1. Spirit Fanfics >
  2. Fumaça Escarlate >
  3. O que está acontecendo?

História Fumaça Escarlate - O que está acontecendo?


Escrita por: barbarafratis

Notas do Autor


Eu sei. Eu disse que haveria Lemom neste capitulo, bem como tudo acabaria esclarecido. Porém, quero instigar mais a curiosidade de vocês.
Na verdade, este capitulo seria mais extenso, já com o lemom e a explicação da explosão agregados. Todavia, acabou ficando muito longo. Então decidi fazer um suspense aqui e depois partir para outra. O próximo capitulo remeterá aos tempos de wammys de Matt e Mello, incluindo o inicio da relação dos dois.
Ok?
Não me matem, por gentileza.
Beijos de açúcar.
Feliz páscoa!
PS: Toda vez que eu escrever algo em itálico, é para indicar passado, beleza? Beleza.

Capítulo 2 - O que está acontecendo?


Uma semana se passou desde o ocorrido, as feridas de Mello ainda cicatrizavam.


Aonde estaria Mello? Perguntei a mim mesmo. Verificando o perímetro de escombros com toda a paciência possível. Quando por fim desisti, voltei-me para o carro. Sentado, apoiando as costas em um dos pneus, Mello mantinha a cabeça baixa; esta estava apoiada em seus joelhos, como se chorasse, mas, claro, Mello jamais choraria.
Eu não sabia o que sentir. Raiva, alivio, preocupação. Corri ao seu encontro e ajoelhei ao lado. Perguntando se estava bem, o que acontecera, se ele sabia que aquela merda toda aconteceria!
- Mello! - esbravejei, erguendo sua cabeça com minhas mãos. Vi meus dedos mergulharem num mar de sangue protegendo uma carne mole ausente de pele, seus olhos fechados demonstrando - pela primeira vez vi Mello transpassar tal coisa - sofrimento.
- Desculpe, Matt - sussurrou e, por fim, desmaiou.


