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História Fullmoon - Despertando o passado


Escrita por: WeiTuzi e P-Boo

Notas do Autor


Olá~
Sentiram minha falta?
Eu estou melhorando aos poucos, meus olhos já estão menos irritados por isso trouxe logo essa coisa linda de capitulo!
Hehehe, seguinte pessoas lindas do meu coração, este capitulo é um tanto especial, pois muita coisa esta subentendida nele e também é um gancho para o especial que logo estarei postando...
Espero que apreciem <3

Capítulo 12 - Despertando o passado


Fanfic / Fanfiction Fullmoon - Despertando o passado

 

 

Era por volta das onze e meia da noite quando Jaebum subiu as escadas para ir para seu quarto. Atrás de si, Jackson seguia como uma sombra agitada, deixando sua cauda demonstrar toda a frenesi que parecia correr pelo seu corpo lupino. O ruivo ria contido percebendo a hiperatividade do lobo, era noite de lua cheia e em menos de uma hora ela apareceria grande e prateada no céu noturno.

 

Pelo corredor que levava ao seu quarto o Im deixou sua mente vagar até Jiaer e de como estava sentindo falta da presença dele ao seu lado. O loiro era inconstante de muitas formas, havia momentos como quando estavam na biblioteca, onde na maioria das vezes permaneciam em silêncio aproveitando a companhia um do outro. Também havia momentos onde conversavam sobre histórias antigas, acontecimentos do passado que quando contados por ele o deixavam com uma aura distinta, tornava-se a sua frente um Jiaer diferente com olhos amarelos saudosos, como se tivesse vivido e passado por todos aqueles acontecimentos.

 

Jaebum gostava destes momentos onde podia ver um lado diferente do Wang, podia conhecer daquela forma o homem sério, comedido e apegado aos seus companheiros, pois em muitas das histórias que compartilhava com Jaebum ele sempre citava Mark e Bambam, como se ambos tivessem estado ao lado dele por toda a vida.

 

Às vezes nessas horas de contos os dois se sentavam lado a lado no chão da biblioteca e Jaebum ouvia ele contar sobre outras pessoas, outros fatos. O ruivo achava Jiaer um bom contador de histórias, pois ele passava sentimentos em sua voz e olhos que faziam o Im mergulhar e imaginar, visualizar cada coisa contada por ele.

 

Porém eram contos que não especificavam tempo acontecido ou lugares, e isso dava ao ruivo a impressão de que poderiam não ser reais, pois fatos e verdades deveriam ter datas, era isso que havia aprendido. Fora destes momentos comedidos do loiro, ele também era hiperativo e muitas vezes barulhento, facetas e lados de um Jiaer que Jaebum às vezes sentia ter conhecido há muito tempo e não por entorno de poucos meses.

 

Entrou em seu quarto e viu Jackson saltar para os pés da cama, ainda em silêncio ligou a luz do abajur e desligou a do quarto, tomando cuidado em manter a porta entre aberta para que o lobo saísse quando quisesse. Sentou-se na cama e olhou para a janela aberta, a noite estava mais abafada pelo verão, fazendo Jaebum sentir-se desconfortável.

 

Encarou o lobo que permanecia deitado o encarando de volta, sorriu batendo do lado livre da cama. Jackson rapidamente tomou o lugar vazio acomodando sua cabeça sobre as coxas cobertas do Im. Foi olhando para o pelo cinza prateado que novamente se perdeu em pensamentos. Ultimamente Jaebum vinha flertando muito com possibilidades antes inimagináveis por si próprio, ceder a pensar que um homem e um lobo poderiam ser a mesma pessoa era algo muito difícil de se fazer, entretanto ali estava ele deixando-se levar por tal linha de pensamento.

 

Todavia essa não era a questão mais difícil que sua mente lidava no momento, pensar que Jiaer e Jackson eram um só seria somente o meio de uma situação que parecia ser mais complexa do que aparentava. Se caso eles realmente fossem um, qual seria a causa dessa divisão ter acontecido, seria mesmo este um caso de maldição?

 

Por qual motivo Jiaer foi levado a ter uma vida dupla como lobo? Jaebum se questionava enquanto acariciava a cabeça do lupino que parecia adormecido em seu colo. Deixou sua mente ir até acontecimentos recentes onde descobriu aquelas garras em anéis e o livreto, o livro sobre os selos que apenas serviam para aparentemente conter tal maldição.

 

Respirou fundo e fechou os olhos se encostando a cabeceira da cama, deixou sua mente vagar pelas informações colhidas no texto traduzido; os anéis de garras pareciam ser causadores de uma maldição, poderia realmente ter sido eles a fazerem as grandes cicatrizes no peito de Jiaer. Ponderando sobre isso Jaebum abriu os olhos e focou-os em Jackson, lembrou-se da vez em que o havia banhado e percebido nele cicatrizes sobre o peito. Desceu o toque de sua mão para a barriga do lobo que se virou quase ronronando em sono pelo carinho. O ruivo sorriu ao ver o lupino relaxado, então guiou sua mão ao peito do lobo conseguindo sentir sob os pelos mais finos e curtos daquela parte quatro marcas de cicatrizes.

