Paz
03 de Dezembro, 1888.
“Andava em um ambiente esquecido e árido, enquanto olhava para os lados procurando por alguma luz em que pudesse agarrar-se, mas apenas o que via era uma floresta escurecida. A floresta era formada apenas por árvores secas com alguns galhos quebrados e outras com seus troncos tombados no terreno.
Tentava manter a calma, porque sabia que se o pânico o alcançasse, seria seu fim. Decidiu continuar andando por entre as árvores, até que com uma pedra marcou um dos troncos, pois passou por sua cabeça a ideia de acabar andando em círculos.
Não saberia dizer se passou minutos, horas ou dias, enquanto continuava andando por aquela imensidão escura. Não sentia cansaço muito menos o pensamento de parar, até que se apoiou em uma árvore e ao olhar para ela, encontrou um machucado no tronco. Um machucado feito... Por ele mesmo.
Olhando para o chão, encontrou a pedra que usou para riscar a árvore em questão e a pegou em mãos. Com uma raiva começando a aflorar em seu ser, arremessa a pedra ao longe, seguido de um grito de frustração e raiva. Atentou-se em ouvir em que a pedra poderia ter se chocado, mas nada veio. Estava começando a achar que estava beirando a loucura.
Enquanto mantinha uma briga interna entre si, ouviu pequenos passos se aproximando. Virou sua cabeça em direção aonde achou que ouviu os passos, apenas esperando. Ao perceber que o som parou, passou a mão nos cabelos, puxando alguns fios. Estava começando a ficar preocupado com a sua sanidade mental, até ouvir um uivo.
Abriu os olhos, procurando por todos os cantos, já que o uivo parecia vir de encontro a ele por todas as direções. Posicionou-se em estado de ataque, sabia que talvez não sobrevivesse, mas tentaria prolongar sua vida até aquele pesadelo acabar.
Novamente ouve outro uivo, mais contido e um leve rosnar perto da sua nuca que o fez girar seu tronco, direcionando o punho esquerdo para o que quer que fosse, mas apenas socou o ar. Sabia que estavam brincando com ele, não saberia dizer ao certo quem, mas estava começando a achar que havia morrido e isso poderia ser possivelmente o inferno. Era diferente do modo que a cultura acreditava. Não tinha absolutamente... Nada.
Ouviu novamente passos vindo novamente atrás de si, mais ao longe. Ao virar lentamente, apenas seguindo o som dos passos com os olhos, travou com a imagem que teve. Não era nada do que esperava. Em sua frente se encontrava um... Lobo.
Saberia dizer com clareza que não era um lobo normal, devido ao seu tamanho. Tinha três vezes o tamanho de um lobo normal. Sua pelagem era de um cinza beirando ao chumbo, mas tinha partes em branco. Percebendo só agora, que o lobo se encontrava abaixo de uma luz fraca, que ao seguir a linha de luz, percebeu que era a luz da própria Lua cheia.
Voltou seu olhar para o lobo, que ainda estava o encarando, notando os detalhes em questão. Na cabeça do lobo tinha leves linhas brancas abaixo dos olhos, que também eram brancos, mas era possível ver as pupilas, que o encaravam de volta com tamanha intensidade.
Em sua testa, também se encontrava linhas em branco, que formavam uma estrela de cinco pontas, sendo que ao meio das duas últimas pontas, descia uma linha branca até a ponta do focinho do animal. Atentou-se em suas costas, vendo que existia o que parecia ser um disco, também em branco.
Deu dois passos a frente, para poder olhar melhor e quando sua visão captou o que era, estacou no lugar. As costas do animal tinham o formato de uma Lua, que em seus lados havia o que parecia ser pequenas asas. O formato dava uma Lua nova. Igual a da sua mão.