Por que ele se desculparia?
Perguntei diversas vezes o que Mello tinha em sua cabeça loira de massa achocolatada para invadir aquele galpão, sendo que tinha ciência da explosão. Ele não respondeu. Questionei o motivo de seu pedido de desculpas, ele não respondeu.
Uma maldita semana transcorreu desde então e Mello quase não abre a boca. Lembro do orfanato. Nós eramos os mais espertos e Mello quase não falava com ninguém - pelo menos não de maneira aberta - e, agora, é quase como se houvéssemos retornado aquela época. Mello calado, com uma expressão desconfiada e, pior, vez ou outra, uma expressão de culpa. Ele vagueia pelo apartamento, comendo chocolates e assistindo televisão. Nossas encomendas estão acumulando e é questão de tempo até nosso chefe surgir desejando nossas cabeças em uma bandeja de prata!
- O que faremos se Raito aparecer? - desviei minha atenção dos mangás sobre o balcão da cozinha, levando um cigarro a boca, tragando-o suavemente
Mello estava estirado no sofá, enfiando barrinhas de chocolate na boca, como uma menina mimada durante a TPM. Olhou para mim e se ajeitou no sofá, para encarar-me direito.
- Honestamente, eu não sei - Seus olhos partiam meu coração, estavam perdidos, nublados. E eu não entendia como ainda não estourara com ele, da mesma forma que não absorvia o porquê de estar nutrindo toda aquela preocupação para com ele.
 Compreendam, Mello sempre foi o cara neutro e calculista, eu sou o explosivo de nossa amizade. Por isso, no minimo esperava que ele estivesse pensando em algo para dizer a Raito, nosso chefe muito impaciente, caso este surgisse armado com toda sua boa vontade e munição. 
Cerrei os punhos, ele ainda me encarava com os olhos azuis que, outrora foram de um azul tão belo, agora poderiam serem confundidos com o azul de um ar mar em tempestade. Seu olhar somente nutria minha raiva. Eu estava sendo excluído de uma explicação, como sempre. 
- Mello, tome vergonha na cara! - Olhem o que disse quanto a ser explosivo. Por impulso, disparei em sua direção no sofá e o agarrei pela gola da camisa - Estamos sem dinheiro. Raito deve estar puto da vida. Precisamos trabalhar, ao menos explicar o porquê de não darmos nem mesmo sinal de vida! Você nem ao menos me empresta o carro, escondeu as chaves
- O que foi? - Em uma semana, esta era a primeira vez que avistava seu tipico irônico sorriso de canto - Vai me bater, Matt? Faça isso. Alivie a situação para nós dois. - Percebi que minha mão livre estava cerrada, erguida prestes a desferir um soco contra Mello. O larguei e joguei meu corpo no sofá.
- Por que não conta o que está acontecendo?
- Você é novo demais para entender
- Eu tenho a sua idade, seu idiota!
- E faz birra feito uma criança - ele riu. Riu genuinamente, algo incomum. Eu sentia falta dessas discussões sem sentido que apenas nós conseguíamos criar. De repente, ele parou. O semblante sério foi restabelecido. - Como consegue olhar para mim? - Da fronte direita, percorrendo o pescoço, até o peito, havia se projetado a cicatriz, tomando lugar da pele que fora queimada na explosão. Mello sempre tivera uma aspecto delicado, belo, basicamente um anjo caído.
- Sinceramente, você sempre pareceu uma garota. Agora, pelo menos, está com cara de homem - Fugi antes que ele me socasse, o que realmente iria acontecer, mas, como sou rápido, acabou por acertar o estofado do sofá.
Voltei para de trás do balcão. Do sofá, Mello sorria para mim. Um sorriso muito suspeito, porém, melhor que seu aspecto derrotado de pouco tempo antes. Eu tentava não encará-lo. Fingi retomar a leitura dos mangás. Eu conhecia aquela sua expressão, a conheci nos tempos do orfanato, quando eramos mais novos. A expressão de quem está prestes a atacar. Desejo. Sacudi algumas vezes a cabeça. Eu era - e sou - um imbecil, ha muito deveria ter aprendido que não se deve provocar Mello. 
Quando saímos da Wammy's, eu jurei que jamais deixaria novamente acontecer o que fazíamos lá. Seria uma nova vida e detalhei meus motivos a Mello; sei que ficou magoado, mas ele preferiu esconder. Dois anos depois, eu não poderia deixar-me cair em tentação, embora fizesse falta o gosto de loiro. Sim, é o que estão pensando. Mello e eu fomos amantes na adolescência. Eu, um ruivo de merda, rejeitei ele assim que abandonamos a Wammy's. Dois anos depois, aqui estamos trabalhando juntos e morando novamente debaixo do mesmo teto, algo perigoso. 
- Eu estou lhe devendo um presente de aniversário, certo?
- Mello, não comece - parti para a defensiva. Naquele momento, qualquer movimento do loiro era classificado como extremante suspeito. Principalmente considerando que eu ouvira esta mesma frase ha muitos anos, o que acabou resultando em nossa conturbada relação dos tempos de orfanato
- O que é isso, está com medo de mim? - Ergui a cabeça de meu mangá e lá se encontrava Mello. Na minha frente, do outro lado do balcão, longe do sofá em que deveria estar!
- Estou com medo do que você pode fazer - dei de ombros - Afinal, já conversamos sobre isso 
- Eu sei! - respondeu ressentido, sentando-se no banco a nossa frente - Quer a verdade?
- Sim, por favor
O celular de Mello começou a vibrar sob o tampo do balcão. Uma mensagem. Ele a leu e então soltou um riso de escárnio.
- Sabe, Matt. Algumas coisas irão mudar
- Tipo?
- Digamos que não precisamos mais nos preocupar com Raito. Temos um novo chefe.
Isto, sem duvidas, me deixou em choque. Por essa eu não esperava. Mello, que merda está acontecendo aqui?!


Notas Finais


Capitulo pobre. Considerem ele como um capitulo de transição, apenas. Beijos de luz. Juro compensar no próximo capitulo. Não se acostumem com capítulos novos todos os dias; eu costumo sumir sem prévio aviso.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...