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História Futatsu no Tamashii - Kage


Escrita por: Icunha e Patsuan

Notas do Autor


"I want to change the world..." Essa opening de Inuyasha é tão boa, não acham?
Cá estou, dando a cara a tapa finalmente, MINHA PRIMEIRA FIC!
Pensa na emoção ~lagrimas~
Depois de muita discussão, uma passada de raiva básica e uma caça a foto, finalmente o capitulo está pronto, então, espero que gostem porque olha, deixei de assistir episódios de Inuyasha pra poder terminar esse capitulo.
Agradecer a Ingrid, essa bisca, e agradecer a minha paciência, então vamos lá.
IHUL!

Capítulo 2 - Kage


Fanfic / Fanfiction Futatsu no Tamashii - Kage

Sombras

27 de novembro de 1888, Tokushima.

Com os primeiros raios de sol de uma manhã de inverno, entrando pela pequena fresta da janela de seu quarto, Sasuke acordou preguiçoso, mas, não demorou muito para se levantar, visto que, o futon ao seu lado já se encontrava vazio e arrumado. Assim que arrumou o futon, vestiu-se com seu costumeiro kimono de cor cinza escuro, e caminhou para fora do quarto encontrando Kakashi na cozinha, já sentado em seu lugar habitual.

 — Dormiu bem? — perguntou, enquanto folheava seu livro.

 — O de sempre. — respondeu sem muito ânimo.

 — Quero que você se alimente bem, pois iremos treinar mais tarde.

 — Treinar? — respondeu com arrogância.

 — Quero ver se você aprendeu certo, tudo o que lhe ensinei durante esses anos. — respondeu o mais velho.

 — Tsc.

 Depois que terminaram o café da manhã, Kakashi lhe o instruiu a dirigir-se para a floresta que circundava a residência em que moravam, e que o esperasse perto de um pequeno córrego, ao qual Sasuke conhecia bem.

 E assim o fez, aguardando-o sentado em uma grande pedra em cores verde e marrom, devido ao tempo e a vegetação. Ele vê a imagem de Kakashi ao longe, e sorriu sozinho ao perceber o que ele trazia consigo.

 — Shinai? Sério? — comentou irônico.

 — E o que tem? Eu lembro que quando você era mais novo, gostava de treinar com elas. — respondeu, com um sorriso que era visível mesmo por cima da máscara.

 — Hm... — resmungou, enquanto estendia seu braço para alcançar uma das espadas.

 — Prometo que pegarei leve com você. — provocou-o

 — Que isso sirva para você também. — respondeu com um leve sorriso.

 Em iniciativa, Sasuke correu em direção ao homem, com o objetivo de lhe atingir as costelas, mas, Kakashi consegue facilmente desviar-se de seu ataque e contra-ataca tentando acertar-lhe as costas. O rapaz usa seu raciocínio rápido junto de sua prática básica com espada, e consegue jogar seu corpo para o lado, desviando do ataque que lhe causaria um grande hematoma na parte de trás de seu ombro.

 Em seguida usa sua mão esquerda para frear seu impulso, e agora tenta outra vez, porém, com objetivo de acertar as pernas de seu tutor, que estava em pé, despreocupado, enquanto continuava lendo seu habitual livro. Usou sua shinai em outra investida, fazendo Kakashi apenas mover o pescoço para o lado e dar dois passos para trás.

 Aproveitando a oportunidade, Sasuke, que pretendia dar uma rasteira, abaixou preparando-se, mas em resposta viu apenas um vulto em sua frente, e logo depois sentiu uma mão apoiando-se no topo de sua cabeça, e impulsionando seu corpo que foi de encontro ao chão. Frustrado por ter caído em um golpe tão baixo, e por Kakashi estar atrás de si enquanto continuava lendo o bendito livro, sem ao menos olhar em sua direção, decide se levantar e contra-ataca novamente com mais fúria e determinação, para acertar ao menos um golpe, por menor que fosse.

 O sol alto marcava que já havia passado do meio dia. Sasuke estava agachado, lavando seu rosto sujo de suor e resquícios de poeira com a água do riacho, que já havia derretido parcialmente. Sentia uma leve ardência na lateral de seu corpo, marcando o ponto onde Kakashi tinha lhe acertado um golpe certeiro e fatal, se as espadas não passassem apenas de madeira.