Sentiu uma dor lucilante atingir seu olho esquerdo, fazendo-o cair com um dos joelhos, encostando este no chão. Sentiu também sua palma direita arder, como nunca ardeu antes. Ao grunhir de dor ouviu os passos se moverem novamente, que o fez abrir o olho direito. Assistiu o lobo mudar sua rota para seu encontro. Andava em passos lentos, até que com um último uivo, correu em sua direção com os dentes amostras, pronto para atacar sua presa. Seu instinto humano fez com que ele simplesmente fechasse os olhos, esperando pelo golpe final.”
Acordou meio zonzo, mas não teve impulso de se mover. Apenas ficou olhando para cima em um ponto qualquer, ao que percebeu ser uma árvore. Virou lentamente seu rosto para o lado e viu grandes raízes levantadas, com suas pontas se afundando na terra. Voltou seu olhar para o ponto acima de si e só então percebeu que suas mãos estavam fechadas, fazendo suas unhas machucarem suas palmas.
Afrouxou o aperto enquanto tentava ter o primeiro impulso para levantar seu tronco, mas com esse pensamento também veio uma fisgada em seu olho, fazendo-o parar. Grunhiu levemente de dor, até que sentir uma mão em seu ombro.
Abriu apenas o olho direito, vendo a imagem de Sakura. Enquanto olhava para ela, viu seus cabelos cortados que agora se encontravam na altura de seus ombros. Podia ver pequenos fios cortados uns maiores que outros, indo para todas as direções. Olhando para ela, recordou do que havia acontecido com eles.
— Sasuke, espera. Você está bem? — ela perguntou com um tom preocupado.
— Não consigo me mover direito. — reclamou.
— Ahh.
Ela direcionou suas mãos para a base da nuca e de suas costas, deixando-o perceber que ela estava tentando ajuda-lo a se sentar. Sasuke aceitou a ajuda dela, forçando seu corpo a obedecer seus comandos, conseguindo finalmente ficar sentado. Agora podia ver com clareza seu entorno.
Focou seu olhar para frente e observou que estavam realmente abaixo de uma árvore, que provavelmente teria muitos anos de vida. Suas raízes eram tão grossas e fortes que ao se afundarem na terra, ergueram o tronco da arvore em si, fazendo o lugar em que se encontravam parecer uma pequena caverna.
Sentiu Sakura se mover ao seu lado, seguiu com olhar de encontro para ela, que ainda o fitava preocupada. Achou estranho receber essa atenção vindo dela, afinal, ela sempre lhe lançou olhares com carranca ou zombeteiro. Ao lado dela encontrou uma casca de árvore que parecia mais com uma concha, cheia de água.
— É sério, você está bem? — ela inquiriu novamente.
— Sim... Só estou zonzo. — respondeu.
— Não sente mais dor? Por favor, me responda com sinceridade.
— Porque essa preocupação toda? — retrucou, com os olhos cerrados. — Não. Não sinto nenhuma dor. — respondeu por fim, ao receber um olhar de reprovação vindo dela.
— Você não acordava e eu estava começando a achar que nunca mais iria. — ela comentou, olhando agora para suas mãos.
Acompanhou o olhar dela que foram para suas mãos, percebeu os leves tons vermelhos ali. Suas palmas estavam levemente machucadas, que provavelmente foram causados quando ele a empurrou, desviando do golpe de Orochimaru.
Desceu seu olhar mais abaixo, notando que uma parte do yukata de Sakura estava rasgado em partes. Ao sentir o olhar de Sasuke em si, ela procurou pela fonte de atenção dele, entendendo ao que ele deveria estar se perguntando internamente, graças ao vinco entre suas sobrancelhas, que ela sabia reconhecer como seu modo pensativo.
— Eu precisava de algum tecido para... Limpar seu sangue. — se antecipou, sentindo-se levemente constrangida. — Então tive que usar o que eu tinha.
Sasuke nada disse, apenas absorveu o que ela havia lhe dito. Ela estava diferente daquela garota que ele conheceu dias atrás, estava de certa forma mais... Centrada. Fitou-a meneando levemente a cabeça, como resposta silenciosa que entendeu o que ela fez, o que a faz relaxar um pouco.
— Quanto tempo eu dormi?
— Estamos no segundo dia aqui, desde que você desmaiou.
