História Futatsu no Tamashii - Minarai

Aprendiz

20 de dezembro.

Naruto acordou cedo e bastante empolgado para encarar seu dia que seria resumido em treinos com Hinata. O treino do dia anterior foi consideravelmente leve já que ele não estava totalmente curado, o que foi provado quando ele pediu para que ela aumentasse o nível dos movimentos que estava ensinando a ele.

As obrigações atribuídas a ele foram realizadas com rapidez, inclusive as de Hinata a quem ele ofereceu ajuda para que terminassem e seguissem rapidamente para a prática de novas técnicas.

— Certo, vamos começar. — iniciou Hinata, posicionando-se em seu lugar enquanto Naruto a seguida com o olhar — Pode vir.

— Eu sei que você é uma menina forte, mas eu tenho o dever de me desculpar se caso eu acertar você com força. — comentou Naruto, quando a viu erguer uma das mãos calando-o silenciosamente.

Entendendo o que ela queria dizer, apenas sorriu e correu para atacá-la. Hinata havia dito que ele poderia usar a katana se quisesse, mas ao perceber que ela não usaria nada preferiu deixar a luta em pé de igualdade.

Direcionou o primeiro soco para acertar o ombro da garota, porém ela desviou com leveza e o acertou com um tapa na nuca. Aquilo o desequilibrou por alguns segundos, mas ele não tardou a contra-atacar usando uma das pernas e arregalou os olhos quando ela segurou seu pé a centímetros de acertar seu rosto. Ela simplesmente parou seu ataque como se não fosse... Nada.

Quando Hinata soltou seu pé, Naruto deu pequenos saltos para trás tomando uma distância segura. Estava pensando sobre o que poderia fazer. Sabia claramente que Hinata não era uma garota tão frágil como parecia ser, mas não achou que ela conseguiria parar um dos seus ataques com tamanha facilidade. Sentiu uma gota de suor escorrer pela sua têmpora e só então percebeu que estava soando frio.

Avançou novamente com o plano de conseguir acertar a lateral do corpo da garota. Não queria machucá-la, mas via claramente que ela não tinha o mesmo pensamento. Se ele queria se tornar forte, algumas cicatrizes precisariam ser feitas.

Aproximou-se o suficiente da garota e agachou-se para poder dar uma rasteira, ao mesmo tempo em que Hinata saltou suavemente dando um pequeno salto para trás. Aproveitando os segundos de distração dela, Naruto avançou novamente tentando acertar a lateral da garota com uma das pernas e como pensado, ela segurou novamente seu pé o que lhe deu a brecha de tentar um soco no rosto dela.

Hinata abaixou a cabeça rapidamente livrando-se do ataque e acertando o peito de Naruto com a palma da mão, fazendo-o sentir um leve ardor. A garota soltou seu pé para poder continuar os ataques, acertou uma das palmas em seu braço dominante, ao mesmo tempo em que acertava novamente em seu peito com a outra palma.

Ao sentir seu braço dormente e sem conseguir movimentá-lo, só pôde esperá-la terminar seus ataques. Ela executou mais dois em seus ombros e juntou as duas mãos o acertando novamente no peito, fazendo-o voar alguns metros para trás. Estava um pouco tonto quando ouviu passos aproximando-se de si. Sentia seu peito arder, seu braço ainda continuava dormente e seus ombros estavam pesados. Sabia que acabara de levar uma sequência de golpes que duraram apenas segundos, mas percebeu que Hinata não usou força bruta. Em todas as vezes que fora atingido, notou que ela usava apenas as palmas das mãos para atacar.

— Como fez isso? — perguntou, enquanto ela o ajudava a se sentar.

— É uma técnica que requer somente o uso das palmas das mãos. — respondeu, enquanto se certificava que estava tudo certo com o rapaz.

— Mas como? Digo, eu sinto como se você tivesse acertado pontos exatos do meu corpo. — comentou, olhando para seu braço — Exemplo disso é o meu braço, eu o sinto, mas não consigo mover.