 Kakashi descansava sentado sobre uma pedra, apenas contemplando os fracos raios solares, que passavam por entre os altos galhos com neve dos pinheiros predominantes na floresta. Depois de ter se limpado adequadamente, e agora já recuperado do cansaço do treino, Sasuke se aproxima acomodando-se próximo ao mais velho.

 — Foi uma boa luta hoje, não foi? — pergunta Kakashi, com um sorriso.

 — Foi produtivo... — responde Sasuke, jogando uma pequena pedra em direção ao riacho, quebrando uma parte ainda congelada.

 — Produtivo?

 — Sim, finalmente consegui acertar um golpe em você. — ele diz, com certo orgulho em seu rosto, enquanto observa a marca vermelha no pescoço de Kakashi.

 — Você melhorou consideravelmente, devo reconhecer isso, mas ainda tem muito a aprender. — confessou.

 — E quando você deixará de me ensinar o básico, e me ensinará melhores técnicas de lutas e estratégias?

 — Eu não sou o encarregado de passar isso para você. — responde, após ficar em silêncio por um momento.

 — Você e seus diálogos com enigmas.

 — Do mesmo jeito que você tem seus diálogos monossilábicos, e mesmo assim não me vê reclamando sobre isso.

 — Você sempre reclama. — rebate, com uma carranca se formando.

 — Acabei me acostumando com sua personalidade, já faz parte de você. Eu ganharia meu dia se você conseguisse formar uma frase inteira, sem conter apenas resmungos. — brincou.

 — Sério Kakashi? Achei que estávamos conseguindo ter uma conversa apropriada aqui.

 — Acabei de ganhar meu dia... — devolve, com ar de vitória.

 — Tsc! Fique quieto. — retruca, enquanto fecha seus olhos.

 Ao fim da pequena discussão entre os dois, continuaram na companhia um do outro em silêncio, apenas sentindo o vento gelado em seus rostos ao som de pequenos roedores que mantinham suas tocas ali perto. Abrindo os olhos, fitou acima de si a imagem que seria de um pássaro, e então recordou.

 — Se lembra daquele dia, que você quis subir em uma dessas árvores para ver os pequenos filhotes de falcão, e acabou caindo e torcendo o pé? — comentou, quebrando o silêncio.

 — Lembro. — respondeu, mantendo seus olhos fechados, ainda sentindo o vento contra o rosto.

 — Você tinha cinco anos e era curioso com tudo. Tive que carregá-lo por um bom caminho, enquanto você reclamava sobre conseguir andar por si só. — ele diz sorrindo, em meio à lembrança.

 — Você ainda se lembra disso? Já faz tempo. — comenta, também relembrando.

 — Lembro como se fosse ontem. — responde distante.

 Sasuke abre os olhos e observa o mais velho, que estava com um olhar distante e o cenho franzido, como se algo o preocupasse. Pondera entre mudar o tópico da conversa ou manter o silêncio, que achava mais apropriado, mas ele resolve questionar sobre algo que já estava o incomodando.

 — Aliás, quando poderei ter minha própria espada? Já tenho 17 anos e já posso cuidar de mim mesmo.

 — Você acha que consegue? — pergunta, de repente.

 — Consegue? O quê? — diz, não entendendo sua pergunta.

 — Cuidar de si mesmo. — responde por fim, em resposta ele vê o olhar decidido de Sasuke e já sabia sua resposta — Então acreditarei em você. — sorri.

 — Aconteceu alguma coisa?

 — Nada com que precise se preocupar.

 — O assunto sobre eu ter minha própria espada... — continua o tópico da conversa anterior.

 — Tudo ao seu tempo, Sasuke. — responde, encerrando a questão.

 Logo após o fim da conversa, o homem se levanta bruscamente e suspira, Sasuke apenas o observa, conhecendo seu tutor sabia que algo o incomodava, mas decide não tocar mais no ponto. Seguindo os movimentos do homem, ele resolve por se levantar também, enquanto arrumava sua roupa, tirando leves nacos de gelo, Kakashi estende a mão indicando o lugar onde depositaram os shinais, e Sasuke entende de imediato o que ele estava querendo dizer.