Sasuke olhou para fora, mesmo não precisando olhar para o céu, sabia que era final de tarde, pois sentia a temperatura do ambiente abaixar gradativamente.
— Sasuke... — virou seu rosto para ela, ouvindo-a chamar por ele. Sondando-a, esperando que continuasse. — Seus... Olhos... Estão diferentes.
Não entendendo ao que ela se referia, pois estava enxergando com clareza, Sasuke se atentou ao olhar que ela sustentava em seu rosto, mas sem nenhum dos dois virar, como sempre acontecia. Lembrou-se daquela casca com água e pediu para Sakura alcançar para ele, e ela o obedeceu sem reclamar.
Entregou a casca com agua e ele levou-a até seu rosto, para poder ver seu reflexo na superfície cristalina. Fixou-se ao seu olho direito que ainda continuava com a cor preta, nada fora do normal, agora focando em seu olho esquerdo e se assustou com o que viu.
Ele havia mudado e no lugar do escuro habitual, uma cor clara, beirando o lilás, predominava. Tinha vários círculos cobrindo todo o seu olho, junto com a cor. Não havia nenhum vestígio do branco nos cantos dos olhos, mas pôde ver sua pupila no centro. Seus olhos agora eram preto e lilás.
Olhou novamente para Sakura que o aguardava surpreendente quieta. Depositou a casca ao seu lado, procurando por sua mão esquerda e mirando na lua que ficava no centro de sua palma, fazendo-o lembrar-se do sonho da noite anterior, da dor que sentiu no seu olho, que agora era lilás, do olhar determinado de Sakura e de Orochimaru.
— E o Orochimaru?
— Morreu, eu acho. Quando olhei para ele, ele se transformava no que parecia ser uma poeira, não sei dizer.
— Entendo... — sentiu-se um pouco mais leve ao saber que Orochimaru estava morto. — Como achou esse lugar? — perguntou, olhando em volta.
— Quando você desmaiou, fiquei sem saber o que realmente fazer. Mas com o pouco que eu aprendi com você, eu sabia que tinha que arranjar um lugar para ficar por causa da nevasca e do frio. Então, quando já estava um tempo te carregando, eu encontrei esse lugar.
— Me carregando? — questionou, o que a fez desviar o olhar do seu, encabulada. — Ao que posso perceber você não montou uma fogueira, então como nos protegeu do frio?
Como resposta ela apenas se levantou bruscamente, mas Sasuke pôde perceber um leve rubor em seu rosto e se perguntou sozinho como ela poderia não saber o que aquilo significava, sendo que também acontecia com ela? Balançou a cabeça, se divertindo com a cena em sua frente.
Sakura viu o pequeno sorriso no rosto de Sasuke e o advertiu que se continuasse com aquele sorriso, ela iria deixa-lo sozinho na floresta, para morrer de fome e frio. Recebendo como resposta que se ela fosse, quem acabaria assim seria ela.
≠
Enquanto se mantiveram por um tempo em silêncio, Sasuke se encontrava encostado em uma das raízes, enquanto olhava para Sakura que em alguns momentos antes, havia o insistido em lhe ensinar a fazer uma fogueira, o que conseguiu na sétima ou oitava tentativa de acender as faíscas com as pedras, mas quando conseguiu, deu um leve grito de satisfação e logo retrucando que agora ela não precisava mais dele para montar uma fogueira.
Ela estava sentada em frente ao fogo, mexendo em certos pontos com um graveto. Quando a ponta de seu graveto acendeu, ela levou o pequeno ponto de fogo em frente aos olhos e o assoprou. Logo em seguida, colocando a ponta do graveto novamente no fogo.
Ao olhar novamente para seus cabelo, se lembrou da forma uniforme que se encontravam e pensou que poderia pelo menos uma vez na vida, fazer uma boa ação. Se lembrou da adaga que Sakura havia tirado de seu obi e aquilo o questionou. Sabia que ela pegou de sua casa, mas não entendeu o motivo.