— Desculpa por isso, eu me empolguei. — desculpou-se, pegando o braço de Naruto e com as pontas dos dedos apertava suavemente em alguns pontos, até que pressionou com força em um deles e imediatamente Naruto sentiu seu braço esquentar. — Isso deve resolver.

— Caramba... Hinata, me ensine isso. — pediu o garoto.

— Eu não posso. É uma técnica que pertence só ao meu clã.

— Existem outras técnicas então? Vamos, me ensine. — suplicou novamente. — Não me obrigue a pedi-la em casamento para poder fazer parte do seu clã.

— Como? — perguntou apreensiva, ruborizando-se da cabeça aos pés.

— O que?

“Você é muito idiota mesmo.” comentou a voz que apareceu repentinamente.

— O que? Quem disse isso? — gritou para o ar, enquanto Hinata quase desmaiava em sua frente. — Ei Hinata, acalme-se. — disse, ouvindo o som dos pequenos arbustos movendo-se. Estava prestes a entrar em modo de combate quando viu Kurama sair por entre as folhas cobertas de neve. A raposa observou a cena em sua frente e virou o rosto como se aquilo a entediasse, então tratou de procurar alguma pedra para poder se sentar e dormir calmamente.

Ouviu Naruto a chamando por algumas vezes, mas a única coisa que o rapaz conseguiu da raposa foi um olhar sonolento, assim que ela se acomodou em uma pedra.

— Às vezes eu acho que ela não gosta de mim. — comentou Naruto.

— Não é isso. Ela tem personalidade própria, só isso. — respondeu Hinata.

— Vou conversar com ela depois, para fazê-la gostar de mim.

— Ela gosta, pode ter certeza disso — assegurou-o.

— Certo, me mostre mais uma técnica do seu clã. — pediu e Hinata o olhou um pouco assustada com a mudança de assunto. — Vamos! Eu não pedirei para me ensinar, quero apenas ver. Eu sei que você é incrível e tem técnicas boas para me mostrar.

Estava um pouco receosa se deveria ou não mostrar-lhe. Tudo que sabia, foi ensinado por sua irmã que alegava ser uma herança da família e que deveria ser passada adiante.

Habitualmente ela iria negar o pedido de Naruto, como fez no começo, mas algo no semblante do rapaz a fez repensar. Sabia que Konohamaru estava vigiando-os e que iria ouvir um sermão depois, mas ela deveria passar adiante e a melhor pessoa que ela escolheu pra isso era o rapaz loiro e cabeça oca com qual ela simpatizou.

Levantou-se e assegurou-se de que tudo que Naruto visse ficaria entre eles e recebeu uma resposta séria do rapaz. Fechou os olhos e controlou sua respiração, teria que se concentrar um pouco, afinal, aprendeu essa técnica há alguns anos atrás e nunca tivera a oportunidade de usá-la. Posicionou as mãos fechadas em punhos ao lado do corpo e concentrou a energia do ambiente ao redor delas, até que sentiu uma leve queimação e ouviu o arfar de Naruto.

Naruto prestava atenção em tudo que Hinata fazia, mas o que mais lhe chamou a atenção foram as pequenas chamas azuis envolta das mãos da garota. Não era necessariamente fogo, mas o aspecto era parecido. Quando olhou atentamente para elas, percebeu que tinha alguns riscos pretos e pareciam ser a cabeça de um tigre.

— Hinata... Isso é... Incrível! — elogiou.

— Não grite. — repreendeu-o, fazendo-o colocar uma das mãos na boca.

— Como faz isso?

— Eu absorvo a energia natural envolta de mim e uno com o meu próprio elemento natural, direcionando-o para as minhas mãos. A forma de tigre que aparece é uma imagem que eu reproduzo na minha cabeça. — respondeu, fazendo leves movimentos com as mãos que fizeram as chamas azuis sumirem.