 Encheram os dois cantis de água, e voltaram para a residência de ambos, Kakashi havia solicitado para que ele estudasse um pouco mais sobre Reiki, usando a desculpa que qualquer samurai deve ter no mínimo o entendimento básico sobre esse assunto.

Comeram após o treino que os deixou famintos, e agora Sasuke estava submerso em vários pergaminhos e anotações. Passaram-se horas desde a volta dos dois, e a noite já começava a aparecer, junto com o brilho das estrelas e a lua ao meio delas. Ele lia um dos pergaminhos sentado no chão da sala, enquanto Kakashi repousava em uma das cadeiras próximas e tomava seu chá verde.

 — O que significa Reiki? — pergunta de súbito.

 — Atmosfera misteriosa. — Sasuke responde de imediato.

 — E qual é o significado de seus caracteres?

 — “Rei” significa “Divino” e “Ki” significa “Energia Vital” — responde novamente, sem tirar os olhos dos pergaminhos.

 — E qual é um dos conceitos do Reiki?

 — Que está forma de energia é inesgotável e pode acendê-la por meio de um processo de sintonização, realizado por um mestre de Reiki. — completa confiante.

 — Muito bem, vejo que já aprendeu tudo o que precisava. — comenta ainda sorrindo, sabia que ele tinha facilidade com alguns assuntos, já com outros, não.

 Sasuke apenas lhe dá um meio sorriso, orgulhoso de si, até que sua expressão de confiança muda para uma expressão de desconforto.

 — O que foi? — pergunta preocupado, vendo o jovem levantar-se e ir em direção à cozinha.

 — Minha mão... Está ardendo um pouco. — responde, enquanto caminha até a torneira e posiciona a mão embaixo do jato d’água.

 Sem que Sasuke perceba a movimentação atrás de si, Kakashi vai até a entrada da casa e olha para o céu, agora escuro, percebendo que a neve havia parado de cair, mas um ponto chamou sua atenção.

 — Sasuke, arrume-se, vamos dar uma volta. — ordena, sem transparecer sua preocupação.

 — Hmm? — responde, secando sua mão e volta a enrolar as bandagens. — Tudo bem.

 Eles caminham em uma direção que Sasuke não conseguia reconhecer, por ser um lugar longe de sua casa e que seu tutor o proibia de ir, perguntava-se o que afligia seu tutor, pois nunca havia o visto com o rosto tão preocupado.

 Após um tempo, que Sasuke poderia ter definido como horas andando, eles subiam uma montanha um pouco íngreme, enquanto seguia os passos de Kakashi, decide olhar para o topo do local, e a imagem que se estende a sua frente o deixa de olhos vidrados por tamanha beleza.

 No topo da montanha, encontrava-se uma grande árvore de cerejeira, poderia dizer que tinha em torno de anos, pelo tamanho de seu tronco. Suas flores de cores rosa claro pintavam a cena, um céu escuro com poucas estrelas e uma Lua com uma metade clara, e uma metade escura, definindo um Eclipse.

 Chegando enfim, perto da árvore, Sasuke observava sua magnitude, seu tronco era um pouco curvado e alto, suas raízes eram grossas e saiam da terra, seus galhos eram altos e iam para todas as direções e suas flores preenchiam o ambiente. Contemplou a árvore, até se dar conta de uma coisa.

 — Estamos no inverno. — comenta desconfiado.

 — Sim, estamos, mas essa é uma árvore especial. — responde, à medida que seguia o olhar do garoto por toda a extensão da árvore.

 Enquanto observavam a grande árvore, Sasuke abaixa-se e pega entre seus dedos, uma pequena flor de cor rosa.

 — Você sabe o que dizem sobre essa flor? — pergunta Kakashi, observando a flor na mão do rapaz — Uma das lendas conta que uma princesa de nome Konohana Sakuya Hime, caiu do céu perto do Monte Fuji, e se transformou nessa pequena flor. — gesticula, para a árvore.

Sasuke o ouve com atenção, ainda observando a flor em sua mão, era pequena e delicada, tinha uma cor que transparecia calma e isso estava o afetando.

 — O que viemos fazer aqui? — questiona, querendo saber o motivo de tanto mistério.