 

Não se sentiu surpreso ao realmente encontrá-las ali, também não foi com estranheza que viu escondido por uma das pernas traseiras uma cicatriz abaixo da barriga, nem mesmo a pequena sobre a perna dianteira e a outra perto da orelha, claro que Jackson teria todas elas afinal Jiaer também as tinha.

 

Com outro respirar profundo Jaebum acomodou-se na cama se deitando e trazendo a cabeça do lobo para seu peito, voltando a pensar sobre a tal maldição e sobre as cicatrizes no peito. Se seu amigo realmente traduziu de forma correta aquele texto, a maldição descrita ali então seria apenas uma forma de conter uma primeira maldição lançada, como se de alguma forma uma completasse ou parcialmente anulasse a outra, mas por quê?

 

Qual seria o motivo de se amaldiçoar duas vezes a mesma pessoa? E qual seria essa primeira maldição? O que ela fazia? Como ela foi feita? Frustrado por ter mais questões sem respostas, Jaebum fechou os olhos, sentindo o sono e cansaço de seu dia aos poucos o tomar, antes de mergulhar em seu sono profundo uma outra questão apareceu em sua mente entorpecida; qual seria a sua relação com as maldições de Jiaer? Isso era o que mais queria saber.

 


 Jaebum abriu seus olhos e piscou algumas vezes tentando se acostumar com a claridade em volta. Assim que adaptou sua visão não se sentiu surpreso ao notar estar de volta a floresta com a qual tanto sonhava. Seu coração se agitou ao notar que a claridade era de um dia de sol. Ansioso, olhou ao redor e viu folhas verdes de árvores tão belas balançarem mansamente com a brisa fresca. Era nostálgico e acolhedor como se estivesse dentro de uma lembrança preciosa.

 

Seus olhos novamente buscaram a sua volta tentando reconhecer onde estava, sentia que poderia andar e se encontrar facilmente por aquelas árvores, aquelas trilhas, tudo lhe era familiar. Contudo, para o Jaebum consciente naquele sonho aquele era um lugar que nunca havia estado antes.

 

Ainda sim estava aliviado, pois há dias estava preso aos sonhos na escuridão desde que havia sonhado com aquela mesma floresta quando tinha adormecido na clínica veterinária. Outrora aqueles sonhos no meio do escuro, com apenas os olhos ambarinos à espreita era o suficiente para lhe trazer alento, entretanto desde que seus sonhos se tornaram diferentes do que eram antes se sentia ansioso para descobrir cada nova ilusão de sua mente, estar somente no escuro não era o suficiente para se sentir bem.

 

Jaebum notou estar consciente dentro daquele sonho como raramente ficava. Normalmente tinha uma vaga compreensão do que lhe acontecia, não conseguia dominar seu corpo que parecia mover-se livre de suas ações, então deixava-o viver e fazer o que queria enquanto observava o que acontecia tornando-se assim um expectador de si mesmo.

 

Caminhou por entre os troncos caídos e árvores espaçadas, que apesar das copas altas, permitiam que a claridade chegasse de forma ampla ali. Era tudo tão colorido, doce e confortável de se observar que imaginou se seria possível um lugar como aquele realmente existir.

 

Era a segunda vez que tinha um sonho como aquele, a última vez que sonhou com aquela floresta esteve preso numa repetição que havia durado semanas até cair nos sonhos escuros. Ergueu seu rosto e deixou sua face ser banhada por um aquecido facho de luz solar que perpassava pelas folhas das árvores mais altas, por algum motivo entendeu que era manhã. Abriu os olhos que não notou ter fechado e voltou a encarar o seu entorno.

 

Vislumbrou mais à frente uma pequena clareira, nada nela se assemelhava a que tinha encontrado em outro sonho, um mais escuro e assustador. Adiantou-se até aquele local arejado e encantadoramente bonito, a familiaridade a sua volta era arrebatadora. Sentiu seu rosto sorrir e se ouviu dizer algo que não planejava falar.

 

— Eu sei que estão aí, saiam e eu lhes permitirei viver.

 

Apesar das palavras duras, a voz soou mais como uma implicância para com alguém escondido. Por um momento Jaebum se perguntou se estava de alguma forma revivendo alguma lembrança antiga.

 

Percebeu seu corpo se mover novamente e suas mãos tirarem de suas costas um arco e uma flecha, que pesar de surpreso não se viu assustado ao ter aquilo consigo, se lembrava de ter tido os mesmos armamentos em outro sonho.