— Elemento natural?

— Você não sabe? — perguntou. — Bom, posso te ensinar qualquer dia desses.

— Não será necessário. — falou uma voz um pouco mais grave, que fez os dois jovens se assustarem com a aparição repentina de Konohamaru, que estava com o semblante sério e lançou um olhar ainda mais sério para Hinata que desviou. — Nos dê uma boa razão para podermos lhe ensinar.

— Por que... — começou pensativo, até que finalmente falou o que realmente sabia o que queria. — Por que eu quero fazer o bem pelas pessoas que não conseguem se proteger sozinhas. Quero ser alguém que faça mudanças na vida das pessoas, que lhe traga incentivo e que saibam que ainda existem pessoas boas nesse mundo caótico.

— Eu sabia que responderia algo assim. — respondeu Konohamaru, encostando uma das mãos no ombro do rapaz. — Acorde cedo amanhã e não me faça esperar.

— Por que não agora?

— Você está sem fôlego e não demorou nem cinco minutos lutando com Hinata. É necessário que você esteja totalmente descansado para isso.

— Não se preocupe com isso. Eu tenho fôlego suficiente para passar o dia inteiro assim. — respondeu, recebendo um olhar desconfiado do homem.

— Naruto-kun, você tem certeza? — questionou Hinata, demonstrando preocupação ao lembrar que havia exagerado nos golpes que deferiu nele.

— Sim ’ttebayo!

— Tudo bem, mas eu quero que entenda que não irei facilitar para você. — começou Konohamaru de braços cruzados e de olhos fechados — Antes que eu comece a te ensinar o importante, você precisa aprender o básico. Você tem noções básicas sobre elementos naturais?

— Você quer dizer água, terra e essas coisas? — questionou Naruto, ao sentar-se no chão e cruzar as pernas para ouvir tudo com uma atenção forçada, afinal, não tinha paciência pra essas coisas.

— Sim, essas coisas. Você deve saber que todos nós fazemos parte de um todo, ou seja, fazemos parte de tudo que se encontra a nossa volta. Digamos que nós somos parecidos com pedras em meio a uma corrente de água que em seu entorno se encontra uma floresta e... — estava prestes a continuar quando foi interrompido.

— Podemos pular a parte teórica? Eu aprendo melhor na prática. — pediu o rapaz, apoiando o braço em sua perna e descansando o rosto em sua mão.

— Você acha que a parte teórica não importa? Tudo bem então, pegue isto aqui. — ordenou Konohamaru, retirando de seu yukata um papel vegetal extremamente fino. Naruto prontamente se levantou e foi de encontro ao mais velho, pegando o pedaço de papel em suas mãos. — Tente concentrar sua energia natural nesse papel.

Naruto o olhou e levou aquilo como um desafio. Forçou seu corpo a carregar sua energia para o papel, mas a única coisa que conseguiu, depois de minutos tentando, foi amassar uma das bordas e ter feito várias caretas de quais Hinata, que estava sentada em uma pedra a alguns metros longe deles, ria baixinho.

— Droga... — disse, sentindo-se um típico idiota. — Como eu faço isso?

— Se você tivesse deixado eu continuar, talvez você saberia. — respondeu Konohamaru. Sabia que não deveria ser tão rígido, mas talvez assim fosse melhor para o aprendizado do rapaz. — A teoria pode ser chata, porém é essencial.

— Certo, certo. Mas agora vamos ao que interessa. Como eu concentro minha natural energia nesse papel?

— Energia natural. — corrigiu o homem, colocando uma das mãos no rosto. — Vou te mostrar apenas uma vez, preste atenção. — Pegou o papel das mãos de Naruto e fechou os olhos. Respirou fundo duas vezes até que concentrou sua energia no papel, fazendo-o se dividir em dois o que deixou sobressaltado.

— Como você fez isso? — gritou, ao ver a cena.