— Sakura. — chamou, atraindo a atenção para si. — Cadê aquela adaga que você escondeu em seu obi? — perguntou.
— Ah... — constrangeu-se, coçando atrás de sua cabeça. — Eu coloquei em sua bolsa.
Olhou para sua bolsa ao seu lado, abrindo-a e encontrando o item em questão. Pegou em mãos e teve a prova que era a de sua casa, de Kakashi. Olhou para Sakura que o encarava envergonhada, então fez menção para que ela se aproximasse dele. Dessa vez ela veio de bom grado, sem serrar os olhos em desconfiança.
— Sente-se em minha frente. — pediu.
Sasuke cruzou as pernas, para dar espaço para Sakura se posicionar a sua frente. Quando ela o fez, ele se aproximou um pouco com a faca em mãos e pegou uma mecha que estava maior, cortando-a para ficar na mesma altura das outras. Continuou com mais duas mechas, com o cabelo caindo em seu colo.
— Eu sei que você pegou essa adaga de minha casa... — começou.
— Sobre isso, desculpa. — ela respondeu, o cortando.
— Não estou te repreendendo por isso, só quero saber o por que. — disse, enquanto cortava mais algumas mechas.
— Então, posso ser sincera? — perguntou, sentindo que ele havia sussurrado um leve “sim” e ela continuou. — Bom, eu não confiava totalmente em você então peguei isso para me proteger. Só isso. Desculpa. — concluiu.
— E o que pretendia fazer com ela?
— Me proteger é claro. Se você tentasse algo, eu estaria pronta para revidar.
— Entendo... — comentou. — Então porque não usou naquela hora?
— Naquela hora... — ela sussurrou, lembrando-se ao que ele se referia. — Não usei porque senti que você não iria fazer nada de ruim... Eu só chorei por medo, porque você mencionou que outra pessoa iria prosseguir com aquilo e como não sei o que aconteceria depois, eu me assustei, mas não foi por sua causa.
— Como pode ter tanta certeza disso?
— Porque se fosse para fazer algo de ruim, você já teria feito, certo? — respondeu, continuando. — Mas essa adaga me protegeu, de certa forma.
Sasuke ouviu claramente as palavras que ela disse que o fizeram pensar. Então ela não chorou por causa dele, mas sobre o que tinha a feito pensar. Sabia que ela estava pensando sobre isso, mas não achou que seria tão fundo assim e concordou apenas com um aceno de cabeça ao que ela disse por último. Então significava que agora ela confiava nele? Ao cortar a última mecha, olhou para seu trabalho feito ali e se sentiu um pouco satisfeito, agora todas as mechas rosas se encontravam na mesma altura.
— Preciso que você se vire.
Fazendo o que ele pediu ela virou-se sutilmente, ficando de frente para ele. Viu as pequenas mechas de seu cabelo no colo dele e estava curiosa para ver o trabalho final. Ele alcançou uma mecha ao lado de seu rosto, passando a parte afiada da faca, fazendo pequenos fios se desprenderem em seus dedos, caindo em seu colo novamente.
Quando fez menção de virar o rosto, ele segurou seu rosto com as mãos, reprovando seu movimento apenas com os olhos, ao qual ela manteve-se fixa. Ele estava de certa forma concentrado no que fazia, enquanto olhava para seus olhos, achou engraçado o patrão de cores em que agora estavam. Fixou seu olhar especialmente no olho esquerdo dele, observando os círculos que se encontravam em meio ao lilás. Sem perceber, viu que a pupila dele havia mudado de direção, agora olhando para ela.
— O que foi? — perguntou.
— Não, nada. — respondeu, virando o olhar para o lado. — Sabe, me conte mais sobre você.
— O que quer saber? — ele perguntou, depois de um breve momento de silêncio.
— Quem são seus pais?
— Não sei... Não cheguei a conhecer nenhum dos dois. — Sasuke havia começado e Sakura sabia que ele estava escolhendo as palavras apenas pelo modo sutil que conversava. — Segundo Kakashi, minha mãe era uma camponesa que ajudava todos que precisassem e sobre meu pai, eu não tenho nenhuma informação dele. Eu sou sozinho no mundo... Ou era.