 

Um braço se esticou e o outro flexionou enquanto um olho se fechava e o outro se focava em algum lugar específico, Jaebum percebeu-se então ser um expectador de si mesmo ali por trás dos olhos daquele que regia o arco. Ele tinha a mente livre enquanto observava e sentia as ações de si mesmo, como se revivesse uma memória. A mão soltou-se do fio tencionado e a flecha firme seguiu para dentro da copa cheia, onde as folhas lhe impossibilitavam ver qualquer coisa escondida ali, mas Jaebum sabia, sentia que havia algo escondido.

 

Um muxoxo foi ouvido sendo acompanhado de um riso. Eram frescos e faziam o coração do Im disparar e se apertar em uma saudade desconhecida. O muxoxo se tornou um riso alto acompanhando o outro, e o Jaebum daquela que parecia ser uma lembrança também riu, porém mais contido.

 

Seus pés se moveram, caminhando em direção ao som dos risos, houve um movimento próximo a seu lado e alguém pareceu parar quando percebeu a si mesmo também parar de andar. Jaebum se viu diante da árvore de copa fechada, olhou para cima por entre os galhos grossos e sorriu novamente ao ver o corpo pequeno — de um jovem que aparentava ter seus treze ou quatorze anos — pendurado com a roupa presa pela flecha que havia disparado.

 

— Yah! Beom! Me tire daqui! — a voz indignada daquele garoto fez seu sorriso aumentar, ao Jaebum que era o expectador por traz dos olhos a voz pareceu à mesma que o saudara no sonho anterior naquela floresta. Porém, quando tentava focar no rosto do menor não conseguia vê-lo, pois, a claridade o cegava.

 

Aquele que permanecia em pé ao seu lado ainda ria contido segurando seu braço com as mãos pequenas, o Jaebum do sonho o olhou e o Im dentro de si percebeu o corpo pequeno do aparentemente outro garoto, seu rosto era um borrão.

 

— Beom, vamos deixá-lo aí até o entardecer. — disse provocativo o menor ao seu lado.

 

— Me sinto tentado a fazê-lo, mas Kayee não ficaria feliz com isso Kunpimook. — sentiu-se rir outra vez ao erguer seus olhos e ver o garoto preso espernear tentando se soltar —você sabe que ele tem grande apreço a esse filhotinho.

 

— Yah! Eu não sou filhotinho! Me tirem daqui ou eu conto tudo para o Gaga!

 

— E como vai contar se está preso aí?

 

— Kunpimook, quando eu descer daqui eu farei você em pedaços!

 

— Quem vai ficar em pedaços é você, Yien, se não parar de se mexer assim, a flecha é forte, mas não o suficiente.

 

Como se pressentisse o que iria acontecer sentiu seu corpo se mover, então viu a roupa do garoto rasgar e o mesmo cair direto em seus braços deixando parte do tecido preso na flecha ainda cravada no tronco.

 

Foi como um piscar de olhos, tudo se escureceu e voltou a clarear, deixando Jaebum atordoado. Logo se viu sentado na varanda de madeira da mesma casa-árvore do sonho passado. Os risos imperavam pelo lugar, enquanto notou que o Jaebum daquele momento parecia limpar uma espada de médio porte, uma jingum*. Com as pernas em lótus, notou seu arco e a bolsa de couro antigo com os símbolos que havia visto da outra vez, ela estava cheia de flechas com cores diferentes em suas extremidades de apoio. Ao lado deles, duas shuanggou* — espadas com gancho — estavam lado a lado. O ruivo admirou o armamento, apenas os tinha visto em expositores de museus.

 

A lâmina foi limpa com cuidado enquanto passos afoitos seguiam em sua direção, o Jaebum do sonho não ergueu seu rosto nem moveu seus olhos da espada coreana em mãos, mas sentiu o repuxar dos lábios em um sorriso e o entendimento de que ele sabia quem estava se aproximando o inundou.

 

— Beom! Kayee disse que você pode me ensinar kyudô*!

 

— Mas não era o caminho da espada que você queria aprender? — perguntou, enquanto admirava o reflexo da luz no metal cortante.

 

— Jurava que ele tinha me dito que queria dominar as espadas de gancho — a outra voz mais nova soou se aproximando.

 

— E se eu quiser aprender todas? Beom usa todas elas e ainda luta! Eu quero fazer isso também!

 

Um sorriso nasceu no rosto do Im daquela lembrança, ergueu então seus olhos da arma em suas mãos assim que a salvaguardou na bainha de madeira e a depositou longe das mãos e olhos curiosos daqueles dois seres. O sentimento de orgulho por inspirar o caminho de ambos o inundou e o ruivo que observada de dentro da mente sentiu o familiar aperto de saudade. Tentou encontrar os olhos daqueles dois jovens e dar rostos para esse sentimento, mas somente o borrão em suas imagens e a sensação de que os conhecia em seu momento presente lhe era mostrado.

 

— Começaremos da forma certa então — sentiu-se dizer ao observar os dois se sentarem sobre as pernas e o encarar em expectativa — Yien, feche seus olhos e limpe sua mente.