 — Primeiro, eu preciso que você assine isso aqui. — dito isso, Kakashi retira de dentro de seu kimono, um pergaminho com detalhes em dourado e um papel de cor pastel. Abaixou-se e esticou o papel com a sua mão, mostrando vários kanjis que Sasuke não conseguia ler ou identificar e viu uma coluna em branco — Quero que você assine seu nome aqui. — aponta com o dedo indicador sobre a parte em branco.

 — Meu nome... — sussurra, mais para si mesmo do que uma resposta para a ação. Então, ele se nivela a altura de Kakashi, e quando pensa em assinar, lembrou-se de algo tão óbvio.

 — Eu preciso de um pincel para poder assinar.

 — Ah sim, isso. Como você pode ver, esse é um pergaminho diferente dos outros, e, por ele ser diferente, a tinta que será usada também precisa ser. Por isso, é necessário que você assine seu nome com o seu sangue. — responde, olhando para o cenho franzido de Sasuke.

 — Meu sangue?

 — Sim, o sangue pode ser de qualquer parte do corpo, mas seu nome precisa especialmente ser escrito com a sua mão direita.

 Sasuke olha para sua mão coberta por bandagens, mas decide fazer o que Kakashi lhe pedia, e ao verificar o pergaminho, ele encontrou uma pequena faca com o cabo também contendo detalhes em ouro, junto ao pergaminho.

 Sabendo do que precisava ser feito, ele retira a faca da borda de madeira do pergaminho, e com a mão direita corta a palma de sua mão esquerda. Sentiu uma leve dor na parte cortada, mas segue adiante depositando a faca novamente ao seu lugar. Com o dedo indicador de sua mão direita, passa no sangue fresco que agora pingava pequenas gotas no branco do gelo que cobria a montanha, e começa a escrever seu nome no pergaminho, enquanto Kakashi observava tudo em silêncio.

 — Agora, eu preciso que você escreva outro nome nessa outra parte. — Kakashi se pronuncia, depois de um bom tempo de silêncio entre os dois. Ele desenrola o restante do pergaminho, mostrando outra parte em branco, e novamente, com kanjis desconhecidas.

 — O que devo escrever aqui?

 — Aqui, é um pouco diferente, eu preciso que você escreva um nome para sua regalia.

— Minha regalia? — pergunta, agora olhando para Kakashi.

—  Sim. Vamos, escreva um nome para ela. — incentiva.

  Sasuke leva um tempo em silêncio, Kakashi saberia muito bem dizer que ele estava pensando em algum nome, conhecendo sua expressão séria e enrugada, enquanto olhava em algum ponto fixo no pergaminho. Levanta o olhar observando os galhos da árvore atrás de si e olha outra vez para o pergaminho. Passa novamente seu dedo indicador na palma com o corte ainda fresco e começa a escrever na parte em branco.

 — Mais alguma coisa? — pergunta, após assinar.

 — Algumas ainda, mas gostei da sua escolha de nome. — responde, levantando-se e enrolando novamente o pergaminho, guardando-o em seu kimono. Seguindo a ação do mais velho, o rapaz põe-se de pé, mas antes pega um pouco de neve e coloca sobre o corte para amenizar o incomodo do corte. Kakashi oferece-lhe um pequeno pedaço de pano, que o aceita de imediato enrolando-o na mão com o corte.

 Ao voltar seu olhar, nota que Kakashi está com um semblante calmo e sorridente. Ele o analisa minunciosamente, percebendo que algo estranho estava acontecendo.

 — Kakashi, você... — para, ao olhar para os braços do homem, que agora desapareciam.

 — Bom, meu trabalho por aqui já está feito. — o responde com um sorriso. — Eu sei que você conseguirá se cuidar daqui em diante, você me garantiu isso mais cedo.

 — Pode ser mais especifico? — responde, observando o braço de seu tutor virar pequenos pontos verdes claro no ar.

 — Acho que agora não é uma hora para esconder isso. Eu sou um espirito, Sasuke.  Fui designado a cuidar de você, dezessete anos atrás, por seu pai.

 — Espera. Meu pai? — pergunta, agora aumentando seu tom de voz.

