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História Gaara - Uma Nova História... - Pequeno Lírio


Escrita por: HinataHHyuuga
e vivhina-hyuuga

Notas do Autor


*Este capítulo contém MUSIQUINHA! Para avivar sua leitura, você já sabe o procedimento(O link está nas notas finais)

*Obrigada por chegar até aqui! Sei que é uma fanfic longa e eu ainda posto somente uma vez na semana, mas agredeço muito a companhia de vocês com esse hobbie que eu gosto tanto! Obrigada por serem gentis com minha escrita, com os desenhos e pacientes com o tamanho que a história acabou tendo! Saiba que sem leitores, não existe fanfic então grande parte deste mérito é de vocês! BEIJOS! =^.^=

Capítulo 72 - Pequeno Lírio


Fanfic / Fanfiction Gaara - Uma Nova História... - Pequeno Lírio

Temari ficou paralisada com o que viu. Seu impulso emocional a fez dar três passos trêmulos em direção àquela salinha... Mas então seu lado racional falou mais alto; Temari tinha este dom: Era racional e responsável. Lembrou-se do estado de choque de seu otouto e sabia que ele precisava imediatamente de ajuda.

Temari voltou todo o percurso as pressas e de longe viu Gaara sentado no chão do corredor com as mãos tampando o rosto enquanto Kankuro tentava a todo custo levantá-lo. Temari apertou os passos.

TEM- Gaara, venha comigo! Imediatamente, eu encontrei!

Era tudo o que Gaara precisava ouvir. Seguiu Temari. Kankuro seguiu os dois, se perguntando porque Gaara sempre ouvia Temari. Gaara e seus irmãos viraram quase 24h naquele lugar, mas a tensão que aquele momento gerou, já deixara Gaara com o rosto extremamente abatido.

*

Gaara seguia sua irmã apressado. Dobraram corredores, subiram rampas e se afastavam da Ala de Emergência. Gaara estava desnorteado mas mesmo assim notou a sinalização informando “Ala Neonatal”.

Temari apontou para Gaara outra vidraça. “É ali Gaara”.

 

*

Gaara moveu a perna com receio e então se aproximou hesitante da vidraça que Temari apontara. Gaara estava na ala de maternidade agora; O clima não era como o da emergência.

Kankuro moveu-se para segui-lo, mas Temari segurou seu braço, contento o irmão do meio. “Deixe ele ir sozinho”.

Aquela vidraça era como a vidraça de antes... Mas era uma sala totalmente diferente daquela. Aquela era uma salinha aconchegante, pequena com uma incubadora aquecida e transparente. Gaara aproximou o rosto do vidro e então viu.

A criança pequena, muito pequena, estava com o corpinho embrulhado por um lençol branquinho e dentro da incubadora aquecida. Uma touca servia para aquecer e segurar alguns acessos na cabeça; A criança estava com um tubo como o de Sayo entrando pela boca minúscula, e respirava através do aparelho de ventilação mecânica que a mantinha viva. Mesmo minúscula, os monitores estavam calminhos, mostrando o coraçãozinho estável e agora seguro do bebê.

Gaara não conseguia acreditar que aquele ser vivo tão pequeno, indefeso e inocente era seu filho. Ficou abalado ao ver como o bebê era frágil, ao ver todos os acessos, os tubos e os curativos. Gaara amou o bebê. Instantaneamente o amou. E ficou apaixonado, através da vidraça, olhando a sua pequena vida dentro da incubadora. Ele iria proteger aquela vidinha minúscula de tudo. Estava tão maravilhado observando a criança, que se assustou quando o médico apareceu atrás dele.

- O senhor Kazekage-Sama quer entrar e ver a criança de perto?

Gaara olhou para o médico com o olhar aliviado e agradecido. Gaara ia dizer que sim, quando se lembrou de Sayo. A dor voltou imediatamente para seus olhos.