 

Viu o mais agitado o obedecer e fechar os olhos rapidamente.

 

— Agora respire profundamente e solte devagar, repita isso três vezes e então abra seus olhos. — guiou-o com suas palavras e esperou que ele o fizesse, quando o mais novo abriu seus olhos outra vez, percebeu sua mão erguer-se e se mover por sobre os equipamentos dispostos lado a lado — olhe para os três e me diga qual caminho lhe atrai mais.

 

— O arco — respondeu o menor sem hesitação.

 

— Uma boa escolha.

 

Os olhos de Beom então se moveram para o outro garoto ao seu lado e apesar de não poder lhe ver a face, sentia que ele o olhava curioso.

 

— Kunpimook, que caminho deseja?

 

Sentiu que os olhos deles se desviavam dos seus e mirar o chão. Por mais que Jaebum não pudesse ver suas expressões, algo em si sabia quais lhe eram mostradas.

 

— Eu preciso escolher o caminho das armas?

 

— Não, você é livre agora para escolher o caminho que quiser seguir — a voz familiar e profunda soou a suas costas e Jaebum pode sentir alguém sentar perto de si. Seu corpo relaxou com a proximidade dessa pessoa.

 

— Você deseja o caminho da cura? Kunpimook? — se ouviu perguntando e viu o garoto assentir.

 

— Quero me tornar um xamã assim como todos que vieram do mesmo lugar que eu. Está decepcionado comigo? — questionou em voz baixa.

 

—Nunca. Não importa o caminho que escolherem seguir, nós nunca iremos nos decepcionar com vocês.

 

—Apoiaremos e os ajudaremos — novamente ouviu-se dizer, enquanto observava o garoto Kunpimook — Se tornar-se xamã é seu desejo, faremos dele nossa nova missão, e o acompanharemos para que consiga aprender e adquirir conhecimento.

 

O outro garoto que havia ouvido aquilo tudo quieto de repente se aproximou do dito Kunpimook, tomou-lhe a mão e sorriu pequeno chamando assim a atenção dele.

 

— Eu aprenderei os caminhos da luta, Mook, e vou te proteger enquanto você se torna o maior xamã de todas as terras.

 

Jaebum viu as mãos jovens se entrelaçarem e sentiu a sua se entrelaçar com as daquele que permanecia atrás de si. Pode sentir novamente que era tomado de um sentimento de orgulho e proteção para com os dois garotos, por um momento se perguntou quem eles poderiam ser para significarem tanto assim para si.

 

Assim tão leve quanto veio o sonho, outra vez mudou. Sentiu-se deitado e quente, abaixo de si uma esteira permanecia e o que o aquecia era um corpo masculino abraçado ao seu. Seus olhos se abriram fitando diretamente a janela aberta notando a claridade da lua cheia e alta iluminar o lado de fora, seus olhos moveram-se então para a esteira próxima e viu os dois menores aconchegados um ao outro assim como também fazia.

 

Voltando a se deitar, virou-se e fitou aquele que o abraçava, os cabelos compridos e negros como a noite mais escura estavam soltos e espalhados ao redor do rosto e do apoio macio que lhes serviam de travesseiro. O tecido fino da roupa de descanso se moldava ao corpo magro, porém tonificado e marcado pelos combates já vividos.

 

Jaebum sentiu seu corpo livre dos impedimentos que regiam seus sonhos, como se naquele momento houvesse sido lhe dado permissão para agir dentro dele. Seu primeiro ato ao notar tal liberdade foi erguer sua mão sentindo-a calejada, possivelmente pelos anos de uso da espada e outras armas.

 

Os dedos marcados seguiram ao rosto do rapaz adormecido ao seu lado e com a ponta dos dedos, Jaebum afastou o véu de cabelos negros podendo ver assim a face daquele por quem sabia que nutria sentimentos intensos.

 

Ofegou e prendeu a respiração, mas não se sentiu surpreso ao ver a face tão conhecida de Jiaer ali relaxada em seu repouso. Sentiu o coração acelerar ao que acariciou com leveza o rosto moreno daquele que sabia ser seu amado. Os fortes sentimentos de adoração que passavam dentro de Beom chegavam a consciência de Jaebum, que aproveitava as sensações de poder tocá-lo. Aquele era Jiaer, mas ao mesmo tempo não era, seu Jiaer era um homem diferente agora.

 

Acometido por uma ideia repentina, levantou-se tentando ser rápido e cuidadoso para não acordar ninguém. Em poucos passos seguiu para fora do pequeno cômodo, não percebendo quando seu corpo agiu por instinto segurando a espada ao seu lado caminhando com ela em mãos. Encontrou um pequeno corredor do lado de fora daquele quarto, seguiu seu instinto fazendo um caminho que lhe parecia tão comum que logo se viu num outro pequeno cômodo com uma porta de madeira, era a porta de saída.

