos os aplausos, Tom teve a brilhante ideia.

- Vamos no camarim? - ele perguntou.

- Oi? Tom... Já está bem tarde...

- Ah Lydia, vamos, quero parabenizar o pessoal e quero conhecer aquele rapaz, ele fez um ótimo trabalho como Príncipe Hal e eu gostaria muito de dar meus parabéns a ele. Quem sabe com isso ele pense em uma carreira futuramente como um ator profissional e capacitado? - Eu não poderia negar aquele pedido a ele, ele estava tão empolgado e eu não queria ser uma estraga prazeres.

- Então, o que estamos esperando? Vamos lá! - falei animada, ele comemorou ao me dar um beijo e assim fomos para o camarim daqueles jovens.

Fomos recebidos por uma mulher já idosa que nos guiou pelo corredor dos camarins, nos fazendo entrar de sala em sala para falar com as crianças e adolescentes da apresentação.

- Nossos jovens vão ficar muito entusiasmados com a visita de vocês dois, vários aqui conhecem seu trabalho e gostam de vocês. O Teatro é a nossa forma de manter nossas crianças e jovens longe dos maus caminhos até eles atingirem a maioridade e assim seguirem suas vidas por si proprios. - Ela explicou enquanto andávamos para o camarim do rapaz que fazia o papel do principe Hal.

- Como assim madame? "Seguirem suas vidas por si proprios"?  - indagou o Tom curioso.

- Todas as crianças e os jovens que fizeram essa peça hoje são do nosso orfanato, Senhor Hiddleston, trabalhamos com a arte em Saint Tropez para que todos tenham uma vida mais feliz.

- O-Orfanato? - falei chocada, eu jamais poderia pensar que todo mundo que fez aquela peça fosse parte de um orfanato.

Mas o Tom era quem mais estava chocado. Eu tenho certeza que ele ficava muito sensível com esses assuntos. Chegamos ao último camarim, a velha senhora bateu na porta e assim entrou calmamente.

- Francis? Você tem duas visitas muito importantes. 

E assim, o jovem Príncipe Hal deu lugar a um rapaz loiro, de cabelos cacheados e olhos tão azuis quanto os do Tom. Ele era um menino muito bonito, e abriu um sorriso quando nos viu entrar.

- Oi! - ele nos cumprimentou com um sorriso bem aberto. Não é que o rapaz era bem simpático.

- Olá Francis, sou Tom Hiddleston e essa é Lydia Lino... É um prazer conhece-lo. - Tom apertou a mão do rapaz e assim fomos nos conhecendo um pouco.

Part Mabel

- Ah, eu estou exausta! - falei me jogando no sofá da sala de visitas, ja tirando o salto pois não sou obrigada a ficar mais com eles.

Benedict afrouxou a gravata e se sentou logo a minha frente.

- É, foi uma ótima noite. - ele comentou sorrindo. - Imagino o quanto você deve esta cansada, não é algo comum de se ocorrer nos seus dias.

- Realmente não é. - sorri. - Mas eu até que gostei sabia? Agora é esperar as suas fãs me atacarem nas redes sociais.

Ben franziu o cenho.

- Você acha que elas farão isso?

- Todas as fãs fazem, não importa quem seja o ídolo delas. - respondi suspirando. - Mas... É como diz aquele ditado né? "Vamo fazer oque?".

Falei em português e ele me olhou curioso, eu havia me esquecido de que ele não entendia o português. Sorri.

- Não é nada de mais. - falei. - Eu consigo dar conta disso.

- Eu sei que consegue, você é uma mulher forte. - ele respondeu bem confiante. - Eu amo as minhas fãs, mas elas vão ter que aceitar o nosso namoro.

- Algumas vão aceitar, outras não. - falei. - Só espero  Que essas que não aceitarem não sejam tão agressivas.

- Não serão, acredite. - ele falou e eu o olhei completamente apaixonada, até que avistei Cícero entrando na sala.

- Senhorita Mabel, há visitas para a senhora. - Cícero anunciou e eu olhei confusa para Benedict.

- Ah essa hora? - indaguei.

- Posso permitir que eles entrem? - Cícero perguntou e eu concordei.

- Quem será que veio a essa hora? - perguntei ao Ben que deu os ombros.

- Nem imagino.

- Boa noite. - avistei então Damian adentrando a sala de visitas com o Noah a tirá colo, que correu em minha direção e pulou em meu pescoço.

- Tia Bel!

- Oh meu amor! - o abracei com força, nada melhor do que aquela visita para melhorar ainda mais minha noite.

- Desculpem ter aparecido a essa hora, mas é que chegamos hoje da Jamaica e o Noah queria muito ver a mãe dele. - Damian falou educadamente.