GAA- Onde... Onde está minha esposa? - Perguntou com a cena horrível de Sayo desacordada sendo levada para longe do bebê. 

- A honorável esposa está na UTI de adultos, na outra ala. Sua esposa teve a segunda parada cardiorrespiratória do dia quando terminamos o parto. Felizmente conseguimos reanimá-la pela segunda vez ela segue em estado delicado.

Gaara mais uma vez largou o peso na parede. Desta vez, de algum alívio. Sayo estava na UTI, mas não estava morta. Gaara fechou os olhos por um segundo, antes de abri-los novamente. O médico nin ficou observando o momento de alívio do Kazekage sem interferir.

GAA- Yokatta... Yokatta... – Sussurrou Gaara, limpando os olhos com a manga da blusa.

GAA- Onegai, prossiga. – Disse ao recobrar o fôlego.

-Você agora pode visitar tanto a criança como a mãe. A criança nasceu em estado de prematuridade grave e por isso está em isolamento. Precisará ficar internada, para receber banho de luz; Precisa desenvolver o sistema respiratório que não está preparado para respirar ainda, por isso segue intubada; Precisa ganhar peso; Precisa ficar em incubadora aquecida, pois não desenvolveu isolante térmico, entre outros cuidados.

Gaara ouvia tudo com atenção. Embora soubesse que tudo o que o médico dizia era importante, Gaara não tirava os olhos da incubadora, nem por um segundo. Era como um imã, ele só conseguia olhar para aquele bebê.  Era tudo o que importava.

-O senhor gostaria de entrar?

Gaara fez que sim, quase bobo.

Uma enfermeira trouxe para Gaara uma máscara, luvas e o ajudou a vestir por cima da roupa um avental descartável. Gaara calçou proteção descartável para os sapatos. Temari e Kankuro o viam vestir-se para entrar. Como a criança era muito frágil, só poderia receber visita de Gaara inicialmente, mas Temari e Kankuro assistiriam tudo pela vidraça. (N/A: Não desenhei esses apetrechos no Gaara pois achei que iriam apagar o rosto de satisfação de segurar o bebê que eu TENTEI passar).

*

Depois de devidamente vestido, Gaara entrou junto com a enfermeira na salinha aconchegante. Assim que a porta se fechou atrás deles, todo o barulho agonizante de hospital se silenciou. Todos os gemidos de pacientes, barulhos de alarmes de monitores, os “PI-PI-PI-PI-PI”; Aquela luz branca cansativa sumiu: A iluminação da sala era suave e confortável; O cheiro de éter e medicamentos também sumira; Mesmo sento uma sala de terapia intensiva para recém-nascido crítico, era um clima diferente do resto do hospital. Era um clima de vida.

A enfermeira pediu para Gaara sentar-se numa poltrona ao lado da incubadora. Gaara obedeceu. Em seguida, a enfermeira abriu a incubadora e retirou a criança, tomando cuidado com todos os seus tubos e fios e então colocou-a nos braços de Gaara. Assim que sentiu o corpinho minúsculo nos braços, Gaara ficou imóvel como uma estátua de mármore. A sensação era de que se respirasse poderia machucar o bebê.

-Senhor Kazekage-Sama, o senhor pode segurá-la por 5 minutos; Ela não pode ficar mais do que isso nessa temperatura. Vou deixá-los a sós e volto daqui uns minutos.

GAA- Espere... Você disse... “Ela”?

- Sim senhor, Kazekage-Sama. Parabéns é uma garotinha. – A enfermeira saiu.

Quando Gaara ficou a sós com a garotinha, tão minúscula, tão miudinha, não conseguiu segurar as lágrimas. Ali,somente os dois, Gaara trouxe a menina o mais perto possível do seu peito, tomando muito cuidado com os acessos e tubo. Gaara examinava cada traço da menininha, tão frágil, tão pequena; Parecia irreal que um ser humano pudesse ser daquele tamanho.