 

Alcançou a pequena varanda e desceu os poucos lances de degraus feitos pelas raízes da bela árvore na qual a casa era unida. Seus pés o guiaram para perto do pequeno lago e graças à luz da bela e grande lua cheia pode sanar a curiosidade que o tinha consumido por todo aquele sonho e tantos outros que já havia tido.

 

Ajoelhou-se a beira do lago com a espada ainda em mãos e curvou seu corpo podendo assim ver a imagem que se refletia no espelho d'água.

 

Jaebum enfim pode ver a si mesmo, parecia mais moreno, mas reconhecia ter a idade que tinha agora, os cabelos lisos e negros caiam longos por seus ombros, as pontas dos fios negros tocavam na água fresca da laguna. Havia marcas em seu rosto que ao encará-las pode assimilar a elas de alguma forma memórias de lutas antigas e quase esquecidas. Acreditou enfim que estava podendo não ter um sonho em exato, mas sim revivendo uma lembrança.

 

Tocou o próprio rosto de forma curiosa, era ele Im Jaebum e ao mesmo tempo não era. Era outro, Chang Beom seu nome. Um espadachim errante que já estivera em muitas terras distantes, aprendendo nelas línguas e artes que poucos imaginariam.

 

Aquele era ele, o Im entendia, e sua descrença não era por se ver naquela situação estranha, mas sim por se sentir tranquilo ao que começava a entender mais sobre o seu eu daquela lembrança. Seu corpo aos poucos desligou-se da consciência do Im lúcido, e Jaebum notou que voltava a agir como o Beom daquela memória.

 

Percebeu-se se sentar de costas para o lago deixando a espada — que agora se lembrava de ter adquirido em sua terra natal — em seu colo. Ergueu o rosto e viu Jiaer se aproximar, ele estava lindo. O corpo dourado pelo sol parecia exótico a luz prateada daquela lua. Os cabelos tão negros e lisos quanto os seus estavam soltos como haviam estado a momentos atrás quando o deixou dormindo.

 

Os olhos castanhos — diferentes dos ambarinos ao qual havia se acostumado — brilhavam e nos lábios avermelhados estava um sorriso doce que haviam hipnotizado o Im desde que o vira pela primeira vez e o continuava hipnotizando sempre.

 

— Ansioso? — Ouviu-o perguntar ao sentar ao seu lado. Ao contrário de como era consigo que se sentia nervoso ao estar ao redor dele, o Beom do sonho permaneceu relaxado, aberto ao calor do corpo do outro que se recostava levemente em si.

 

— Preocupado.

 

— Eles se sairão bem.

 

— Não quero errar com eles.

 

— Não irá, Yien tem a ti como um herói, Kunpimook também, apesar de ser mais contido. Ambos estão em êxtase por saber que terão a própria jornada.

 

Sentiu a si mesmo erguer o rosto para o céu de estrelas ofuscadas pelo brilho prata da lua cheia. Seu coração se apertou, assim como sabia que o do Jaebum do sonho também se apertava.

 

— Você percebeu?

 

— Sim — viu pela visão periférica Jiaer erguer seu rosto ao céu também.

 

— Kayee, caso algo aconteça comigo vo—

 

— Não vamos permitir ao destino criar possibilidades. — o outro o cortou e percebeu-se assentir em silêncio — Faremos nosso melhor por eles, assim todos estaremos prontos se algo vier de encontro a nós.

 

— Ficaremos juntos — Se ouviu dizer com convicção, uma promessa interna que se fazia.

 

— Ficaremos juntos e se nós nos perdermos, encontraremos uma maneira de sempre voltar.

 

Repentinamente tudo escureceu a sua volta, e o ruivo se viu novamente no escuro encarando os olhos ambarinos que piscaram para ele, lhe dizendo de forma muda e ferida que Jaebum havia esquecido desta promessa, havia se esquecido completamente deles. O Im se moveu perdido no breu de seu subconsciente, desejando de toda forma voltar para aquela lembrança. Voltar para aqueles braços, para a sua família.

 

 

Aos poucos, uivos agressivos chegavam a sua consciência, seus sentidos tornavam-se mais acordados e Jaebum se viu perdendo as vívidas memórias que havia reconquistado para o esquecimento. Os sons raivosos o dominavam fazendo-o agarrar sua cabeça instintivamente tentando se impedir de esquecer daquelas lembranças repetindo os nomes, as conversas, se desesperando quando sentia que tudo parecia ser sugado de sua mente.

 

Foi sendo deixado para si somente ecos desconexos de três palavras que se misturavam aos uivos cada vez mais altos, o terror se apossou de si trazendo lembranças do passado e do presente, ambas se misturando em sua cabeça o deixando ser dominado pela angústia, fazendo-o acordar atordoado chamando aqueles três nomes de forma verbalizada na escuridão de seu quarto.