- Tio Benny! - Noah saiu do meu colo assim que viu o Ben no outro sofá e correu até ele.

- E ai meu amigão!

- Damian, eu entendo que o tempo com o Noah ja começou para a Lydia mas ela não está aqui, ela viajou. - Eu avisei ao Damian.

- Viajou? Nossa, o Noah estava tão animado para ver ela. - ele comentou. - Sabe quando ela voltará?

- Acho que em breve. - falei. - Se quiser nós podemos ficar com o Noah até a mãe dele voltar. - Eu falei olhando para o Benedict e o Noah que brincavam como se fossem duas crianças e sorri.

- Acho uma ótima ideia, eu ficaria muito ocupado agora e não poderia passar tanto tempo com ele. Agradeço bastante a sua proposta. - disse Damian.

- Que isso, ele é meu sobrinho, vou adorar ficar com ele. - falei.

- Tio Benny, eu visitei a casa do vovô Bob, e ela era enorme!

- Mesmo?! O quão enorme era ela?

- Muito grande, mas acho que ela não era tão grande quanto essa nova cada da mamãe.

- Vou me despedir do Noah e depois vou embora, ele estará em boas mãos. - Damian disse e eu concordei com a cabeça, eu só espero que a Lydia volte logo pois agora o filho dela estava aqui e precisaria dela.

Part Tom Hiddleston

- Um minutinho... - Lydia ponderou antes de continuar a sua frase. - Você quer adotar o Francis?

- É. - respondi diretamente, eu estava sentado na cama do hotel quanto a Lydia andava de um lado para o outro.

- Um rapaz de 17 anos? - ela indagou.

- Sim. - falei. - Eu... Eu senti algo especial por aquele menino Lydia, era como se eu sentisse que ele precisa de mim.

- E onde eu entro nessa história?

- Como assim? - perguntei confuso.

- Tom... - ela passou as mãos pelo rosto. - Eu até entenderia que se você sentisse algo especial por uma criança, mas ele é um rapaz de 17 anos, ele está próximo de completar a maioridade, se ele nunca foi adotado, agora ele não vai querer ser.

- Você acha isso? - perguntei pasmo.

- Acho sim. E depois meu amor, eu imagino eu você tenha ficado muito próximo daquele menino em apenas algumas horas de conversa, mas eu não me encaixei nesse assunto, ele pode gostar de você, mas se ele não gostar de mim? - Lydia me perguntou e eu respirei fundo.

- Nós podemos lidar com isso.

- É? Como? Chegar la e adotar o menino assim sem mais nem menos? Ele é quase um adulto Tom!

Eu não entendia por que a Lydia estava tão relutante sobre esse assunto de adoção se ela mesma adotou uma criança com alguém que ela não tinha tanta convivência quando eu fui para o Canadá.

- Lydia... Você adotou uma criança esse ano, eu não vejo diferença nisso tudo. - respondi seriamente.

- Eu vejo. Eu adotei uma criança de 3 anos de idade que facilmente se acostumou comigo e com o pai, você quer adotar um garoto de 17 anos, Tom, o que você espera? Que ele já comece a te chamar de papai? Que me chame de mamãe? Nós não temos um tempo de convivência com ele para tanto!

- E você? Teve um tempo de convivência para adotar o Noah? - me levantei ficando frente a frente a ela que cruzou os braços.

- Não tenta mudar de assunto Thomas!

- Eu? Você está fazendo uma tempestade num copo d'água!

- E se for preciso eu faço tornado em tampinha de garrafa! Tom, pensa um pouco, uma decisão dessas é algo que se deve  Pensar com calma. - ela pediu controlando o tom da voz dela, mas claramente eu notava a sua irritação.

O celular da Lydia começou a tocar e ela revirou os olhos, mas atendeu rapidamente.

- Eu estou numa DR, ligue mais tarde! - E assim o guardou novamente no bolso da calça. - Tommy...

- Eu não tenho o que pensar Lydia, eu tomei a minha decisão, o Francis precisa de oportunidades e eu eu estou disposto a dar essas oportunidades a ele. Amanhã mesmo eu irei ao tal orfanato Saint Tropez e falarei com ele, se ele negar eu irei respeitar, se ele aceitar, eu vou adota-lo e ele será meu filho independente de qualquer coisa. - Eu acho que fui um pouco grosso com ela, mas naquela altura eu não estava conseguindo controlar a minha propria lingua.

- Argh! Como você é teimoso! - ela bateu o pé no chão completamente irritada.

- Veja só, pelo menos temos algo em comum. - respondi saindo do quarto a deixando sozinha, e pelo som que ouvi de la, ela havia jogado algo no chão.