Gaara que era quase invencível ficou com a postura rígida e calculando todos os movimentos, com medo de que qualquer movimentação brusca machucasse a criança. Aqueles tubos e acessos a faziam mais frágil ainda. Gaara olhou para frente e viu seus irmãos ambos escorando-se na vidraça. Gaara sorriu timidamente e os dois sorriram de volta, assistindo à tudo. Gaara inclinou de leve a bebê para que Temari e Kankuro pudessem ver seu rostinho miúdo.

Gaara dobrou o dedo indicador e o deslizou delicadamente em volta do rosto delicado; Ficou perplexo com como o dedo indicador parecia grande perto do rostinho minúsculo. Gaara estava apaixonado: Sua miniatura de Sayo. Gaara estava chocado: Seu mundo mudara de vez. Aquela vida frágil, aquela menina formada por metade ele e metade Sayo, mudou tudo dentro dele. Agora, ele não era invencível, ele era frágil também. Ele passou a sentir uma necessidade imensa de não falhar com aquela pessoa.

Gaara olhou para o teto, tentando fazer as lágrimas voltarem para os olhos, uma vez que os braços seguravam sua filha. Por uma fração de tempo, Gaara se lembrou de Rasa e imaginou a dor que seu pai passou no dia de seu nascimento. Gaara entendia tudo sobre Rasa, agora mais ainda do que no dia em que o perdoou.

Gaara voltou os olhos para a menina. Linda. Ela já tinha alguma cor, devido ao aquecimento da incubadora. Ela parecia delicada e suave como Sayo. Gaara poderia olhar para aquela menina o dia todo e ficou com o coração partido quando a enfermeira voltou.

Ele não queria entregar sua criança pra enfermeira. A enfermeira tirou a menina dele delicadamente e recolocou a criança na incubadora, fechando-a novamente.

Gaara percebeu que não poderia viver sem aquela garotinha nunca mais. Seu coração se machucou por ter que devolvê-la à incubadora... Como poderia existir um amor assim? Quando a enfermeira tomou a menina nos braços, Gaara sentiu-se desesperado por dentro. Foi a sensação mais forte que ele sentira em toda sua vida.

-Senhor Kazekage.... Sua filha precisa de um nome. Infelizmente sua esposa não acordou do coma para nos dizer se tinha algo em mente. O senhor sabe que nome por nela? Para a deixarmos identificada hoje mesmo – Disse a enfermeira.

Gaara ficou constrangido com a ideia de nomear a criança tão linda. Olhou para trás e viu sua garotinha enrolada na incubadora. Gaara pensou em Sayo e o quanto Sayo sofreu naquele dia: Teve duas paradas, hemorragia e estava na UTI. Não viu a filha nascer, não a segurou nos braços... E agora a linda menina não tinha sequer um nome.

Olhando para a criança através da incubadora, Gaara viu a pulseirinha minúscula em seu pulso. “RN de Hayashi Sayo” (N/A: RN é abrev. de recém-nascido). Ler o nome dela o fez lembrar-se da garota que floriu sua vida. Sayo Hayashi. 

Gaara pensou em Sayo. A Sayo era sua flor. A mais linda que ele já vira. E a criança... Era a miniatura, era um pedaço dela, um ramo da mesma flor... E então Gaara teve certeza.

- Hai. O nome dela é Sayuri.

 

(Sayuri= Pequeno Lírio)

 

 


Notas Finais


Música deste capítulo : https://www.youtube.com/watch?v=Nwk0u-4wemY



































Próximo Capítulo: Consequências.
Que consequências as atitudes de Matsuri trarão para Gaara e para Sunagakure?
"Gaara estava no final de um corredor e de frente para uma grande porta dupla e maleável, que permitia que macas e pessoas passassem às pressas por elas somente empurrando-as. UTI-ADULTO Era a identificação no alto da porta. Gaara suspirou e entrou." NÃO PERCAM!!!!


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