 

— Kayee? Yien? Kunpimook? — repetiu dessa vez confuso. As três palavras rolaram por seus lábios, mas Jaebum não se lembrava de onde elas vinham.

 

Saiu de seus pensamentos quando ouviu novamente os uivos e rosnares altos, arregalou seus olhos e procurou Jackson no quarto percebendo que ele não estava ali. Rapidamente se levantou e seguiu para a janela de seu quarto, o ar abafado da noite o encontrou, mas foi a visão do que acontecia na frente dos terrenos de Wolf’s Lair que o deixou sem reação por alguns instantes.

 

Aparentemente todos os lobos estavam ladrando para as sombras e contornos das árvores a margem da floresta, sendo o lobo branco e o grande marrom — Heon — os mais próximos dela. Jackson estava lá também, ele se mantinha a frente dos lobos menores e sua postura demonstrava que poderia correr ou saltar contra algo a qualquer momento.

 

Jaebum buscou a presença de Bambam em algum lugar, porém não o encontrou. Preocupado com o que poderia estar acontecendo resolveu descer e observar mais de perto. O brilho de algo refletindo a luz prateada da lua chamou sua atenção e de repente o ruivo sentiu-se em um dejá vi quando se lembrou da última lua cheia naquele lugar.

 

 Caçadores.

 

Saiu da janela com pressa e deixou seu quarto partindo com certo desespero pelo corredor, foi ao descer as escadas que viu Bambam saindo por trás da mesma e passando a sua frente.

 

— Há um caçador lá fora — foi tudo o que disse enquanto terminava de descer as escadas sendo encarado pelo outro.

 

— Eu sei, e são dois — Jaebum seguiu o de cabelos platinados até a cozinha — eles estão escondidos entre as árvores, ainda não atiraram porque a matilha está toda junta ali na frente.

 

— O que vamos fazer? Uma hora eles vão acabar atirando.

 

Bambam o olhou por alguns segundos de maneira enigmática demais para Jaebum tentar entender, ele fez sinal para que se abaixasse e assim o fez seguindo-o para fora pela porta da cozinha que saía para a varanda lateral.

 

— Eu pretendia os cercar e pelo menos atacar um deles desviando a atenção.

 

— É arriscado fazer isso sozinho.

 

— Agora você está aqui para me ajudar — Jaebum assentiu e algo no brilho negro dos olhos do tailandês o fez realmente olhá-lo de maneira diferente, Bambam lhe parecia de certa forma mais familiar do que o normal.

 

— Me diga o que tem em mente.

 

— Vamos sair pela lateral fazendo o máximo para não sermos notados — juntos engatinharam até o parapeito que cercava a varanda do casarão descendo com cautela os degraus da pequena escada — seguiremos contornando a sebe até o outro lado e então passaremos pelas árvores e entraremos na floresta. Vamos os pegar pelas costas.

 

A ideia era simples e parecia boa ao ver de Jaebum que percebendo os olhos preocupados de Bambam sobre os lobos sentiu necessidade de tentar acalmá-lo.

 

— É uma boa escolha — se viu dizendo num tom de voz diferente do usual atraindo a atenção dos olhos negros para si, outra vez Bambam o olhou de forma estranha — Vamos antes que um deles resolva fazer algo ou Heon decida atacá-los de vez.

 

Juntos seguiram o plano traçado por Bambam, conseguiram completar o caminho até estarem as costas dos dois caçadores, porém antes que pudessem fazer algo contra eles, um dos dois disparou a arma que trazia consigo. Um ganido e uivo alto foi ouvido e em seguida tanto lobos quanto Jaebum avançaram sobre os homens armados.

 

Algo dentro de si correu mais forte, e o ruivo se viu sem o medo que normalmente sempre o dominava, avançando as costas do caçador Jaebum passou de forma rápida os olhos pelos lobos a frente vendo Bambam correr para um caído ao chão e vários avançarem no caçador autor do disparo.

 

Heon e o lobo branco avançaram no caçador que Jaebum cercou, não sabia de onde havia tirado coragem ou de como estava conseguindo lidar com aquele homem que era maior que si, mas o ímpeto primário ainda estava o instigando e o ruivo deixou-se ser dominado por ele. Por isso quando deu por si, estava o prendendo por trás, tentando de alguma forma o sufocar.

 

O homem além de maior era mais forte que Jaebum, portanto logo conseguiu se desprender da chave de pescoço e viu-se cercado pelo Im e pelos outros dois lobos. O ruivo notou que o caçador lançava olhares a arma caída no chão aos seus pés e como se cada um estivesse estudando os movimentos um do outro, permaneceram se encarando e se cercando.

 

O grito de dor do outro caçador chamou atenção deles e então o ruivo viu seu alvo se jogar no chão alcançando a arma e apontando para si. Jaebum olhou do homem para a arma e dela para o lobo branco que parecia ter sido petrificado ao ver a mira ser apontada ao Im.