Ignorou o olhar da garota e continuou seu trabalho. Pegou uma das mechas da testa da garota e cortou apenas as pontas, quando novamente pegou outras mechas deixou a testa da garota visível e descobriu um ponto diferente no centro dela. Deu um leve sorriso de canto, com o pensamento de que não era só ele que tinha mudado.
— Minha vez, o que foi? — ouviu em seguidas a pergunta da garota.
— Vejo que não fui só eu que ganhou algo... — respondeu, dando um peteleco em sua testa. — Terminei.
Sakura passou as mãos em seu cabelo, agora curtos. Pegou algumas mechas em suas mãos, se sentindo estranha. Lembrou que ele viu seu reflexo na água mais cedo, então pensou em fazer o mesmo. Foi de encontro até a casca da árvore, que ainda continha água e viu seu reflexo nela.
Seus cabelos estavam curtos. Sasuke cortou alguns fios de sua testa, o que ela aprovou, se atentando aonde ele tinha dado o peteleco e entendeu ao que ele se referia. Ali agora havia um losango, com a mesma cor lilás dos olhos de Sasuke. Sorriu em satisfação, até ouvir um barulho baixo, mas audível. Olhou para ele, que estava com a mão na barriga o que indicava que ele estava com fome. Ela se esquecia com facilidade desses pequenos detalhes.
Observou ele mexendo em sua bolsa, pegando um embrulho de papel e o abrindo, revelando algo que ela não sabia dizer o que era. Aproximou-se dele que ao ouvir a movimentação fitou-a, sabendo que ela estava curiosa. Pegou um dos bolinhos em mão e ofereceu para ela que o encarou em questionamento, mas aceitou de bom grado. Pegou o outro, logo em seguida dando uma mordida e sentiu um estranho alivio por enfim estar ingerindo algo.
Enquanto engolia Sasuke correu os olhos para Sakura que também mastigava e viu que ela havia gostado, pois já tinha dado a terceira mordida no bolinho. Quando terminou o seu, vendo que Sakura já havia terminou o dela, repartiu o terceiro bolinho em dois, oferecendo uma das partes para ela, que aceitou novamente.
Quando terminaram de comer, limparam as partes onde ainda se encontravam os fios dos cabelos de Sakura, os depositando em um canto da árvore. A noite já dominava a região aos poucos, mas ainda não nevava. A temperatura ainda era baixa, por isso teriam que deixar para seguir seu caminho para o próximo dia. Ouviu um bocejo, sabendo que não vinha dele, já imaginou de quem seria.
Arrumou-se em seu lugar e a chamou para se sentar próximo a ele, o que ela fez no mesmo instante. Acomodou-se ao lado de seu corpo, encostando-se em sua lateral, procurando pelo calor do corpo dele. Sasuke sabia que não tinha malicia no que ele fazia, mas se outras pessoas de fora vissem poderiam fazer diversas especulações.
Kakashi lhe ensinou princípios de como se portar com os outros, mas era ele que escolhia com quem ele iria ser educado, então não seria agora que ele romperia seus ensinamentos. Estava perdido em pensamentos, até que a sentiu encostar o rosto em seu ombro, se dando por vencida pelo sono. Sasuke sabia que estava cansada, porque deu a entender que enquanto ele estava adormecido, ela se manteve acordada, em alerta.
Passou o braço direito por cima dos ombros dela, procurando uma posição mais confortável, mas sem acorda-la. Deixaria que ela tivesse o sono merecido, pois aos seus olhos ela havia amadurecido em certos pontos, como em confiança com ele e em si mesma. Sentiu um leve vento frio, ao mesmo tempo em que ela se remexer ao seu lado, então passou sua capa escura por cima dela para cobrir o pequeno corpo, mas também cobrindo a si. Ficaria acordado essa noite, achava que era sua vez de manter vigia. Pelos dois, como ela fez.
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