História Gaara e Ino - Um futuro para nós! - Capítulo 7

"Milhares de pessoas cultivam a música; poucas porém têm a revelação dessa grande arte." - Desconhecido.

bbrunalova e MonikUchiha

Capítulo 7

Sai por ai completamente desolada. Eu não estava acreditando, ele não passava de um cafajeste, mentiroso, nojento! Miserável! Eu simplesmente não acreditava que eu... Que eu amo... Que eu o amo a pesar de tudo!

- Já chega coração! – Mandei me curvando, senti minhas lagrimas caírem sobre minhas mãos que estavam na bengala. Porcaria! Maldito momento que nos conhecemos!

O pior de tudo é que me perdi pensando nesse miserável.

Parei, enxugando – pelo menos tentando – as lagrimas. Maldita cegueira!

- Ino? – Ouvi uma voz estranha.

- Eu? – Perguntei me virando na direção que veio a voz.

- Eu sou Kiba, estudo na mesma escola que você. – Falou risonho. – O que ta fazendo por aqui menina? – Perguntou ainda rindo.

Senti ele pegar na minha mão.

- Espera...

- Você vai acabar se atrasando para a escola...

- Eu não quero ir para a escola. – Falei secamente o cortando. Não voltaria lá, nem morta.

- Aaaah, por isso ta chorando? Bem... Você pode ir para casa, posso te levar se quiser. – Sua voz estava meio ansiosa. – Ou seu amigo pode. – Completou alegre.

Espera...

- Que amigo? – Ta, não tô entendo mais nada.

- O ruivo, acho que é Gaara o nome dele, né? – Hein?

Meu coração palpito forte, muito forte. Kiba agarrou minha cintura me levantando e me colocando em cima do que parecia ser uma calçada. Eu estava no meio da pista?

- Ino? O que ta fazendo aqui? – A voz de Gaara parecia com raiva, com muita raiva.

- Não lhe interessa! – Exclamei, tô pouco me lixando para esse maldito!

- Ué, vocês brigaram? – Perguntou Kiba com ar de confuso. E é claro que ele estaria surpreso por nos ver brigando.

- Kiba-Kun, pode me levar para casa? – Perguntei segurando firmemente a bengala. Coloquei o “Kun” somente para provocar o Gaara.

- Claro que pos...

- Ele não vai te levar coisa nenhuma! – Gritou Gaara de repente.

As mãos de Kiba saíram de minha cintura, ouvi sons estranho de corpos se chocando, eles estavam brigando.

- Para! – Exclamei segurando a blusa de um dos dois. Droga! Maldita cegueira.

Fomos andando para algum lugar, os dois se xingando e dando socos um no outro, eu tentando parar uma briga que não via. Segurei novamente alguém, dessa vez uma mão.

- Me solta Ino! – Gaara exclamou ofegante.

- Parem com isso agora! – Ordenei.

Ele balançou os braços, e senti uma mão me empurrando, cambaleie para algum lugar, no meio da pista! Ouvi um carro, melhor a buzina do carro.

- INO! – Era Kiba, senti novamente um empurram e fui ao chão, carro bateu contra um corpo e passou por cima do meu tornozelo.

Isso não pode ta acontecendo, não pode!

As lagrimas voltaram com mais força, meu coração doía de tanto se contorcer. 

Quem?

 A porta do carro se abriu de uma força desesperada.

- AAAH, MEU KAMI! ME DESCULPE! – Exclamou uma mulher me ajudando a me levantar. – Você, está bem? O garoto ruivo saiu correndo! Eu vou chamar uma ambulância, por favor fique parada aqui!

O Gaara... Ele saiu... correndo! Esse idiota! Miserável! Cafajeste!

Me agarrei a calçada onde estava sentada, meu coração palpitava forte, eu não estava conseguindo respirar, eu não sabia se o Kiba estava bem, eu era uma inútil que não prestava nem para ligar para a ambulância!

- Droga! – Gritei. Mais que porcaria! – Ele ta bem? – Perguntei ainda gritando para a mulher me ouvir. Será que não havia ninguém nessa porcaria de rua?

Apertei a calçada mais ainda, eu não estava conseguindo respirar e o som da sirene foi a única coisa que ouvi até tudo ficar distante.

***

Acordei, meu corpo estava todo dolorido, a cama era desconfortável e tudo estava com cheiro de álcool. Me mexi na cama sentindo algo estranho no pé e muitas coisas enfincadas no meu braço.

- Ino, graças a Kami. Você está bem? Tem algo doendo? – Meu irmão perguntava segurando minha mão.

- Deidara, onde é que eu estou? – Eu estava um pouco desesperada e isso é lógico, eu nem sabia como o Kiba estava!

- Sua loira maldita! Me deu um susto terrível! – Deidara exclamou apertando minhas mãos.

- Deidara, você viu o menino que foi atropelado? – Perguntei seria, ele estava estranho.

- Bem, a moça disse a policia que estava tendo uma briga, um menino ruivo te empurrou e o outro te empurrou de novo para você sair da frente do carro, o carro passou por cima do seu tornozelo que aliais está quebrado agora. Bem, enquanto o menino... Bem... Ele... Morreu, Ino.

Eu não sei se era para estar me sentindo desse jeito, eu nem o conhecia mesmo assim sentia um aperto enorme no peito, era terrível essa sensação! Porcaria, o que eu fiz com minha vida? Se eu não fosse cega o Kiba não teria morrido! Senti lagrimas descerem pelo meu rosto, meu coração se apertou novamente, e novamente, comecei a sentir falta de ar.

- Deidara, eu não quero ficar aqui, eu não quero ficar nessa cidade, eu não quero voltar para aquela escola...

- Tudo bem, shhh. – Ele deu palmadinhas na minha mão. – Papai e mamãe decidiram que você vai comigo e com o Sasori, morar em Suna. – Aquilo foi um alivio para meus ouvidos.

- Certo, mais por favor, eu quero ir depois do enterro do Kiba. Quero agradecer a ele...

- Por ele ter morrido no seu lugar. – Meu irmão terminou a frase por mim.

Eu seria eternamente grata ao Kiba, mesmo não o conhecendo.

Mais tarde, naquele mesmo dia, descobri que Kiba havia se jogado na frente do carro para que eu não fosse atingida. A sua família, a qual achei que brigariam e me acusariam, me consolaram!

E dentro de mim, um coisa será sempre certa, eu nunca mais esquecerei esse dia, o seu nome e o seu ato heroico. Carregaria comigo o peso de ser salva, de ter a minha vida em troca de algo tão trágico quanto sua morte. Nunca me esquecerei... Kiba.

Continua...