 

Os olhos de Jaebum tremeram ao buscar Heon, não o encontrando em parte alguma. Ainda se mantendo parado ouviu um rosnar mais alto e então o grande lobo marrom saltou em direção ao braço do caçador que reagiu atirando. O braço do homem foi mordido por Heon, a arma antes de ser disparada foi tirada do foco em Jaebum passando para o lobo branco ao lado.

 

A agilidade que tomou seu corpo era desconhecida por si próprio, e foi ela que Jaebum usou para saltar em frente ao projetil tirando o lobo branco da mira do disparo. A bala atingiu o braço do ruivo em um raspão, a dor da carne queimando o fez gritar, e sua voz de dor pareceu despertar o lobo albino que em dois saltos agarrou em mordida a perna do caçador o fazendo cair preso entre os dois lobos.

 

Um tiro passou raspando quase atingindo um dos pés de Jaebum enquanto outro tiro veio em seguida acertando a perna traseira de Heon. O lobo marrom soltou o caçador a quem se manteve preso em mordida e ganiu de dor caindo no chão. Jaebum percebeu o caçador alvo mesmo com a perna sendo rasgada pelo outro lobo tentar alcançar outra vez a arma. Se levantou agitado e tomado por coragem e raiva agarrando a primeira coisa que teve ao alcance de suas mãos, o pedaço de madeira foi segurado entre os dedos e como se estivesse disposto por uma espada, Jaebum atacou o caçador que foi solto pelo outro lobo e tentou correr do ataque do ruivo.

 

Mais tiros soaram enquanto o ruivo acertava o seu alvo com o pedaço de galho de árvore, Jaebum estava prestes a acertar a cabeça do outro quando a voz de Bambam o chamou em desespero.

 

— Jaebum, ele está fugindo! — o ruivo percebeu que se tratava do outro caçador que se embrenhava entre as árvores sendo seguido por um dos lobos cinzentos, correu o seguindo, também deixando o caçador com o quem lutava caído no chão a mercê dos outros lobos.

 

Jaebum correu o máximo que pode pela madrugada escura entre as árvores atrás do outro homem, folhas e galhos surravam seu rosto enquanto corria seguindo o caminho que aquele que fugia deixava para trás. Rodeado pela mata densa não percebeu quando não teve mais a companhia do lobo cinza que junto consigo perseguia o outro, também não percebeu quanto tempo havia passado naquela perseguição, porém quando deu por si, o dia clareava e já tinha perdido o caçador de vista.

 

Enquanto voltava para o casarão sentia seu sangue ferver correndo dentro de si, na última vez que estivera dentro daquela floresta a noite, numa lua cheia que parecia agora distante demais, havia sido tomado pelo medo, mesmo que em seu primeiro momento tivesse sido movido por impulso para salvar Jackson.

 

Agora estava ali com uma coragem desconhecida correndo por dentro, agitando seu corpo como se tivesse sido despertada. Se aproximou novamente do covil buscando com os olhos ao sair de entre as árvores algum sinal de Bambam ou dos lobos, contudo não encontrou ninguém, nem mesmo o caçador com quem tinha lutado, para seu desprazer somente viu sangue e pelo espalhado no gramado baixo a margem da floresta. Preocupado correu para casa saltando os degraus da entrada alcançando a porta aberta do casarão e a cena que encontrou no hall diante de si não poderia ser pior.

 

 

Poucas horas haviam passado desde o incidente com os caçadores naquela madrugada e o resultado daquela lua cheia equiparava-se a anterior. Durante o ataque quando Jaebum junto à Heon e Mark ocupavam-se de um dos caçadores, Bambam havia corrido para socorrer Kris que tinha sido atingido pelo primeiro tiro. A bala o acertara em uma das pernas traseiras, deixando o lobo cinza escuro impossibilitado de se mexer.

 

O tailandês havia tomado-o em seus braços e corria em direção ao casarão quando outro tiro foi dado em sua direção, quase o acertando. Deixando-o na varanda Bambam notou um dos caçadores ser atacado por Jackson, Tao e Yug, enquanto Junior o rondava e Ars estava aparentemente desacordado no chão.

 

Correu em direção ao jovem lobo quando viu o homem forte agarrar Yug pela pele das costas e lança-lo em direção a Junior fazendo os dois se chocarem e rolarem pela grama, o homem gritou de dor quando Jackson avançou sobre ele novamente o mordendo na lateral do corpo. Tao também pulou sobre ele agarrando-lhe um braço com a boca. Era selvagem a forma como ambos os lobos pareciam querer estraçalhar aquele homem.

 

Bambam correu novamente tomando Ars em seus braços notando-o vivo, somente desacordado, possivelmente o jovem lobo havia atacado o caçador e assim como Yug também fora arremessado para longe.