— Eu concentrei meu elemento no papel e ele se repartiu em dois, certificando que meu elemento é vento. — respondeu, soltando os dois pedaços de papel e deixando o vento levá-los para longe.

— Me deixe tentar novamente! — ele gritou e Konohamaru logo tirou outro papel vegetal de seu yukata e o entregando. — Poderia me ajudar agora?

— Certo. Quero que você feche os olhos e concentre sua respiração. — Naruto fez tudo que lhe foi dito e até Hinata havia saído de seu lugar e parado ao lado do homem, enquanto o mesmo instruía o rapaz. — Quero que você sinta a natureza em sua volta. Tente se sincronizar com o ambiente, concentre-se no som da água se chocando nas pedras ao fim da cachoeira e concentre-se no som do vento sobre as árvores. — Naruto fazia tudo que Konohamaru lhe falava e no começo parecia tudo besteira, até ele perceber que estava “sozinho” e que tudo que conseguia sentir era apenas a natureza. Conseguia identificar claramente o fluxo da água que corria próximo deles e as folhas que se mexiam no topo das árvores. — Agora quero que você concentre o fluxo que você sente em sua volta no papel em sua mão, você consegue. — E foi isso que o rapaz fez, sentiu uma faísca dentro de si mesmo se acender e a energia correr por todo seu corpo até se concentrar no papel e ouvir um pequeno rasgo. — Quem diria, seu elemento é vento, igual ao meu. — informou o homem assim que Naruto abriu os olhos e viu os dois pedaços de papel em sua mão.

— Vento, é? — resmungou o loiro ao aproximar o papel em seu rosto. — Hinata, que elemento é o seu? — perguntou, quando percebeu a presença da menina.

— Eu sou água. — ela respondeu, assim que pegou um dos pedaços do papel da mão do rapaz e concentrou sua energia, fazendo-o ficar úmido.

— Agora que sabemos qual o seu elemento, vamos para o treino principal. Venha. — ordenou o mais velho, e os dois adolescentes o seguiram até uma cachoeira que felizmente não estava congelada. — É uma tarefa muito simples, quero que você corte a correnteza.

— Cortar a... Correnteza?

— Sim, cortar a correnteza, assim. — Konohamaru simplesmente encostou a palma da mão na água e em segundos a correnteza começou a ser cortada ao meio lentamente, de baixo para cima. — Como nosso elemento é vento, nós conseguimos separar a correnteza. Se, por exemplo, fosse a Hinata que tem como elemento a água, a correnteza iria parar. — Após receber um aceno de cabeça do homem, Hinata encostou as duas mãos na água e em segundos a água parou de correr. Logo em seguida a garota retirou as mãos e a correnteza voltou a seguir normalmente.

— Certo, eu consigo e depois disso você vai me ensinar essa técnica que tanto esconde. Você vai ver. — disse Naruto, ao mesmo tempo em que retirava os braços das mangas de seu yukata, liberando a parte de cima de seu corpo do tecido e ouvindo um breve grito vindo de Hinata que se escondeu atrás de Konohamaru. Encostou as duas mãos na água, tentando centralizar a energia em suas mãos como fizera no rápido treino de segundos atrás e experimentou novamente a sensação de se sentir só ali. Quando tentou direcionar sua energia para o determinado foco, sentiu apenas alguns respingos de água, porém aquilo não afetou em nada no ritmo da correnteza. — Talvez demore, mas eu vou conseguir.

— Eu preciso voltar, não posso deixar a Hanabi sozinha com os afazeres da casa, então, boa sorte.

— Certo. — respondeu Naruto, que novamente fechou os olhos para seu ritual de concentração.

≠

— Ah, que droga. — Naruto resmungou alto assim que deitou de costas no chão. Tentou acalmar sua respiração ofegante e fechou os olhos pensando sobre o que estava fazendo. — O que eu estou fazendo de errado? — perguntou, olhando para o céu e percebendo que passou o dia todo tentando fazer o que Konohamaru tinha pedido, mas sem resultados.