 — Não tenho permissão para lhe contar sobre isso. Você terá que descobrir por si só, mas não fará isso sozinho.

 — Como você quer que eu reaja sobre esse assunto? Um assunto que me perturba por tanto tempo! — grita o garoto, mas é ignorado.

 — Antes disso, preciso te pedir mais um favor. Encoste sua mão direita no tronco dessa árvore, sem as bandagens, de preferência.

 Estava começando a ficar furioso com essa situação e pelo o assunto de seu pai ter sido citado. Ignorando Kakashi, ele vira-se em direção a grande árvore, em meio ao caminho, desenrolando as bandagens que revelam uma marca em sua mão direita, uma meia lua em cor escura, indo do azul escuro ao preto.

 Ele respira pesadamente duas vezes, e toca o local com a mão que continha a marca. A árvore começa a mexer-se abrindo espaço entre o tronco, revelando uma entrada. Curioso, observa o que contém dentro da árvore, e prende a respiração ao ver o que era.

 — Kakashi, eu não estou entendendo nada.

 — Você não entende agora, mas irá entender quando começar a aceitar mais sobre si mesmo. — responde ainda mantendo o sorriso no rosto.

 — E o que isso tem a ver comigo? — gesticula para a parte aberta do tronco da árvore.

 — Muitas coisas. Como falei anteriormente, você não conseguirá as respostas, para suas perguntas, sozinho. Você não estará sozinho, e eu espero que você nunca queira isso. Você é uma boa pessoa, Sasuke, mesmo que sempre faça cara feia quando eu falo isso. Você tem um bom coração, só deveria deixar o orgulho de lado, pois isso não surtirá efeito algum. Todos esses dezessete anos foram uma experiência boa para mim, que fui encarregado de cuidar de você, mesmo sabendo de quem você era filho. Espero que depois que eu partir, você não mude a pessoa que você é. Continue sempre tendo essa determinação, que você sempre mostrou a mim. Acredito que conseguirá muitas coisas daqui pra frente. — dito isso, levanta seu braço na altura de seu rosto, vendo-o já desaparecendo na altura do antebraço. — Bom, agora eu deixo tudo com você.

 — Não está doendo? — questiona, ao ver outras partes do corpo desaparecer.

 — Acredite, não está. É um pouco libertador também, o que me preocupa é você e sua cabeça dura sem mim.

 — Não brinque com isso, por favor.

 — Pode chorar Sasuke, não existe pecado nisso.

 Ouvindo outra provocação de seu tutor, Sasuke finalmente olha para Kakashi, não com os olhos da criança que convivia com um homem, e sim com a visão mais próxima que ele teve de um pai. Sentindo seus olhos começarem a ficar úmidos, vira o rosto para o lado, disfarçando o choro contido.

 Quando olha novamente para o homem, vendo que ele quase não tinha mais corpo, suas pernas, um de seus braços e uma parte do tronco já havia se tornado outros pequenos pontos em verde, subindo pouco a pouco para o céu, agora estrelado. Enquanto continuava observando seu tutor desaparecer, Kakashi ergue uma das mãos e faz um sinal com o dedo indicador e médio. Sasuke apenas sorri.

 — Antes que eu desapareça por completo, lhe indicarei o caminho que deve seguir. Você deve encontrar o redemoinho vermelho, assim você encontrará o Herdeiro do Sol.

 — Herdeiro do Sol? — questiona.

 — Você saberá quando encontrar. Bom, é isso. Adeus, Sasuke. — despede-se.

 — Adeus... Kakashi.

 Com os olhos fixos no céu, ele vê-lo transformar-se em vários pontos verdes, que continuavam a seguir caminho acima, flutuando como pequenos flocos de neve. Mas antes, teve uma leve visão do sorriso de Kakashi, que em nenhum momento saiu de seu rosto. Agora, sozinho, Sasuke respira o ar gelado de inverno, e reflete mentalmente sobre tudo que lhe foi dito, com isso, volta seu olhar para a abertura na árvore, para o corpo que dormia calmamente no interior dela.


Notas Finais


Choremos.
Bom, próximo capitulo será postado pela Ingrid, ou seja, meu dever será cobrar com frequência então pode deixar comigo.
Até a próxima!


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