 

O tailandês notou Tao rolar no chão, Junior que havia se levantado corria para atacar o homem. Preocupado Bambam também avançou no caçador, mas ele que agora esmurrava e chutava tanto Jackson quanto Junior, desprendeu-se e correu abandonando sua arma e deixando os lobos feridos para trás. Tao se ergueu e o seguiu Bambam gritou por Jaebum enquanto corria com o outro lobo ferido nos braços.

 

Assim que Tao e Jaebum desapareceram por entre as árvores, o outro caçador ergueu-se e atirou contra Mark e Heon, correndo assim como o outro para dentro da mata escura e fechada, deixando Bambam com todos os lobos feridos para trás.

 

Tantos anos vivo acompanhando Jiaer e Yien pelo mundo pareciam não ter sido o suficiente para preparar o tailandês para aquele momento, onde via a sua matilha construída há tantos e tantos anos tão destruída e ferida. Guardando seu desespero e sofrimento dentro de si, pois sabia que todos precisavam de sua mente forte no momento carregou um a um os lobos, sua família, para dentro do casarão.

 

Jinyoung foi o primeiro a se transformar de volta, Bambam olhou para o corpo do amado repleto de máculas e feridas e então encarou Mark e Jiaer, ganindo em dor sem poderem se mexer. Nunca havia se sentido tão impotente, nem mesmo quando todo o sofrimento e má sorte havia caído sobre eles sentiu-se daquela forma.

 

Quando Jaebum havia chegado percebeu o choque em seu rosto ao ver a matilha toda praticamente ferida e desacordada, muitos deles sangravam e mesmo a contragosto imaginou que o ruivo fugiria daquela situação como vinha fugindo de tudo desde que tinha chegado ali. Foi com surpresa que o viu tomar de si a liderança nos cuidados dos lobos, foi com emoção dificilmente contida que pode vislumbrar naquele momento parte do antigo homem que o tinha criado e ensinado tanto sobre a vida.

 

Apertou seus olhos deixando lágrimas silenciosas escaparem, permitiu-se deixá-las rolar, pois estavam presas a tantos séculos dentro de si que mesmo não sendo há muito tempo deixou seu lado humano e fraco o dominar sendo egoísta pela primeira vez em sua vida. As costas de Jaebum estavam viradas para si enquanto ele carregava Heon subindo as escadas o levando para o quarto de hóspedes. Viu naquelas costas a sombra de seu mentor antigo, desejou secretamente que ele pudesse voltar para eles.

 

 

Bambam passou no fim daquela manhã nos quartos onde Tao e Kris — que mantinham suas formas de lobo — e, Yugyeom e Youngjae estavam, ele trocou suas ataduras e cuidou de seus ferimentos, os alimentou e induziu ao sono de descanso. Seguiu para o quarto onde Jooheon estava o encontrando adormecido sob a cama do quarto de hóspedes — os outros quatro estavam nos quartos de Mark e Jinyoung.

 

Passou reto por seu quarto chegando ao de Jaebum, que no momento dormia sentado na cama com Jackson deitado nela apoiado em seu colo, aquela cena fez seu coração se apertar ainda que seu rosto estivesse impassível, desejava que fosse Beom e Kayee ali.

 

Voltou então pelo corredor para seu quarto onde encontrou Mark deitado no meio de sua cama e Jinyoung limpando outra vez as feridas dele com o preparado que Bambam havia feito anteriormente. Ladeou a cama seguindo para o outro canto livre puxando o outro loiro para seus braços. Estava cansado, mesmo não ferido fisicamente sentia suas feridas emocionais abertas, queria o aconchego e calor daqueles que amava, por isso ergueu seus olhos negros para o moreno a sua frente suplicando mudamente que ele se juntasse aos dois.

 

Respirou fundo ao sentir os aromas dos três se mesclando, podendo assim realmente começar a relaxar. Jinyoung estava ao seu lado, Yien em seus braços, a matilha dormia a salva e seus mentores estavam juntos no quarto ao lado, por mais que não estivesse perfeito era o suficiente para trazer a pequena paz de espirito de volta ao seu ser.

 

 

 

 Vocabulário:

Jingum - Espada tradicional coreana, tipo uma katana.

Shuanggou - Espada com gancho chinesa.

Kyudo - caminho do arco ou arco e flecha japonês.


Notas Finais


YAY! Gostaram? hehehe, espero que tenham entendido o sonho e.e
Sim esse final foi no ponto de vista do Bammie e o proximo capitulo será o especial tão prometido!!
Aqui links para as armas:
Jingum - espada coreana;
https://i.pinimg.com/736x/c9/76/4c/c9764c204e9e122845823df0f7ba5842.jpg
Shuanggou - espada chinesa com ganchos;
https://s-media-cache-ak0.pinimg.com/236x/42/44/aa/4244aa3980d64f78d867fed097f1392a--swords-bounty-hunter.jpg
Aqui...
Uma oneshot docinha que postei recentemente:
https://spiritfanfics.com/historia/cheesecake-9956312

É isso, até depois, amo vocês e se agasalhem porque ta frio!


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