Hinata o chamou para almoçar e aquela fora a única pausa que ele se permitiu fazer, mesmo sendo repreendido por Konohamaru e a jovem que o acompanhou no início.

Quando vivia com Jiraiya também escutava bastante sermões sobre não ir ao limite em seus treinos, mas ele sempre ignorava e se focava em seu objetivo até realizá-lo. Em algumas vezes levou dias para aprender, em outras ele conseguia de imediato. Geralmente quando se concentrava, já que os ensinamentos mais rígidos de seu tutor eram sobre atenção. O que era bastante escasso nele.

Respirou fundo novamente, ainda tentando controlar sua respiração para assim voltar ao seu treino.

“Limpe sua mente, Naruto.”

— O que? — olhou ao seu entorno atrás da dona da voz que chamou seu nome. — Quem está ai?

“Você ainda não percebeu? Pense um pouco garoto.”

— Apareça! — gritou, levantando-se e procurando qualquer movimento a sua volta, até que um dos arbustos se remexeu e de lá saiu sua raposa. — Ah, Kurama, era você?

“Eu iria continuar quieta, mas não consigo mais ver você se debatendo para fazer uma coisa tão simples.”

— Kurama? — perguntou, olhando assustado para a raposa pequena que estava sentada em sua frente apenas o olhando. — Você que está falando?

“Quem mais poderia conversar com você dentro de seu consciente?”

— Caramba! — gritou, pegando a raposa nos braços e a abraçando. — Você fala!

“Naruto, me larga. Vou te morder se não fizer isso!”

— Não achei que faria isso mesmo, você é mal. — resmungou, coçando a marca da mordida em sua bochecha. — Há quanto tempo você fala?

“Alguns dias. Eu te chamava de idiota por não perceber coisas óbvias.”

— Não me dê bronca agora, por favor. — pediu, passando a mão entre os fios de cabelos. — O que quis dizer com limpar minha mente? — perguntou e Kurama apenas o olhou, antes de correr para poder sentar em uma pedra perto da cachoeira. Naruto a assistiu acomodando-se e andou em sua direção, fazendo a mesma pergunta, porém silenciosamente.

“Encoste as mãos na água. Limpe sua mente. Não fique pensando sobre o próximo passo e sim no passo que você se encontra no momento. Apenas sinta a atmosfera ao redor. Sinta como se fizesse parte do vento. Encontre um ponto para se concentrar.”

Naruto ouviu tudo com atenção. A voz da Kurama era firme e passava determinação para si. Fez o que a raposa havia ordenado e respirou fundo, desligando-se de tudo a sua volta. Tentou se concentrar nos sons, mas não conseguira se fixar em apenas um som, até ouvir os batimentos cardíacos acelerados da raposa.

Era isso, ele iria se concentrar no som do coração de seu companheiro. Estava tão concentrado nas batidas rápidas que em um momento os batimentos se tornaram lentos, mas firmes. Parecia que o seu coração havia se conectado com o outro. Respirou mais uma vez e na batida seguinte, Naruto liberou a energia que conseguiu concentrar e sentiu algo em suas mãos mudar.

Abriu os olhos, viu que seu esforço havia finalmente dado resultados. Konohamaru lhe mostrou apenas a correnteza sendo cortada de baixo para cima de sua palma, porém, Naruto conseguiu cortar a correnteza ao meio, literalmente. Ele havia conseguido fazer duas correntezas na cachoeira em sua frente. Ao olhar para o lado, encontrou Kurama o encarando com o olhar sereno e ele sabia que ela estava sorrindo timidamente, e isso o fez sorrir também.

— Obrigado, é... Amigo.

“De nada, mas corrigindo. Eu sou ela, Naruto.”

— Como é!? — gritou, fazendo toda a cachoeira voltar ao normal e molhar ambos no processo.